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Caldeirão da Bolsa

BPN vendido ao BIC (acabou a especulaçao) >>

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Festa de Isabel dos Santos em Marraquexe

por EuroVerde » 12/4/2012 21:51

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... dos-santos


Isabel dos Santos fez uma grande festa e as altas chefias do BIC foram convidadas para comemorar o negócio da compra do BPN.

São Khadafi's :shock:
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por BearManBull » 30/3/2012 15:36

Os numeros vao variando mas o resultado e o mesmo em Portugal compra-se estupidez...

BPN: Governo «vende por 40 milhões o que custou 8 mil milhões»

No dia em que o Estado vende o BPN ao banco BIC, o deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã não perdeu a ocasião, no debate quinzenal, no Parlamento, para acusar o Governo de que irá aceitar «vender a uma empresa angolana e portuguesa, que tem 32 milhões de euros de capital, por 40 milhões, um banco em que o Estado enterrou 8 mil milhões?»

«Só este ano [o Estado] enterrou 600 milhões em capital, garantiu um empréstimo de 300 milhões, uma linha de crédito de mais 200 milhões, a cobertura de todos os litígios judiciais de 303 milhões e continua por aí fora, a possibilidade de escolher créditos em 200 milhões e no Orçamento retificativo 1100 milhões para as empresas tóxicas do BPN», acrescentou.

«Como é possível tanto favorecimento? Como é possível que o Governo venda por 40 milhões o que custou 8 mil milhões de euros?», questionou ainda Francisco Louçã, acusando o primeiro-ministro de «insistir na política fanática sempre através de favorecimentos».

«Eu repito: vendeu por 40 milhões o que custou oito mil milhões, isto chama-se destruir a economia, chama-se favorecimento e chama-se corrupção», insistiu Louçã.

«Não é sério», respondeu Passos Coelho. «O senhor deputado sabe que a opção era um de duas: ou liquidava ou reprivatizava. A opção de adiar não estava facultada pelo memorando de entendimento. Durante anos empurrou-se uma solução sobre o BPN por uma única razão: impedir o reconhecimento em matéria de contas nacionais do custo que traria para o défice público. Durante anos, o anterior Governo evitou a reprivatização. E isso custou muito mais dinheiro aos contribuintes».

O primeiro-ministro explicou ainda que esta foi a única proposta que passava pela compra do banco, deixando o Estado sem saída: «Ou aceitava negociar com o BIC ou liquidava o banco. A conclusão não é do Governo, é da Comissão Europeia - é que a decisão pela reprivatização custa menos aos contribuintes do que a liquidação do banco».

No decorrer da intervenção, o coordenador do bloco ironizou ainda sobre o «regozijo» do primeiro-ministro «sobre uma OPA do grupo Mello. Parece que é da responsabilidade do Estado».

O PCP, por sua vez, considerou também hoje «absolutamente incontornável» a audição na nova comissão de inquérito ao BPN de «ex-governantes e atuais governantes».
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por BearManBull » 10/12/2011 0:30

O BIC, banco de capitais angolanos e portugueses, assinou hoje o acordo com vista à compra do Banco Português de Negócios ao Estado português, disse fonte oficial do BIC ao Negócios.

Com este acordo-quadro assinado, falta agora concretizar a assinatura do contrato de venda do BPN, para que o banco nacionalizado em 2008 deixe de estar nas mãos do Estado português. Esta assinatura, que formalizará o negócio, terá de ser concretizada até ao final de Março de 2012.

O Ministério das Finanças, em comunicado, diz que a assinatura deste acordo representa um "passo intermédio essencial para a celebração do contrato de compra e venda das acções do BPN, até Março de 2012".

Em declarações à TSF, Mira Amaral afirmou que com a assinatura do contrato de promessa de compra e venda o BIC pagou 25% como sinal, pelo que o Estado português recebeu 10 milhões de euros.

Segundo o presidente do BIC, o Governo tem ainda de "apresentar a Bruxelas a justificação da ajuda do Estado", sendo que a Comissão Europeia quer saber se essa ajuda é "suficiente para que a situação fique estabilizada".

