Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Re: Mais algumas ideias...
Atomez Escreveu:
É verdade. Mas uma das razões do elevado custo dos serviços de saúde por lá são os elevadíssimos seguros dos fornecedores de serviços (médicos, clínicas, hospitais, etc.) para cobrir indemnizações por erros ou má prática que lá são elevadíssimas.
Então mas é precisamente o que eu pretendo mostrar: exemplos que contradizem a concepção monolítica de que o investimento está bom é na mão dos privados, que é deixar o mercado à sua mercê que ele trata de eliminar o que é mau.
Elimina o que elimina e de resto, índices de qualidade - nem tão pouco de eficiência - não se medem meramente com base nos retornos financeiros das empresas ou na sua viabilidade económica.
Eu devia de resto ter começado logo por este exemplo porque é ainda mais claro que os outros, mas como digo há muitos. Não faltam evidências de como o privado consegue funcionar mal e como a mão do privado pode ser penalizadora!
No fundo estamos a falar de pessoas. E o interesse privado, embora muitas vezes concorrente com o interesse geral, nem sempre é condizente...
Chamo atenção para o post que entretanto coloquei com as percentagens do PIB nos orçamentos e nos impostos, para diversos países, para ilustrar como esta questão do dinheiro canalizado para o Estado ser mal canalizado está longe de ser linear!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Mais algumas ideias...
MarcoAntonio Escreveu:Eu estou a referir-me ao mercado e aos interesses privados envolvidos, nomeadamente as casas de investimento e agências de rating.
Óbvio, deixando de haver risco subjacente aparecem todo o tipo de oportunismos e ganância sem limites...
MarcoAntonio Escreveu:Mas há mais casos - e frescos - de como o mercado privado pode funcionar muito mal ou a mão do privado (à semelhança da mão do Estado) muito pode penalizar: o desastre que é o sistema de saúde americano, um sistema de saúde que por exemplo comparado com o nosso é muitíssimo mais apoiado no sector privado.
Os Estados Unidos são também o país onde mais dinheiro na saúde se gasta per capita, onde o custo da saúde é elevado e onde nem sequer se encontram índices de qualidade interessantes nos rankings internacionais...
É verdade. Mas uma das razões do elevado custo dos serviços de saúde por lá são os elevadíssimos seguros dos fornecedores de serviços (médicos, clínicas, hospitais, etc.) para cobrir indemnizações por erros ou má prática que lá são elevadíssimas.
Por outro lado verifica-se que os países com melhores relações custo/qualidade de serviços médicos também não são os que têm sistemas de saúde estatizados, tipo SNS, mas sim basicamente privados ou um misto -- Suiça, Japão, países nórdicos.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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De resto, volto a colocar uma listagem do peso do Estado (medido através do orçamento de estado em função do respectivo pib) para diversos países da linha da frente em riqueza per capita e/ou qualidade de vida:
Suécia - 52.5% (47.9%)
Dinamarca - 51.8% (49.0%)
Finlândia - 49.5% (43.2%)
Portugal - 46.1% (37.7%)
Holanda - 45.9% (39.8%)
Alemanha - 43.7% (40.6%)
Noruega - 40.2% (42.1%)
Estes países apresentam Estados com uma dimensão comparável à do nosso, quando não é superior nalguns dos casos.
Mais "incrível" ainda é o facto de Portugal ter um peso em impostos mais baixo que qualquer um deles, o que quer dizer que se ordenasse esta lista pelo dinheiro que cada cidadão canaliza para o Estado em função do que produz, Portugal aparecia no fim da lista nestes sete!
Suécia - 52.5% (47.9%)
Dinamarca - 51.8% (49.0%)
Finlândia - 49.5% (43.2%)
Portugal - 46.1% (37.7%)
Holanda - 45.9% (39.8%)
Alemanha - 43.7% (40.6%)
Noruega - 40.2% (42.1%)
Estes países apresentam Estados com uma dimensão comparável à do nosso, quando não é superior nalguns dos casos.
Mais "incrível" ainda é o facto de Portugal ter um peso em impostos mais baixo que qualquer um deles, o que quer dizer que se ordenasse esta lista pelo dinheiro que cada cidadão canaliza para o Estado em função do que produz, Portugal aparecia no fim da lista nestes sete!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 25/8/2011 3:03, num total de 2 vezes.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Mais algumas ideias...
Atomez Escreveu:A causa fundamental (mas não única) da crise subprime americana foi a intervenção estatal que distorceu o mercado com a criação das agências Fannie Mae e Freddie Mac através das quais o Estado garantia a compra de todas as hipotecas aos bancos independentemente da sua qualidade. Por isso mesmo o que às tantas se revelou "lixo tóxico" tinha o rating AAA porque tinha por trás a garantia do estado federal.
Eu estou a referir-me ao mercado e aos interesses privados envolvidos, nomeadamente as casas de investimento e agências de rating.
Mas há mais casos - e frescos - de como o mercado privado pode funcionar muito mal ou a mão do privado (à semelhança da mão do Estado) muito pode penalizar: o desastre que é o sistema de saúde americano, um sistema de saúde que por exemplo comparado com o nosso é muitíssimo mais apoiado no sector privado.
Os Estados Unidos são também o país onde mais dinheiro na saúde se gasta per capita, onde o custo da saúde é elevado e onde nem sequer se encontram índices de qualidade interessantes nos rankings internacionais...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Mais algumas ideias...
