Situação na Grécia - Tópico Geral
Défice grego aumenta 28% apesar da austeridade
O défice orçamental grego atingiu os 12,8 mil milhões de euros no primeiro semestre.
O défice grego atingiu os 12,8 mil milhões de euros, mais 28% face ao mesmo período de 2010, ultrapassando o objectivo previsto em mais de dois mil milhões de euros.
Num comunicado, o ministério das Finanças grego atribuiu o fracasso ao abrandamento do crescimento económico no último trimestre de 2010 e à quebra dos rendimentos da população grega, entre outros factores.
O ministério prevê que a perda de receitas seja compensada no segundo semestre com a adopção das medidas fiscais previstas no novo plano de austeridade adoptado em Junho, e que inclui subidas dos impostos directos e indirectos.
Os mesmos dados mostram que as receitas fiscais desceram 8,3% até Junho, enquanto as despesas aumentaram 8,8% face ao primeiro semestre de 2010, para 33 155 mil milhões de euros, ultrapassando o objectivo de 31 880 milhões de euros.
Esta derrapagem da execução orçamental, ligeiramente atenuada pela forte descida das despesas de investimento público, cujas receitas também subiram, resulta da criação de uma linha de crédito de 429 milhões de euros para amortecer as dívidas dos hospitais, e dos custos da dívida, que subiram 22,3% face ao período homólogo para sete mil milhões de euros.
http://economico.sapo.pt/noticias/defic ... 22413.html
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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Sete em cada dez gregos acham que os seus sacrificios são em vão
Atenas, 10 jul (Lusa) -- Mais de 68 por cento dos cidadãos gregos considera que o novo pacote de medidas de austeridade, adotado pelo Governo para arrecadar 78 mil milhões de euros até 2015, será inútil para sair da crise que ameaça a Grécia.
Outros 67 por cento acham que as eleições legislativas devem ser antecipadas para setembro deste anos, se até essa altura a crise não for superada.
Este é o resultado de uma sondagem do instituto Kappa Research, publicado hoje pelo jornal ateniense "To Vima", e que se baseia num inquérito a 1.003 pessoas, questionando o que esperam deste pacote de medidas, que impõe cortes salariais e de pensões, bem como aumento de impostos.
© 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Atenas, 10 jul (Lusa) -- Mais de 68 por cento dos cidadãos gregos considera que o novo pacote de medidas de austeridade, adotado pelo Governo para arrecadar 78 mil milhões de euros até 2015, será inútil para sair da crise que ameaça a Grécia.
Outros 67 por cento acham que as eleições legislativas devem ser antecipadas para setembro deste anos, se até essa altura a crise não for superada.
Este é o resultado de uma sondagem do instituto Kappa Research, publicado hoje pelo jornal ateniense "To Vima", e que se baseia num inquérito a 1.003 pessoas, questionando o que esperam deste pacote de medidas, que impõe cortes salariais e de pensões, bem como aumento de impostos.
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Ok, a Associação Internacional de Swaps e Derivados decidiu responder à minha questão
.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=494639

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It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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CDS's
Uma vez que está em discussão o próprio conceito de default, quem é que decide quando é que os CDS's são activados?
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Pata,
então vamos ver:
1) Vamos supor que temos bonds Gregas 5% e que nos obrigam a extender a maturidade com esta taxa de juro e que no mercado secundário uma maturidade equivalente está a ser negociada a 15%.
2) Podemos olhar para o dever de fazer o rollover como sendo um contrato de futuro sobre a compra de obrigações à taxa de juro de 5%.
3) Acabámos assim de comprar um contrato de futuro abaixo do cash (pois este corresponde à taxa de juro de 15%).
4)Para um ano é fácil fazer a conta de quanto perdemos: cerca de 10% (ao comprar algo 10% abaixo do cash).
Fazendo contas com os números actuais, casa dos 25% ao ano, facilmente verificamos que prolongar as maturidades 3 anos corresponde a um haircut acima de 60%. Será que alguma coisa me escapou?
Cumprimentos,
K.
então vamos ver:
1) Vamos supor que temos bonds Gregas 5% e que nos obrigam a extender a maturidade com esta taxa de juro e que no mercado secundário uma maturidade equivalente está a ser negociada a 15%.
2) Podemos olhar para o dever de fazer o rollover como sendo um contrato de futuro sobre a compra de obrigações à taxa de juro de 5%.
3) Acabámos assim de comprar um contrato de futuro abaixo do cash (pois este corresponde à taxa de juro de 15%).
4)Para um ano é fácil fazer a conta de quanto perdemos: cerca de 10% (ao comprar algo 10% abaixo do cash).
Fazendo contas com os números actuais, casa dos 25% ao ano, facilmente verificamos que prolongar as maturidades 3 anos corresponde a um haircut acima de 60%. Será que alguma coisa me escapou?
Cumprimentos,
K.
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Tem havido muita desinformação na comunicação social, inclusivamente na imprensa especializada em Economia, o que é triste. Por isso ainda bem que há foruns destes em que o pessoal discute, procura informação e tenta saber aquilo que não é explicado.
