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Caldeirão da Bolsa

Programa de Governo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Zeb_PT » 28/6/2011 19:41

AutoMech Escreveu:
pepi Escreveu:Tens que ter um sistema judicial que funcione, veja-se em que deu a mega "Operação Furacão"!


500% de acordo Pepi. Já no tópico, salvo erro, do elenco governativo disse que a pasta mais importante para mim era a da justiça. Espero que esta tipa consiga por a máquina a funcionar.

Edit: ainda assim, mesmo com o sistema judicial defeituoso, o aumento das penas era positivo. Há sempre uma % de pessoas que é dissuadida de cometer a infracção.


Sim, a justiça é uma pasta importantíssima.
Sim, a saude tb é outra pasta importantissima.
Sim, a economia é mais uma das pastas importantissimas.
Sim, não nos podemos esquecer que as finaças é uma pasta importantissima.
E podemos continuar por todos e quaisquer dos ministérios, podendo mesmo em alguns sub-dividir.

Agora, nenhum nem qualquer pasta pode servir como desculpa para não melhorarmos a outra pasta, obviamente que era ideal que a justiça funcionasse bem, mas não é por a justiça funcionar mal que não devemos melhorar o resto. Mesmo que a justiça apenas em 1 de 100 casos funcionasse, mas que quando o fizesse funcionasse financeiramente desatrosamente para quem está em incumprimento, os restantes iriam começar a pensar duas vezes se deveriam arriscar!

Quanto a penas nem estava a pensar em penas temporais mas sim em penas financeiras que tornasse qualquer ideia/sistema de fuga ao fisco demasiado arriscado!
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por Automech » 28/6/2011 19:21

pepi Escreveu:Tens que ter um sistema judicial que funcione, veja-se em que deu a mega "Operação Furacão"!


500% de acordo Pepi. Já no tópico, salvo erro, do elenco governativo disse que a pasta mais importante para mim era a da justiça. Espero que esta tipa consiga por a máquina a funcionar.

Edit: ainda assim, mesmo com o sistema judicial defeituoso, o aumento das penas era positivo. Há sempre uma % de pessoas que é dissuadida de cometer a infracção.
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por aaugustobb_69 » 28/6/2011 19:11

AutoMech Escreveu:
Zeb_PT Escreveu:
AutoMech Escreveu:Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Esta é uma das medidas mais precisas por aqui, instalar o medo das finanças, apanhar alguns "gangsters" da fuga ao fisco e veríamos se não metíamos medo...


Chamem-me fascista, mas é o medo é o melhor fiscal em matéria de impostos.


Ainda à pouco tempo nos States um ator famoso apanhou uma pena de três anos por se ter "enganado" no preenchimento do IRS...aqui bastavam acabar com a fuga ao fisco e a corrupção, que endireitavam imediatamente o paìs...e eram as medidas mais faceis de aplicar...aumentarem as penas 3 ou 4 vezes mais, e acabarem com a PENA SUSPENSA...um fiscal que entrasse num negócio e não recebesse fatura. esse negocio era imediatamente fechado...era vêr se o paìs não se endireitava!!!....e todos pagariam muito menos impostos!!!
 
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por Zeb_PT » 28/6/2011 19:09

Mas Sinner, tendo em conta a nossa cultura do facilitismo e da chique espertice, não concordas que esta medida é necessária?

Umas brutais indeminizações a quem fosse apanhado nestas andanças e não veríamos uma corrida a regularizações de situações estranhas!
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por pepi » 28/6/2011 19:08

AutoMech Escreveu:
Zeb_PT Escreveu:
AutoMech Escreveu:Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Esta é uma das medidas mais precisas por aqui, instalar o medo das finanças, apanhar alguns "gangsters" da fuga ao fisco e veríamos se não metíamos medo...


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por Sinner » 28/6/2011 19:06

AutoMech Escreveu:
Zeb_PT Escreveu:
AutoMech Escreveu:Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Esta é uma das medidas mais precisas por aqui, instalar o medo das finanças, apanhar alguns "gangsters" da fuga ao fisco e veríamos se não metíamos medo...


