[Off-Topic] Impacto Europeu dos Motins de Londres
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Re: Polícia apanhado em flagrante em Londres: Agente provoca
vultur Escreveu:Polícia apanhado em flagrante em Londres: Agente provocador ?
http://economico.sapo.pt/forumbolsa/ind ... ;board=2.0
11 dias para uma teoria da conspiração. Estás a perder qualidades Vultur.

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Polícia apanhado em flagrante em Londres: Agente provocador
Polícia apanhado em flagrante em Londres: Agente provocador ?
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Olha que viemos todos de Africa, pá, uns vieram há mais tempo, outros chegaram agora, mas vai tudo dar ao mesmo...
O que interessa não é a cor... Até podiam ser imigrantes brancos vindos de um país qualquer, se consistentemente esses imigrantes não se adaptassem e mostrassem problemas sociais não há razões para deixar entrar mais...
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Já fui emigrante. Muitos dos portugueses que foram para onde estive, foram sem nada nos bolsos. Foram fazer os trabalhos que toda a gente podia fazer (obras, limpezas, fábricas, etc.), e chegam a ser aos milhares em certas cidades/comunidades. Foram acima de tudo lutar por uma vida melhor e ao fim duns anos a fazer trabalhos normais, têm casas, filhos na universidade, etc.
Não vi portugueses a ir viver para bairros sociais, tentar viver à custa do RSI e contribuir para a criminalidade do país.
Podemos tentar ser politicamente correctos. Mas a imigração não é toda igual.
Não vi portugueses a ir viver para bairros sociais, tentar viver à custa do RSI e contribuir para a criminalidade do país.
Podemos tentar ser politicamente correctos. Mas a imigração não é toda igual.
Tosh (ou melhor, Peter Tosh, só pra picar-te um pouco mais),
[quote="Tosh5457 Com a raça está associada um comportamento em grupo, uma parte devido a factores genéticos e outra parte devido a factores culturais.[/quote]
Imagino que estejas a brincar quando falas em genética.
Diz-me lá: como é que identificas um preto?
Opção A: Recolho uma amostra de cuspe e verifico se o DNA tem o gene XYZ-Black.
Opção B: Tiro-lhe uma foto e comparo com uma escala Pantone de cores - se tiver mais de 15% de cinza é preto.
Opção C: Qualquer um que tenha a pele mais escura que a minha.
-x-x-x-
Olha que viemos todos de Africa, pá, uns vieram há mais tempo, outros chegaram agora, mas vai tudo dar ao mesmo...
Não te esqueças que para um nórdico o preto és tu, e andas a gastar o dinheiro dele - deve ser da genética.
Peace.
[quote="Tosh5457 Com a raça está associada um comportamento em grupo, uma parte devido a factores genéticos e outra parte devido a factores culturais.[/quote]



Imagino que estejas a brincar quando falas em genética.
Diz-me lá: como é que identificas um preto?
Opção A: Recolho uma amostra de cuspe e verifico se o DNA tem o gene XYZ-Black.
Opção B: Tiro-lhe uma foto e comparo com uma escala Pantone de cores - se tiver mais de 15% de cinza é preto.
Opção C: Qualquer um que tenha a pele mais escura que a minha.
-x-x-x-
Olha que viemos todos de Africa, pá, uns vieram há mais tempo, outros chegaram agora, mas vai tudo dar ao mesmo...
Não te esqueças que para um nórdico o preto és tu, e andas a gastar o dinheiro dele - deve ser da genética.
Peace.
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Aponto por isso o dedo ao multiculturalismo, não porque esteja ideologicamente errado, mas porque é praticamente impossível. Não podemos esperar que uma sociedade organizada e hierarquizada aceite um fluxo migratório que entre imediatamente para o topo da cadeia. Essas pessoas serão inevitavelmete empurradas para a base onde serão exploradas e coagidas a seguir o que já estava instituído. Tal como também não podemos exigir que quem chega a uma sociedade que não é a sua se submeta a um contínuo desiquilibrio social em seu desfavor. Haverá uma mancha cinzenta que se forma, ali no meio e que parece ser um bom augurio, mas se olharmos de longe vemos o branco e o preto (no pun intended) bem afastados um do outro.
