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Caldeirão da Bolsa

[Off Topic]CP - Comboios de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 4/7/2011 21:25

Marco Martins Escreveu:Se garantirem que existem transportes alternativos que façam o trajecto dos comboios, estou de acordo que temporariamente sejam suprimidos.


Marco,

Achas então que os nossos impostos devem ser usados para financiar transportes alternativos em percurso espanhol?
 
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por Marco Martins » 4/7/2011 21:17

Se garantirem que existem transportes alternativos que façam o trajecto dos comboios, estou de acordo que temporariamente sejam suprimidos.

E mesmo algumas estradas e auto-estradas deveriam ser avaliadas para validar se se justifica estarem constantemente com 3 vias abertas ou se será melhor manter apenas duas para assim diminuir os custos de manutenção.
 
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por Elias » 4/7/2011 19:08

Lion_Heart Escreveu:Minho ie Alto Minho , a linha Porto-Vigo nao vai a Braga nem a Guimaraes.


De acordo, mas a linha não vai encerrar nem os comboios vão ser suprimidos. Simplesmente terminam em Valença. Por isso o Alto Minho não deixa de estar servido por comboio.
 
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por Lion_Heart » 4/7/2011 18:56

Elias Escreveu:Nem sequer é um rápido. Para servir o Minho tens comboios bastante mais rápidos (Intercidades para Guimarães e Alfas para Braga).


Minho ie Alto Minho , a linha Porto-Vigo nao vai a Braga nem a Guimaraes.


Elias Escreveu:
Posso saber quando foi a última vez que andaste de comboio?



A ultima vez foi num Alfa para Lisboa , alias sempre que vou a Lisboa vou num Alfa.

Por exemplo, os meus pais ambos reformados (nenhum deles conduz) , usam muitas vezes a linha Braga-Nine e depois a linha para o alto minho, e eles e que me dizem que aquilo esta cada vez pior.
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por Elias » 4/7/2011 18:50

Lion_Heart Escreveu:O comboio Porto-Vigo é (ou era) dos poucos comboios "rapidos" a servir o Minho.


Nem sequer é um rápido. Para servir o Minho tens comboios bastante mais rápidos (Intercidades para Guimarães e Alfas para Braga).

Lion_Heart Escreveu:O comboio para mim e das melhores formas de viajar.


Posso saber quando foi a última vez que andaste de comboio?

rmachado Escreveu:Claro.. eu estava a dar uma achega ao tempo que estas coisas demoravam e que como é óbvio quando se começou a apostar no asfalto isto pura e simplesmente deixou de ser praticavel...

MAs que tb nunca quiseram estudar estas alternativas.. não quiseram.


Não quiseram... mas as pessoas também não querem usar os comboios, mesmo quando os têm.

rmachado Escreveu:Podiam fazer o que se fez em dezenas de linhas em Espanha e tranformar as mesmas em linhas turisticas que só funcionariam em deternimadas alturas do ano...


De acordo, mas nota que uma linha destinada ao turismo não tem utilidade para as populações locais. É preciso optar.
 
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por rmachado » 4/7/2011 18:29

Elias Escreveu:
rmachado Escreveu:Eu sou do tempo em que de Aveiro a Bragança... foram 12 horas.. tudo por comboio.. mas a linha do tua era qq coisa de lindissimo..


Não digo o contrário rmachado.

Mas quem é que hoje está disposto a gastar 12 horas para uma viagem que se faz facilmente em menos de 4?

Quanto à beleza da linha do Tua, não a discuto, pois também tive oportunidade de a fazer... mas quando fiz essa viagem já só lá circulavam pequenas automotoras, onde viajavam meia dúzia de velhotas com as suas galinhas... um serviço destes não é sustentável por muito tempo.


Claro.. eu estava a dar uma achega ao tempo que estas coisas demoravam e que como é óbvio quando se começou a apostar no asfalto isto pura e simplesmente deixou de ser praticavel...

MAs que tb nunca quiseram estudar estas alternativas.. não quiseram.

Podiam fazer o que se fez em dezenas de linhas em Espanha e tranformar as mesmas em linhas turisticas que só funcionariam em deternimadas alturas do ano...

E não esquecer dos milhões deitados na Linha do Norte que davam para ter feito outra linha ao lado...
 
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por Lion_Heart » 4/7/2011 18:25

O comboio Porto-Vigo é (ou era) dos poucos comboios "rapidos" a servir o Minho.

Ja uns anos atras a Renfe tinha retirado os seus comboios da linha (eles eram electricos e a nossa linha nao e)

A linha esta a ficar com cada vez menos comboios e com o fim deste a coisa ainda vai ficar pior.

