Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
MarcoAntonio Escreveu:Os impostos mais seguros são os impostos sobre o "consumo" e sobre o "trabalho dependente" porque estes não podem fugir facilmente (nem fisicamente nem fiscalmente).
Os impostos sobre o consumo são socialmente injustos e são um atestado à incapacidade do Estado em cobrar os impostos (progressivos) sobre o rendimento.
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AutoMech Escreveu:
Ora lê lá bem o que escreveste Master.
O Mkpt falou dos ricos que criam emprego e tu disparaste logo que só criam emprego directo, mas questionaste quanto desemprego geram indirectamente (com uma insinuação velada de que a taxa de desemprego aumentou). Daí o meu raciocinio. Então acabam-se com esses ricos que geram emprego directo para que se aumente o emprego indirecto. Limitei-me a seguir o teu raciocínio
Numa sociedade de consumo, os "pobres" geram (proporcionalmente) mais emprego que os "ricos", não geram menos.
Os "ricos" poupam/economizam/acumulam, os "pobres" não.
Como não o fazem, o dinheiro que estes recebem vai todo de volta para a economia garantindo o emprego (e os impostos).
Praticamente até ao último cêntimo...
Se pegarmos em algum do dinheiro dos "ricos" e distribuirmos pelos "pobres" o que vai acontecer é que aumenta o consumo de bens e serviços. Os "pobres" não passam imediatamente a economizar/amealhar esse "excesso", parte dele vai para consumo se não praticamente todo na "fase inicial" desta transferência.
Mas, como disse no outro post, há outros problemas: os "pobres" têm menos mobilidade, é mais fácil transferir o capital para outro país ou investir numa empresa no país X em lugar de o investir no país Y do que ao "pobre" emigrar, por exemplo.
Isto não só pode ter efeitos negativos como tornar os impostos sobre o capital ineficazes. Os impostos mais seguros são os impostos sobre o "consumo" e sobre o "trabalho dependente" porque estes não podem fugir facilmente (nem fisicamente nem fiscalmente).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:masterpro Escreveu:Agora se o Patrão for despedir alguém, a contratar será para pagar menos
Já pensaste que se o patrão contrata alguém a pagar menos, então é porque há alguém que está disposto a trabalhar por menos?
Concretizemos: o patrão despede alguém que ganha 1000 e a seguir contrata alguém para a mesma função por 600. Achas que o candidato não devia aceitar o trabalho? Vais censurá-lo por aceitar os 600? Não estamos a falar de um acordo entre duas partes?
E mais Elias. Ao impedir isso através de legislação, o que estamos a dizer é que o individuo que já está na empresa tem mais direito a esse trabalho do que o outro que o cobiça por um ordenado inferior. É uma enorme desigualdade para quem não tem emprego, embora pouca gente o veja. Todos falam no coitadinho do desempregado, mas apoiam sem reservas a legislação que trama esse desempregado.
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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Elias Escreveu:Mares Escreveu:Alimentação é em supermercados ligados às grandes cadeias (infelizmente o comércio tradicional não se soube organizar e praticamente desapareçeu).
Mas ao ires aos supermercados das grandes cadeias estás a contribuir para reduzir ainda mais a procura pelos pequenos comércios - e não me digas que na tua zona não encontras uma mercearia, uma frutaria, um talho...
Por coincidência, o que têm aqui mais perto (dá para ír a pé) é o Lidl e o Pingo Doce.
Nunca entendí os motivos pelos quais os pequenos comerciantes nunca criaram espaços comuns, onde todos poderiam têr o seu comércio, serem competitivos, criarem associações com comerciantes de outra regiões das cidades, fazerem compras em conjunto, ...
Em vez disso cada um preferíu ficar com a sua "tasca"...
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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Elias Escreveu:tranks Escreveu:apenas não o faço porque não percebo o suficiente (se é que alguma coisa) do assunto...e não vejo onde possa estar a demagogia nisso.