Concordo. E há que lembrar quem começou isto tudo começou foram na grande maioria os indivíduos de raça negra. Não tenho dúvidas nenhumas de que isso pode acontecer por causa da exclusão social, pobreza, desemprego, etc, mas estes problemas sociais estão condenados a acontecer numa sociedade multiculturalista e nunca vi nenhuma comunidade africana na Europa ou nos EUA que não tivesse estes problemas sociais.
Esta revolta deve-se mais hà pobreza e falta de perspectivas que a uma questao racial\religiosa,etc. Mas é mais fácil e muito mais perigoso seguir o caminho de criticar o multiculturalismo.
Não concordo. Não estou a ver comunidades portuguesas emigrantes a fazer isto, por mais problemas que tivessem. Também não estou a ver asiáticos a fazerem isto, mesmo que vivam em "ghettos raciais" - como Chinatown. Com a raça está associada um comportamento em grupo, uma parte devido a factores genéticos e outra parte devido a factores culturais. As comunidades africanas mostram os mesmos problemas sociais em todos os países em que emigram, por isso não me parece que a maioria se consiga adaptar, e parece-me que a comunidade africana esteja condenada a ter estes problemas em sociedades multiculturais. Digo isto sem qualquer preconceito, até porque os melhores amigos que eu já tive eram negros.
Será que as políticas de imigração deveriam ser mais rígidas? Sim, sem dúvida mas estaríamos a criar barris de pólvora extra-europeus que mais tarde nos explodirão nas mãos, quem sabe numa III grande guerra. Para além disso estamos a falar de segundas e terceiras gerações (quiçá gerações tão antigas quanto as da nobreza) que têm todo o direito à terra como os filhos dos primeiros colonos.
Sim, as políticas de imigração deviam ser mais rígidas. Mas porque é que dizes que iamos estar a criar barris de pólvora?
mas também vimos muitos naturais ingleses!
Nos media tentam sempre evitar focar muito uma raça/grupo religioso quando há algum problema (excepto de raça branca e/ou cristãos, porque não são minorias), por isso é normal que até apareçam mais jovens brancos do que negros, para o jornal/canal não passar imagem de racista.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Xitonhane Escreveu:Subscrevo o que JCV27 escreveu.Esta revolta deve-se mais hà pobreza e falta de perspectivas que a uma questao racial\religiosa,etc. Mas é mais fácil e muito mais perigoso seguir o caminho de criticar o multiculturalismo. Relembro o caso australiano ai sim foi uma questao racial, não foi assim ha tanto tempo, onde houveram confrontos entre duas etnias,raças etc, e podemos dizer que ha um fracasso do multiculturalismo lá?não é um país prospero?onde cada cultura com as suas idiossancrias acrescenta valor à sociedade.Ou só somos multiculturais quando é para ganhar medalhas nos JO ou mundiais de futebol.
Discordo totalmente da associação dos tumultos à pobreza e aos cortes nos apoios sociais , essa é sempre a teoria dos psicólogos e sociólogos, o criminoso não tem culpa a culpa está sempre na sociedade .
O principal problema foi que uma quantidade de jovens delinquentes se sentiram impunes após a falta de reacção das autoridades no primeiro dia, isso faz com que a violência aumente exponencialmente.
O acto de roubar e agredir pessoas não é um acto de descontentamento.
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scotch Escreveu:Todos se recordaram da morte do MC Snake, morto pela policia.Nada aconteceu!
Só posso concluir que o português é cobarde e acomodado.
O que é havia para revoltar no caso do MC snake? Só se for o polícia ter começado logo a ser acusado (nem sei como é que isso ficou...). Porque um gajo que vai a fugir à polícia em alta velocidade há meia dúzia de quilómetros, pondo em risco a vida dos outros utentes da via pública, deve ser parado por quaisquer meios necessários. Citando Tropa de Elite 2... "Bandido bom é bandido morto".
Á força de nos levantarmos cedo tornamo-nos completamente estúpidos. O ser humano necessita de dormir... - Franz Kafka em "A metamorfose"
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Quando ouço noticias como estas vindas de outros países europeus, só me pergunto: Porque é que o mesmo não acontece em Portugal?
Recentemente, muito se especulou sobre o que poderia acontecer na cimeira da NATO.Nada aconteceu!
Todos se recordaram da morte do MC Snake, morto pela policia.Nada aconteceu!
Só posso concluir que o português é cobarde e acomodado.