Uma boa campanha de marketing podia trazer mais clientes (evitar scut paga) da galiza para ca e de ca para a galiza.

O comboio para mim e das melhores formas de viajar.
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por Elias » 4/7/2011 17:57

rmachado Escreveu:Eu sou do tempo em que de Aveiro a Bragança... foram 12 horas.. tudo por comboio.. mas a linha do tua era qq coisa de lindissimo..


Não digo o contrário rmachado.

Mas quem é que hoje está disposto a gastar 12 horas para uma viagem que se faz facilmente em menos de 4?

Quanto à beleza da linha do Tua, não a discuto, pois também tive oportunidade de a fazer... mas quando fiz essa viagem já só lá circulavam pequenas automotoras, onde viajavam meia dúzia de velhotas com as suas galinhas... um serviço destes não é sustentável por muito tempo.
 
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por rmachado » 4/7/2011 17:55

Eu sou do tempo em que de Aveiro a Bragança... foram 12 horas.. tudo por comboio.. mas a linha do tua era qq coisa de lindissimo..
 
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por Elias » 4/7/2011 16:36

AutoMech Escreveu:Lembro-me de uma vez fazer a ligação Lisboa - Badajoz, há uns 20 anos, e ter levado 6 horas, quando os autocarros já faziam 4 horas. Hoje, se continuar na mesma, não tem a mais pequena hipótese em termos de concorrência.


Está pior. Leva as mesmas seis horas mas agora já não é directo (tem transbordo).

AutoMech Escreveu:Não sei se houve investimento significativo no transporte ferroviário, quando comparado com o que houve nas infraestruturas rodoviárias.


Muito pouco. Só na linha do Norte, na Beira Alta e na ligação ao Algarve.
 
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por Automech » 4/7/2011 16:25

Não sei até que ponto é que o transporte ferroviário de passageiros ainda é competitivo, hoje em dia, com a cada vez maior rapidez do transporte rodoviário de passageiros devido à proliferação de auto estradas, IPs, IC, ENs que temos.

Lembro-me de uma vez fazer a ligação Lisboa - Badajoz, há uns 20 anos, e ter levado 6 horas, quando os autocarros já faziam 4 horas. Hoje, se continuar na mesma, não tem a mais pequena hipótese em termos de concorrência.

Não sei se houve investimento significativo no transporte ferroviário, quando comparado com o que houve nas infraestruturas rodoviárias.
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por Elias » 4/7/2011 12:31

Azul10 Escreveu:Também achei estranho quando vi que haviam 2 comboios por dia.


Dantes havia 3 comboios por dia Porto-Vigo, em cada sentido.

E havia em Portugal muitas outras ligações directas (i.e. sem transbordos) que hoje a maioria das pessoas hoje nem faz ideia que existiram. Por exemplo Lisboa-Pocinho, Porto-Salamanca, Porto-Santiago de Compostela-A Coruña, Barreiro-Vila Viçosa, Barreiro-Reguengos de Monsaraz, Barreiro-Moura, Lisboa-Marvão, Lisboa-Badajoz, entre outras.

Mas com a redução da procura é natural que estas ligações vão desaparecendo.
 
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por Azul10 » 4/7/2011 11:57

Utilizei essa mesma ligação há menos de 15 dias.

Também achei estranho quando vi que haviam 2 comboios por dia. Quando fui tinha muita gente mas também apanhou um fim de semana prolongado e a época de férias escolares.
 
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por Elias » 4/7/2011 11:53

CP suprime ligação Porto-Vigo a partir de domingo
04.07.2011 - 10:50 Por Victor Ferreira
publico

A CP vai suprimir a ligação ferroviária até Vigo a partir do próximo domingo, alegando que não estão “reunidas as condições para a continuidade da exploração”. A medida está a ser contestada pela associação de utentes Comboios XXI.

Num aviso colocado no site, a transportadora ferroviária não adianta mais informações sobre esta decisão, limitando-se a dizer que os clientes devem contactar os serviços da empresa para obter outros esclarecimentos.

Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete de comunicação da empresa disse estar a preparar uma comunicação com mais detalhes sobre esta medida que vai afectar as duas ligações diárias Porto-Vigo que se farão apenas até 10 de Julho. A partir dessa data, os comboios que asseguravam este serviço passam a parar em Valença.

Um responsável da Associação de Utentes dos Comboios de Portugal - Comboios XXI criticou hoje a decisão tomada “sem qualquer justificação ou consulta prévia”.