Para além do que disseram, tomei como fonte a revista The Economist: http://www.economist.com/node/18897845? ... d=18897845
Citando, com bolds meus:
A primeira opção que os franceses levantaram foi pegar nas obrigações de maturidade até 2014 e pedir (leia-se: impôr) que os credores façam um rollover simples, isto é, em vez de receberem a obrigação acrescida do juro que contrataram para esta janela temporal, aceitam postecipar esse recebimento, como se terminasse uma obrigação e recomeçasse logo outra. É como se eu tivesse um empréstimo de 5 anos com o banco e, não conseguindo pagar ao fim de 5 anos, ele assumia que aquele pagamento estava liquidado mas tinha um novo empréstimo de igual montante a pagar nos 5 anos seguintes. É muito simples, não é mais do que adiar o cumprimento da prestação.
A segunda opção é que é mais tramada. Vejam: os credores das obrigações gregas recebem 30% do valor nominal que emprestaram e que iam supostamente receber no final da maturidade; os restantes 70% seriam "adiados" (o tal rollover) para serem liquidados em obrigações com maturidade a 30 anos. Mas como ninguém dá nada a ninguém, esta modalidade implica as seguintes contrapartidas:
- os juros a 30 anos são generosos (e julga-se que daqui a 30 anos a Grécia existe, por isso supostamente é dinheiro a ser reavisto);
- estas obrigações teriam sempre algu grau de aval da UE;
- e por fim, a Grécia compromete-se a aplicar 30% desses 70% em rollover em obrigações AAA (máximo rating) num special-purpose vehicle (SPV), que seria uma espécie de seguro caso as coisas corressem mal, diminuindo o risco dos credores neste envolvimento voluntário.
Parece uma excelente oportunidade para os credores (se não aceitaram isto, podem provavelmente assistir ao desmoronar da Grécia e aí podem perder 50% ou até mais do crédito), mas parece outra pseudo-ajuda para a Grécia. Quem vai acabar por pagar isto são os coitados dos Gregos mais uma vez.
Para além do que disseram, tomei como fonte a revista The Economist: http://www.economist.com/node/18897845? ... d=18897845
Citando, com bolds meus:
The proposal is intended to achieve two inconsistent objectives. The first is to ensure that private creditors contribute to a Greek bail-out, to satisfy German demands that taxpayers should not have to bear all the burden of another euro-zone rescue. The second is to ensure that participation in the plan is seen as voluntary by the ratings agencies, thereby avoiding a declaration of default.
The French plan proposes giving private creditors two options. One is to ask banks to reinvest almost all of the proceeds of Greek bonds that mature between now and June 2014 in new five-year bonds. This would delay a reckoning by a few years.
The second proposal—and the one preferred by banks—is far more complicated (see chart) and is designed to improve the creditworthiness of Greek bonds. Take a deep breath; here’s how it would work. As Greek bonds mature over the next three years, the country would repay holders. Banks would pocket 30% of the cash and “voluntarily” buy new, 30-year Greek debt with the rest. Greece in turn would pass on about 20% of the original bonds’ value (or 30% of the amount being rolled over) to a special-purpose vehicle (SPV) that would buy AAA-rated bonds maturing in 30 years. If Greece defaults, these bonds would be used as collateral to repay banks the principal they loaned.
A primeira opção que os franceses levantaram foi pegar nas obrigações de maturidade até 2014 e pedir (leia-se: impôr) que os credores façam um rollover simples, isto é, em vez de receberem a obrigação acrescida do juro que contrataram para esta janela temporal, aceitam postecipar esse recebimento, como se terminasse uma obrigação e recomeçasse logo outra. É como se eu tivesse um empréstimo de 5 anos com o banco e, não conseguindo pagar ao fim de 5 anos, ele assumia que aquele pagamento estava liquidado mas tinha um novo empréstimo de igual montante a pagar nos 5 anos seguintes. É muito simples, não é mais do que adiar o cumprimento da prestação.
A segunda opção é que é mais tramada. Vejam: os credores das obrigações gregas recebem 30% do valor nominal que emprestaram e que iam supostamente receber no final da maturidade; os restantes 70% seriam "adiados" (o tal rollover) para serem liquidados em obrigações com maturidade a 30 anos. Mas como ninguém dá nada a ninguém, esta modalidade implica as seguintes contrapartidas:
- os juros a 30 anos são generosos (e julga-se que daqui a 30 anos a Grécia existe, por isso supostamente é dinheiro a ser reavisto);
- estas obrigações teriam sempre algu grau de aval da UE;
- e por fim, a Grécia compromete-se a aplicar 30% desses 70% em rollover em obrigações AAA (máximo rating) num special-purpose vehicle (SPV), que seria uma espécie de seguro caso as coisas corressem mal, diminuindo o risco dos credores neste envolvimento voluntário.
Parece uma excelente oportunidade para os credores (se não aceitaram isto, podem provavelmente assistir ao desmoronar da Grécia e aí podem perder 50% ou até mais do crédito), mas parece outra pseudo-ajuda para a Grécia. Quem vai acabar por pagar isto são os coitados dos Gregos mais uma vez.