MarcoAntonio Escreveu:E temos tantos exemplos recentes e bem frescos de como o mercado deixado sozinho a si próprio consegue funcionar bastante mal: da crise do crédito (subprime) ao fait-diver das agências de notação, com implicações na vida de milhares de milhões de pessoas, eu não vejo qualquer evidência de que o privado sozinho seja uma fonte inesgotável de virtudes em quem devemos colocar a nossa fé inabalável.
Ei, a crise subprime não foi consequência do "livre funcionamento" do mercado, antes pelo contrário!
A causa fundamental (mas não única) da crise subprime americana foi a intervenção estatal que distorceu o mercado com a criação das agências Fannie Mae e Freddie Mac através das quais o Estado garantia a compra de todas as hipotecas aos bancos independentemente da sua qualidade. Por isso mesmo o que às tantas se revelou "lixo tóxico" tinha o rating AAA porque tinha por trás a garantia do estado federal.
Essas agências foram criadas, a 1ª nos anos 30 no tempo do Roosevelt como resposta à Grande Depressão, para garantir que todos tinham o acesso à compra de casas. Uma medida intervencionista e bem intencionada de cariz "socialista" que depois acabou no que se viu...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Apos ter sido um pouco reacionário, vou tentar por as coisas doutra maneira:
1- Este imposto, qualquer que seja a forma,será que irá representar significatamente uma diminuiçao do défice (para mim é importante para perceber)
2-Se for representativo no esforço, o que poderão os "prejudicados" perder no Longo Prazo? (na minha opinião o Longo prazo "os ricos" beneficiarão mais do que os "pobres" MarcoAntonio explicou bem isso)
3- Será tão dificil em Portugal dar exemplos...ainda que ache que lá fora esta ideia seja tão falada agora pq unica e exclusivamente seja "cosmética".
Que eu saiba a medida do imposto extraordinário do subsidio de Natal é só para o rendimento do trabalho...que eu saiba o resto ainda não o teve, qual é a igualdade de tratamento... que eu perceba não é do ordenado de Gerente/Administrador que provem o rendimento destes chamados "ricos" (os da forbes/Exame).Portanto o contributo não é tão estranho como isso. A não ser que queremos ser um Monaco...mas para isso vamos tarde para essa questão ou não?
1- Este imposto, qualquer que seja a forma,será que irá representar significatamente uma diminuiçao do défice (para mim é importante para perceber)
2-Se for representativo no esforço, o que poderão os "prejudicados" perder no Longo Prazo? (na minha opinião o Longo prazo "os ricos" beneficiarão mais do que os "pobres" MarcoAntonio explicou bem isso)
3- Será tão dificil em Portugal dar exemplos...ainda que ache que lá fora esta ideia seja tão falada agora pq unica e exclusivamente seja "cosmética".
Que eu saiba a medida do imposto extraordinário do subsidio de Natal é só para o rendimento do trabalho...que eu saiba o resto ainda não o teve, qual é a igualdade de tratamento... que eu perceba não é do ordenado de Gerente/Administrador que provem o rendimento destes chamados "ricos" (os da forbes/Exame).Portanto o contributo não é tão estranho como isso. A não ser que queremos ser um Monaco...mas para isso vamos tarde para essa questão ou não?
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Re: Mais algumas ideias...
nfmarque Escreveu:Quem dita o mau investimento é o mercado não é o burocrata e muito menos eu, o insucesso/sucesso
Estás, portanto, a medir o investimento numa forma pura e meramente economicista.
Bom, duas coisas: o mundo não é só feito de tostões e a ciência dos tostões não é tão pouco uma ciência exacta, ao ponto do mercado enganar-se muitas e frequentes vezes.
E temos tantos exemplos recentes e bem frescos de como o mercado deixado sozinho a si próprio consegue funcionar bastante mal: da crise do crédito (subprime) ao fait-diver das agências de notação, com implicações na vida de milhares de milhões de pessoas, eu não vejo qualquer evidência de que o privado sozinho seja uma fonte inesgotável de virtudes em quem devemos colocar a nossa fé inabalável.
Apesar de ver muita coisa funcionar mal nos Estados, eu continuo a entender que eles são necessários e nalgus casos gostaria de os ver intervir mais, sendo que noutros gostaria de os ver intervir menos.
Não me revejo de forma nenhuma naquela concepção monolítica de que em tudo o que Estado mete a mão só estraga!
nfmarque Escreveu:
Condições á liberdade economica.
A liberdade de uns é a dependência e o condicionalismo de outros.
Não existe liberdade absoluta: a liberdade da lebre termina quando é comida pela raposa e a liberdade da raposa termina quando a lebre não gera lebrezinhas suficientes para alimentar a raposa.
Volto a dizer, para o Estado criar condições tem de cobrar impostos, introduzir limitações (para alguém) e até, eventualmente, introduzir subsídios (hipoteticamente, para o sector de actividade A ter condições para existir necessita da actividade B que poderá não ter como ser directamente rentável sem interferir com as condições da actividade A. Um exemplo poderá ser a rede rodoviária (no seu todo) que providencia algo tão básico como as condições de mobilidade que afectam (ou dão "condições de liberdade" a) toda a gente...