Chamem-me fascista, mas é o medo é o melhor fiscal em matéria de impostos.

Parece a figura do "IRS" nos States. :lol:
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por Automech » 28/6/2011 19:01

Zeb_PT Escreveu:
AutoMech Escreveu:Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Esta é uma das medidas mais precisas por aqui, instalar o medo das finanças, apanhar alguns "gangsters" da fuga ao fisco e veríamos se não metíamos medo...


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por Zeb_PT » 28/6/2011 18:57

AutoMech Escreveu:Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Esta é uma das medidas mais precisas por aqui, instalar o medo das finanças, apanhar alguns "gangsters" da fuga ao fisco e veríamos se não metíamos medo...
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por Sinner » 28/6/2011 18:55

vgasmo Escreveu:Nenhuma empresa pode dar tantos anos de prejuízo sem que leve o capital próprio a ficar negativo, o que pode forçar os sócios a entrada de capitais ou início do processo de insolvência.

As estatísticas apresentadas pela DGCI e que todos gostam de falar sobre a fuga ao IRC (2005 a 2009), dizem respeito a alguns dos anos em Portugal com mais falências.

É normal na actividade de uma empresa ter anos de prejuízo e anos de lucros (e ter crédito de imposto).

Nem sempre prejuízos significam problemas financeiros (vide amortizações e provisões). Às vezes significam até investimento!!

E obviamente no meio disto temos milhares de empresários que efectivamente podem fugir ao fisco de forma ilegal (ilegal, porque existem formas legais de abater o imposto).

Só para dizer que o quadro não é assim tão linear.

Só mais uma nota, o IRC representa historicamente na OECD apenas 3 a 10% do total de impostos.


-----Aqui está a explicação técnica do porque de não entrar uma cêntimo de imposto da maioria das empresas.

-----Faltou apenas um pormenor, que era o de explicar que a maioria da empresas são PME, com pouquíssimos sócios e muitas vezes familiares, o que facilita a resolução do problema respeitante ao Capital.
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por vgasmo » 28/6/2011 18:47

Sinner Escreveu:
aaugustobb Escreveu:...eu pensava que uma empresa não poderia apresentar assim anos atrás de anos,sempre prejuizo... :?

Aí está o erro do teu pensamento, não são anos atrás de anos, é sempre e a maioria das empresas.


Nenhuma empresa pode dar tantos anos de prejuízo sem que leve o capital próprio a ficar negativo, o que pode forçar os sócios a entrada de capitais ou início do processo de insolvência.

As estatísticas apresentadas pela DGCI e que todos gostam de falar sobre a fuga ao IRC (2005 a 2009), dizem respeito a alguns dos anos em Portugal com mais falências.

É normal na actividade de uma empresa ter anos de prejuízo e anos de lucros (e ter crédito de imposto).

Nem sempre prejuízos significam problemas financeiros (vide amortizações e provisões). Às vezes significam até investimento!!

E obviamente no meio disto temos milhares de empresários que efectivamente podem fugir ao fisco de forma ilegal (ilegal, porque existem formas legais de abater o imposto).

Só para dizer que o quadro não é assim tão linear.

Só mais uma nota, o IRC representa historicamente na OECD apenas 3 a 10% do total de impostos.
 
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por Automech » 28/6/2011 18:42

balta Escreveu:Mais parece que estão sem programa ou que o estão agora a fazer, e que isto é só linhas gerais, mas que ao menos não venham com medidas porque depois ficam reféns.


Isto é uma medida do programa. A dúvida que levantámos aqui (e estamos a especular a titulo de exercício) é como será implementada. O programa de governo não tem de ter os decretos lei já escritos :wink:
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por pepi » 28/6/2011 18:41

Lion_Heart Escreveu:
pepi Escreveu:
AutoMech Escreveu:
pepi Escreveu:Isso resolve-se apenas com a adopção de métodos indiciários... mas para serem justo, são muito complexos e por isso ning avança por aí...