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1) Se os detentores da dívida ficarem com o "DEVER" de fazer o rollover (a um preço superior ao do mercado), tal "DEVER" tem um valor negativo no portfólio (pois de outro modo seria possível comprar a dívida mais barata no mercado). Neste caso, esse valor pode ser contabilizado como um "haircut". Isto é DEFAULT
Contabilisticamente não vejo que funcione assim. Pode representar piores rentabilidades para os investimentos, mas não vejo que seja passível de ser contabilizado como haircut.
Claro, se A) for feita de forma a que os novos títulos sejam avaliados pelas agências de rating aos preços de emissão dos antigos títulos Gregos, então temos: NÃO DEFAULT.
É de esperar que tudo seja feito segundo as indicações das agências de rating, para não haver surpresas.
É de esperar que tudo seja feito segundo as indicações das agências de rating, para não haver surpresas.
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É uma questão delicada e interessante. Há dois cenários modelo:
1) Se os detentores da dívida ficarem com o "DEVER" de fazer o rollover (a um preço superior ao do mercado), tal "DEVER" tem um valor negativo no portfólio (pois de outro modo seria possível comprar a dívida mais barata no mercado). Neste caso, esse valor pode ser contabilizado como um "haircut". Isto é DEFAULT.
2) Se aos detentores da dívida for atribuída a "OPÇÃO" de fazer o rollover, como uma opção tem sempre valor positivo ou nulo (se o detentor da opção quiser, não a exerce). Isto NÂO é DEFAULT.
A)
A solução mais aceite politicamente será 1) com um rollover para títulos de qualidade mais elevada (eurobonds ou divida grega nova com garantia BCE).
B)
Para por 2) em funcionamento seria necessária uma manobra Keynesiana parecida com a compra (acima do preço de mercado) de ouro do Fed em 1933: uma injecção selectiva de capital por parte do BCE nos detentores de obrigações gregas que façam o rollover. Em teoria esta seria uma saida para a crise: injectava dinheiro na economia sem provocar inflação e permitiria capitalizar alguns bancos. Dado o mau momento das ideias Keynesianas, dificilmente se encontram condições políticas para aplicar tais medidas.
CONCLUSÃO:
Aposto em A) como sendo a estratégia a seguir. Mais um passo no sentido da mutualização.
K.
1) Se os detentores da dívida ficarem com o "DEVER" de fazer o rollover (a um preço superior ao do mercado), tal "DEVER" tem um valor negativo no portfólio (pois de outro modo seria possível comprar a dívida mais barata no mercado). Neste caso, esse valor pode ser contabilizado como um "haircut". Isto é DEFAULT.
2) Se aos detentores da dívida for atribuída a "OPÇÃO" de fazer o rollover, como uma opção tem sempre valor positivo ou nulo (se o detentor da opção quiser, não a exerce). Isto NÂO é DEFAULT.
A)
A solução mais aceite politicamente será 1) com um rollover para títulos de qualidade mais elevada (eurobonds ou divida grega nova com garantia BCE).
B)
Para por 2) em funcionamento seria necessária uma manobra Keynesiana parecida com a compra (acima do preço de mercado) de ouro do Fed em 1933: uma injecção selectiva de capital por parte do BCE nos detentores de obrigações gregas que façam o rollover. Em teoria esta seria uma saida para a crise: injectava dinheiro na economia sem provocar inflação e permitiria capitalizar alguns bancos. Dado o mau momento das ideias Keynesianas, dificilmente se encontram condições políticas para aplicar tais medidas.
CONCLUSÃO:
Aposto em A) como sendo a estratégia a seguir. Mais um passo no sentido da mutualização.
K.
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Depois da Fitch é agora a vez da Standard & Poor’s deixar o alerta: se os bancos franceses e alemães avançarem com o prolongamento do prazo das obrigações gregas, a agência colocará o "rating" da dívida de Atenas em "incumprimento selectivo".
A proposta dos bancos franceses para prolongar as maturidades de algumas obrigações gregas poderá ser "qualificada como uma reestruturação da dívida já que oferece aos credores menos valor do que o prometido pela obrigações iniciais", justifica a agência de "rating" num comunicado citado pela Bloomberg.
O plano francês – apresentado na semana passada pela Federação Francesa de Bancos ao Ministério da Economia - passa por fazer um "rollover" das obrigações gregas que chegam à maturidade nos próximos anos. Ou seja, os detentores dos títulos comprarem voluntariamente novos títulos à medida que os que têm na mão chegam ao final do prazo.
A versão preliminar do plano, que prevê que os detentores de obrigações gregas reinvistam 70% do dinheiro em novas obrigações, com uma maturidade de 30 anos, parte em títulos gregos, parte em novos títulos com "rating" AAA. A República Helénica reembolsa 30% do capital. As novas obrigações pagarão um juro a rondar os 5,5%.
Para a agência de notação de risco "as opções de financiamento apresentadas pela Federação Francesa de Bancos representam um incumprimento". No entanto, sublinha a Standard & Poor’s, assim que essas opções sejam implementadas, voltaremos a rever a nossa avaliação para a dívida grega.
Na semana passada, a agência de "rating" Fitch ameaçou, igualmente, baixar a avaliação da dívida grega para "incumprimento" caso os bancos avancem com o "rollover" da dívida.
