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Caldeirão da Bolsa

Situação na Itália - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por fiódor » 10/7/2011 16:05

É interessante ver quem tem recuperado com consistência desde as quedas iniciadas em fim de 2007.
A Alemanha a puxar a carroça com uma recuperação sustentada pelos dados económicos, a França a tentar acompanhar mas sem pujança, e depois os que deviam ser potências a par da França e Alemanha mas que não conseguem fazer mais, a Itália e a Espanha.
Incluo o nosso Psi como comparação para os casos Italiano e Espanhol.

Na minha opinião o próximo ataque será sobre a Itália e se "colar" os resultados poderão ser desastrosos.

Bfs
Anexos
Dax.jpg
Dax.jpg (125.21 KiB) Visualizado 11176 vezes
Cac.jpg
Cac.jpg (130.75 KiB) Visualizado 11165 vezes
Ibex.jpg
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SPMiib.jpg
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Psi.jpg
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Fiódor

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por Pickbull » 10/7/2011 15:04

Elias Escreveu:
PMACS Escreveu:
Warren Buffet
“I could end the deficit in 5 minutes. You just pass a law that says that anytime there is a deficit of more than 3% of GDP all sitting members of congress are ineligible for reelection.”



Muito boa :lol: :lol: :lol:


Acho de mau gosto. Ao menos podia oferecer um curso de filosofia para não ficarem sem fazer nada. :wink:
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Mais vale uma alegria na vida do que um tostão no bolso.
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por Elias » 10/7/2011 14:57

PMACS Escreveu:
Warren Buffet
“I could end the deficit in 5 minutes. You just pass a law that says that anytime there is a deficit of more than 3% of GDP all sitting members of congress are ineligible for reelection.”



Muito boa :lol: :lol: :lol:
 
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por PMACS » 10/7/2011 14:49

K. Escreveu:Alguém coloque a possibilidade de Default (ou atraso de pagamento) dos Estados Unidos? Têm AAA em todas as agências.


Há aqui uma questão importante que raramente é tida em conta: os países com poder estão todos altamente endividados. Em Portugal costuma-se dizer que "Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo, ou não tem arte".


Warren Buffet
“I could end the deficit in 5 minutes. You just pass a law that says that anytime there is a deficit of more than 3% of GDP all sitting members of congress are ineligible for reelection.”


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por K. » 10/7/2011 14:41

Alguém coloque a possibilidade de Default (ou atraso de pagamento) dos Estados Unidos? Têm AAA em todas as agências.


Há aqui uma questão importante que raramente é tida em conta: os países com poder estão todos altamente endividados. Em Portugal costuma-se dizer que "Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo, ou não tem arte".
 
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por richardj » 9/7/2011 15:30

alguem podia meter a lista de detentores de divida americana aqui no topico? tenho ideia que a china é o maior credor com cerca de 25 % e que existe uma grande % cujos detentores sao fundos americanos.

K. se os americanos entrarem em default isso nao vai atrair todas as atençoes para eles? e ao imprimir moeda para resolver o problema, acho que vao chegar a um ponto em que nao o vao fazer porque se o euro vale o que vale com estes casos todos de Grecia, Irlanda , Portugal, Espanha, Italia... se o foco passar para os USA e eles se meterem a imprimir dolars entao o euro-dolar dispara fortemente, nao?

ja agora em termos globais claro que é pessimo, mas em termos europeus, nao sei qual é a % de empresas/fundos que tem divida americana... por isso nao sei ate que ponto do ponto de vista Europeu é mau para a europa (tendo em conta a situação que vivemos, isto é, extrema). Depois existe sempre colaterais, como as bolsas americanas cairem o que afecta o mercado em geral como aconteceu em 2008...

já agora recordar que cada americano deve 45 mil dolars tendo por base so divida publica (os gregos 44 mil), apesar de estarmos a falar de dois mundos completamente diferentes.

A mim o que me surpreende é a falta de luta dos europeus, estamos a ser comidos vivos, por um lado pela america, por outro pela Asia. De um lado as agencias de rating e os fundos a apostar no defaut. Do outro competição desenesta, uma vez que as condiçoes de trabalho praticadas na china e na india fazem custos de produção irreais que depois traduzem-se em produtos que a europa nao consegue competir (ate existe um problema de patentes). e no entanto nao estamos a combater o deslocamento de fabricas para oriente.