Se por um lado é positivo que o português não seja violento.Também é verdade que algumas caraterísticas que levam à violência, são também as mesma que estão na base de um país desenvolvido.
Eu prefiro ter um país desenvolvido onde pontualmente se testemunham situações de extrema violência, do que um país num marasmo total, onde não se anda nem desanda e onde a população come e não refila!
Recentemente, muito se especulou sobre o que poderia acontecer na cimeira da NATO.Nada aconteceu!
Todos se recordaram da morte do MC Snake, morto pela policia.Nada aconteceu!
Só posso concluir que o português é cobarde e acomodado.
Se por um lado é positivo que o português não seja violento.Também é verdade que algumas caraterísticas que levam à violência, são também as mesma que estão na base de um país desenvolvido.
Eu prefiro ter um país desenvolvido onde pontualmente se testemunham situações de extrema violência, do que um país num marasmo total, onde não se anda nem desanda e onde a população come e não refila!
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marianonunes Escreveu:Mais 3 mortos.
Ver a polícia inglesa a "intervir" é constrangedor. Só falta baterem palmas enquanto os "youths" metem fogo a carros e roubam lojas.
"The prime minister says "we needed a fightback and a fightback is under way" after a fourth night of unrest that has spread across England."
Agora é que vai ser! Ao 4º dia de anarquia, a polícia vai começar a poder falar num tom de voz mais agressivo do estilo: "Que esse carro que acabaste de incendiar seja o último desta noite! Metes fogo a mais algum carro, vais ver... ai vais vais".
Desconheço em absoluto o Coidigo Penal Inglês, mas se for igual ao nosso, em que o criminoso tem "quase" só direitos e os lesados têm só deveres, é dificil agir de outra forma. Levar um criminoso a tribunal e vê-lo sair em liberdade e com uma pena de 20 anos de prisão para cumprir, deve ser algo intragável para qualquer agente policial.
Que nunca por vencidos se conheçam
marianonunes Escreveu:Mais 3 mortos.
Ver a polícia inglesa a "intervir" é constrangedor. Só falta baterem palmas enquanto os "youths" metem fogo a carros e roubam lojas.
"The prime minister says "we needed a fightback and a fightback is under way" after a fourth night of unrest that has spread across England."
Agora é que vai ser! Ao 4º dia de anarquia, a polícia vai começar a poder falar num tom de voz mais agressivo do estilo: "Que esse carro que acabaste de incendiar seja o último desta noite! Metes fogo a mais algum carro, vais ver... ai vais vais".
Por tudo isto, fiquei sem saber se rir ou chorar quando li a reacção cínica, demagógica e populista do Ahmadinejad:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=500875
Mais 3 mortos.
Ver a polícia inglesa a "intervir" é constrangedor. Só falta baterem palmas enquanto os "youths" metem fogo a carros e roubam lojas.
"The prime minister says "we needed a fightback and a fightback is under way" after a fourth night of unrest that has spread across England."
Agora é que vai ser! Ao 4º dia de anarquia, a polícia vai começar a poder falar num tom de voz mais agressivo do estilo: "Que esse carro que acabaste de incendiar seja o último desta noite! Metes fogo a mais algum carro, vais ver... ai vais vais".
Ver a polícia inglesa a "intervir" é constrangedor. Só falta baterem palmas enquanto os "youths" metem fogo a carros e roubam lojas.
"The prime minister says "we needed a fightback and a fightback is under way" after a fourth night of unrest that has spread across England."
Agora é que vai ser! Ao 4º dia de anarquia, a polícia vai começar a poder falar num tom de voz mais agressivo do estilo: "Que esse carro que acabaste de incendiar seja o último desta noite! Metes fogo a mais algum carro, vais ver... ai vais vais".
Subscrevo o que JCV27 escreveu.Esta revolta deve-se mais hà pobreza e falta de perspectivas que a uma questao racial\religiosa,etc. Mas é mais fácil e muito mais perigoso seguir o caminho de criticar o multiculturalismo. Relembro o caso australiano ai sim foi uma questao racial, não foi assim ha tanto tempo, onde houveram confrontos entre duas etnias,raças etc, e podemos dizer que ha um fracasso do multiculturalismo lá?não é um país prospero?onde cada cultura com as suas idiossancrias acrescenta valor à sociedade.Ou só somos multiculturais quando é para ganhar medalhas nos JO ou mundiais de futebol.