Não o podendo quantificar, pelo menos posso qualificar sugerindo um nome: seria qualquer coisa como "taxa solidária" ou ainda "taxa filantrópica".
Sobre os rendimentos ou sobre o património?
E já agora podes sugerir um número?
Pois, a dificuldade, acredito, começaria logo por aí...Poderia até incidir sobre os dois, desde que se encontrasse um equilíbrio justo.
Sobre o rendimento, talvez escapassem os menos escrupulosos (os tais que declaram "salários mínimos" como já li por aí). Além disso, acho que o rendimento não reflecte de forma óbvia o facto de se poder ser rico.
Sobre o património seria sempre difícil quando determinado rico tivesse muitos bens não facilmente quantificáveis (p.e. obras de arte). E aqui, mais uma vez, teríamos os menos escrupulosos com bens não declarados ou em off-shores...
Mesmo assim, acho que a taxa deveria incidir preferencialmente sobre o património.
Outra dificuldade seria também definir a partir de quando é que se passaria a aplicar essa taxa (i.e a partir de quando é que se é rico...).
Quanto a valores, deveria ser algo marginal (o suficiente para dissuadir a evasão). Do tipo 0,5-1%?
Como vês, não te sei responder, de forma técnica, como se poderia fazer isso. No entanto, insisto, a ideia parece-me socialmente equilibrada.
Editado pela última vez por tranks em 23/8/2011 19:10, num total de 1 vez.
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Os ricos não devem pagar a crise, mas quando temos um sistema de taxação que beneficia mais o capital que o trabalho talvez faça sentido uma taxação extra para quem tem mais.
E note-se que até o Warren Buffet defende isto... (entre outros como o Bill Gates...)
E agora são os ricos franceses a dizer o mesmo...
E note-se que até o Warren Buffet defende isto... (entre outros como o Bill Gates...)
E agora são os ricos franceses a dizer o mesmo...
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Elias Escreveu:masterpro Escreveu:Agora se o Patrão for despedir alguém, a contratar será para pagar menos
Já pensaste que se o patrão contrata alguém a pagar menos, então é porque há alguém que está disposto a trabalhar por menos?
Concretizemos: o patrão despede alguém que ganha 1000 e a seguir contrata alguém para a mesma função por 600. Achas que o candidato não devia aceitar o trabalho? Vais censurá-lo por aceitar os 600? Não estamos a falar de um acordo entre duas partes?
claro que há pessoas dispostas a fazer o trabalho por menos, com menos qualificações e menor conhecimento, porque é que achas que existem as derrapagens nas Obras, os maus cálculos, orçamentação e execução?
Já vi pessoal a trabalhar na minha área com apenas conhecimentos em Windows ... na óptica do utilizador... o que vão fazendo é copiando o que vêem, quando não copiam mal, copiam o que está mal :p
Esse é o espelho do nosso país e das nossas grandes obras, onde o lesado é sempre o contribuinte, o que paga mais e menos pode por obras que derrapam quase sempre, e não são pequenas derrapagens...
Esta é a meu ver uma das vertentes mais lesivas da nossa economia.






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AutoMech Escreveu:Nem me atrevo a perguntar qual é o conceito de precariedade. Para mim precariedade é a pessoa ser despedida hoje e não encontrar trabalho amanhã, porque a maioria das empresa têm medo de contratar. Mas para a maioria das pessoas precariedade é a pessoa não fazer parte do inventário da empresa para o resto da vida.