Já o disse antes mas para evitar equívocos de qualquer espécie, não estou a defender que tudo o que o Estado faz é bom mas que o Estado faz coisas boas e coisas más. E que (ao contrário do que alguns sugerem) nem tudo o que vem da iniciativa privada é necessariamente bom. O interesse privado é muitas vezes concorrente com o interesse geral mas nem sempre concordante...
De resto, as pessoas lamentam-se (e sentem-se atingidas na sua liberdade económica) sempre que têm de pagar a alguém por algo.
Esse alguém pode ser o Estado A ou a petrolífera B... é um clássico: quem cobra é o mau da fita que faz tudo mal e nada de bom!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
nfmarque disseste e passo a citar "Sou a favor da liberdade, o dinheiro nas mão das pessoas, as escolhas na mão do individuo.
Qualquer imposto taxa/beneficio subsidio cria distorções na cadeia de oferta e procura, que acabam por criar o mau investimento ou bolhas e fugas de capital.
Sobre o topico sou totalmente contra qualquer novo imposto ou taxa."
Por outras palavras não existe estado nem existe sistemas sociais e de distribuição de riqueza.
Sim pq eu tenho que partir do pressuposto que o Estado existe para que aja equilibrio/protecção social ou os impostos são parapagar a dizima, hoje ordenados!
Qualquer imposto taxa/beneficio subsidio cria distorções na cadeia de oferta e procura, que acabam por criar o mau investimento ou bolhas e fugas de capital.
Sobre o topico sou totalmente contra qualquer novo imposto ou taxa."
Por outras palavras não existe estado nem existe sistemas sociais e de distribuição de riqueza.
Sim pq eu tenho que partir do pressuposto que o Estado existe para que aja equilibrio/protecção social ou os impostos são parapagar a dizima, hoje ordenados!
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A-330 Escreveu:Quem ficou rico foi porque trabalhou e economizou para isso.Devia pagar impostos como todos.
Agora,como os governos foram maus e as pessoas não souberam orientar as suas finanças , toca a sacar a quem teve juízo.
Uma coisa é aceitar a caridade dos ricos que querem ajudar , outra é extorquir lhes dinheiro de uma forma travestida , chamada aumento de Impostos.
Em casos extremos qualquer dia estamos a nacionalizar as empresas dos ricos tal e qual o Chavez.
A330
Ok parece razoavel e correcto o que dizes...mas também sabes que dinheiro gera dinheiro e será que numa situaçao extrema não se pode "pedir" contribuição extraordinária? Ou por outras palavras sendo eu empegrado por contra de outrem não estou a ser extorquido de uma forma tranvestida chamado imposto extraordinário do sub de Natal?
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Re: Mais algumas ideias...
MarcoAntonio Escreveu:O que é que entendes como bom e mau investimento, que régua estás a utilizar para medir a "qualidade" do investimento?
Quem dita o mau investimento é o mercado não é o burocrata e muito menos eu, o insucesso/sucesso
MarcoAntonio Escreveu:nfmarque Escreveu:Neste caso cabe ao estado criar as condições para o capital fluir para a economia (impostos / burocracia / justiça / segurança ). Se o capital está a fluir para fora a culpa é do estado/governo por não criar condições e não do investidor.
É curioso que peças ao Estado para criar condições mas ao mesmo tempo...
Se o capital flui para fora as condições criadas neste momento pelo estado estão erradas e terão de ser alteradas.
MarcoAntonio Escreveu:nfmarque Escreveu:Sou a favor da liberdade, o dinheiro nas mão das pessoas, as escolhas na mão do individuo.
Qualquer imposto taxa/beneficio subsidio cria distorções na cadeia de oferta e procura, que acabam por criar o mau investimento ou bolhas e fugas de capital.
As duas coisas são contraditórias: as condições não se conseguem com varinhas de condão nem com passes de mágica, para se criar condições para uns terão de se afectar a liberdade de outros e terão de existir impostos, taxas, subsídios, etc.
Condições á liberdade economica. Que condições economicas esperas que o estado crie para alem de deixar de estrangular o fluxo de capital? Onde estou a referir o fim de todos os impostos? Onde isto é contraditorio? O que é contraditorio é criar novos impostos/taxas e esperar o crescimento. Em que zona da curva de laffer pensas que estas?
Mart77 Escreveu:Então pela tua ideia não existia estado/sistema social?
Onde escrevi isso? existe uma diferenca entre nada e alguma coisa. Alem disso querer um estado grande sem economia para o suportar é utópico, é como ter um camião com um motor de um fiat 127, não vai a lado nenhum.
Quem ficou rico foi porque trabalhou e economizou para isso.Devia pagar impostos como todos.
Agora,como os governos foram maus e as pessoas não souberam orientar as suas finanças , toca a sacar a quem teve juízo.
Uma coisa é aceitar a caridade dos ricos que querem ajudar , outra é extorquir lhes dinheiro de uma forma travestida , chamada aumento de Impostos.
Em casos extremos qualquer dia estamos a nacionalizar as empresas dos ricos tal e qual o Chavez.
A330
Agora,como os governos foram maus e as pessoas não souberam orientar as suas finanças , toca a sacar a quem teve juízo.
Uma coisa é aceitar a caridade dos ricos que querem ajudar , outra é extorquir lhes dinheiro de uma forma travestida , chamada aumento de Impostos.
Em casos extremos qualquer dia estamos a nacionalizar as empresas dos ricos tal e qual o Chavez.