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Gonanto Escreveu:também é uma situação multiracial, de que Londres na Europa é o expoente máximo
mas também vimos muitos naturais ingleses!
Uma pergunta: como é que identificaste quem eram os naturais ingleses apenas pelas imagens? Eles andavam a exibir os passaportes?
Anda muita confusão por aí. É incrível que as pessoas usem indistintamente os termos sociedade multiracial e sociedade multicultural.
Não creio que os distúrbios tenham alguma coisa a ver com o multiculturalismo. É apenas a revolta de gente pobre, sem educação e sem perspectivas, continuamente bombardeada pelos estímulos de uma sociedade cada vez mais consumista. É gente que quer ter os mesmos carros, casas, gadgets, mulheres que nós que andamos aqui nos fórums sofisticados. Só que eles sabem que não podem almejar muito mais que um emprego no MacDo da esquina, e portanto será quase impossível alcançar o que a publicidade vende como a "felicidade" pelos meios legais. Não é a raça ou a cultura que faz alguém ser mais ou menos propenso a revoltar-se.
Por termos vivido em paz e prosperidade na Europa nas últimas décadas, às vezes tomamos isso como um dado adquirido. Mas não é. Qualquer indivíduo ou povo passa rapidamente da civilização à bestialidade. Basta ter os estímulos necessários para isso. A história da Europa mostra que este é o continente onde houve o maior número de guerras, e as mais sangrentas. Não se passou ainda um século desde que atrocidades bárbaras varreram este continente. E os que perpetraram essas atrocidades eram brancos, da "nossa" cultura - gente como a gente...
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também é uma situação multiracial, de que Londres na Europa é o expoente máximo
mas também vimos muitos naturais ingleses!
eu diria que a origem é o sistema de educação/formação dos jovens, aliado ao desemprego, à desocupação fisíca e intelectual, mais (não menos importante) os jogos de computador à base de violência e em que estes jovens são os maiores, são os heróis deles próprios.
ainda a juntar a isso o desejo de terem o último modelo de tecnologias, de vestuário, etc.
eu ainda tenho um televisor a funcionar com 6 canais e sem comando, mas quando se vê rusgas em barracas de ciganos vejo com espanto lcd´s!
soluções? não sei; creio que iremos ter uma sociedade cada vez mais violenta na Europa. não há e não voltará a haver empregos para toda a gente.
só uma guerra ou epidemia, qualquer coisa que origine a morte de muita gente para reequilibrar o sistema
o que se está a passar já tinha previsto, só me enganei foi no local a seguir a Atenas, pensei em Paris, depois Barcelona, Madrid e ...
também me pareceu que a polícia inglesa não está(va) minimamente preparada para uma situação deste tipo.
é confrangedor ver a polícia a fugir! espero que a nossa vá aprendendo com o que se passa lá fora.
pelo menos temos carros anti-motim, e julgo que polícia competente para actuar nestas situações dificieis, assim o ministro não encolha a "horta" na hora da verdade tirando o tapete à polícia com as habituais declarações do BE e PCP, e também alguma comunicação social, de coitadinhos dos apanhados e dos seus direitos.
mas também vimos muitos naturais ingleses!
eu diria que a origem é o sistema de educação/formação dos jovens, aliado ao desemprego, à desocupação fisíca e intelectual, mais (não menos importante) os jogos de computador à base de violência e em que estes jovens são os maiores, são os heróis deles próprios.
ainda a juntar a isso o desejo de terem o último modelo de tecnologias, de vestuário, etc.
eu ainda tenho um televisor a funcionar com 6 canais e sem comando, mas quando se vê rusgas em barracas de ciganos vejo com espanto lcd´s!
soluções? não sei; creio que iremos ter uma sociedade cada vez mais violenta na Europa. não há e não voltará a haver empregos para toda a gente.
só uma guerra ou epidemia, qualquer coisa que origine a morte de muita gente para reequilibrar o sistema
o que se está a passar já tinha previsto, só me enganei foi no local a seguir a Atenas, pensei em Paris, depois Barcelona, Madrid e ...
também me pareceu que a polícia inglesa não está(va) minimamente preparada para uma situação deste tipo.