O processo negocial entre o banco liderado por Mira Amaral e o Ministério das Finanças demorou mais de quatro meses e chegou a estar ameaçado. Os principais pontos de divergência entre o vendedor e o comprador do BPN estavam relacionados com as responsabilidades futuras que o BIC pretendia que o Estado assumisse, designadamente no que diz respeito aos processos judiciais de que o banco esteja ou possa vir a ser alvo e aos trabalhadores a dispensar. Outro dos assuntos que suscitou discussão foi o aumento de capital do BPN a assegurar pelo Tesouro. O BIC pretendia que o Estado fosse além dos 450 milhões previstos no Orçamento do Estado.

No entanto, a plataforma de entendimento alcançada nos últimos dias permitiu avançar com a concretização do acordo, afastando desta forma a ameaça de liquidação do banco que já gerou um agravamento do défice acima de 2 mil milhões de euros.

O Ministério das Finanças anunciou a 31 de Julho que tinha decidido encetar negociações exclusivas com o BIC para a venda do BPN, fixando na altura um prazo de 180 dias para estas chegarem a bom termo.

Na altura, o preço de venda do banco foi fixado em 40 milhões de euros. Se o banco que resultar da integração do BPN com o BIC obtiver lucros acima de 60 milhões de euros em cinco anos, 20% do excedente será entregue ao Estado.

O BIC comprometeu-se a integrar um mínimo de 750 dos actuais 1.580 colaboradores do BPN e o Governo a suportar os custos com os despedimentos que o BIC decidir efectuar no BPN, bem como com o encerramento de balcões.


Com especial destaque para este pormenor:

No entanto, a plataforma de entendimento alcançada nos últimos dias permitiu avançar com a concretização do acordo, afastando desta forma a ameaça de liquidação do banco que já gerou um agravamento do défice acima de 2 mil milhões de euros.


Quer isto dizer que têm expectativas de retorno (sobre o investimento) ao fim de 5 anos, bem haja a negócios como estes... Em 3 anos o estado perde 2 mil milhões em 5 o BIC consegue lucros de 20 milhões...
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por charles » 9/12/2011 21:45

Mira Amaral na TVI diz que o estado ainda tem de assegurar uma injeção de capital de 500 milhões :shock:, não tendo a certeza segundo ele se parte desta verba já foi injetada, ou seja só quando estes 500 milhões estiverem assegurados é que se assina a venda final, isto é a pura da loucura dos milhões, quem paga somo nós contribuintes, o mais grave é que ninguèm está atrás das grades :roll:, a mim parece-me que a especulação continua :evil:
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por carf2007 » 9/12/2011 21:05

Sempre foi ...

"O BIC, banco de capitais angolanos e portugueses, assinou hoje o acordo com vista à compra do Banco Português de Negócios ao Estado português, disse fonte oficial do BIC ao Negócios."

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=524639
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por rogercarvalho » 5/8/2011 23:48

PMACS e artista, obrigado pela informação adicional.
A gestão do BPN tem de estar em boas mãos para evitar futuras reversões. Essa garantia tem o seu devido valor, salvaguardar o interesse público e nacional.

Obrigado!
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por artista_ » 5/8/2011 18:06

Em relação a este NEI eu concordo que não faz sentido entregar um banco com os problemas que o BPN tem a uma "sigla"... já nos chega o passado!
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por PMACS » 5/8/2011 18:05

O NEI divulgou agora a sua proposta final, feita a 30 de Julho: 121,6 milhões de euros, dos quais 20 milhões seriam pagos no acto da venda.

Mesmo na recta final das negociações, o Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) subiu a sua proposta: avançou com 121,6 milhões de euros, dos quais 20 milhões seriam pagos assim que a venda do BPN estivesse assinada.

No entanto, a Secretária de Estado do Tesouro não referiu esta proposta quando foi, esta semana, ao Parlamento, para justificar a opção pela proposta do BIC, de 40 milhões.

Nessa ocasião, Maria Luís Albuquerque defendeu que o NEI foi excluído "porque não preenchia os requisitos necessários", quer de "condições financeiras" quer de "gestão". No entanto, quanto ao valor, a governante referiu-se à proposta de 106,4 milhões de euros - com o pagamento de apenas 5 milhões este ano - , que foi depois substituída por esta última, de 121,6 milhões.