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Elias Escreveu:Sarkozy aumenta impostos aos mais ricos
Eudora Ribeiro - economico
24/08/11 18:47
Famílias mais abastadas, álcool, tabaco. O governo francês anunciou hoje um aumento da carga fiscal para cumprir as metas do défice.
O governo francês anunciou esta tarde um aumento dos impostos sobre os rendimentos mais elevados, as mais-valias imobiliárias, álcool, tabaco e bebidas açucaradas. Tudo para cumprir o objectivo do défice de 5,7% este ano, face aos 7,1% registados em 2010, e chegar à meta de 3% em 2013. O Executivo quer também evitar que a França sofra com um eventual agravamento da crise de dívida europeia.
O primeiro-ministro francês François Fillon revelou um conjunto de medidas, no valor de 12 mil milhões de euros, para este ano e 2012, e reviu em baixa as previsões para o crescimento económico de França. O Executivo francês espera agora uma expansão de 1,75% do PIB em cada ano, contra a anterior estimativa que apontava para uma progressão de 2% em 2011 e 2,25% em 2012.
O novo pacote de medidas de austeridade visa economizar mil milhões de euros já em 2011 e 11 mil milhões em 2012 para cumprir o objectivo do défice de 3% do PIB em 2013.
O imposto adicional sobre as grandes fortunas vai aplicar-se a quem tenha rendimentos anuais acima de 500 mil euros, e vai manter-se em vigor até que a França reduza o défice para baixo do limite de 3% imposto pela União Europeia.
No mesmo sentido, o preço do tabaco, das bebidas alcoólicas e dos refrigerantes vai subir. O preço do tabaco deve aumentar 6% este ano, e mais 6% no próximo ano, de acordo com a Bloomberg, e será também implementada uma taxa sobre o preço das bebidas alcoólicas e açucaradas a partir de 2012. Contudo, esta taxa vai deixar de fora o vinho, rum e produtos locais. O imposto sobre os ganhos de capital vai, por seu turno, aumentar de 12,3% para 13,5%.
Estas são algumas das medidas que serão propostas ao Parlamento na próxima semana para serem depois debatidas em Setembro e aplicadas o mais rapidamente possível pelo Governo francês.
Desmitam-me se estou a incorrer em alguma mentira mas a meta do defice da França é Semelhante a de Portugal, qual foi a 1 medida em Portugal? (estou a falar da Colossal) a moralização é muito importante no respeito e cumprimento. Em tempos quem comandava as tropas estava na frente de batalha.
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Re: Mais algumas ideias...
nfmarque Escreveu:Caro permita-me discordar da visão planificada da economia, gastar dinheiro não gera qualquer riqueza (...)
Tu não estás propriamente a discordar porque isso é parte do que eu estou a dizer. Tu estás antes a discordar do que projectaste no meu post, o que é diferente...
nfmarque Escreveu:Numa economia livre todo o mau investimento seria liquidado.
O que é que entendes como bom e mau investimento, que régua estás a utilizar para medir a "qualidade" do investimento?
nfmarque Escreveu:Neste caso cabe ao estado criar as condições para o capital fluir para a economia (impostos / burocracia / justiça / segurança ). Se o capital está a fluir para fora a culpa é do estado/governo por não criar condições e não do investidor.
É curioso que peças ao Estado para criar condições mas ao mesmo tempo...
nfmarque Escreveu:Sou a favor da liberdade, o dinheiro nas mão das pessoas, as escolhas na mão do individuo.
Qualquer imposto taxa/beneficio subsidio cria distorções na cadeia de oferta e procura, que acabam por criar o mau investimento ou bolhas e fugas de capital.
As duas coisas são contraditórias: as condições não se conseguem com varinhas de condão nem com passes de mágica, para se criar condições para uns terão de se afectar a liberdade de outros e terão de existir impostos, taxas, subsídios, etc.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Sarkozy aumenta impostos aos mais ricos
Eudora Ribeiro - economico
24/08/11 18:47
Famílias mais abastadas, álcool, tabaco. O governo francês anunciou hoje um aumento da carga fiscal para cumprir as metas do défice.
O governo francês anunciou esta tarde um aumento dos impostos sobre os rendimentos mais elevados, as mais-valias imobiliárias, álcool, tabaco e bebidas açucaradas. Tudo para cumprir o objectivo do défice de 5,7% este ano, face aos 7,1% registados em 2010, e chegar à meta de 3% em 2013. O Executivo quer também evitar que a França sofra com um eventual agravamento da crise de dívida europeia.
O primeiro-ministro francês François Fillon revelou um conjunto de medidas, no valor de 12 mil milhões de euros, para este ano e 2012, e reviu em baixa as previsões para o crescimento económico de França. O Executivo francês espera agora uma expansão de 1,75% do PIB em cada ano, contra a anterior estimativa que apontava para uma progressão de 2% em 2011 e 2,25% em 2012.
O novo pacote de medidas de austeridade visa economizar mil milhões de euros já em 2011 e 11 mil milhões em 2012 para cumprir o objectivo do défice de 3% do PIB em 2013.
O imposto adicional sobre as grandes fortunas vai aplicar-se a quem tenha rendimentos anuais acima de 500 mil euros, e vai manter-se em vigor até que a França reduza o défice para baixo do limite de 3% imposto pela União Europeia.
