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Caldeirão da Bolsa

Perfil: Vítor Gaspar é ministro das Finanças

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 19/6/2011 17:23

Mulheres nas listas não chegam à AR
19 de Junho, 2011
por Susete Francisco

A lei determina que 33% dos candidatos às legislativas sejam mulheres, mas a paridade acaba às portas da Assembleia da República. Dos eleitos a 5 de Junho, apenas 26,5% são do sexo feminino. Uma representação inferior à que saiu das eleições de 2009, altura em que as deputadas representaram 29% dos assentos no Parlamento.

Ainda assim, estes números representam uma melhoria face às legislativas de 2005 – antes da aprovação da lei da paridade. Há seis anos, apenas 21% dos eleitos eram mulheres.

Entre os vários partidos, o Bloco de Esquerda parte para a nova legislatura com a bancada mais paritária: quatro homens e quatro mulheres. No pólo oposto está a CDU, que entre 16 eleitos conta apenas três deputadas.

Os números do CDS não andam longe. Os democratas-cristãos contam cinco mulheres nos 24 assentos parlamentares, uma percentagem de 20,8%. Segue-se o PS – partido que levou a lei da paridade à AR, em 2006 – com 18 eleitas num total de 74 parlamentares (24,3%). Já a maior bancada do PSD, tem 31 mulheres e 77 homens, uma representatividade feminina de 28,7%.

A discrepância entre a obrigatória quota de 33% nas listas de candidatos e a composição parlamentar explica-se pelo facto de os partidos adoptarem a regra do ‘dois por um’ – que, quase sem excepção, se traduz em dois candidatos seguidos por uma mulher. Se o partido tiver dois eleitos, fica desfeito o princípio dos 33% na transposição para os lugares na Assembleia da República.

Curiosamente, nas últimas eleições a lei teve uma aplicação inédita. Uma lista de um pequeno partido, o POUS, foi recusada por não cumprir a paridade, mas neste caso masculina: tinha mulheres a mais.

susete.francisco@sol.pt
 
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por Pata-Hari » 19/6/2011 10:27

Obrigada :)
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por LTCM » 19/6/2011 10:19

Pata-Hari Escreveu:LTCM, as divergências familiares são também famosas na familia Portas. E até acho isso interessante como resultado intelectual.

(como é que posso copiar o link do video que colocaste para colocar noutro lugar?)


Qual link e qual vídeo?

Este:

http://www.ionline.pt/conteudo/131163-f ... ao-liberal

Não é um vídeo.
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***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Pata-Hari » 19/6/2011 10:01

LTCM, as divergências familiares são também famosas na familia Portas. E até acho isso interessante como resultado intelectual.

(como é que posso copiar o link do video que colocaste para colocar noutro lugar?)
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por Automech » 18/6/2011 19:35

Pata-Hari Escreveu:E confesso que eu entendo a questão de um empregador que "adivinha" que uma mulher jovem tenderá a faltar mais porque teve um filho, porque teve que sair para socorrer um filho. Mas também sei factualmente que assim que uma mulher tem um filho, os bónus dos dois anos em que parcialmente esteve fora, voam automaticamente. Qualquer pretexto serve e nas mulheres esse é um ideal. Nas promoções, a mesma coisa. Uma mulher que já teve um filho, pode bem vir a ter outro. Uma mulher divorciada, certamente vai ter que dedicar mais tempo aos filhos. E por aí fora.


Pelo menos até há pouco tempo atrás, as licenças de maternidade (ou baixa por maternidade) não contavam como tempo para a reforma, algo que considero a maior das injustiças, mais ainda do que qualquer outra que possa existir. Não sei se ainda é assim.
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por LTCM » 18/6/2011 11:53

migluso Escreveu:-Finanças, não conheço). Li que é um liberal e é bom que o seja, para o bem do país. Li que tem competências técnicas comprovadas e é muito respeitado nas instituições internacionais. Supostamente não tem amigos no partido, o que à partida me faz acreditar que terá menos dificuldades em dizer "Não, não e não. Nem mais um tostão."


Para já há uma forte expectativa sobre como serão os debates da Assembleia da República. Afinal, Vítor Louçã Rabaça Gaspar é primo direito de Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, e a visão dos dois sobre economia é profundamente diferente.


http://www.ionline.pt/conteudo/131163-f ... ao-liberal
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por artista1939 » 18/6/2011 11:09

Eu acho que o Gaspar não vai olhar a sexos na hora de "aplicar o remédio".