Exacto AutoMech. Lembro-me de ouvir o Paulo Portas dizer isto:
Eu prefiro um contrato efetivo que um contrato a termo, um contrato a termo a um recibo verde e um recibo verde ao desemprego. Em tempo de recessão, com tanta falência e pouca confiança nas empresas eu prefiro um contrato a termo que se renova do que um contrato a termo que vai acabar
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masterpro Escreveu:Estamos de acordo neste ponto, apenas na parte em que a lei é demasiado rígida
Agora se o Patrão for despedir alguém, a contratar será para pagar menos, e ao fazer isto pode ir baixando o valor da mão de obra de tal modo a que mão de obra especializada em Portugal em determinadas áreas vai para fora do país,
A partir do momento em que a empresa não encontra mão de obra especializada passa a pagar mais e vê-se o movimento contrário. Isso é o mercado a funcionar Master.
masterpro Escreveu:A flexibilidade no despedimento não deveria de servir de desculpa para a precariedade no trabalho e serve.
Nem me atrevo a perguntar qual é o conceito de precariedade. Para mim precariedade é a pessoa ser despedida hoje e não encontrar trabalho amanhã, porque a maioria das empresa têm medo de contratar. Mas para a maioria das pessoas precariedade é a pessoa não fazer parte do inventário da empresa para o resto da vida.
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masterpro Escreveu:Agora se o Patrão for despedir alguém, a contratar será para pagar menos
Já pensaste que se o patrão contrata alguém a pagar menos, então é porque há alguém que está disposto a trabalhar por menos?
Concretizemos: o patrão despede alguém que ganha 1000 e a seguir contrata alguém para a mesma função por 600. Achas que o candidato não devia aceitar o trabalho? Vais censurá-lo por aceitar os 600? Não estamos a falar de um acordo entre duas partes?
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masterpro Escreveu:AutoMech Escreveu:masterpro Escreveu:ok é tudo muito giro geram emprego directo, e indirectamente quanto desemprego geram? ou a Taxa de Desemprego aumenta por obra e graça do Espírito Santo.
Portanto deduzindo ao contrário, o melhor é acabar com os ricos, aumentando o desemprego directo o que vai, automaticamente criar emprego indirecto, baixando a taxa de desemprego total.
Ou seja eu digo criar impostos e aumentar ou melhorar a regulação e tu ouves acabar com os ricos.... tá certo loooooooool
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Ora lê lá bem o que escreveste Master.
O Mkpt falou dos ricos que criam emprego e tu disparaste logo que só criam emprego directo, mas questionaste quanto desemprego geram indirectamente (com uma insinuação velada de que a taxa de desemprego aumentou). Daí o meu raciocinio. Então acabam-se com esses ricos que geram emprego directo para que se aumente o emprego indirecto. Limitei-me a seguir o teu raciocínio

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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Mares Escreveu:(Não quero com isto desresponsabilizar quem se endividou... mas não existe o mesmo critério para a falência do cidadão ou dos "donos do dinheiro").
Não concordo contigo Mares. Em Portugal as empresas vão à falência com grande facilidade. As únicas que têm um tratamento especial são as financeiras. No entanto, não me vês defender que devem ser imunes à falência, ainda que admita que, por ser o único sector que é brutalmente alavancado brutalmente, tenhamos de ter cuidado porque a falência do sistema financeiro arrasta toda a economia (não confundir isto com negociatas tipo BPN ou BPP em que o risco sistémico era duvidoso)
Mares Escreveu:Não, criou até muitos empregos... com salários ligeiramente acima do salário mínimo...
Mares, uma vez que não são as mesmas pessoas (as que perderam o trabalho e a que o ganharam), ao impedires a criação de hipermercados, onde alguém voluntariamente está disposto a trabalhar pelo salário mínimo, aquilo que estás a dizer é que os antigos comerciantes tinham mais direito aos seus empregos, porque eram melhor remunerados, do que estes novos empregados que são pagos pelo salário mínimo. Estás implicitamente a dizer que alguém tem mais direito a um trabalho do que outro.
Mares Escreveu:"Como é que um hipermercado (ou o acto de ir ao hipermercado) te cria uma sensação de riqueza ?"
Sim, mas eu estava era a tentar perceber como é que ir ao Colombo me traz uma sensação de riqueza ?