No mesmo sentido, o preço do tabaco, das bebidas alcoólicas e dos refrigerantes vai subir. O preço do tabaco deve aumentar 6% este ano, e mais 6% no próximo ano, de acordo com a Bloomberg, e será também implementada uma taxa sobre o preço das bebidas alcoólicas e açucaradas a partir de 2012. Contudo, esta taxa vai deixar de fora o vinho, rum e produtos locais. O imposto sobre os ganhos de capital vai, por seu turno, aumentar de 12,3% para 13,5%.
Estas são algumas das medidas que serão propostas ao Parlamento na próxima semana para serem depois debatidas em Setembro e aplicadas o mais rapidamente possível pelo Governo francês.
Eudora Ribeiro - economico
24/08/11 18:47
Famílias mais abastadas, álcool, tabaco. O governo francês anunciou hoje um aumento da carga fiscal para cumprir as metas do défice.
O governo francês anunciou esta tarde um aumento dos impostos sobre os rendimentos mais elevados, as mais-valias imobiliárias, álcool, tabaco e bebidas açucaradas. Tudo para cumprir o objectivo do défice de 5,7% este ano, face aos 7,1% registados em 2010, e chegar à meta de 3% em 2013. O Executivo quer também evitar que a França sofra com um eventual agravamento da crise de dívida europeia.
O primeiro-ministro francês François Fillon revelou um conjunto de medidas, no valor de 12 mil milhões de euros, para este ano e 2012, e reviu em baixa as previsões para o crescimento económico de França. O Executivo francês espera agora uma expansão de 1,75% do PIB em cada ano, contra a anterior estimativa que apontava para uma progressão de 2% em 2011 e 2,25% em 2012.
O novo pacote de medidas de austeridade visa economizar mil milhões de euros já em 2011 e 11 mil milhões em 2012 para cumprir o objectivo do défice de 3% do PIB em 2013.
O imposto adicional sobre as grandes fortunas vai aplicar-se a quem tenha rendimentos anuais acima de 500 mil euros, e vai manter-se em vigor até que a França reduza o défice para baixo do limite de 3% imposto pela União Europeia.
No mesmo sentido, o preço do tabaco, das bebidas alcoólicas e dos refrigerantes vai subir. O preço do tabaco deve aumentar 6% este ano, e mais 6% no próximo ano, de acordo com a Bloomberg, e será também implementada uma taxa sobre o preço das bebidas alcoólicas e açucaradas a partir de 2012. Contudo, esta taxa vai deixar de fora o vinho, rum e produtos locais. O imposto sobre os ganhos de capital vai, por seu turno, aumentar de 12,3% para 13,5%.
Estas são algumas das medidas que serão propostas ao Parlamento na próxima semana para serem depois debatidas em Setembro e aplicadas o mais rapidamente possível pelo Governo francês.
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Re: Mais algumas ideias...
nfmarque Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:amartins42 Escreveu:Mais impostos ao Estado por parte dos ricos significa menos criação de emprego, pois são verbas canalizadas para alimentar Estados Gastadores em detrimento da criação de emprego, sendo menos riscos para os ricos, e um contributo generoso para o Estado...Contudo as familias vão continuar à espera de emprego como pão para a boca...
O Estado gasta dinheiro com alguma coisa, não o enterra num buraco no chão. Ora, o Estado é gastador com pessoas, através de bens e serviços... é para onde o dinheiro vai!
O dinheiro estar melhor na mão dos ricos ou na mão do Estado depende do que cada um deles vai fazer em exacto. Pode estar (na perspectiva do todo, isto é, de todos nós) mal de um lado ou do outro...
Apesar de eu já ter alertado umas três ou quatro vezes, noto que as pessoas continuam com o mesmíssimo tipo de generalização!
Ora, existem "ricos" que gastam dinheiro em coisas que são destrutivas para a economia (e que até lhes pode gerar lucros a eles), "ricos" que colocam uma boa parte em off-shores (por exemplo) ou ainda "ricos" que investem em actividades que geram riqueza (ou qualidade de vida) e que trazem um benefício a todos no global. Há de tudo!
E em relação ao Estado é mais ou menos a mesma coisa, havendo os Estados melhores e os piores (com melhor ou pior governação/gestão) o dinheiro que vai para o Estado não é todo mal empregue. Há o que é empregue em actividades, bens e serviços necessárias e que trazem um benefício global e também o que é mal gasto. E, na hora de cortar (se por exemplo se opta por cortar na despesa) por limitações práticas várias (políticas, sociais, de competência, etc) não se corta apenas no mau, corta-se também no que é bom.
Portanto, isto é francamente mais complexo do que "o dinheiro está bem é na mãos dos ricos porque eles geram emprego e tal" (não só porque nem sempre é verdade como ainda porque, mesmo quando é, parte desse emprego é prejudicial e trás a prazo mais mal estar do que bem estar).
Caro permita-me discordar da visão planificada da economia,
gastar dinheiro não gera qualquer riqueza e o estado quando o faz só cria distorções. Temos muitos casos no imobiliario, na bolsa, na energia. Numa economia livre todo o mau investimento seria liquidado.MarcoAntonio Escreveu:Ora, existem "ricos" que gastam dinheiro em coisas que são destrutivas para a economia (e que até lhes pode gerar lucros a eles), "ricos" que colocam uma boa parte em off-shores (por exemplo) ou ainda "ricos" que investem em actividades que geram riqueza (ou qualidade de vida) e que trazem um benefício a todos no global. Há de tudo!
