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Caldeirão da Bolsa

Os nossos 200 milhões que foram para o Metro do Porto....

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Zeb_PT » 20/7/2011 16:55

Voltamos a PPPs, pseudo-PPs e afins. Será que em alguns casos não temos uma clara gestão danosa?

Pelo menos pagaram a um bom banco :)
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Para muito errar e muito mais aprender!

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Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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por artista_ » 20/7/2011 16:41

Custa realmente a fazer sacrificios por um país assim! No fundo estamos a encher os bolsos e alguns, os altos cargos destas empresas, os que fazem as obras e prestam serviços a estas, muitas vezes os mesmos ou filhos, sobrinhos, afilhados dos mesmos!)
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
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por rmachado » 20/7/2011 15:37

abx Escreveu:
JCS Escreveu:Bom artigo.


Artigo demagogo que analisa o problema de uma forma muito parcial.

De bom não tem nada. Aliás este jornaleiro anda a perder qualidades.

Sobre este artigo a minha opinião está lá.


E já agora qual é a parcialidade, e qual será então a parte completa do problema?
 
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por rmachado » 20/7/2011 15:36

E ainda dizem que os bancos não fazem clausulas abusivas.... e que o cliente pode mudar facilmente "and so e on".

De qq maneira até parece que o metro do Porto não é das piores.. mas com acordos destes... vai lá vai.
 
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por abx » 20/7/2011 14:18

JCS Escreveu:Bom artigo.


Artigo demagogo que analisa o problema de uma forma muito parcial.

De bom não tem nada. Aliás este jornaleiro anda a perder qualidades.

Sobre este artigo a minha opinião está lá.
 
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por JCS » 20/7/2011 8:18

Bom artigo.
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
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"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
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Os nossos 200 milhões que foram para o Metro do Porto....

por Pata-Hari » 20/7/2011 7:55

Este eu destaco para termos bem a noção para onde está a ir a ajuda da troika e para onde está a ir o nosso subsidio de natal e impostos extra.
Talvez quando começarmos a pensar nestes termos, começaremos a exigir mais do nosso governo e estado.


Quem paga os meus 200 milhões?
19 Julho2011 | 12:00
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

Quem paga os meus 200 milhões?

O banco "executou" o empréstimo e a Metro do Porto não tinha como pagá-lo. Pagou-o o Estado. E assim, num negócio, se revelam dois privilégios: o das empresas públicas sobre as privadas; e o dos bancos estrangeiros sobre os portugueses. É para isto, o dinheiro da troika?
Não, não é para isto. Mas é disto que veremos. E faz muito pouco sentido: quer proteger as empresas públicas de uma dura reestruturação; quer isolar os pobres dos bancos portugueses dessa hipótese de liquidez.

A Metro do Porto é apenas um exemplo. Há nos contratos de financiamento de alguns bancos cláusulas que dizem que, se o "rating" baixa a um determinado nível, o banco pode exigir a amortização imediata do capital (ou um reforço de garantias). É o caso de vários bancos como o BNP Paribas (que o exigiu à Metro do Porto) e, curiosamente, de bancos supranacionais como o Banco Europeu de Investimento.

O que aconteceu à Metro do Porto já está agendado para a RTP, mais 200 milhões que a empresa não tem. Nos próximos meses, mais empréstimos terão o mesmo tratamento, basta olhar para os passivos assustadores da Refer, CP, Estradas de Portugal e outras. Que o Estado pagará.

O Estado faz bem em pagar: um accionista tem obrigação de responder pela insolvência das suas empresas. Sobretudo se a culpa é sua, como o é clamorosamente nas empresas de transportes. Aquele passivo nunca foi se não dívida pública desorçamentada. O caso da Metro do Porto só é mais grave porque mais recente: numa década reproduziu-se mais um escandaloso buraco financeiro, que, de tão grande ser, serviu de abrigo a tudo: quantos quilómetros de rede foram construídos para benefício autárquico? Quantos jardins plantou a Metro do Porto, quantas calçadas calcetou, quantos neóns coloriu para uma festança?

Este pagamento do Estado traz o risco moral para as empresas públicas de que não há problema com a dívida, pois o Estado "nacionaliza-a". E a injustiça de privilegiar a banca estrangeira face à nacional. De que o dinheiro que pedimos emprestado entre por uma porta e saia por outra.

Não é por pena da banca portuguesa (que, com estas cotações em bolsa, até a merece), mas porque a economia portuguesa precisa de crédito para não congelar. Ora, o processo de desendividamento e a restrição de financiamento externo são ameaças credíveis a esta liquidez, mais do que à solidez (isto é, aos níveis de capitais próprios).

Já no BPP foi assim: o Estado garantiu um empréstimo de 450 milhões para pagar a certos credores ("certos" é ironia: deu preferência de legalidade duvidosa a alguns credores). Incluindo a banca estrangeira.

A melhor maneira de o Estado ajudar as empresas e os bancos seria pagar o que lhes deve. Seria cumprir a Lei. Câmaras e hospitais devem milhares de milhões de euros fora do prazo. Se as dívidas fossem saldadas, injectariam liquidez na economia como óleo numa engrenagem. No caso da banca, há dívidas de curto prazo de 15 mil milhões de euros, que sobem para 40 mil milhões considerando empresas públicas e regiões autónomas. É o mesmo que a banca deve ao Banco Central Europeu.

A questão da liquidez da banca vai ocupar muitas páginas doravante. Hoje, o Negócios noticia a pressão para que o Estado pague as suas dívidas, num processo que vai no adro e que tem a ver com a desalavancagem do sistema financeiro. É uma ideia excelente. Mas depende mais da troika do que do Governo. E não pode servir para criar a ilusão da abundância, branqueando mais cheques na vergonhosa administração das empresas públicas.
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