Quanto muito traz-me é de pobreza por veres tantas coisas porreiras e não as poderes comprar.
Mares Escreveu:Excesso de contrução habitacional ou de áreas comerciais partem das mesmas premissas e tem como base o mesmo erro... tenha sído ele praticado pela família ou pelo empresário.
Mas então o que é que sugeres ? Que o estado determine quantos dentistas deve haver num sitio, quantas mercearias, quantas oficinas, etc. para se certificar que ninguém vai à falência ?
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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Mares Escreveu:Alimentação é em supermercados ligados às grandes cadeias (infelizmente o comércio tradicional não se soube organizar e praticamente desapareçeu).
Mas ao ires aos supermercados das grandes cadeias estás a contribuir para reduzir ainda mais a procura pelos pequenos comércios - e não me digas que na tua zona não encontras uma mercearia, uma frutaria, um talho...
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Elias Escreveu:masterpro Escreveu:rego.
ok é tudo muito giro geram emprego directo, e indirectamente quanto desemprego geram? ou a Taxa de Desemprego aumenta por obra e graça do Espírito Santo.
masterpro, se a nossa lei laboral fosse menos rígida, os empregos surgiam tão depressa como desapareciam. Acontece que é muito difícil despedir e por isso os patrões não contratam, logo não se geram novos empregos.
Estamos de acordo neste ponto, apenas na parte em que a lei é demasiado rígida

Agora se o Patrão for despedir alguém, a contratar será para pagar menos, e ao fazer isto pode ir baixando o valor da mão de obra de tal modo a que mão de obra especializada em Portugal em determinadas áreas vai para fora do país, eu vejo na minha área, ainda sou dos poucos do pessoal que conheço no ramo que se mantém no país, e é apenas por ter estabilidade no emprego, porque a partir da altura que não tenha vou para fora, pagam bem mais e com melhores horários e condições ( Informática - redes )
A flexibilidade no despedimento não deveria de servir de desculpa para a precariedade no trabalho e serve.







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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Elias Escreveu:Mares Escreveu:Não, criou até muitos empregos... com salários ligeiramente acima do salário mínimo...
Antes tinhas comerciantes que lhes permitía sustentarem uma família dignamente.
Mares, diz-me lá, com toda a sinceridade: fazes as tuas compras em shoppings? Ou recusas-te a entrar nesses espaços e recorres unicamente ao comércio tradicional?
Roupa e calçado é no comércio tradicional.
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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Mares Escreveu:Não, criou até muitos empregos... com salários ligeiramente acima do salário mínimo...
Antes tinhas comerciantes que lhes permitía sustentarem uma família dignamente.
Mares, diz-me lá, com toda a sinceridade: fazes as tuas compras em shoppings? Ou recusas-te a entrar nesses espaços e recorres unicamente ao comércio tradicional?
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AutoMech Escreveu:masterpro Escreveu:ok é tudo muito giro geram emprego directo, e indirectamente quanto desemprego geram? ou a Taxa de Desemprego aumenta por obra e graça do Espírito Santo.
Portanto deduzindo ao contrário, o melhor é acabar com os ricos, aumentando o desemprego directo o que vai, automaticamente criar emprego indirecto, baixando a taxa de desemprego total.
Ou seja eu digo criar impostos e aumentar ou melhorar a regulação e tu ouves acabar com os ricos.... tá certo loooooooool







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Mkpt Escreveu:A mim parece-me que rico só é rico se acumular dinheiro/bens.
E já paga impostos dos rendimentos e bens que possui.
E que há por aí muitos pobres que andam a pagar lcd's, Audis's ou BMW's ou Mercedes, iPhone's ['telemóveis' é coisa rasca, iPhone é o que está a dar, mesmo que não usufruam das suas potencialidades] e viajam até ao ALLgarve ou mesmo para o exterior [quando no resto do ano andam a contar os tostões ao fim mês].