Neste caso cabe ao estado criar as condições para o capital fluir para a economia (impostos / burocracia / justiça / segurança ). Se o capital está a fluir para fora a culpa é do estado/governo por não criar condições e não do investidor.
Sou a favor da liberdade, o dinheiro nas mão das pessoas, as escolhas na mão do individuo.
Qualquer imposto taxa/beneficio subsidio cria distorções na cadeia de oferta e procura, que acabam por criar o mau investimento ou bolhas e fugas de capital.
Sobre o topico sou totalmente contra qualquer novo imposto ou taxa.
A receita para o crescimento é simples, cortar despesa e baixar impostos. Neste momento o estado faz-me lembrar ouroboros, mas no fim quando ja não existir privado para consumir este tambem colapsa.
Então pela tua ideia não existia estado/sistema social?
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Espanha pondera reintroduzir imposto sobre grandes fortunas
24 Agosto 2011 | 00:01
Elisabete Miranda - elisabetemiranda@negocios.pt
Por cá, Cadilhe e Freitas Pereira já defenderam taxa sobre o património
Arrependido de ter acabado com o imposto sobre as grandes fortunas em 2008, nas vésperas da crise estalar, Zapatero poderá decidir pela sua reactivação ainda antes de deixar os espanhóis ir a eleições.
24 Agosto 2011 | 00:01
Elisabete Miranda - elisabetemiranda@negocios.pt
Por cá, Cadilhe e Freitas Pereira já defenderam taxa sobre o património
Arrependido de ter acabado com o imposto sobre as grandes fortunas em 2008, nas vésperas da crise estalar, Zapatero poderá decidir pela sua reactivação ainda antes de deixar os espanhóis ir a eleições.
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Re: Mais algumas ideias...
MarcoAntonio Escreveu:amartins42 Escreveu:Mais impostos ao Estado por parte dos ricos significa menos criação de emprego, pois são verbas canalizadas para alimentar Estados Gastadores em detrimento da criação de emprego, sendo menos riscos para os ricos, e um contributo generoso para o Estado...Contudo as familias vão continuar à espera de emprego como pão para a boca...
O Estado gasta dinheiro com alguma coisa, não o enterra num buraco no chão. Ora, o Estado é gastador com pessoas, através de bens e serviços... é para onde o dinheiro vai!
O dinheiro estar melhor na mão dos ricos ou na mão do Estado depende do que cada um deles vai fazer em exacto. Pode estar (na perspectiva do todo, isto é, de todos nós) mal de um lado ou do outro...
Apesar de eu já ter alertado umas três ou quatro vezes, noto que as pessoas continuam com o mesmíssimo tipo de generalização!
Ora, existem "ricos" que gastam dinheiro em coisas que são destrutivas para a economia (e que até lhes pode gerar lucros a eles), "ricos" que colocam uma boa parte em off-shores (por exemplo) ou ainda "ricos" que investem em actividades que geram riqueza (ou qualidade de vida) e que trazem um benefício a todos no global. Há de tudo!
E em relação ao Estado é mais ou menos a mesma coisa, havendo os Estados melhores e os piores (com melhor ou pior governação/gestão) o dinheiro que vai para o Estado não é todo mal empregue. Há o que é empregue em actividades, bens e serviços necessárias e que trazem um benefício global e também o que é mal gasto. E, na hora de cortar (se por exemplo se opta por cortar na despesa) por limitações práticas várias (políticas, sociais, de competência, etc) não se corta apenas no mau, corta-se também no que é bom.
Portanto, isto é francamente mais complexo do que "o dinheiro está bem é na mãos dos ricos porque eles geram emprego e tal" (não só porque nem sempre é verdade como ainda porque, mesmo quando é, parte desse emprego é prejudicial e trás a prazo mais mal estar do que bem estar).
Caro permita-me discordar da visão planificada da economia,
gastar dinheiro não gera qualquer riqueza e o estado quando o faz só cria distorções. Temos muitos casos no imobiliario, na bolsa, na energia. Numa economia livre todo o mau investimento seria liquidado.
MarcoAntonio Escreveu:Ora, existem "ricos" que gastam dinheiro em coisas que são destrutivas para a economia (e que até lhes pode gerar lucros a eles), "ricos" que colocam uma boa parte em off-shores (por exemplo) ou ainda "ricos" que investem em actividades que geram riqueza (ou qualidade de vida) e que trazem um benefício a todos no global. Há de tudo!
Neste caso cabe ao estado criar as condições para o capital fluir para a economia (impostos / burocracia / justiça / segurança ). Se o capital está a fluir para fora a culpa é do estado/governo por não criar condições e não do investidor.
Sou a favor da liberdade, o dinheiro nas mão das pessoas, as escolhas na mão do individuo.
Qualquer imposto taxa/beneficio subsidio cria distorções na cadeia de oferta e procura, que acabam por criar o mau investimento ou bolhas e fugas de capital.
Sobre o topico sou totalmente contra qualquer novo imposto ou taxa.
A receita para o crescimento é simples, cortar despesa e baixar impostos. Neste momento o estado faz-me lembrar ouroboros, mas no fim quando ja não existir privado para consumir este tambem colapsa.