é confrangedor ver a polícia a fugir! espero que a nossa vá aprendendo com o que se passa lá fora.
pelo menos temos carros anti-motim, e julgo que polícia competente para actuar nestas situações dificieis, assim o ministro não encolha a "horta" na hora da verdade tirando o tapete à polícia com as habituais declarações do BE e PCP, e também alguma comunicação social, de coitadinhos dos apanhados e dos seus direitos.
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Tinha acabado de abrir um OT, mas pode continuar aqui, no probs.
Austerity and Anarchy
Via Kevin O'Rourke at The Irish Economy:
Austerity and Anarchy: Budget Cuts and Social Unrest in Europe, 1919-2009, by Jacopo Ponticelli and Hans-Joachim Voth, Discussion Paper No. 8513, August 2011, Centre for Economic Policy
Research: Abstract Does fiscal consolidation lead to social unrest? From the end of the Weimar Republic in Germany in the 1930s to anti-government demonstrations in Greece in 2010-11, austerity has tended to go hand in hand with politically
motivated violence and social instability. In this paper, we assemble cross-country evidence for the period 1919 to the present, and examine the extent to which societies become unstable after budget cuts. The results show a clear positive correlation between fiscal retrenchment and instability. We test if the relationship simply reflects economic downturns, and conclude that this is not the key factor. We also analyze interactions with various economic and political variables. While autocracies and democracies show a broadly similar responses to budget cuts, countries with more constraints on the executive are less likely to see unrest as a result of austerity measures. Growing media penetration does not lead to a stronger effect of cut-backs on the level of unrest.
in http://www.voxeu.org/sites/default/file ... DP8513.pdf
...The data shows a clear link between the magnitude of expenditure cutbacks and increases in social unrest. With every additional percentage point of GDP in spending cuts, the risk of unrest increases. As a first pass at the data, Figure 1 examines the relationship between fiscal adjustment episodes and the
number of incidents indicating instability (CHAOS). CHAOS is the sum of demonstrations, riots, strikes, assassinations, and attempted revolutions in a single year in each country. The first set of five bars show the frequencies conditional on the size of budget cuts. When expenditure is increasing, the average country-year unit of observation in our data registers less than 1.5 events. When expenditure cuts reach 1% or more of GDP, this grows to nearly 2 events, a relative increase by almost a third compared to the periods of budget expansion. As cuts intensify, the frequency of disturbances rises.
Once austerity measures involve expenditure reductions by 5% or more, there are more than 3 events per year and country -- twice as many as in times of expenditure increases.
Austerity and Anarchy
Via Kevin O'Rourke at The Irish Economy:
Austerity and Anarchy: Budget Cuts and Social Unrest in Europe, 1919-2009, by Jacopo Ponticelli and Hans-Joachim Voth, Discussion Paper No. 8513, August 2011, Centre for Economic Policy
Research: Abstract Does fiscal consolidation lead to social unrest? From the end of the Weimar Republic in Germany in the 1930s to anti-government demonstrations in Greece in 2010-11, austerity has tended to go hand in hand with politically
motivated violence and social instability. In this paper, we assemble cross-country evidence for the period 1919 to the present, and examine the extent to which societies become unstable after budget cuts. The results show a clear positive correlation between fiscal retrenchment and instability. We test if the relationship simply reflects economic downturns, and conclude that this is not the key factor. We also analyze interactions with various economic and political variables. While autocracies and democracies show a broadly similar responses to budget cuts, countries with more constraints on the executive are less likely to see unrest as a result of austerity measures. Growing media penetration does not lead to a stronger effect of cut-backs on the level of unrest.
in http://www.voxeu.org/sites/default/file ... DP8513.pdf
...The data shows a clear link between the magnitude of expenditure cutbacks and increases in social unrest. With every additional percentage point of GDP in spending cuts, the risk of unrest increases. As a first pass at the data, Figure 1 examines the relationship between fiscal adjustment episodes and the
number of incidents indicating instability (CHAOS). CHAOS is the sum of demonstrations, riots, strikes, assassinations, and attempted revolutions in a single year in each country. The first set of five bars show the frequencies conditional on the size of budget cuts. When expenditure is increasing, the average country-year unit of observation in our data registers less than 1.5 events. When expenditure cuts reach 1% or more of GDP, this grows to nearly 2 events, a relative increase by almost a third compared to the periods of budget expansion. As cuts intensify, the frequency of disturbances rises.