Eu já defendi várias vezes que devia haver a figura do património global, ou seja, por pessoa e por agregado familiar devia haver uma consolidação de bens (casas, carros, barcos, aviões, quotas de empresas, contas bancárias, etc) e posteriormente feitos rácios com base nos impostos de anos anteriores, transferências para o estrangeiro, etc. Não é fácil, mas com as possibilidades informáticas de hoje em dia não é impossível.

Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Eu estava a referir a algo + simples, utilizar os métodos indiciários por actividade desenvolvida, p. ex:

- Restaurante com licença para x mesas, presume-se que facture y com uma margem líquida de w%, portanto leva com uma taxa de z% ...

Mesmo que essa taxa fosse baixa, faria com q muitas actividades q n pagam nada, começassem a pagar alguma coisa...


La esta o caro amigo a complicar uma coisa facil.

Sector serviço, software ou maquinas aprovadas e seladas pelo Estado.

Factura OBRIGATORIA , multa para quem não cumpre : Encerrar.


No pequeno retalho há sempre formas de ter duplo registo de vendas... e quando assim, há um forte incentivo a não pagar!
Num restaurante, se o cliente n pedir factura, como é que "obrigas" o dono do restaurante a registar essa venda no "sistema selado pelo Estado"?! O homem iria ter um registo paralelo de todas as vendas, e apenas iria registar no "sistema selado pelo Estado" as vendas que o cliente pedisse...

O software de facturação já n tem de ser certificado?! Julgo que este ano tornou-se obrigatório... mas mm assimcontinuo a receber talões que não são facturas... achas q essas vendas são facturadas? :wink:
 
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por balta » 28/6/2011 18:38

É o que já me parecia, eles ainda não assimilaram que já estão no governo e não podem vir com medidinhas que não servem para nada, inexequíveis, e que não resolvem os problemas do país, sé é assim que começam, estamos mal. O PPC diz que não há férias para nimguém, mas parece-me que estão a precisar todos delas para ver se assentam as ideias. Mais parece que estão sem programa ou que o estão agora a fazer, e que isto é só linhas gerais, mas que ao menos não venham com medidas porque depois ficam reféns.
 
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por aaugustobb_69 » 28/6/2011 18:35

Mas é incrivel como negocios com muitos empregados, cheios de topos de gama à porta (agora um pouco menos)...patrões que se deslocam em topos de gama...que têm vários hectares de terrenos,prédios e negócios, num determinado paìs,e ainda recebe uma carta das finanças para o isentar de pagamento de imposto... :shock: :? :roll: :evil:
 
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por Lion_Heart » 28/6/2011 18:30

pepi Escreveu:
AutoMech Escreveu:
pepi Escreveu:Isso resolve-se apenas com a adopção de métodos indiciários... mas para serem justo, são muito complexos e por isso ning avança por aí...


Eu já defendi várias vezes que devia haver a figura do património global, ou seja, por pessoa e por agregado familiar devia haver uma consolidação de bens (casas, carros, barcos, aviões, quotas de empresas, contas bancárias, etc) e posteriormente feitos rácios com base nos impostos de anos anteriores, transferências para o estrangeiro, etc. Não é fácil, mas com as possibilidades informáticas de hoje em dia não é impossível.

Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Eu estava a referir a algo + simples, utilizar os métodos indiciários por actividade desenvolvida, p. ex:

- Restaurante com licença para x mesas, presume-se que facture y com uma margem líquida de w%, portanto leva com uma taxa de z% ...

Mesmo que essa taxa fosse baixa, faria com q muitas actividades q n pagam nada, começassem a pagar alguma coisa...


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por Automech » 28/6/2011 18:30

pepi Escreveu:Eu estava a referir a algo + simples, utilizar os métodos indiciários por actividade desenvolvida, p. ex:

- Restaurante com licença para x mesas, presume-se que facture y com uma margem líquida de w%, portanto leva com uma taxa de z% ...

Mesmo que essa taxa fosse baixa, faria com q muitas actividades q n pagam nada, começassem a pagar alguma coisa...


Honestamente algo que me chateia é a imposição de valores mínimos porque acho que desincentiva o pequeno empreendedorismo (tal como os recibos verdes).