A unica explicação para isto é que nos europeus nao estamos a trabalhar juntos. A França e a Alemanha estão a fazer tudo para manter as suas posições,(ex: o maior mercado da VW já é a china e tanto a BMW como a Siemens tem fortes interesses nesses paises)

Quanto à Italia, tenho ideia que a maior parte dos detentores da divida italiana sao os bancos italianos, o que tem o seu lado positivo quando o estado paga as dividas, mas em caso de defaut cai tudo... mas como é aqui dito, não há maneira de salvar Espanha nem Italia do incomprimento da maneira que estamos a fazer. Só se for por acordos fora do mercado entre França e Alemanha a fazerem emprestimos

EDIT: nao estava a falar de um colapso dos americanos, para mim bastava o "atraso" de 1 semana no pagamento
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por K. » 9/7/2011 14:25

Os Estados Unidos estão numa situação completamente diferente, pois podem comprar as suas próprias obrigações emitindo moeda (monetarizar a dívida).

Grécia, Portugal, Espanha e Itália não podem, por causa do Euro. Portanto, no caso da Itália, como é demasiado grande para ser intervencionada, restam duas alternativas:

1) Entrar em Default (o que implica imediatamente o fim do Euro, para além do resto).

ou

2) Num primeiro momento converter todas as obrigações da zona Euro em Eurobonds (criando uma União Fiscal Europeia) e em seguida seguir os Estados Unidos na monetarização da dívida.


Espero que escolham 2).
 
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por Elias » 9/7/2011 12:33

JMHP Escreveu:Creio que seria um cenário que ninguém deseja viver.


...mas não faltaria quem shortasse a toda a força para tirar o máximo partido dessa situação :twisted:
 
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por JMHP » 9/7/2011 12:29

richardj Escreveu:EDIT: sem desejar mal a ninguém suspiro por um defaut dos USA em Agosto para ver se o ataque serrado sobre a Europa muda de direcção. Isto falando um pouco inconscientemente dado que os custos podem ser piores ainda xD


Cuidado com o que desejas.... Tenho impressão que um default dos EUA teria um efeito tsunami na economia mundial. Se existem países que são demasiados grandes para falir como a Espanha ou a Italia, os EUA deverá estar naquele nível que se falir será o colapso da economia mundial. Creio que seria um cenário que ninguém deseja viver.
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por Wallstreetrader » 9/7/2011 11:24

Se repararem bem o plano está bem elaborado e não tem adversários a altura logo o desfecho pode ser feio para o lado fraco, estou a pensar seriamente em refugiar-me em prata e ouro, bons negócios a todos.
 
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por richardj » 8/7/2011 23:03

a Europa nunca conseguiu estancar a bola de neve. A Europa nunca tomou medida duras para se afirmar, como criar a sua própria agência de rating.

as quedas em Itália esta semana foram bastante pesadas...

EDIT: sem desejar mal a ninguém suspiro por um defaut dos USA em Agosto para ver se o ataque serrado sobre a Europa muda de direcção. Isto falando um pouco inconscientemente dado que os custos podem ser piores ainda xD
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por K. » 8/7/2011 22:33

Este é o pior dos pesadelos da Europa. A Itália há muito que é insolvente: 120% de dívida pública, isto com as contas italianas, imaginem se andassem por lá o FMI e a Troika a investigar...

Para resgatar a Itália são necessários cerca de 1.5 Triliões de euros....10 vezes mais do que a ajuda à Grécia, mais de 3 vezes a dimensão do Fundo de Resgate!


Vejamos: O PIB da Alemanha +Finlandia, Austria e Holanda juntas é de cerca de 3 Triliões. Para resgatar Itália e Espanha (que deve´estar prestes a pedir ajuda) são necessários 2 Triliões....

França e Belgica têm dívidas comparáveis à de Portugal, logo vão ter de lidar com os seus próprios problemas de solvência.

Conclusão: chegámos ao fim da linha. Ou as dívidas são todas mutualizadas e monetarizadas ou o euro parte para cada país poder monetarizar a sua dívida.

As posições curtas sobre os bancos Italianos começaram a ser tomadas com força em Abril, na altura em que comecei a alertar para as consequências dramáticas que uma reestruturação da dívida Grega teria na Europa (e para os ganhos colossais que traria aos fundos que apostam contra os dois circulos da periferia europeia).



Um Default da Itália iria levar à falência imediata de quase todos os bancos Italianos, e com eles os Alemães e Austriacos.