Também me parece que, e aqui neste forum que a importância de relevância de fundamentação, o Sr Amorim o homem considerado mais rico pela Forbes, não tenha fundamentado tecnicamente/fundamentalmente a sua posição ao dizer que não se considera um homem rico e que é um trabalhador! Pelo menos deveria considerar que o que possa dizer pode criar uma posição extremista, isto é, pode considerar injusto mas é parvo dizer que não é rico, so faz que eu pense então paga e cala-te pq és e eu sei que és! Deveria explicar que é rico que gosta de pagar impostos e que quer colaborar para que o pais amanha estaja melhor, ou então dizer que é rico e que não quer pagar pq não acredita nos politicos e nos Portugueses.
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Re: Mais algumas ideias...
MarcoAntonio Escreveu:amartins42 Escreveu:Mais impostos ao Estado por parte dos ricos significa menos criação de emprego, pois são verbas canalizadas para alimentar Estados Gastadores em detrimento da criação de emprego, sendo menos riscos para os ricos, e um contributo generoso para o Estado...Contudo as familias vão continuar à espera de emprego como pão para a boca...
O Estado gasta dinheiro com alguma coisa, não o enterra num buraco no chão. Ora, o Estado é gastador com pessoas, através de bens e serviços... é para onde o dinheiro vai!
O dinheiro estar melhor na mão dos ricos ou na mão do Estado depende do que cada um deles vai fazer em exacto. Pode estar (na perspectiva do todo, isto é, de todos nós) mal de um lado ou do outro...
Apesar de eu já ter alertado umas três ou quatro vezes, noto que as pessoas continuam com o mesmíssimo tipo de generalização!
Ora, existem "ricos" que gastam dinheiro em coisas que são destrutivas para a economia (e que até lhes pode gerar lucros a eles), "ricos" que colocam uma boa parte em off-shores (por exemplo) ou ainda "ricos" que investem em actividades que geram riqueza (ou qualidade de vida) e que trazem um benefício a todos no global. Há de tudo!
E em relação ao Estado é mais ou menos a mesma coisa, havendo os Estados melhores e os piores (com melhor ou pior governação/gestão) o dinheiro que vai para o Estado não é todo mal empregue. Há o que é empregue em actividades, bens e serviços necessárias e que trazem um benefício global e também o que é mal gasto. E, na hora de cortar (se por exemplo se opta por cortar na despesa) por limitações práticas várias (políticas, sociais, de competência, etc) não se corta apenas no mau, corta-se também no que é bom.
Portanto, isto é francamente mais complexo do que "o dinheiro está bem é na mãos dos ricos porque eles geram emprego e tal" (não só porque nem sempre é verdade como ainda porque, mesmo quando é, parte desse emprego é prejudicial e trás a prazo mais mal estar do que bem estar).
Luucido e Cristalino.
Tal e Qual !


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Antes de mais quero agradecer as vossas opiniões e disponibilidade que tem nos vossos posts, dado que a 1 ano que vos leio e aprendo. e reforço aprendi muito. Ainda não investi pq cada dia que passa acho que sei menos. O que também acho que é bom. Directo ao assunto em causa sem me alongar. Situações extremas exigem medidas extremas. Se aceitei (considero-me de classe média baixa em PT, e a nivel mundial rico, a partir do conceito a dada altura que se dizia que a partir de 50.000€ de patrimonio fazia parte 10% dos mais ricos) que esse esforço se bem utilizado e aqui ressalvo a boa utlização dos fundos, seria para o bem de todos, qual o problema? A minha duvida e penso que é sempre a duvida é o que é que representa (quantitativamente) estas Taxas. Diga-me representa 1% PIB 2??? Preciso dessa informação para poder me importar se devo ou não pensar no assunto. Pq nem sequer quero estar preocupado em pensar se é justo ou não. Pq acho que existe um limite de necessidades finaceiras a partir desse limite é unicamente estupidez Humana, que admito que a tenho e egoismo estupido.
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Re: Mais algumas ideias...
amartins42 Escreveu:Mais impostos ao Estado por parte dos ricos significa menos criação de emprego, pois são verbas canalizadas para alimentar Estados Gastadores em detrimento da criação de emprego, sendo menos riscos para os ricos, e um contributo generoso para o Estado...Contudo as familias vão continuar à espera de emprego como pão para a boca...
O Estado gasta dinheiro com alguma coisa, não o enterra num buraco no chão. Ora, o Estado é gastador com pessoas, através de bens e serviços... é para onde o dinheiro vai!
O dinheiro estar melhor na mão dos ricos ou na mão do Estado depende do que cada um deles vai fazer em exacto. Pode estar (na perspectiva do todo, isto é, de todos nós) mal de um lado ou do outro...
Apesar de eu já ter alertado umas três ou quatro vezes, noto que as pessoas continuam com o mesmíssimo tipo de generalização!
Ora, existem "ricos" que gastam dinheiro em coisas que são destrutivas para a economia (e que até lhes pode gerar lucros a eles), "ricos" que colocam uma boa parte em off-shores (por exemplo) ou ainda "ricos" que investem em actividades que geram riqueza (ou qualidade de vida) e que trazem um benefício a todos no global. Há de tudo!
E em relação ao Estado é mais ou menos a mesma coisa, havendo os Estados melhores e os piores (com melhor ou pior governação/gestão) o dinheiro que vai para o Estado não é todo mal empregue. Há o que é empregue em actividades, bens e serviços necessárias e que trazem um benefício global e também o que é mal gasto. E, na hora de cortar (se por exemplo se opta por cortar na despesa) por limitações práticas várias (políticas, sociais, de competência, etc) não se corta apenas no mau, corta-se também no que é bom.