Esta proposta foi divulgada hoje pelo NEI, grupo de investidores portugueses que continua rodeado de algum secretismo, pelo facto de não se saber publicamente quem são, de facto, todos os seus membros.

http://economico.sapo.pt/noticias/bpn-u ... 24142.html
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― Confucius
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Para Consideração ao tema!

por rogercarvalho » 3/8/2011 23:57

http://economia.publico.pt/Noticia/nei- ... pn_1505912

O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), que confirmou hoje que ofereceu mais de 100 milhões de euros pelo BPN, fala em “David contra Golias” na privatização do banco e adiantou que pediu uma reunião ao ministro das Finanças.

A nossa proposta foi sempre superior a 100 milhões de euros”, disse Jaime Santos, numa conferência de imprensa convocada pelo Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), que apresentou uma das quatro propostas à privatização do BPN.

No domingo, o Ministério das Finanças comunicou a venda do banco nacionalizado ao BIC por 40 milhões de euros.

Segundo o representante do NEI, a corrida à privatização do BPN foi “David contra Golias”, mas adiantou que confia na actuação do Executivo enquanto “árbitro”.

“Confiamos ao Governo da Nação a vida pública e privada de 15 pessoas singulares e uma pessoa colectiva de interesse público. O árbitro é o fiel da equidade e da ética, mas nem sempre vê os golpes de todos os jogadores”, acrescentou.

(...)

Uma boa noite para todos! :roll:
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perspectivas sobre o caso BPN

por SJR_inv » 3/8/2011 20:05

Algumas ideias que gostava de partilhar sobre o caso BPN.

1. Foi a maior fraude (em relaçao ao PIB) de toda a historia de Portugal.
2. Foi uma fraude deliberada por um grupo de accionistas da SLN.
3. O Oliveira e Costa foi um testa de ferro. Basta comparar o seu patrimonio (mesmo o detido indirectamente) com a dimensao da fraude. Era um tipo facilmente manipulavel e que servia para ir preso.
4. Do ponto de vista tecnico, o projecto foi perfeito: utilizar um banco virtual, financiar empresas falidas e ficar com o dinheiro dos emprestimos. No final, o presidente do banco é responsavel e é preso. Os beneficiarios nao podem ser responsabilizados porque nao "geriam" o banco.
5. A coisa correu tao bem, as autoridades eram tao complancentes que este grupo consegue roubar 7% do PIB durante 5 anos e continuar a jogar golfe na quinta da marinha.
6. Existiram novos casos BPNs porque nao existe capacidade tecnica para condenar o crime economico organizado, nao existe vontade politica para criar essa capacidade e continuam a existir tipos com vontade de ganhar dinheiro.
7. Na altura que o banco é nacionalizado existia de facto um risco sistemico. Reparem que a Grecia foi ajudada recentemente pela existencia do mesmo risco sistemico (desta vez aplicado aos paises). Se o BPN fosse á falencia acredito que tinha existido uma corrida aos bancos. Uma corrida aos bancos iria obrigar a nacionalizaçao de toda a banca privada em Portugal (ver caso da Irlanda). Nacionalizar um sector é mais caro que nacionalizar um player.
8. Devido a existencia desse risco sistemico, todos os players da banca devem ser vigiados como se fossem centrais nucleares.
9. Depois do caso BPN, acho que o Banco de Portugal e CMVM tem feito um bom trabalho ao nivel da prevençao. No futuro, irao desleixar-se e criar o clima certo para mais asneirada.
 
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por artista_ » 3/8/2011 15:45

pedrom Escreveu:
artista Escreveu:Ainda para mais com dúvidas sobre um problema colossal que o governo do partido dele criou... era melhor estar calado!

Mas temos os políticos que merecemos, se os portugueses não encolhessem os ombros a atitudes como a deste "artista", a carreira politica deles acabaria nesse preciso momento... como acontece em muitos países!


Estou inteiramente de acordo, mas o que podemos fazer??? Pegar numa arma e mata-los??? É triste mas nada podemos fazer o sistema está contaminado!!!!