A hipótese especulativa (baseada nas ideias de Soros) que seria efectiva em Portugal, tem na Itália o seu Eldorado: como a dívida Italiana está quase toda em Itália, pressionando as obrigações durante os stresstests é possível obrigar os bancos a pedir ajuda ao estado, o que dilui o valor das acções dos bancos e aumenta a dívida do estado, gerando uma espiral de insolvência e ganhos para quem está do lado certo do mercado.




Exagero? Vejam a estrutura das participações dos bancos europeus. Por exemplo, o Unicredit não é um banco, mas um conglomerado gigantesco: para além de outras participações, é dono do HypoVereinsbank (segundo maior banco Alemão) e do Bank Austria (o maior banco Austríaco). Esta semana caiu 30% (está carregado de bonds italianas). Se isto não chega para assustar os alemães, não sei o que será preciso.

Perante isto, sou levado a pensar que Portugal e Grécia foram meros "Ensaios de orquestra" para um gigantesco Bear Raid em Itália.

A Alemanha tem de recuar o mais rapidamente possível nas suas posições moralistas em relação à ajuda à Grécia, esquecer a participação dos privados, e dar ouvidos ao BCE.


Já ninguém parece acreditar no recuo da Alemanha. Se for o caso, a melhor forma de fazer "hedging" de posições no sul da Europa parece ser tomar posições short em bancos italianos e espanhois (pois em caso de default os CDS não vão ser pagos). Ou comprar activos físicos num país potencialmente solvente: Alemanha, Austria, Finlândia ou Holanda.

A explicação para o que está a acontecer foi dada por Schopenhauer: a "Schadenfreude" é a mais negra de todas as emoções humanas.
 
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por Elias » 8/7/2011 22:23

Agência Moody’s ameaça baixar rating de Itália
17.06.2011 - 21:04 Por Pedro Crisóstomo

Itália está agora sob o olhar atento da agência de notação financeira Moody’s, que colocou a nota de risco da dívida do Estado em vigilância apertada para uma possível revisão em baixa.

O aviso deixado hoje pela agência norte-americana quer dizer que Itália pode deixar em breve de estar classificada em Aa2 (o terceiro nível do primeiro patamar de avaliação da Moody’s). O nível atribuído à República italiana mantém-se inalterado desde 2002.

Mas os riscos que pesam sobre o crescimento italiano, a reacção consequente dos mercados e dúvidas sobre a capacidade de o executivo de Silvio Berlusconi reduzir o défice orçamental estão na base do processo de revisão.

Numa nota publicada no seu site, a Moody’s diz que irá ter em conta o peso destes três factores de risco tendo em conta que Itália tem uma classificação da dívida elevada, mas olhando para o facto de a retoma económica ser modesta e o défice italiano ter aumentado nos últimos anos.

Na verdade, os números do Eurostat mostram que o défice italiano subiu de 2,7 por cento, em 2008, para 5,3 por cento, em 2009, mas caiu para 4,5 por cento no ano passado. A preocupação dos economistas tem incidido sobretudo no aumento da dívida pública, que tocou nos 119 por cento em 2010.

A adopção de políticas orçamentais será agora mais difícil, acredita a agência, depois de Berlusconi ter sofrido duas pesadas recentes derrotas nas urnas – nas eleições municipais, há duas semanas, e nos referendos do início desta semana.

Já antes disso a agência Standard and Poor’s, também norte-americana, ameaçou baixar o rating italiano (em A+, comparativamente dois níveis abaixo da nota atribuída pela Moody’s).
 
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por altrio » 8/7/2011 21:36

Fazem bem em tentar equilibrar o orçamento enquanto têm taxas a 2 anos de 3,5%. Na Grécia já são quase 10x superiores.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

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Situação na Itália - Tópico Geral

por Elias » 8/7/2011 20:23

Itália entra em alerta com juros em alta e bolsa em mínimos
08 Julho 2011 | 18:50
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt

Índice bolsista de Milão cai há cinco dias consecutivos, penalizado pela negociação das obrigações. No mercado de dívida, os juros pedidos pelos investidores para deterem títulos de dívida italianos a dois anos são de 3,5%, quando, no mesmo prazo, pedem 1,45% sobre obrigações alemãs.