A Fitch sublinhou numa carta enviada ao "Financial Times", que qualquer reestruturação da dívida grega, por mais suave que seja, dificilmente não desencadeará uma espiral de descidas de "rating".
Para a agência de "rating", o envolvimento do sector privado na resolução da crise da dívida grega, mesmo que voluntário, será visto como incumprimento. "A Fitch é orientada pelo espírito e pela letra dos seus critérios, pelo que, se parecer um 'default', será classificado como um 'default'", escreveu David Riley.
No entanto, a proposta da Federação Francesa de Bancos refere que o "rollover" da dívida só avançará caso as agências de "rating" se comprometam a não baixar a avaliação da dívida grega.
A proposta dos bancos franceses inclui, assim, a exigência de um compromisso "informal por parte das agências de 'rating' de que o envolvimento dos bancos franceses não vai desencadear uma redução do 'rating' da dívida grega, nova e existente, para incumprimento".
O actual "rating" da Grécia atribuído pela Fitch está em "B+", quatro níveis abaixo do primeiro grau de "lixo". Para passar a ter um nível considerado de incumprimento, a notação da Grécia terá de descer mais quatro níveis, para "DDD", de acordo com a escala de classificação da Fitch.
A proposta dos bancos franceses para prolongar as maturidades de algumas obrigações gregas poderá ser "qualificada como uma reestruturação da dívida já que oferece aos credores menos valor do que o prometido pela obrigações iniciais", justifica a agência de "rating" num comunicado citado pela Bloomberg.
O plano francês – apresentado na semana passada pela Federação Francesa de Bancos ao Ministério da Economia - passa por fazer um "rollover" das obrigações gregas que chegam à maturidade nos próximos anos. Ou seja, os detentores dos títulos comprarem voluntariamente novos títulos à medida que os que têm na mão chegam ao final do prazo.
A versão preliminar do plano, que prevê que os detentores de obrigações gregas reinvistam 70% do dinheiro em novas obrigações, com uma maturidade de 30 anos, parte em títulos gregos, parte em novos títulos com "rating" AAA. A República Helénica reembolsa 30% do capital. As novas obrigações pagarão um juro a rondar os 5,5%.
Para a agência de notação de risco "as opções de financiamento apresentadas pela Federação Francesa de Bancos representam um incumprimento". No entanto, sublinha a Standard & Poor’s, assim que essas opções sejam implementadas, voltaremos a rever a nossa avaliação para a dívida grega.
Na semana passada, a agência de "rating" Fitch ameaçou, igualmente, baixar a avaliação da dívida grega para "incumprimento" caso os bancos avancem com o "rollover" da dívida.
A Fitch sublinhou numa carta enviada ao "Financial Times", que qualquer reestruturação da dívida grega, por mais suave que seja, dificilmente não desencadeará uma espiral de descidas de "rating".
Para a agência de "rating", o envolvimento do sector privado na resolução da crise da dívida grega, mesmo que voluntário, será visto como incumprimento. "A Fitch é orientada pelo espírito e pela letra dos seus critérios, pelo que, se parecer um 'default', será classificado como um 'default'", escreveu David Riley.
No entanto, a proposta da Federação Francesa de Bancos refere que o "rollover" da dívida só avançará caso as agências de "rating" se comprometam a não baixar a avaliação da dívida grega.
A proposta dos bancos franceses inclui, assim, a exigência de um compromisso "informal por parte das agências de 'rating' de que o envolvimento dos bancos franceses não vai desencadear uma redução do 'rating' da dívida grega, nova e existente, para incumprimento".
O actual "rating" da Grécia atribuído pela Fitch está em "B+", quatro níveis abaixo do primeiro grau de "lixo". Para passar a ter um nível considerado de incumprimento, a notação da Grécia terá de descer mais quatro níveis, para "DDD", de acordo com a escala de classificação da Fitch.
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Schäuble
Berlim tomou medidas para eventual bancarrota da Grécia
Económico com Lusa
03/07/11 10:15
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Schäuble quer que a Europa se empenhe mais a apoiar a Grécia.
.O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, admitiu que o país tomou medidas preventivas para uma eventual bancarrota da Grécia.
"Claro que, como qualquer Governo responsável, tomámos medidas para prevenir o caso improvável de que, contra todas as expectativas, a Grécia deixe de pagar a dívida", disse Schäuble, em declarações ao semanário alemão Der Spiegel.
O responsável do Tesouro alemão defende, por outro lado, o acordo alcançado com as instituições financeiras privadas da Alemanha para a sua participação no novo fundo de resgate da Grécia.
"Trata-se naturalmente de um êxito", comentou o ministro, sublinhando que, "há um par de meses, ninguém acreditava seriamente que conseguiríamos alguma participação privada".
"A Europa deve dispor-se, com mais força do que até agora, a apoiar a Grécia para gerar crescimento", acrescentou Schäuble, para quem esse objectivo também traz "tarefas e oportunidades consideráveis para a economia alemã".
Após a aprovação, no sábado, de um novo pacote de ajuda para a Grécia pelos ministros das Finanças da zona euro, Schäuble apelou às autoridades de Atenas para que executem de forma diligente as medidas acordadas, entre elas iniciar rapidamente a política de privatizações.