Podíamos não votar em partidos destes, podíamos ser mais contestatários e não encolher os ombros... ainda ontem estavam a falar do "tipo" que assumiu que tinha passado informação importante para a empresa para onde foi trabalhar depois de sair das "secretas"! Eu não tenho acompanhado o episódio, estou de férias e quero o mínimo de chatisses, mas os três comentadores que lá estavam (editores de imprensa) falavam da facilidade com que a sociedade portuguesa já aceita estas coisas, como se chegou a uma situação tão permissiva! :x
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por JMHP » 3/8/2011 15:27

pepi Escreveu:
Camilo Lourenço Escreveu:O BPN e o complexo de Julia Roberts

Há pelo menos dois anos e meio que se sabia que a venda do BPN só seria possível se o Estado "pagasse" para o vender.
Há pelo menos dois anos e meio que se sabia que a venda do BPN só seria possível se o Estado "pagasse" para o vender. Agora, concluída a operação, meio mundo age como se o BPN fosse "A Jóia da Corôa" da banca portuguesa. Ele é deputados do PCP, BE e PS, ele é os grupos derrotados na operação (um dos quais disse que iria lançar uma OPA sobre outro banco depois de comprado o BPN - a propósito, a CMVM vai multar o responsável por esta declaração?).

Primeiro os concorrentes, que (compreensivelmente) não ficaram felizes com o desfecho. É altura de lhes lembrar que, ou aduzem factos concretos, capazes de responsabilizar o ministro, ou mais vale estarem calados. Senão arriscam-se a que os protestos sejam interpretados como o "complexo de Julia Roberts": quando ela se casou, muitos homens terão pensado "se fosse comigo ficavas mais bem servida".

Agora os políticos: Maria de Belém diz que enquanto presidente da Comissão que investigou o BPN lhe "passou muita coisa estranha debaixo dos olhos" e criticou a falta de sanção dos "actos criminosos". Uma pergunta: Maria de Belém criticava as falhas do anterior Governo? É que o banco foi nacionalizado em Novembro de 2008 e até Março de 2011 Teixeira dos Santos nunca disse qual o custo para o contribuinte. E em vez de vender o BPN mais cedo, quando a conjuntura era mais favorável, empurrou com a barriga… até levar com o gravíssimo ultimatum da troika (que deu todo o poder negocial ao comprador). Maria de Belém deve estar com amnésia. O que é estranho em quem dirigiu a referida Comissão…


P.S. - O Governo devia perguntar aos grupos que foram ao BPN se pode divulgar as propostas…


Mais palavras para qué?!.... :clap: :clap:
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por pedrom » 3/8/2011 15:01

artista Escreveu:Ainda para mais com dúvidas sobre um problema colossal que o governo do partido dele criou... era melhor estar calado!

Mas temos os políticos que merecemos, se os portugueses não encolhessem os ombros a atitudes como a deste "artista", a carreira politica deles acabaria nesse preciso momento... como acontece em muitos países!


Estou inteiramente de acordo, mas o que podemos fazer??? Pegar numa arma e mata-los??? É triste mas nada podemos fazer o sistema está contaminado!!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por artista_ » 3/8/2011 14:14

Ainda para mais com dúvidas sobre um problema colossal que o governo do partido dele criou... era melhor estar calado!

Mas temos os políticos que merecemos, se os portugueses não encolhessem os ombros a atitudes como a deste "artista", a carreira politica deles acabaria nesse preciso momento... como acontece em muitos países!
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por pepi » 3/8/2011 14:10

artista Escreveu:Apatecia-me comentar mas iria repetir-me... mais uma vez! :|


Acho inacreditável que esta criatura (depois de ter sido filmado a palmar um gravador) seja o porta-voz do PS...
:evil: :evil: :evil: :evil:
Reacção
"PS não ficou satisfeito com a audição da Secretária de Estado"

Ricardo Rodrigues afirmou que o PS "tem dúvidas" sobre se o "Estado está a fazer o melhor negócio para o País".

O deputado socialista afirmou, no final da audição da Secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, que o "grupo parlamentar do PS não ficou satisfeito" com a audição daquela responsável e que "muitas perguntas ficaram sem resposta".

"Há divergências entre o que diz o BIC e o que disse a senhora Secretária de Estado". Por isso mesmo, justificou, "o PS fez um requerimento para ouvir os intervenientes no processo e a CGD". Só assim se pode perceber se o Estado está a fazer o melhor negócio para o País e nós temos dúvidas em relação a essa matéria", afirmou ainda.