Dois restaurantes de 20 mesas, por exemplo, são diferentes dependendo da localização, do tipo de clientela. Dois cabeleireiros idem. Duas mercearias dependem do tamanho. Etc. Criar critérios que envolva estas variáveis não é igualmente tarefa fácil.

Mas se calhar é difícil de outra forma. É por isso que eu prefiro um quadro legal pesadíssimo, à moda dos states, para impor respeito e que as pessoas comecem a ter medo de ir 30 anos presas por não pagarem uns milhares de euros por ano.

A vantagem do quadro legal severo é que bastam meia dúzia de pessoas apanhadas, a título de exemplo (e isso não é dificil), para imediatamente se lançar a ideia de que estes tipos não brincam (no IMT acho que já se tem hoje mais medo de meter valores fora de escritura).
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por pepi » 28/6/2011 18:21

AutoMech Escreveu:
pepi Escreveu:Isso resolve-se apenas com a adopção de métodos indiciários... mas para serem justo, são muito complexos e por isso ning avança por aí...


Eu já defendi várias vezes que devia haver a figura do património global, ou seja, por pessoa e por agregado familiar devia haver uma consolidação de bens (casas, carros, barcos, aviões, quotas de empresas, contas bancárias, etc) e posteriormente feitos rácios com base nos impostos de anos anteriores, transferências para o estrangeiro, etc. Não é fácil, mas com as possibilidades informáticas de hoje em dia não é impossível.

Isto além de penas pesadíssimas à moda dos States para quem fuja aos impostos.


Eu estava a referir a algo + simples, utilizar os métodos indiciários por actividade desenvolvida, p. ex:

- Restaurante com licença para x mesas, presume-se que facture y com uma margem líquida de w%, portanto leva com uma taxa de z% ...

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por pepi » 28/6/2011 18:16

pocoyo Escreveu:
AutoMech Escreveu:Em relação ao IVA a notícia é vaga. Parece ser apenas para pequenas empresas, logo presume-se que seja IVA trimestral.
Pepi, vês forma de controlar uma coisa destas ou como é que se pode fazer para não haver habilidades ?



Acabem com o iva quando o mesmo pode ser deduzido (empresas). Excepto carros de turismo, etc...


Pocoyo, podes desenvolver?

AutoMech, existem actualmente regimes especiais, nomeadamente a inversão do sujeito de passivo de IVA na construção civil (i.e., a obrigação de entregar liquidar o IVA é de quem adquire o serviço):

http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR ... _30101.pdf

A notícia fala em regime de "caixa", acho que o melhor será esperar para ver...
 
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por Automech » 28/6/2011 18:15

pepi Escreveu:Isso resolve-se apenas com a adopção de métodos indiciários... mas para serem justo, são muito complexos e por isso ning avança por aí...


Eu já defendi várias vezes que devia haver a figura do património global, ou seja, por pessoa e por agregado familiar devia haver uma consolidação de bens (casas, carros, barcos, aviões, quotas de empresas, contas bancárias, etc) e posteriormente feitos rácios com base nos impostos de anos anteriores, transferências para o estrangeiro, etc. Não é fácil, mas com as possibilidades informáticas de hoje em dia não é impossível.

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por pocoyo » 28/6/2011 18:09

AutoMech Escreveu:Em relação ao IVA a notícia é vaga. Parece ser apenas para pequenas empresas, logo presume-se que seja IVA trimestral.
Pepi, vês forma de controlar uma coisa destas ou como é que se pode fazer para não haver habilidades ?



Acabem com o iva quando o mesmo pode ser deduzido (empresas, estado). Excepto carros de turismo, etc...
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por Automech » 28/6/2011 18:00

Em relação ao IVA a notícia é vaga. Parece ser apenas para pequenas empresas, logo presume-se que seja IVA trimestral.
Pepi, vês forma de controlar uma coisa destas ou como é que se pode fazer para não haver habilidades ?

pepi Escreveu:Relativamente à questão do provisionamento, deverias saber que não o podes fazer ao ESTADO! E sabes qual é o prazo de pagamentos do ESTADO?! Pois... n recebes a factura, mas entregas o IVA 40 dias após o fim do mês em que a emitiste! Não te parece porreiro, pá?!