é oficial
Ministros europeus aprovam envio de 8,7 mil milhões para Atenas
03 Julho 2011 | 00:25
O FMI anunciou que também vai agora analisar o envio da sua quota parte da quinta tranche do empréstimo, que totaliza 12 mil milhões de euros.
Os ministros das Finanças do Eurogrupo autorizaram hoje a libertação da quinta “tranche” do resgate grego, segundo um comunicado divulgado depois de uma reunião feita pelo sistema de teleconferência.
No comunicado, citado pela Lusa, acrescenta-se que "nas próximas semanas" serão divulgados os termos do novo plano de resgate à Grécia.
O empréstimo europeu faz parte dos 119 mil milhões de euros prometidos a Atenas, em Maio de 2010, no quadro do primeiro plano de resgate posto em prática com o Fundo Monetário Internacional (FMI), e o seu anúncio segue-se à aprovação esta semana pelo parlamento grego do novo plano de austeridade apresentado pelo Governo.
Ainda segundo o comunicado distribuído hoje em Bruxelas, o novo empréstimo será desbloqueado “até ao próximo dia 15, após a aprovação pelo FMI” do seu próprio empréstimo.
A decisão dos ministros do Eurogrupo permitirá a libertação de 8.700 milhões de euros, imprescindíveis para as necessidades mais urgentes da Grécia.
A parte do FMI corresponde a 3.300 milhões de euros e deverá ser desbloqueada também em breve. Numa declaração onde se congratula com a decisão do Eurogrupo, a porta-voz do FMI, Caroline Atkinson, diz que a aprovação do plano de austeridade na Grécia e a luz-verde dos ministros das Finanças vai “permitir à comissão Executiva do FMI considerar (…) o envio da próxima tranche” para Atenas.
O FMI compromete-se ainda a “continuar a trabalhar com a Grécia e as autoridades europeias no programa” de ajuda à Grécia, que vai contribuir para “restaurar a sustentabilidade orçamental” do país, “salvaguardar a estabilidade financeira e aumentar a competitividade de forma a criar as condições para um crescimento sustentável e emprego” .
Quanto à segunda ajuda a Atenas, os ministros europeus prometem completar o trabalho ao longo das próximas semanas. O montante da ajuda deverá ascender a 85 mil milhões de euros, com a Zona Euro e os investidores privados a garantirem 70% do total.
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Ministros europeus aprovam envio de 8,7 mil milhões para Atenas
03 Julho 2011 | 00:25
O FMI anunciou que também vai agora analisar o envio da sua quota parte da quinta tranche do empréstimo, que totaliza 12 mil milhões de euros.
Os ministros das Finanças do Eurogrupo autorizaram hoje a libertação da quinta “tranche” do resgate grego, segundo um comunicado divulgado depois de uma reunião feita pelo sistema de teleconferência.
No comunicado, citado pela Lusa, acrescenta-se que "nas próximas semanas" serão divulgados os termos do novo plano de resgate à Grécia.
O empréstimo europeu faz parte dos 119 mil milhões de euros prometidos a Atenas, em Maio de 2010, no quadro do primeiro plano de resgate posto em prática com o Fundo Monetário Internacional (FMI), e o seu anúncio segue-se à aprovação esta semana pelo parlamento grego do novo plano de austeridade apresentado pelo Governo.
Ainda segundo o comunicado distribuído hoje em Bruxelas, o novo empréstimo será desbloqueado “até ao próximo dia 15, após a aprovação pelo FMI” do seu próprio empréstimo.
A decisão dos ministros do Eurogrupo permitirá a libertação de 8.700 milhões de euros, imprescindíveis para as necessidades mais urgentes da Grécia.
A parte do FMI corresponde a 3.300 milhões de euros e deverá ser desbloqueada também em breve. Numa declaração onde se congratula com a decisão do Eurogrupo, a porta-voz do FMI, Caroline Atkinson, diz que a aprovação do plano de austeridade na Grécia e a luz-verde dos ministros das Finanças vai “permitir à comissão Executiva do FMI considerar (…) o envio da próxima tranche” para Atenas.
O FMI compromete-se ainda a “continuar a trabalhar com a Grécia e as autoridades europeias no programa” de ajuda à Grécia, que vai contribuir para “restaurar a sustentabilidade orçamental” do país, “salvaguardar a estabilidade financeira e aumentar a competitividade de forma a criar as condições para um crescimento sustentável e emprego” .
Quanto à segunda ajuda a Atenas, os ministros europeus prometem completar o trabalho ao longo das próximas semanas. O montante da ajuda deverá ascender a 85 mil milhões de euros, com a Zona Euro e os investidores privados a garantirem 70% do total.
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A extensão das maturidades é necessária para compensar o efeito causado pela primeira fase do programa de recompra da dívida (o efeito da diminuição do prazo das maturidades). Para além disso, vai permitir uma nova fase de recompras.
Em Portugal, quando houver uma quantidade significativa de dívida recomprada no mercado secundário, vai ser necessário proceder a uma operação do género. Podemos assim esperar um cenário parecido para o final deste ano.
Estas operações deverão levar a um processo de convergência das dívidas europeias para perto dos 100%.