Once austerity measures involve expenditure reductions by 5% or more, there are more than 3 events per year and country -- twice as many as in times of expenditure increases.
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Discordo do teu post. Porque razão começam logo a vender o falhanço do multiculturalismo, por causa de uma revolta popular? No passado houve revoltas populares tambem, essas eram devidas a quê? Qual a diferença entre essas e as actuais? Normalmente só se revolta quem está em situação critica, e nessa situação aparecem os imigrantes, notar que quem se revolta são jovens que são tão ingleses como qualquer outro, independentemente do seu tetravô ser estrangeiro.
Porque não pensamos em Estados multiculturais de sucesso, caso dos EUA,Brasil, Canada e mesmo a Africa do Sul(apesar de todos os problemas actuais,continua a ser uma potencia)?
É um caminho perigoso seguir esse pensamento.
Porque não pensamos em Estados multiculturais de sucesso, caso dos EUA,Brasil, Canada e mesmo a Africa do Sul(apesar de todos os problemas actuais,continua a ser uma potencia)?
É um caminho perigoso seguir esse pensamento.
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Isto já se viu na França, agora em Inglaterra... e não se resume a uns carros queimados. É muito mais.
http://www.bbc.co.uk/news/uk-14452050
Entretanto já existe 1 morto e um ferido em estado grave.
http://www.bbc.co.uk/news/uk-14452050
Entretanto já existe 1 morto e um ferido em estado grave.
[Off-Topic] Impacto Europeu dos Motins de Londres
Penso que este assunto é grave por demais para não ter um tópico aqui no caldeirão.
Deixo aqui o meu comentário, em jeito de crónica:
Os motins de Londres têm naturalmente uma causa subjacente e não será certamente a morte de um gangster que trocou tiros com a polícia.
Os motins de Londres (que entretanto já se espalharam para outras cidades e, prevejo eu, se espalharão por toda a Europa) devem-se essencialmente ao falhanço do multiculturalismo e à incapacidade do mundo ocidental (Europa) de atingir uma sociedade equilibrada, justa e equitativa para todos os cidadãos que para ela trabalham ou dela usufruem.
Condeno veemente a violência, a pilhagem, as agressões, os incêncios, as mortes mas também consigo ser racional o suficiente para reconhecer que é fácil as coisas descambarem num cenário destes. Aliás, se num exercício de escrita criativa me pedissem para escrever um conto sobre a génese de um motim provavelmente escolheria um aglomerado populacional suburbano, com elevados níveis de iliteracia e reduzidos níveis de oportunidade. Sem dúvida que colocaria alguns catalizadores (que incitam gratuitamente a revolta) mas no essencial descreveria o que se passou no ground zero destes motins, em Tottenham há três noites. Jovens desocupados, sem emprego e sem perspectivas de vida. Vindos de outros países, deslocados, sem ideais ou qualidades incutidas por uma parentalidade que mtas vezes está ausente ou indiferente. Jovens que numa noite se sentem deuses na terra e marcam a sua posição com agressividade e violência.
Aponto por isso o dedo ao multiculturalismo, não porque esteja ideologicamente errado, mas porque é praticamente impossível. Não podemos esperar que uma sociedade organizada e hierarquizada aceite um fluxo migratório que entre imediatamente para o topo da cadeia. Essas pessoas serão inevitavelmete empurradas para a base onde serão exploradas e coagidas a seguir o que já estava instituído. Tal como também não podemos exigir que quem chega a uma sociedade que não é a sua se submeta a um contínuo desiquilibrio social em seu desfavor. Haverá uma mancha cinzenta que se forma, ali no meio e que parece ser um bom augurio, mas se olharmos de longe vemos o branco e o preto (no pun intended) bem afastados um do outro.
A minha preocupação prende-se com o não conseguir destrinçar solução para isto quer no médio ou longo prazo.
A repressão policial é a minha resposta para o imediato. Governasse eu em Londres e ao terceiro dia impunha a Lei Marcial com recolher obrigatório mas isso levava-nos para necessidade urgentes das soluções seguintes. E no futuro é que está o problema.