Os juros das obrigações italianas estiveram hoje a negociar em forte alta, mantendo a tendência de subida das restantes sessões da semana. O comportamento do mercado de dívida secundário pressionou os bancos do país, que caíram mais de 5%. A bolsa de Milão desce há cinco sessões consecutivas e encerrou em mínimos de um ano.

O corte de notação financeira a Portugal por parte da Moody’s intensificou as incertezas que existem no mercado europeu. A agência referiu que o País pode precisar de um novo resgate para complementar o definido nas últimas semanas. Os juros portugueses dispararam, mas levaram com eles os dos restantes países periféricos do Velho Continente.

A subida dos juros

A Itália foi uma das nações que sentiu esse comportamento. Os juros subiram em todos os prazos, dispararam nas maturidades mais curtas e levaram as “yields” para máximos superiores a um ano.

No prazo a dois anos, os juros somaram 18,7 pontos base para 3,5%. Durante a sessão, tocaram nos 3,6%, percentagem que representa um máximo desde Novembro de 2008. No início da semana, a “yield” estava nos 3%, tendo subido ao longo de todos os dias da semana.

Por comparação, o juro pedido pelos investidores para deterem obrigações alemãs neste prazo é de 1,45%. Aliás, o valor que os investidores exigem para terem dívida italiana com maturidade a dois anos nas suas carteiras é superior ao que requerem no caso de títulos alemães com prazo de 30 anos, que está nos 3,49%.

A cinco anos, o ganho nos juros foi de 14,9 pontos base, o que colocou a taxa genérica da Bloomberg em 4,59%, embora tenha subido aos 4,6%, valor que não era registado igualmente desde 2008.

Já a “yield” da taxa a dez anos marcou um máximo de 2002, ao tocar nos 5,38%. Fechou a avançar 9,6 pontos base e ao colocar a taxa nos 5,27%.

A queda dos bancos

O índice FTSE MIB caiu 3,47% e fixou-se nos 19.049,88 pontos. Este é um valor que não registava desde 5 de Julho de 2010. Na semana passada, o índice tinha terminado acima dos 20.500 pontos mas afastou-se desse número ao perder valor em todos os dias desta semana.

A banca penalizou a evolução do índice na sessão de hoje, a par do que se passou pela Europa, onde o índice do sector financeiro europeu deslizou 2,34%. Nem as declarações do governador do Banco Central de Itália, Mario Draghi, foram suficientes para impedir as perdas dos bancos. O futuro governador do Banco Central Europeu (BCE) disse que não espera que nenhuma instituição italiana reprove nos testes de stress.

No mercado italiano, o banco UniCredit destacou-se pela negativa e liderou mesmo as quedas no Stoxx Europe 600. Durante a manhã, caiu 6,58%, motivo que levou Milão a suspender a transacção dos seus títulos. Regressou à negociação mas, tal como a bolsa, a cotada só perdeu terreno esta semana. Hoje, caiu 7,85% e encerrou nos 1,232 euros, um mínimo de Abril de 2009. Começou a semana nos 1,534 euros.

O Intesa San Paolo deslizou 4,56% para 1,654 euros, um valor ao qual não descia desde Março de 2009. O Banco Popolare afundou 6,46% para 1,42 euros, enquanto o UBI Banca se fixou nos 3,58 euros, ao perder 5,85%.

Itália é a nação que se segue?

“Se estamos a falar de incumprimento na Grécia, onde o contágio se direcciona para a Irlanda, Portugal e Espanha, então a Itália é a próxima paragem”, comentou à Bloomberg o responsável pela estratégia de mercado do Lloyds Bank Corporate Markets, Charles Diebel.

Quase desde o início da crise da dívida na Grécia, a Itália tem sido apontada como uma possível nação a seguir-se nos pedidos de resgate internacionais, também devido à elevada dívida nacional, equivalente a 119% do Produto Interno Bruto (PIB). É a segunda mais elevada na Europa, só ultrapassada pela grega.

Para combater esses dados, e como forma de se antecipar a movimentações no mercado (a Standard & Poor's, por exemplo, alertou este mês para a possibilidade de rever em baixa o "rating" italiano), o Executivo liderado por Silvio Berlusconi anunciou novas medidas de austeridade, de forma a equilibrar o orçamento, num montante superior a 40 mil milhões de euros. O plano é de quatro anos e prevê que a maior parte dos cortes seja feito em 2013 e 2014.
Editado pela última vez por Elias em 26/7/2012 19:13, num total de 2 vezes.
 
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