As obrigações europeias emitidas para financiar os estados periféricos poderão ser compradas pelo BCE, proporcionando assim o veículo apropriado para a monetarização da dívida.
Fácil de planear, difícil de implementar.
Em Portugal, quando houver uma quantidade significativa de dívida recomprada no mercado secundário, vai ser necessário proceder a uma operação do género. Podemos assim esperar um cenário parecido para o final deste ano.
Estas operações deverão levar a um processo de convergência das dívidas europeias para perto dos 100%.
As obrigações europeias emitidas para financiar os estados periféricos poderão ser compradas pelo BCE, proporcionando assim o veículo apropriado para a monetarização da dívida.
Fácil de planear, difícil de implementar.
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- Registado: 28/5/2008 1:17
É isso, é uma renegociação voluntária. Pelo que leio, os privados poderão simplesmente não aceitar o prolongamento e receber o seu dinheiro de volta. Mas, se se quisesse fazer de modo mais elegante, simplesmente garantiriam a recompra de nova dívida emitida em substituição (aliás, se calhar o formato é mesmo esse)
Sim, é uma renegociação do prazo!
O mesmo foi feito por muitos privados com o seu crédito habitação (especialmente em Espanha) ao deixá-los alargar o prazo do empréstimo de 30 para 40 anos (e até mesmo 50 anos). E, no entanto, não foi preciso humilhá-los durante o processo... Afinal de contas, o banco ganha mais juros e o cliente tem mais tempo e folga para pagar.
Quanto à Grécia, obviamente que ninguém - muito menos os Gregos em geral - pretendem um perdão da dívida. Apenas precisam de tempo para a pagar. Não são solucões apressadas, acrescidas de uma humilhação que há muito passou os limites, que ajudarão a resolver o problema. Se houvesse capacidade de liderança na Europa, este problema estava mais do que resolvido há mais de um ano.
O mesmo foi feito por muitos privados com o seu crédito habitação (especialmente em Espanha) ao deixá-los alargar o prazo do empréstimo de 30 para 40 anos (e até mesmo 50 anos). E, no entanto, não foi preciso humilhá-los durante o processo... Afinal de contas, o banco ganha mais juros e o cliente tem mais tempo e folga para pagar.
Quanto à Grécia, obviamente que ninguém - muito menos os Gregos em geral - pretendem um perdão da dívida. Apenas precisam de tempo para a pagar. Não são solucões apressadas, acrescidas de uma humilhação que há muito passou os limites, que ajudarão a resolver o problema. Se houvesse capacidade de liderança na Europa, este problema estava mais do que resolvido há mais de um ano.
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Rics Escreveu:A minha singela tentativa de explicação do Rollover:
- Um estado pede emprestados 1000 milhões de Euros a 10 anos com uma taxa de 5%.
- Terá que pagar aos credores (quem tenha comprado a dívida) 5% ao ano (50 milhões) e, no final dos 10 anos, pagar o capital pedido inicialmente (1000 milhões).
- Com um rollover de 2 anos, por exemplo, em vez de o estado ter de pagar a dívida no final dos 10 anos, apenas terá que pagar ao final de 12 anos, Claro que no entretanto, nesse período de 2 anos suplementar, continuará a pagar juros à taxa que estava a pagar antes...
A maior vantagem, para um estado enrascado como neste caso a Grécia, é que lhe são dados mais dois anos para tentar arranjar o dinheiro, continuando a pagar a taxa acordada há 10 anos atrás, quando os juros eram bem mais simpáticos que o seriam se pagassem este empréstimo e tivessem que contrair outro para compensar, à nova taxa actual - muito mais inflacionada pela maior percepção de risco.
Obrigado Rics. Então é de facto uma renegociação, não é?
Rics Escreveu:Já agora, por vários motivos, conheço bem a realidade da Grécia e posso com clareza afirmar (tal como dizia o Mário Soares há uns dias atrás) que, apesar de todos os erros de governação de que eles são obviamente culpados, é absolutamente vergonhoso o tratamento que estão a ter pelos seus "amigos" Europeus!!
Bem, o MS disse isso, mas o que eu não percebi é que tipo de tratamento é que ele defende? Que se perdoe a dívida?

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A minha singela tentativa de explicação do Rollover:
- Um estado pede emprestados 1000 milhões de Euros a 10 anos com uma taxa de 5%.
- Terá que pagar aos credores (quem tenha comprado a dívida) 5% ao ano (50 milhões) e, no final dos 10 anos, pagar o capital pedido inicialmente (1000 milhões).
- Com um rollover de 2 anos, por exemplo, em vez de o estado ter de pagar a dívida no final dos 10 anos, apenas terá que pagar ao final de 12 anos, Claro que no entretanto, nesse período de 2 anos suplementar, continuará a pagar juros à taxa que estava a pagar antes...
A maior vantagem, para um estado enrascado como neste caso a Grécia, é que lhe são dados mais dois anos para tentar arranjar o dinheiro, continuando a pagar a taxa acordada há 10 anos atrás, quando os juros eram bem mais simpáticos que o seriam se pagassem este empréstimo e tivessem que contrair outro para compensar, à nova taxa actual - muito mais inflacionada pela maior percepção de risco.