“Após uma chamada para o call center da CP ficámos vagamente a saber que essa interrupção se deve a obras, embora não haja informação acerca do teor dessas obras nem da sua localização. Desconfiamos que são uma desculpa de ocasião”, disse Nuno Oliveira, da Comissão Directiva da Comboios XXI, citado pela Lusa.

O mesmo dirigente entende que se trata de “mais uma agressão à mobilidade desta vasta euroregião [habitada por seis milhões de pessoas], após a recente introdução de portagens na A28”.

A associação de utentes argumenta que o serviço Porto-Vigo “tem uma procura considerável”, sobretudo no Verão, isto apesar de não haver “nenhuma divulgação especial” desta ligação junto da população que, na época estival, procura as praias da Galiza.

Nuno Oliveira lamenta ainda que se “ignore a Galiza” e, em nome da associação, exige “a remodelação do serviço directo internacional Porto-Vigo, no que se refere à diminuição do tempo total de viagem, e a garantia de ligação rápida desta linha no Porto para quem segue no serviço Intercidades ou Alfa Pendular”.
*com Lusa
 
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por Elias » 26/6/2011 23:01

StochasticOscilator Escreveu:Em Espanha abrem cada vez mais


Isso não é exactamente verdade.

Em Espanha abriram algumas linhas de alta velocidade, mas não podemos esquecer que foram encerrados milhares de quilómetros de linhas férreas, tal como em Portugal.
 
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por ruisebas » 26/6/2011 22:45

Mas que tristeza de país... Em Espanha abrem cada vez mais, aqui querem-nas fechar... É uma vergonha esta situação. Acho que a mobilidade é essencial para o desenvolvimento de um país... Mas a questão aqui, é mesmo o de obrigar as pessoas a andarem de auto-estradas e encherem os bolsos aos "boys". Eu dou o exemplo escandaloso que se passa em Leiria (onde moro), com a conclusão da A19 Leiria fica rodeada de 3 :shock: autoestradas (numa zona onde o troço do IC2 é bastante razoável), tenho que me deslocar com bastante frequência a Aveiro e preferia pagar mais e ir de comboio mas isso é impossível porque Leiria,a capital de distrito, é servida por uma linha não electrificada, onde passa uma automotora de manha e outra à noite. A minha opinião sobre os comboios é muito simples: dizem que dá prejuízo porque as pessoas não usam este meio de transporte, mas a questão é que não fornecem as condições às pessoas para usar este meio de transporte! Para quê um TGV Lisboa-Porto? Podiam usar esse dinheiro e ligar as capitais de distrito com linhas em condições... Enfim gostava que se repensasse esta politica dos caminhos de ferro e que não fosse tomado o caminho mais fácil, que é simplesmente fechá-las.
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por Elias » 26/6/2011 16:16

Mas que grande razia :shock:

Estudo entregue à troika propõe fecho de 800 km de linha férrea
26.06.2011 - 13:49 Por Carlos Cipriano
publico.pt

Documento feito, à revelia da Refer, pelo anterior Governo do PS deixa a rede ferroviária circunscrita basicamente ao eixo Braga-Faro, Beira Alta e Beira Baixa. Restantes linhas seriam amputadas ou desapareceriam.

A concretizar-se, será uma razia idêntica à do fim dos anos de 1980, quando Portugal encerrou 800 quilómetros de linhas de caminho-de-ferro, sobretudo no Alentejo e em Trás-os-Montes. O Governo de José Sócrates propôs à troika o encerramento de 794 quilómetros de vias-férreas, também com particular incidência no Norte e no Alentejo, mas desta vez incluindo algumas linhas do litoral, como a própria Linha do Oeste, que seria encerrada entre Louriçal e Torres Vedras (127 quilómetros).

O estudo foi realizado, à revelia da Refer, por uma equipa conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério das Obras Públicas e Transportes. E consolida o fim das linhas que até agora estavam encerradas "provisoriamente" à espera de obras de modernização (Corgo, Tâmega, Tua e troços Figueira da Foz-Pampilhosa e Guarda-Covilhã, num total de 192 quilómetros). Inclui também a Linha do Douro, entre Régua e Pocinho (68 quilómetros), a Linha do Leste entre Abrantes e Elvas (130 quilómetros), a Linha do Vouga (96 quilómetros), o ramal de Cáceres (65 quilómetros), a Linha do Alentejo entre Casa Branca e Ourique (116 quilómetros). Esta última deixaria Beja sem comboios, apesar de, neste momento, a CP estar a preparar uma oferta especial desta cidade aos Intercidades de Évora.

O documento foi apresentado à troika como uma medida eficaz de redução da despesa pública, uma vez que tem um forte impacto simultâneo nas contas da Refer e da CP. Na primeira empresa reduz custos de manutenção e de exploração e na segunda permite-lhe acabar com o serviço regional onde este é mais deficitário (embora nalgumas linhas a abater exista um significativo tráfego de mercadorias).