Portanto, isto é francamente mais complexo do que "o dinheiro está bem é na mãos dos ricos porque eles geram emprego e tal" (não só porque nem sempre é verdade como ainda porque, mesmo quando é, parte desse emprego é prejudicial e trás a prazo mais mal estar do que bem estar).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Mais algumas ideias...
Não seria melhor os ricos criarem emprego em vez de entregarem mais dinheiro aos Estados? Se os Estados absorveram grande parte da riqueza criada, por terem atribuido demasiados apoios na área social, sem sustentação economica,dando origem à crise.
Mais impostos ao Estado por parte dos ricos significa menos criação de emprego, pois são verbas canalizadas para alimentar Estados Gastadores em detrimento da criação de emprego, sendo menos riscos para os ricos, e um contributo generoso para o Estado...Contudo as familias vão continuar à espera de emprego como pão para a boca...
Mais impostos ao Estado por parte dos ricos significa menos criação de emprego, pois são verbas canalizadas para alimentar Estados Gastadores em detrimento da criação de emprego, sendo menos riscos para os ricos, e um contributo generoso para o Estado...Contudo as familias vão continuar à espera de emprego como pão para a boca...
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Noob Escreveu:As sociedades mais desenvolvidas têm por norma um diferencial económico entre classes menor, logo acredito que o caminho será lógico ao ver a nossa sociedade.( falo em sociedade mais desenvolvidas e não necessariamente mais ricas, que também o são geralmente
Exacto, pelo que a luta deve ser para que as classes mais pobres possam ter rendimentos superiores, sobretudo salários. Para isso devemos querer que as empresas sejam mais competitivas, para que possam pagar melhor.
Espero que a sugestão não seja retirar aos ricos e entregar aos pobres, sob a forma de subsídio ou para que estado crie mais organismos, com emprego bem pago para os pobres, que é a versão mais popular em Portugal.
Aliás, qualquer governo que queira tomar medidas para ajudar as empresas a serem mais competitivas é logo acusado de estar a ajudar os ricos.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Noob Escreveu:A discussão aqui é acesa,fala-se em ricos e impostos e dá nisto.
Aproveito para colocar alguns pensamentos :
As sociedades mais desenvolvidas têm por norma um diferencial económico entre classes menor, logo acredito que o caminho será lógico ao ver a nossa sociedade.( falo em sociedade mais desenvolvidas e não necessariamente mais ricas, que também o são geralmente )
A sector económico e financeiro não terá por base o desenvolvimento produtivo ? foi esta a raiz criadora, penso eu e se assim é não teremos desvirtuado este aspecto ao longo do tempo e estejamos agora a pagar por isso ?
Eu sou a favor de uma subida de impostos aos "ricos", ou descida aos "pobres" como preferirem mas penso que são frases que soltas não caem bem pois sou ainda mais a favor de :
-Racionalização do estado e afins
-Controle e justiça fiscal
-Controle de apoios
e gostaria ainda de ver um rumo a longo prazo e um assumir de apostas o que me entristece é os ciclos políticos que governam para o voto e um vai na onda do europeu cego.

ora bem, alguém sensato e que não entra em maniqueísmos políticos.
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A discussão aqui é acesa
,fala-se em ricos e impostos e dá nisto.
Aproveito para colocar alguns pensamentos :
As sociedades mais desenvolvidas têm por norma um diferencial económico entre classes menor, logo acredito que o caminho será lógico ao ver a nossa sociedade.( falo em sociedade mais desenvolvidas e não necessariamente mais ricas, que também o são geralmente )
A sector económico e financeiro não terá por base o desenvolvimento produtivo ? foi esta a raiz criadora, penso eu e se assim é não teremos desvirtuado este aspecto ao longo do tempo e estejamos agora a pagar por isso ?
Eu sou a favor de uma subida de impostos aos "ricos", ou descida aos "pobres" como preferirem mas penso que são frases que soltas não caem bem pois sou ainda mais a favor de :
-Racionalização do estado e afins
-Controle e justiça fiscal
-Controle de apoios
e gostaria ainda de ver um rumo a longo prazo e um assumir de apostas o que me entristece é os ciclos políticos que governam para o voto e um vai na onda do europeu cego.

Aproveito para colocar alguns pensamentos :
As sociedades mais desenvolvidas têm por norma um diferencial económico entre classes menor, logo acredito que o caminho será lógico ao ver a nossa sociedade.( falo em sociedade mais desenvolvidas e não necessariamente mais ricas, que também o são geralmente )
A sector económico e financeiro não terá por base o desenvolvimento produtivo ? foi esta a raiz criadora, penso eu e se assim é não teremos desvirtuado este aspecto ao longo do tempo e estejamos agora a pagar por isso ?
Eu sou a favor de uma subida de impostos aos "ricos", ou descida aos "pobres" como preferirem mas penso que são frases que soltas não caem bem pois sou ainda mais a favor de :
-Racionalização do estado e afins
-Controle e justiça fiscal
-Controle de apoios
e gostaria ainda de ver um rumo a longo prazo e um assumir de apostas o que me entristece é os ciclos políticos que governam para o voto e um vai na onda do europeu cego.
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