Já agora, por vários motivos, conheço bem a realidade da Grécia e posso com clareza afirmar (tal como dizia o Mário Soares há uns dias atrás) que, apesar de todos os erros de governação de que eles são obviamente culpados, é absolutamente vergonhoso o tratamento que estão a ter pelos seus "amigos" Europeus!!
Ainda hoje, numa publicidade da rent-a-car Sixt alemã, no seu site http://www.sixt.de diziam que os cliente Gregos eram bem vindos, pois aceitavam pagamentos em Dracmas e até listavam o preço de alguns carros em Dracmas... Até se poderia dizer que tudo isto não passa de uma brincadeira de uma empresa privada, mas mais não é que uma consequência da forma humilhante como a Grécia é retratada pelo governo alemão para consumo interno. O alemão médio, seguramente pensará que o seu estado está a dar dinheiro grátis aos Gregos...
- Um estado pede emprestados 1000 milhões de Euros a 10 anos com uma taxa de 5%.
- Terá que pagar aos credores (quem tenha comprado a dívida) 5% ao ano (50 milhões) e, no final dos 10 anos, pagar o capital pedido inicialmente (1000 milhões).
- Com um rollover de 2 anos, por exemplo, em vez de o estado ter de pagar a dívida no final dos 10 anos, apenas terá que pagar ao final de 12 anos, Claro que no entretanto, nesse período de 2 anos suplementar, continuará a pagar juros à taxa que estava a pagar antes...
A maior vantagem, para um estado enrascado como neste caso a Grécia, é que lhe são dados mais dois anos para tentar arranjar o dinheiro, continuando a pagar a taxa acordada há 10 anos atrás, quando os juros eram bem mais simpáticos que o seriam se pagassem este empréstimo e tivessem que contrair outro para compensar, à nova taxa actual - muito mais inflacionada pela maior percepção de risco.
Já agora, por vários motivos, conheço bem a realidade da Grécia e posso com clareza afirmar (tal como dizia o Mário Soares há uns dias atrás) que, apesar de todos os erros de governação de que eles são obviamente culpados, é absolutamente vergonhoso o tratamento que estão a ter pelos seus "amigos" Europeus!!
Ainda hoje, numa publicidade da rent-a-car Sixt alemã, no seu site http://www.sixt.de diziam que os cliente Gregos eram bem vindos, pois aceitavam pagamentos em Dracmas e até listavam o preço de alguns carros em Dracmas... Até se poderia dizer que tudo isto não passa de uma brincadeira de uma empresa privada, mas mais não é que uma consequência da forma humilhante como a Grécia é retratada pelo governo alemão para consumo interno. O alemão médio, seguramente pensará que o seu estado está a dar dinheiro grátis aos Gregos...
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Isto é ultra-ultra importante:
Banca alemã estende prazo de reembolso de dois mil milhões de euros de dívida grega (act.)
30 Junho 2011 | 14:42
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
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O ministro das Finanças da Alemanha já confirmou o acordo.
Os bancos alemães concordaram em prolongar a maturidade (o chamado “rollover”) da dívida grega, pelo menos das obrigações que vencem até 2014. O anúncio foi já feito oficialmente pelo ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble (na foto), após uma reunião onde se deu forma ao “rascunho” do acordo.
Assim, os bancos alemães que concordaram em estender a maturidade das obrigações detêm um total próximo de 10 mil milhões de euros de dívida grega, acrescentou Schaeuble, citado pela Bloomberg. O montante dessa dívida que expira até 2014 (inclusive) é de cerca de dois mil milhões de euros.
Além da banca alemã, também as seguradoras daquele país aceitaram a proposta de estender os prazos da dívida helénica que deveria ser paga até 2014.
Segundo Schaeuble, o envolvimento do sector privado seria sempre necessário. Por seu lado, Josef Ackermann, presidente executivo do Deutsche Bank, sublinhou que a banca alemã está pronta a ajudar a Grécia e que o papel dos alemães foi “voluntário, mas substancial”.
Nas bolsas, o sector financeiro está já a reagir positivamente. O Deutsche Bank segue a subir 0,6%, numa sessão europeia marcada pela valorização deste sector. Com o anúncio do acordo, o grupo de títulos bancários do Stoxx 600 avança 0,7%.
Para o fundo de cobertura de risco LNG, a movimentação que agora se observa no mercado obrigacionista mostra que os investidores estão a começar a antecipar que a Irlanda e Portugal poderão ter de persuadir também os detentores de dívida irlandesa e portuguesa a proceder também a um “rollover” das obrigações que detêm destes dois países.
“Seja o que for que aconteça agora na Grécia, isso será um modelo”, comentou à Bloomberg o responsável de investimento do LNG, Louis Gargour.
Medidas de austeridade na Grécia passam no segundo “teste” parlamentar
30.06.2011 - 15:50 Por Pedro Crisóstomo
publico
O Parlamento grego adoptou, hoje, a lei que vai permitir implementar o novo plano de austeridade até 2015. Um total de 155 votos a favor deu maioria confortável para a aprovação da legislação e dos artigos em separado que permitem a aplicação das medidas.