Amanhã o parlamento decidirá sobre a audição das quatro entidades que fizeram propostas pelo BPN e também da CGD, afirmou Ricardo Rodrigues aos jornalistas.
 
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por artista_ » 3/8/2011 13:53

Apatecia-me comentar mas iria repetir-me... mais uma vez! :|
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por pepi » 3/8/2011 13:40

Camilo Lourenço Escreveu:O BPN e o complexo de Julia Roberts

Há pelo menos dois anos e meio que se sabia que a venda do BPN só seria possível se o Estado "pagasse" para o vender.
Há pelo menos dois anos e meio que se sabia que a venda do BPN só seria possível se o Estado "pagasse" para o vender. Agora, concluída a operação, meio mundo age como se o BPN fosse "A Jóia da Corôa" da banca portuguesa. Ele é deputados do PCP, BE e PS, ele é os grupos derrotados na operação (um dos quais disse que iria lançar uma OPA sobre outro banco depois de comprado o BPN - a propósito, a CMVM vai multar o responsável por esta declaração?).

Primeiro os concorrentes, que (compreensivelmente) não ficaram felizes com o desfecho. É altura de lhes lembrar que, ou aduzem factos concretos, capazes de responsabilizar o ministro, ou mais vale estarem calados. Senão arriscam-se a que os protestos sejam interpretados como o "complexo de Julia Roberts": quando ela se casou, muitos homens terão pensado "se fosse comigo ficavas mais bem servida".

Agora os políticos: Maria de Belém diz que enquanto presidente da Comissão que investigou o BPN lhe "passou muita coisa estranha debaixo dos olhos" e criticou a falta de sanção dos "actos criminosos". Uma pergunta: Maria de Belém criticava as falhas do anterior Governo? É que o banco foi nacionalizado em Novembro de 2008 e até Março de 2011 Teixeira dos Santos nunca disse qual o custo para o contribuinte. E em vez de vender o BPN mais cedo, quando a conjuntura era mais favorável, empurrou com a barriga… até levar com o gravíssimo ultimatum da troika (que deu todo o poder negocial ao comprador). Maria de Belém deve estar com amnésia. O que é estranho em quem dirigiu a referida Comissão…


P.S. - O Governo devia perguntar aos grupos que foram ao BPN se pode divulgar as propostas…
 
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por pepi » 3/8/2011 13:38

Bagão Félix Escreveu:O pesadelo do BPN
03 Agosto2011 | 12:10

Com o cumprimento do memorando de assistência, encerra-se mais um capítulo do caso BPN.
Com o cumprimento do memorando de assistência, encerra-se mais um capítulo do caso BPN.

Em 2008, o então Governo nacionalizou o Banco, encostando-o a um concorrente, a CGD. É hoje claro que foi uma má decisão, mas reconhece-se que, naquela altura, era arriscado subestimar o risco sistémico da falência. Só que nunca foram devidamente explicadas a recusa do plano Cadilhe para salvar o Banco e o facto de a SLN ter ficado de fora…

Não se conhecem os números finais, mas serão pesadíssimos. Aos 2,4 mil milhões já reconhecidos, acresce um montante certamente elevado de prejuízos dos activos mais ou menos tóxicos e os custos implícitos no brutal apoio de tesouraria da CGD.

Com a venda do BPN, sabemos, ainda, que o Estado vai reforçar o seu capital em 550 milhões para assegurar valores mínimos e pagará as indemnizações de 800 bancários (e subsídios de desemprego) cujo valor não andará longe dos 40 milhões do oferente (ironicamente, o valor de Coentrão e Roberto…)!

É certo que o Estado assim se livra do BPN, mas seria importante comparar o saldo desta operação com o da opção de liquidar o Banco pagando os depósitos aos clientes.

O certo é que, no fim, o dano vai ultrapassar os 2% do PIB. Em termos relativos, quatro vezes mais do que os desmandos do burlão Madoff que, nos EUA, corresponderam a 0,5% do Produto americano!

E, por cá, onde mora a culpa? Para onde foi todo este dinheiro? Como não houve nenhum cataclismo natural, o custo para os contribuintes representa o ganho de uns tantos que, com algumas excepções, não têm rosto? Esta triste e revoltante história significa, também, a falha grave de supervisão, cujo protagonista, Vítor Constâncio, foi premiado com a ascensão à vice-presidência do BCE.
Enfim, um pesadelo!


Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS
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por pepi » 3/8/2011 13:35

Pedro Santos Guerreiro Escreveu:BIC laranja, BIC cristal
03 Agosto2011 | 11:49

A privatização do BPN é o melhor negócio do ano. O Governo tinha um prazo muito apertado e é preciso elogiar a excelente capacidade de negociação, a rapidez, o valor, a separação dos activos. Quanto mais se sabe da operação, mais é preciso sublinhar o mérito do homem-chave deste sucesso: parabéns, Eng.º Mira Amaral.

O problema do BPN já existia e já era enorme. Mas é chocante ver o Estado português ajoelhar-se assim. O negócio não é mau, é péssimo. É inexplicável que o Montepio tenha sido arredado.
E é dinheiro dos contribuintes que está em causa. Portugal está a iniciar um processo acelerado de privatizações, não pode fazê-lo sem transparência, como é o caso. O ministro das Finanças também tem muito orgulho desta venda do BPN?

A nacionalização teve de ser feita. Mas demorou-se uma eternidade a resolver o problema, assim agravando-o. A responsabilidade é inteira do Governo de José Sócrates: nunca quis reconhecer o "buraco" nas contas públicas nem assumir o despedimento dos dois mil trabalhadores que lá estavam. E, verdade ou consequência, o BPN foi arma de arremesso político contra Cavaco Silva. Uma desgraça, é o que é.

No ano passado, Sócrates quis privatizar. Colocou como preço mínimo 180 milhões de euros, exigiu que não houvesse despedimentos e quis vender um banco ainda intoxicado por créditos maus. O Governo quis enganar alguém. Obviamente, ninguém quis o banco.

Veio a troika. Obrigou o novo Governo a cortar o problema num mês. O Governo abriu a gaveta e tirou de lá a proposta do PS. Uma proposta vergonhosa: o Estado queria vender o BPN ainda contaminado por maus créditos, de "rating" especulativo, abaixo de especulativo ou mesmo sem "rating". Os créditos das empresas do grupo SLN continuavam no BPN. É essa a toxicidade maior: as alegadas aldrabices dos accionistas do BPN, que estão alegremente impunes, e que se penduraram num banco que acabou nacionalizado. E assim avança a nova fase de privatização.

Aparecem três propostas. Negoceia-se só com uma delas. E acaba-se nesta vergonha: o BIC paga 40 milhões, o que é nada, e em troca escolhe os créditos que quer (ou seja, os bons), os balcões que quer (ou seja, os bons) e os 750 funcionários que quer (ou seja, os bons). Tudo o que é mau fica no Estado. Pago pelo Estado. Incluindo o despedimentos de quase 900 pessoas. Quem? O BIC decide. O Estado paga. Lombo para uns, osso para nós.

É um negócio excelente para o BIC. Ao extirpar todo o problema do BPN, o BIC fica com um banco "limpinho", com rácios como outros não têm e após 550 milhões de euros de capital do Estado a custo zero. Somando esse valor aos depósitos que lá estão, são os fundos mais baratos do mercado, abaixo dos 3%. E como paradoxalmente o BPN fica cheio de liquidez, poderá investir esse dinheiro mais cerca de mil milhões de depósitos. Basta aplicar em dívida pública, ganha 10% limpinhos.

Estas condições são uma vergonha e um insulto. Os portugueses vão pagar entre três e quatro mil milhões de euros por uma nacionalização após actos criminosos de quem está impune, dos accionistas aos gestores, passando pela supervisão.

Havia três propostas. Uma de um grupo que se chama NEI mas podia chamar-se Ney Matogrosso: não se vendem licenças bancárias a quem não se conhece. Outro, o Montepio, queria alguns activos do BPN, o que vai dar no mesmo. Mas segundo o seu presidente afirmou ontem ao "i", nunca mais foi ouvido. E assim o Estado acabou nas mãos de um único candidato, o BIC, um banco angolano e de pequena dimensão.

Esta exclusividade do BIC não está explicada. Os portugueses têm o direito de saber o que fazem ao seu dinheiro, sob pena de podermos pensar que o BPN faz parte de um negócio maior com Angola.