Não entendi o que é que querias transmitir com esta passagem. Então os "pobres" que referes não se fartam de pagar impostos nessas aquisições?
Mkpt Escreveu:Que culpa tem quem enriquece dos outros não enriquecerem?!?
Vamos castigar com excesso de impostos quem gera emprego?!?
Continuo sem perceber a quem te referes. Os "pobres" a que aludiste fartam-se de gerar emprego com o consumo que fazem, seja de bens ou serviços...
Mkpt Escreveu:
E depois.. quem é que vai estar disposto a investir o que tem e/ou a endividir-se para gerar emprego se o que ganhar vai directo para o Estado aka para os outros?
Os "pobres", aparentemente.
Bem ou mal, já o estão a fazer...
Referes-te ao momento em que eles estiverem tão atolados de impostos e dívidas que já não conseguem pagar, é isso?
O problema de "sobre-penalizar" o capital é que o capital é muito móvel, é mais móvel que as pessoas.
Por essa razão, é mais fácil taxar o consumo e o rendimento do trabalho. E têm sido estes que têm sido especialmente taxados e penalizados (é preciso enumerar?).
Mas relativamente ao teu post, confesso que não percebi... fiquei com a impressão que ilustraste o oposto do que pretendias. Mas admito que eventualmente entendi mal...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 23/8/2011 17:40, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Mares Escreveu:AutoMech Escreveu:masterpro Escreveu:Mas concordas comigo quando digo que o dinheiro é finito? e que sendo este bem um bem finito, ao diminuir num lado e aumentar no outro numa proporção em que a sua dimensão seja lesiva para um dos lados, sejam os lados qual forem, é porque existiu pouca regulação ou nenhuma?
Portanto, se percebo o teu raciocínio Master, os principais responsáveis de termos tido défices sucessivos desde o 25 de Abril, pela dívida ter subido para valores astronómicos e pelo facto do nosso défice comercial se ter tornado insustentável é basicamente dos ricos ?
Já te ocorreu que o tipo que comprou o LCD ultimo modelo, com 24 prestações, porque não tinha dinheiro mas não podia ficar atrás do vizinho, também espetou o prego no caixão ? Esse também é rico ?
Dois dos mais ricos de Portugal (que estão na tua lista), Belmiro de Azevedo e Alexandre dos Santos, poderão têr contribuído para a crise, já que parte dos produtos vendídos nas suas cadeias de supermercados são importados.
O aparecimento das grandes superfícies dizimou o comércio local, levando muitas famílias para o desemprego.
As grandes superfícies ou "catedrais do consumo" impulsionaram o consumo além do necessário.
As superfícies comerciais criaram a sensação de uma falsa riqueza.
Os investimentos nessas superfícies foram muito além do crescimento real da economia, somente dirigído para o consumo e que irá colocar muito lojista de shoping em situação de pré-falência.
Se eles devem ser chamados para participar na resolução desta crise... quase certamente.
Como? Possivelmente corrigíndo parte destes erros.
Não me parece que o Belmiro tenha andado de caçadeira atrás de clientes para que estes comprem nos hipermercados dele e que frequentem os centros comerciais.
Ele apenas respondeu com investimento próprio para cobrir novas necessidades.
Mesmo que as 'necessidades' tenham sido criadas por ele/campanhas de marketing que fez, só vai em publicidades e 'novas modas' quem quer, julgo eu.
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masterpro Escreveu:rego.
ok é tudo muito giro geram emprego directo, e indirectamente quanto desemprego geram? ou a Taxa de Desemprego aumenta por obra e graça do Espírito Santo.
masterpro, se a nossa lei laboral fosse menos rígida, os empregos surgiam tão depressa como desapareciam. Acontece que é muito difícil despedir e por isso os patrões não contratam, logo não se geram novos empregos.