O impacto deste eventual encerramento deixa a rede ferroviária circunscrita basicamente ao eixo Braga-Faro, Beira Alta e Beira Baixa, desaparecendo as restantes linhas, sendo amputadas outras.

O PÚBLICO apurou que a administração da Refer não subscreve esta visão sobre a ferrovia portuguesa e que tem em cima da mesa um documento de trabalho - ainda não terminado - com uma proposta de cortes mais modesta.

Nela se mantém o fecho das linhas já encerradas (com excepção da ligação Guarda-Covilhã) e se estuda o encerramento do ramal de Cáceres (Torres das Vargens-Marvão), a Linha do Vouga apenas entre Albergaria e Águeda (14 quilómetros) e a Linha do Alentejo entre Beja e Ourique (36 quilómetros). No total, são 240 quilómetros, contra os 800 preconizados no documento elaborado pela equipa mista das Obras Públicas e das Finanças do Governo anterior, liderado pelo PS.

Técnicos da Refer contactados pelo PÚBLICO dizem que esta é uma proposta "cega" e que ignora a importância das redundâncias do sistema. Por exemplo, a Linha do Oeste serve de alternativa à Linha do Norte e a do Alentejo à do Sul. O encerramento conjunto do ramal de Cáceres e da Linha do Leste privaria Portugal de qualquer ligação ferroviária a Espanha a sul de Vilar Formoso, aumentando a distância dos portos de Sines, Setúbal e Lisboa a Madrid e à Estremadura espanhola.

No Douro, o encerramento da linha a jusante da Régua compromete o desenvolvimento turístico da região, que é património mundial. Paradoxalmente, o que os autarcas da região têm vindo a pedir é a reabertura do troço Pocinho-Barca de Alva para fins turísticos e para aproximar a região do mercado espanhol.

Outro paradoxo é a linha entre Guarda e Covilhã, na qual a Refer tem investido, nos últimos sete anos, dezenas de milhões de euros e onde decorrem presentemente investimentos de 7,7 milhões de euros para reparação de túneis. Este troço arrisca-se a não reabrir depois deste dinheiro gasto.

Já sobre a Linha do Oeste havia a promessa da sua modernização, dado tratar-se de uma linha que atravessa uma das regiões do país com maior densidade populacional, unindo um corredor que contém Torres Vedras, Caldas da Rainha, Marinha Grande, Leiria, Figueira da Foz e Coimbra. Um corredor, de resto, que tinha tanto potencial em termos de mobilidade que justificou a construção das auto-estradas números 8 e 17."Dizem que a crise é boa para mudarmos hábitos e mudarmos de paradigma. Uma dessas mudanças tem a ver com uma mobilidade mais amiga do ambiente, com o uso do transporte público e o fim do "deus automóvel", mas não é a fechar linhas que isso se consegue. Se se acaba com a infra-estrutura, o comboio, que já hoje é pouco relevante, terá no futuro uma quota ainda mais residual", queixava-se ao PÚBLICO um quadro da Refer que pediu o anonimato.

Se a Refer ficar aliviada destes 800 quilómetros de linhas, os seus quadros ficarão anda mais sobredimensionados, pelo que, em vez dos 500 despedimentos previstos (PÚBLICO, 14/4/2011), este número poderá chegar aos 800. O Governo actual poderá "comprar" este documento e fechar as linhas sem grandes dificuldades, alegando as imposições da troika e com a vantagem acrescida de o trabalho de casa já ter sido feito pelo anterior Governo socialista. Ou poderá mandar estudar tudo de novo, ou ainda aceitar como bom o estudo em curso na Refer.

O actual conselho de administração desta empresa pública (nomeado pelo Governo de Sócrates) termina o mandato no fim do ano, pelo que dificilmente o novo Governo o substituirá - caso contrário, teria de pagar chorudas indemnizações a administradores, em época de crise.
 
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por Pemides » 5/6/2011 14:42

Por procedimento, não por necessidade.

Saber quando arrancar não é nada que não possa ser feito pelo maquinista...
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por Elias » 5/6/2011 12:24

Pemides Escreveu:Que eu saiba um comboio não precisa de revisores nem de vendedores de bilhetes para andar...


Precisa, sim. Quem "manda" no comboio é o revisor. O maquinista nunca pode arrancar sem o revisor lhe dar o sinal de partida.
 
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por Pemides » 5/6/2011 12:00

Mais do que a ridícula greve dos revisores e vendedores de bilhetes, acho criminoso a CP ter parado nesses dias. Principalmente nas linhas onde a maioria dos passageiros tem passe.