O último a chorar chora pior. O Estado quis enganar alguém com a venda do BPN mas acabou enganado. É para isto que pagamos impostos.


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por pvg80713 » 3/8/2011 10:50

pepi Escreveu:
urukai Escreveu:Pode ser que corrijam esta estória toda.

40 milhões e ainda ficarmos com as indemnizações + créditos com risco de incumprimento parecia-me mt mau negócio e um claro ponto de negativo deste novo governo.


E quanto custaria a liquidação do Banco?


1500 milhões + todos os empregados.
acabou de dizer a senhora.
 
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por pepi » 3/8/2011 10:47

urukai Escreveu:Pode ser que corrijam esta estória toda.

40 milhões e ainda ficarmos com as indemnizações + créditos com risco de incumprimento parecia-me mt mau negócio e um claro ponto de negativo deste novo governo.


E quanto custaria a liquidação do Banco?
 
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por pvg80713 » 3/8/2011 10:38

estou a ouvir a Sec Estado e considero-me totalmente esclarecido !

só o BIC apresentou uma proposta em condições.

o Montepio, não queria comprar o BPN mas só a rede de balcões e sistema de pagamentos.

o NEI só queria pagar 5% dos 100 milhoões que oferecia e depois pagaria o resto a 6 anos ... não era um grupo bancário etc...


para mim : fim da história
 
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por urukai » 2/8/2011 18:08

Pode ser que corrijam esta estória toda.

40 milhões e ainda ficarmos com as indemnizações + créditos com risco de incumprimento parecia-me mt mau negócio e um claro ponto de negativo deste novo governo.
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por fooman » 2/8/2011 17:55

Jornal de Negocios Escreveu:NEI diz que ainda está na corrida pelo BPN
02 Agosto 2011 | 17:29
Ana Laranjeiro - alaranjeiro@negocios.pt

O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) defende que não há ainda adjudicação no caso do Banco Português de Negócios e acredita ainda estar na corrida pela instituição.
Na conferência de imprensa Jaime Santos, do NEI um dos responsáveis do Núcleo, adiantou que “vamos dar a notícia que é o seguinte: a palavra adjudicação é uma palavra respeitável dada pela comunicação social”.

Mas, prosseguiu, “palavra respeitável para nós é a da Caixa que nos disse hoje de manhã em sucessivos contactos: Negociações exclusivas com um dos pretendentes mas podemos continuar a conversar”. Pelo que acrescentou, Jaime Santos, “não há adjudicação nenhuma”.

José Monteiro e Castro, outro responsável do NEI presente na conferência de imprensa, revelou ainda que “as negociações não estão fechadas. Temos tido um diálogo aberto e franco e até com o Governo através da Secretaria de Estado do Tesouro e até agora não temos razões de grandes queixas”.

“Ficaremos na expectativa e reservamos o direito de vir a pedir explicações ao Governo se entendermos que não estamos a ser tratados em termos de igualdade pelos nossos concorrentes” adiantou ainda na conferência de imprensa.

José Monteiro Castro, adiantou ainda que o valor que ofereciam para adquirir o BPN era superior a 100 milhões de euros, sem no entanto, especificarem qual era o valor em causa.

Ainda que o Ministério das Finanças tenha comunicado publicamente que o Banco BIC, liderado por Mira Amaral, seja o comprador do BPN, o NEI admite “ter parcerias com os outros” concorrentes. O Núcleo diz assim que mostra disponibilidade “desde que as propostas dos concorrentes encaixassem nas nossas”.


Afinal a tourada ainda não acabou e o NEI confirmou finalmente que ofereceu mais de 100M€ pelo BPN... agora tudo começa a cheirar a esturro!
 
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por JCS » 2/8/2011 16:56

Por mim o fundo de garantia de depósitos tinha entrado em acção e o BPN tinha sido liquidado. Os obrigacionistas etc, etc que fossem ao totta receber. Tantos milhares de milhões gastos para termos a banca nacional de rastos na mesma. Qual perigo de contágio qual quê... Camiões de capital para o lixo...

Vamos ver se os senhores do governo aprenderam alguma coisa para uma próxima ocasião...

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