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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
AutoMech Escreveu:Mares Escreveu:Dois dos mais ricos de Portugal (que estão na tua lista), Belmiro de Azevedo e Alexandre dos Santos, poderão têr contribuído para a crise, já que parte dos produtos vendídos nas suas cadeias de supermercados são importados.
Claro Mares, eles apontam uma pistola à pessoa, dizem-lhe para comprar um LCD a crédito e a pessoa não tem outro remédio senão aceitar. É a típica mentalidade da desresponsabilização do individuo, tão conveniente em Portugal.Mares Escreveu:O aparecimento das grandes superfícies dizimou o comércio local, levando muitas famílias para o desemprego.
E não criou um único posto de trabalho. As grandes superfícies são operadas por robots.Mares Escreveu:As grandes superfícies ou "catedrais do consumo" impulsionaram o consumo além do necessário.
Qual é a definição de necessário ?Mares Escreveu:As superfícies comerciais criaram a sensação de uma falsa riqueza.
Se dissesses que a concessão fácil de crédito é que provocou uma sensação de falsa riqueza eu concordava.
Como é que um hipermercado (ou o acto de ir ao hipermercado) te cria uma sensação de riqueza ?Mares Escreveu:Os investimentos nessas superfícies foram muito além do crescimento real da economia, somente dirigído para o consumo e que irá colocar muito lojista de shoping em situação de pré-falência.
Se foi ou não cabe a quem lá está aferir. Se tu montares uma loja ou uma empresa és tu que tens de aferir se é viável. Não é o estado ou uma entidade. É um principio básico do livre mercado. A não ser que defendas que o estado defina por cada área do pais quantas sapatarias devem existir, quantas lavandarias, quantas pastelarias, etc.
" típica mentalidade da desresponsabilização do individuo, tão conveniente em Portugal"...
É isso mesmo que vêmos.... os bancos podem falír e o Estado injecta milhares de milhões... as famílias estão sufocadas em dívidas e o Estado condena-as.
(Não quero com isto desresponsabilizar quem se endividou... mas não existe o mesmo critério para a falência do cidadão ou dos "donos do dinheiro").
"E não criou um único posto de trabalho. As grandes superfícies são operadas por robots."
Não, criou até muitos empregos... com salários ligeiramente acima do salário mínimo...
Antes tinhas comerciantes que lhes permitía sustentarem uma família dignamente.
"Qual é a definição de necessário ?"
Agora as pessoas estão a (re)descobrir o que é necessário e o que é inútil.
"Como é que um hipermercado (ou o acto de ir ao hipermercado) te cria uma sensação de riqueza ?"
Refiro-me aos shopings... não aos hipermercados. Mas ambos estão baseados no consumo e não na produçao.
"Se foi ou não cabe a quem lá está aferir. Se tu montares uma loja ou uma empresa és tu que tens de aferir se é viável."
Excesso de contrução habitacional ou de áreas comerciais partem das mesmas premissas e tem como base o mesmo erro... tenha sído ele praticado pela família ou pelo empresário.
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masterpro Escreveu:ok é tudo muito giro geram emprego directo, e indirectamente quanto desemprego geram? ou a Taxa de Desemprego aumenta por obra e graça do Espírito Santo.
Portanto deduzindo ao contrário, o melhor é acabar com os ricos, aumentando o desemprego directo o que vai, automaticamente criar emprego indirecto, baixando a taxa de desemprego total.

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tranks Escreveu:apenas não o faço porque não percebo o suficiente (se é que alguma coisa) do assunto...e não vejo onde possa estar a demagogia nisso.
Não o podendo quantificar, pelo menos posso qualificar sugerindo um nome: seria qualquer coisa como "taxa solidária" ou ainda "taxa filantrópica".
Sobre os rendimentos ou sobre o património?
E já agora podes sugerir um número?
tranks Escreveu:Mas em relação ao Buffett, podes ao menos opinar sobre o facto de ele ter defendido aquilo?
Não vi a notícia em pormenor, mas sendo o Buffett uma figura pública vejo isso mais com um investimento na imagem dele que outra coisa.