Que eu saiba um comboio não precisa de revisores nem de vendedores de bilhetes para andar...

Isto assim já me parece que estas greves são muito convenientes para a CP... o dinheiro dos passes mensais entra na mesma, e poupam os custos dos comboios que "têm" que suprimir :roll:
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por Cardos » 4/6/2011 20:19

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por Elias » 4/6/2011 19:04

CP em crise dá carros de luxo a gestores
4 de Junho, 2011

A empresa pública de transportes ferroviários tem um prejuízo de 195 milhões de euros, mas cinco gestores da CP têm automóveis cuja renda anual ascende aos 55 mil euros.

Segundo o Correio da Manhã, a CP - Comboios de Portugal conta com uma frota de Mercedes para uso dos administradores que implica um custo anual de 55.720 euros em rendas, já que os veículos são fornecidos ao abrigo de um contrato de aluguer assinado em 2008.

A notícia do Correio da Manhã parte de um relatório do Governo da Sociedade da CP, que contudo omite o número de anos em que o contrato vigorará.

Recorde-se que a CP, empresa pública com um prejuízo de 195 milhões de euros e uma dívida de 3.3 milhões de euros, tem enfrentado sucessivas greves por parte dos seus trabalhadores, descontentes com as condições laborais e críticos do que dizem ser a inflexibilidade da administração da companhia e do Governo.

SOL
 
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por Marco Martins » 12/5/2011 20:22

Ainda bem que o TGV ainda não está feito, senão seriam as duas transportadoras a fazer greve.

Poderão dizer que o TGV não vai custar nada... mas e a manutenção, será gratuita?!??
Comparativamente à CP, alguém acha que o buraco da CP é por causa da sua construção?!?!?

Os custos referem-se a toda a manutenção e gestão associada e o TGV terá o mesmo caminho se não for bem planeado!

E se houver um planeamento bem feito, então deverá ser igualmente aplicado à CP antes mesmo do TGV começar a ser feito!
 
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por Elias » 12/5/2011 19:53

Trabalhadores da CP retomam greves
12 Maio 2011 | 18:42
Lusa

Sindicato dos ferroviários anuncia que vão ser retomadas as lutas suspensas em 21 de Abril passado devido à falta de respostas do Governo.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário anunciou hoje, em comunicado, que “vão ser retomadas as lutas suspensas em 21 de Abril passado” devido ao facto do Ministério das Finanças estar “em marcha lenta num processo que já devia ter a resposta devida”.

“Na reunião hoje efectuada com a administração da CP, refere esta informou que apesar de ter enviado um oficio às tutelas na passada segunda-feira, ainda não obteve resposta sobre o acordo firmado com os sindicatos”, refere o sindicato, que acrescenta que esse acordo “assenta no estudo que demonstra que a aplicação das regras do Acordo de Empresa, são mais favoráveis para as contas da CP, o que vai de encontro à posição assumida pelo Ministério das Finanças no passado dia 30 de Abril, quando esclareceu que ‘a aplicação de algumas das regras previstas no acordo de empresa poderá ter lugar se mais favorável para as contas da empresa’”.

No mesmo comunicado, diz ainda que “perante o estudo da CP adia a resposta, numa posição que só agrava a revolta dos trabalhadores e potencia a existência de novos conflitos na empresa, que o sindicato não deseja, mas também não teme”.
 
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por nandorm » 26/1/2011 4:51

--- Eu moro na margem sul, logo estou tramado....
--- Se quiser ir para Lisboa de carro posso ir pela ponte 25 de Abril ou pela Ponte Vasco da Gama na primeira pago 1.45 na segunda 2.40.
--- Se for de comboio pago 2.95.
--- Se for de cacilheiro sou mesmo burro.
--- Não dá para ir de helicóptero nem de submarino logo:
Chego à conclusão que mais vale a pena não ir para Lisboa, mas como trabalho lá tenho que ir logo estou tramado.
--- Já agora era de bom senso privatizar tudo o que é transportes públicos e centrar a aposta no que considero os três pilares de uma democracia Defesa/Segurança, Educação e Saúde, em tudo o resto o estado só atrapalha claro que pontualmente existiam excepções em alguns sectores da nossa vida.
--- Conceder apoio social sim, a quem dele realmente necessita, algo do género ir adquirir o passe social à segurança social ou às finanças mediante apresentação do irs, a preços mais acessíveis
--- Porque isto de andar a financiar tudo e mais alguma coisa, só porque moro na margem sul, tem limites até nós nos chateamos.
 
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