O número de votos favoráveis foi o mesmo que assegurou ontem a aprovação, na globalidade, das medidas adicionais acordadas entre o Governo socialista de George Papandreou e as instâncias internacionais que no ano passado concederam um financiamento de 110 mil milhões de euros para três anos.
A União Europeia já reagiu à aprovação da lei, aquilo a que os responsáveis em Bruxelas tinham considerado ser um segundo voto de unidade necessário para a concessão da próxima tranche do financiamento externo.
Para os presidentes da Comissão Europeia, Durtão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, não só “existem, agora, condições para haver uma decisão sobre o desbloqueamento da próxima tranche da assistência financeira à Grécia”, como também “para progressos rápidos sobre o segundo plano de resgate”, segundo escreveram em comunicado.
A votação parlamentar de hoje era a confirmação que faltava para a zona euro confirmar a libertação de 12 mil milhões de euros (do total do financiamento acordado há um ano) que permitirão Atenas evitar entrar incumprimento da sua dívida, o que na prática, se traduziria numa declaração de falência.
No próximo domingo, os ministros das Finanças da eurolândia reúnem para decidir se desbloqueiam essa quinta parte do pacote.
“Agora, podemos avançar para um segundo plano para encontrar uma solução viável”, defendeu, citado pela Reuters, o novo ministro grego das Finanças, Evangélos Vénizélos, que se diz reforçado politicamente para ir à reunião do Eurogrupo com uma moção de confiança ao Governo e dois votos a favor da aplicação das medidas de emergência.
Do resultado desta segunda votação na especialidade dependerá a resposta da UE para accionar um novo pacote de austeridade cujos termos e as condições estão ainda a ser discutidos entre os Estados-membros da zona euro, a Comissão Europeia e o BCE.
A 5 de Julho, dois dias depois de reunir o Eurogrupo, espera-se uma resposta do Fundo Monetário Internacional – que financia parte da ajuda externa – sobre a libertação da próxima parcela do financiamento.
Notícia actualizada às 16h34
30.06.2011 - 15:50 Por Pedro Crisóstomo
publico
O Parlamento grego adoptou, hoje, a lei que vai permitir implementar o novo plano de austeridade até 2015. Um total de 155 votos a favor deu maioria confortável para a aprovação da legislação e dos artigos em separado que permitem a aplicação das medidas.
O número de votos favoráveis foi o mesmo que assegurou ontem a aprovação, na globalidade, das medidas adicionais acordadas entre o Governo socialista de George Papandreou e as instâncias internacionais que no ano passado concederam um financiamento de 110 mil milhões de euros para três anos.
A União Europeia já reagiu à aprovação da lei, aquilo a que os responsáveis em Bruxelas tinham considerado ser um segundo voto de unidade necessário para a concessão da próxima tranche do financiamento externo.
Para os presidentes da Comissão Europeia, Durtão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, não só “existem, agora, condições para haver uma decisão sobre o desbloqueamento da próxima tranche da assistência financeira à Grécia”, como também “para progressos rápidos sobre o segundo plano de resgate”, segundo escreveram em comunicado.
A votação parlamentar de hoje era a confirmação que faltava para a zona euro confirmar a libertação de 12 mil milhões de euros (do total do financiamento acordado há um ano) que permitirão Atenas evitar entrar incumprimento da sua dívida, o que na prática, se traduziria numa declaração de falência.
No próximo domingo, os ministros das Finanças da eurolândia reúnem para decidir se desbloqueiam essa quinta parte do pacote.
“Agora, podemos avançar para um segundo plano para encontrar uma solução viável”, defendeu, citado pela Reuters, o novo ministro grego das Finanças, Evangélos Vénizélos, que se diz reforçado politicamente para ir à reunião do Eurogrupo com uma moção de confiança ao Governo e dois votos a favor da aplicação das medidas de emergência.
Do resultado desta segunda votação na especialidade dependerá a resposta da UE para accionar um novo pacote de austeridade cujos termos e as condições estão ainda a ser discutidos entre os Estados-membros da zona euro, a Comissão Europeia e o BCE.
A 5 de Julho, dois dias depois de reunir o Eurogrupo, espera-se uma resposta do Fundo Monetário Internacional – que financia parte da ajuda externa – sobre a libertação da próxima parcela do financiamento.
Notícia actualizada às 16h34
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Atomez Escreveu:The Mechanic Escreveu:QuicoMário Soares: "O que estão a fazer à Grécia é uma vergonha, porque a Grécia é a pátria e a inventora da democracia, da ciência e da cultura
...mas entendi-te prefeitamente.
Tambem me ficou na retina essa frase do Soares .
É gajo pra dizer daqui a dois meses : "O que estão a fazer a Irlanda é uma vergonha, porque a Irlanda é a pátria e a inventora dos U2 , dos Trevo de 4 folhas e dos Leprechauns."
Guiness, pá, Guiness!!! E o Temple Bar!
Consegues gostar da Guiness?? Tentei por duas vezes e jurei por nunca mais. Parece sopa!

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Pata-Hari Escreveu:Vídeo: "O que a Grécia fez hoje foi chegar a uma janela e não se suicidar"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=493359
simples e boa entrevista
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Vídeo: "O que a Grécia fez hoje foi chegar a uma janela e não se suicidar"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=493359
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