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Mkpt Escreveu:A mim parece-me que rico só é rico se acumular dinheiro/bens.
E já paga impostos dos rendimentos e bens que possui.
E que há por aí muitos pobres que andam a pagar lcd's, Audis's ou BMW's ou Mercedes, iPhone's ['telemóveis' é coisa rasca, iPhone é o que está a dar, mesmo que não usufruam das suas potencialidades] e viajam até ao ALLgarve ou mesmo para o exterior [quando no resto do ano andam a contar os tostões ao fim mês].
Que culpa tem quem enriquece dos outros não enriquecerem?!?
Vamos castigar com excesso de impostos quem gera emprego?!?
E depois.. quem é que vai estar disposto a investir o que tem e/ou a endividir-se para gerar emprego se o que ganhar vai directo para o Estado aka para os outros?
Em alturas difíceis o extremismo vem ao de cima.
No caso de crises económicas é os ideias de extrema esquerda/comunismo..
Que houve alguns benefícios indevidos sim..houve, como o caso da banca. E isso é fácil de acabar.
Mas alguns benefícios para quem invista e vá gerar emprego, sim, deve continuar a haver.
Haver alguns apoios [sob a forma de taxas/impostos reduzidos] para quem faz o país andar para a frente deve haver sempre - desde que se garanta que não 'fuja' daqui a meia dúzia de anos para outro país onde consiga mais benefícios/mão de obra mais barata.
Ao contrário do que se tem passado, por exemplo, na Agricultura e na Pesca, onde se paga para não produzirem e para abater barcos...
Não se deve pensar em curar a doença com um analgésico. O problema vai continuar lá.
E o efeito na verdade a longo prazo é pior do que se não fizer nada - quem tem riqueza vai deixar de investir, havendo perca de potenciais empregos, e até vai levar a fuga de capitais.
A 'cura' deve ser feita e atacada em 'força' com antibióticos....: cortar com a despesa e incentivar ao trabalho e promover o investimento e produção nacional.
O problema do défice do Estado não está do lado da receita. Está sim do lado da despesa....
Eu acho piada a essa história do geram emprego.
ok é tudo muito giro geram emprego directo, e indirectamente quanto desemprego geram? ou a Taxa de Desemprego aumenta por obra e graça do Espírito Santo.






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Re: Impostos especiais sobre os muito ricos, fará sentido?
Mares Escreveu:O aparecimento das grandes superfícies dizimou o comércio local, levando muitas famílias para o desemprego.
O aparecimento do automóvel dizimou os negócios ligados à ferrovia, como por exemplo os bares que havia nas estações de caminho de ferro, levando muitas famílias para o desemprego.
O aparecimento das auto-estradas prejudicou e muito os pequenos negócios de restauração nas "terras", levando muitas famílias para o desemprego.
O aparecimento dos telemóveis dizimou os pequenos comerciantes que tinham as suas lojas com postos públicos onde ganhavam algum com as chamadas que as pessoas faziam, sendo forçados a fechar as suas lojas.
O aparecimento dos aviões dizimou os negócios dos autocarros de longo curso, e muitas empresas tiveram que fechar, levando mais gente para o desemprego.
O aparecimento da Internet dizimou os serviços de correios, incluindo muitos pequenos negócios que deles dependiam.
O aparecimento dos video clubes rebentou com os cinemas, muitos dos quais fecharam e tiveram de despedir pessoal.
O aparecimento das impressoras com capacidade de copiar documentos dizimou os pequenos empresários que tinham casas de fotocópias.
O aparecimento do bacalhau congelado rebentou com o negócio do bacalhau tradicional, muitos tiveram que fechar.
O aparecimento dos computadores rebentou com o negócio das máquinas de escrever e as empresas que as fabricavam e vendiam fecharam.
E por aí fora, podemos continuar esta lista indefinidamente...
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