E, sinceramente, espero que o aplique rapidamente.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh

* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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por Pata-Hari » 18/6/2011 9:16

E confesso que eu entendo a questão de um empregador que "adivinha" que uma mulher jovem tenderá a faltar mais porque teve um filho, porque teve que sair para socorrer um filho. Mas também sei factualmente que assim que uma mulher tem um filho, os bónus dos dois anos em que parcialmente esteve fora, voam automaticamente. Qualquer pretexto serve e nas mulheres esse é um ideal. Nas promoções, a mesma coisa. Uma mulher que já teve um filho, pode bem vir a ter outro. Uma mulher divorciada, certamente vai ter que dedicar mais tempo aos filhos. E por aí fora.

E na realidade, o que vejo são mulheres extraordinariamente dedicadas, em parte porque o emprego NÂO lhes pode falhar, e responsaveis porque a vida assim as obrigou. Quanto mais responsabilidades têm em cima, mais se dedicam ao trabalho. As sós são aquelas que nunca faltam por doença e nunca saem mais cedo para levar putos ao médico ou para o que quer que seja. VEjo a faltar os jovens que tiveram uma festa grande e que no dia seguinte têm dores de cabeça, vejo a faltarem os que têm tempo para montes de actividades extra e que passam dias e meses em recuperações e fisioterapias. Recordo-me de gozar com um colega meu e de lhe dizer que a vida social e desportiva dele era incompativel com o trabalho.

(nota piolha: Se fosse gestor, eu tenderia a discriminar contra quem fuma, por extraordinário que pareça. Assisto diariamente a fumadores que passam metade dos dias na rua a fumar e cujo trabalho recai sobre os colegas que ficam.)
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por A330-300 » 18/6/2011 8:38

Nunca haverá total paridade porque homens e mulheres são diferentes. Há profissões que quase não interessam a mulheres e vice versa.E em algumas, as mulheres não tem mesmo jeito. Qual é a mulher que quer trabalhar nas obras?Seguramente que muito poucas, se as houver.

Posso dizer que na minha atividade condições e salários são iguais.E a não ser em alguns países do mundo onde a cultura e ou religião não permite, elas tem a mesma chance que os homens.

Na TAP , já são , senão estou em erro 6 as mulheres Comandantes e mais umas tantas co-piloto.

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por migluso » 18/6/2011 1:42

Elias Escreveu:Fui claro, agora?


Oui... Mas antes da mentalidade, está a própria natureza do homem, da mulher, do ser humano.

No presente, a mulher ou um grupo de mulheres chegar ao poder ou não depende mais da sua própria natureza (da pessoa ou pessoas) do que da mentalidade do povo.

Não faltam casos por esse mundo fora, em especial na América Latina, onde se diz que o macho é o género dominante.
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por Elias » 18/6/2011 1:29

migluso Escreveu:Elias,

a comparação deve ser feita com as realidades dos outros países. Se houver aí um grande desfasamento, então convém analisar o porquê.


O porquê parece-me óbvio. A mentalidade é diferente.

migluso Escreveu:Do teu ponto de vista, 50% deve ser a percentagem de mulheres trolhas, ministras, futebolistas, advogadas, juízes, engenheiras, economistas, médicas, etc???

Devo ter interpretado mal.


Pois interpretaste. Não me viste em lado nenhum defender a lei da paridade.

O que eu escrevi foi que a lei pretende forçar aquilo que as mentalidades não permitem atingir.

migluso Escreveu:O mundo não funciona assim.


Claro que não funciona assim.

O meu comentário inicial (sobre a disparidade M-F nos cargos políticos) decorria apenas do facto de serem os políticos aqueles que, aparentemente, mais defendem a lei da paridade mas não a levam à prática.


Resumindo: eu não defendi em lado nenhum a lei da paridade. Apenas comentei a sua ineficácia.

Fui claro, agora?
 
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por migluso » 18/6/2011 1:18

Elias Escreveu:
migluso Escreveu:Mas são processos que passam por 1, 2, 3 gerações até que a mudança verdadeiramente se sinta na realidade. Estamos quase lá.


migluso, não te iludas. Se estivesses quase lá já tinhas 50% de mulheres no parlamento e no governo. Se não tens (aliás estás muito longe disso), é porque das duas uma: ou não há mulheres competentes, ou alguém lhes barra o acesso.


Elias,

a comparação deve ser feita com as realidades dos outros países. Se houver aí um grande desfasamento, então convém analisar o porquê.

Do teu ponto de vista, 50% deve ser a percentagem de mulheres trolhas, ministras, futebolistas, advogadas, juízes, engenheiras, economistas, médicas, etc???