Há outra medida que seria bom que cumprissem:
Estado promete pagar dívidas às empresas "sem atrasos"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=493091
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por pepi » 28/6/2011 18:00

AutoMech Escreveu:
aaugustobb Escreveu:Conheço um dono de restaurante de gama média alta aqui da zona, que hà duas semanas atrás recebeu uma carta das finanças, a dizer que se deslocasse à repartição local, e comprovasse os rendimentos que declarava, ficava isento do pagamento do IMI... :shock: eu admirado de tais rendimentos, perguntei-lhe "então e os rendimentos da empresa??...não os declara??" ele respondeu-me com ar irónico "eu tenho o restaurante à cerca de 15 anos, e até agora deu-me sempre prejuizo..."...e eu sei que ele possui muitas propriedades fora do paìs...eu pensava que uma empresa não poderia apresentar assim anos atrás de anos,sempre prejuizo... :?



Entre outras coisas é a eterna falta de cruzamento de dados entre as finanças e os vários organismos do estado (seg social, conservatórias, etc) e bancos. Mas quando se fala em cruzar dados lá vem o medo da PIDE.


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por Sinner » 28/6/2011 17:58

aaugustobb Escreveu:...eu pensava que uma empresa não poderia apresentar assim anos atrás de anos,sempre prejuizo... :?

Aí está o erro do teu pensamento, não são anos atrás de anos, é sempre e a maioria das empresas.
A volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”.
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por pepi » 28/6/2011 17:57

pocoyo Escreveu:
pepi Escreveu:
pocoyo Escreveu:
AutoMech Escreveu:
pocoyo Escreveu:Acho que seria mais benefico permitir deduzir o iva das facturas legalmente provisionadas. Claro que se viesse a receber voltariam a entregar o imposto ao estado.


Isso hoje não é possível ?


É possivel se declarada a falencia.
AutoMech Escreveu:
Ao fim de quanto tempo é que se pode hoje provisionar legalmente uma factura ?


6 meses apos a data de vencimento.

A totalidade so ao fim de 2 anos...
6 meses podes deduzir 25%!


Sim, mas acho que apartir desses 6 meses deveriam permitir a dedução de todo o iva. Claro que se recebesse o valor voltaria a liquidar.

Estes periodos apenas dizem respeito à dedutibilidade em sede de IRC dessa provisão... a recuperação do IVA apenas a consegues após a declaração que essa empresa está insolvente!
 
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por pepi » 28/6/2011 17:56

pocoyo Escreveu:
AutoMech Escreveu:
pocoyo Escreveu:E recebem quando? Quando pagarem?
Estes moços são mesmo burros!!!


Não percebi esta parte do comentário Pocoyo. A ideia pareceu-me clara (e correcta), ou seja, a empresa liquidar o IVA apenas quando receber do cliente e não quando factura, sem ter recebido. Não achas boa ideia ?

Quanto ao controle é que pareceu-me um quebra cabeças para controlar, mas como não conheço os meandros da contabilidade e do IVA...


Mech, o IVA paga-se mas tambem se recebe nas facturas de compra. Acho muito dificil de se aplicar esta medida.

Acho que seria mais benefico permitir deduzir o iva das facturas legalmente provisionadas. Claro que se viesse a receber voltariam a entregar o imposto ao estado.


Oh filho, andas um pouco a leste do paraíso... Pensas que o reembolso de IVA é imediato?!
Se estiveres no regime mensal de IVA (a generalidade das PMEs estão no trimestral), entregas a declaração 40 dias após o fim do mês a que essa factura diz respeito... se tens IVA a pagar, tens q o liquidar até essa data, se tens IVA a receber e decides pedir reembolso, tens q esperar na melhor das hipoteses um 1 mês depois de entregar a declaração... isto claro, após uma inspecção dos serviços de iva... ;)

Relativamente à questão do provisionamento, deverias saber que não o podes fazer ao ESTADO! E sabes qual é o prazo de pagamentos do ESTADO?! Pois... n recebes a factura, mas entregas o IVA 40 dias após o fim do mês em que a emitiste! Não te parece porreiro, pá?!
 
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