Será que as políticas de imigração deveriam ser mais rígidas? Sim, sem dúvida mas estaríamos a criar barris de pólvora extra-europeus que mais tarde nos explodirão nas mãos, quem sabe numa III grande guerra. Para além disso estamos a falar de segundas e terceiras gerações (quiçá gerações tão antigas quanto as da nobreza) que têm todo o direito à terra como os filhos dos primeiros colonos.
Deveríamos apostar ainda mais nas políticas sociais? É uma hipótese mas os Estados não têm mais por onde ir buscar dívida soberana de forma a equilibrar populações tendencialmente desiquilibradas. Será também justo para quem trabalhou uma vida ver os seus impostos desbaratados em alguns (felizmente poucos) que nunca trabalharam nem têm intenções disso?
Não vejo por isso solução e isso preocupa-me. Preocupa-me a indefinição dos tempos agora que nos aproximamos de um encruzilhada da qual nem sequer sabemos onde vai dar cada um dos caminhos.
Deixo aqui o meu comentário, em jeito de crónica:
Os motins de Londres têm naturalmente uma causa subjacente e não será certamente a morte de um gangster que trocou tiros com a polícia.
Os motins de Londres (que entretanto já se espalharam para outras cidades e, prevejo eu, se espalharão por toda a Europa) devem-se essencialmente ao falhanço do multiculturalismo e à incapacidade do mundo ocidental (Europa) de atingir uma sociedade equilibrada, justa e equitativa para todos os cidadãos que para ela trabalham ou dela usufruem.
Condeno veemente a violência, a pilhagem, as agressões, os incêncios, as mortes mas também consigo ser racional o suficiente para reconhecer que é fácil as coisas descambarem num cenário destes. Aliás, se num exercício de escrita criativa me pedissem para escrever um conto sobre a génese de um motim provavelmente escolheria um aglomerado populacional suburbano, com elevados níveis de iliteracia e reduzidos níveis de oportunidade. Sem dúvida que colocaria alguns catalizadores (que incitam gratuitamente a revolta) mas no essencial descreveria o que se passou no ground zero destes motins, em Tottenham há três noites. Jovens desocupados, sem emprego e sem perspectivas de vida. Vindos de outros países, deslocados, sem ideais ou qualidades incutidas por uma parentalidade que mtas vezes está ausente ou indiferente. Jovens que numa noite se sentem deuses na terra e marcam a sua posição com agressividade e violência.
Aponto por isso o dedo ao multiculturalismo, não porque esteja ideologicamente errado, mas porque é praticamente impossível. Não podemos esperar que uma sociedade organizada e hierarquizada aceite um fluxo migratório que entre imediatamente para o topo da cadeia. Essas pessoas serão inevitavelmete empurradas para a base onde serão exploradas e coagidas a seguir o que já estava instituído. Tal como também não podemos exigir que quem chega a uma sociedade que não é a sua se submeta a um contínuo desiquilibrio social em seu desfavor. Haverá uma mancha cinzenta que se forma, ali no meio e que parece ser um bom augurio, mas se olharmos de longe vemos o branco e o preto (no pun intended) bem afastados um do outro.
A minha preocupação prende-se com o não conseguir destrinçar solução para isto quer no médio ou longo prazo.
A repressão policial é a minha resposta para o imediato. Governasse eu em Londres e ao terceiro dia impunha a Lei Marcial com recolher obrigatório mas isso levava-nos para necessidade urgentes das soluções seguintes. E no futuro é que está o problema.
Será que as políticas de imigração deveriam ser mais rígidas? Sim, sem dúvida mas estaríamos a criar barris de pólvora extra-europeus que mais tarde nos explodirão nas mãos, quem sabe numa III grande guerra. Para além disso estamos a falar de segundas e terceiras gerações (quiçá gerações tão antigas quanto as da nobreza) que têm todo o direito à terra como os filhos dos primeiros colonos.
Deveríamos apostar ainda mais nas políticas sociais? É uma hipótese mas os Estados não têm mais por onde ir buscar dívida soberana de forma a equilibrar populações tendencialmente desiquilibradas. Será também justo para quem trabalhou uma vida ver os seus impostos desbaratados em alguns (felizmente poucos) que nunca trabalharam nem têm intenções disso?
Não vejo por isso solução e isso preocupa-me. Preocupa-me a indefinição dos tempos agora que nos aproximamos de um encruzilhada da qual nem sequer sabemos onde vai dar cada um dos caminhos.
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