Devo ter interpretado mal.

O mundo não funciona assim.
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por tonirai » 18/6/2011 1:13

migluso Escreveu:O Helena Garrido faz-me lembrar o Mares aqui do caldeirão.

Contradiz-se muito.

Acho que com o Mares já não precisas de te preocupar... quer-me parecer que ele ficou chateado por não o deixarem ter um off-topic para responsabilizar o Passos Coelho daqui para a frente... após lhe bloquearem o tópico, nunca mais deu sinal de vida.
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... 148#843148

(Modo mauzinho on:)
Bem, com o processo eleitoral concluído, e sem mais campanha a fazer, não havia grande interesse em continuar :P
(Modo mauzinho off)
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por Elias » 18/6/2011 0:52

migluso Escreveu:Mas são processos que passam por 1, 2, 3 gerações até que a mudança verdadeiramente se sinta na realidade. Estamos quase lá.


migluso, não te iludas. Se estivesses quase lá já tinhas 50% de mulheres no parlamento e no governo. Se não tens (aliás estás muito longe disso), é porque das duas uma: ou não há mulheres competentes, ou alguém lhes barra o acesso.
 
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por atomez » 18/6/2011 0:37

Mas porque raio é que um tópico sobre o Min. Finanças se transforma num sobre sexo?
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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por migluso » 18/6/2011 0:36

JMHP,

O Helena Garrido faz-me lembrar o Mares aqui do caldeirão.

Contradiz-se muito. Nas raras vezes que concordo com ela, é precisamente quando o que ela escreve contradiz a maior parte de tudo o que escreveu antes.

Elias,

Julgo que é um processo espontâneo que está a ocorrer diariamente na nossa sociedade.

O fundamental está feito - igualdade de direitos e de oportunidades.

Em Portugal é relativamente recente este avanço civilizacional, em comparação com os países europeus mais desenvolvidos.

A partir daqui, a mulher com espírito de empresária, criadora, inovadora e sem medo do risco vai afirmar-se na sociedade. Tal como o homem que tem as mesmas características.

Nunca como hoje vi tantas mulheres aparecerem nos jornais e revistas como líderes de PME de sucesso.

Mas são processos que passam por 1, 2, 3 gerações até que a mudança verdadeiramente se sinta na realidade. Estamos quase lá.
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por A330-300 » 18/6/2011 0:24

Pata-Hari Escreveu:Elias, as mulheres têm que lá chegar por serem competentes. Nenhuma mulher competente quer chegar a um cargo por ser uma quota necessária e obrigatória.

Pedem que para a mesma competência, lhes sejam dadas as mesmas oportunidades. No mundo real, não é isso que se passa: as mulheres têm que ser marechais-armados-em-homens e 3 vezes mais competentes que um homem para atingirem a mesma posição. Mas não se chega lá por quotas forçadas, chega-se por boa gestão, bom senso, justiça e educação do povo que é ainda muito machista.


Excelente!

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por JMHP » 18/6/2011 0:19

Elias Escreveu:
JMHP Escreveu:Tendo em conta a discussão acima sobre a "lei da paridade" que eu pessoalmente classifico como estúpida (concordo com opinião da Pata)


A lei é desadequada na medida em que pretende regular acerca de algo em que o povo não se revê.

Mas como as mentalidades não mudam com um estalar de dedos, o resultado com ou sem lei é o mesmo. A lei serve apenas para disfarçar (leia-se "tentar disfarçar") a existência dessa mesma mentalidade.


Elias, existem muitas empresas que são dirigidas por mulheres, ainda mais são as empresas que tem mulheres a gerir departamentos de recursos humanos... Seria curioso conhecer qual a rácio da paridade de sexos na selecção de novos colaboradores dessas empresas que são geridas por mulheres.

Na minha opinião e com base na minha experiência e conhecimento profissional das empresas que conheço que tem mulheres como gestoras, a paridade de sexo nunca é tema ou assunto relevante de discussão com substancia.
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por Elias » 18/6/2011 0:03

JMHP Escreveu:Tendo em conta a discussão acima sobre a "lei da paridade" que eu pessoalmente classifico como estúpida (concordo com opinião da Pata)


A lei é desadequada na medida em que pretende regular acerca de algo em que o povo não se revê.

Mas como as mentalidades não mudam com um estalar de dedos, o resultado com ou sem lei é o mesmo. A lei serve apenas para disfarçar (leia-se "tentar disfarçar") a existência dessa mesma mentalidade.
 
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por JMHP » 17/6/2011 23:55

migluso Escreveu:P.S. - Estava a ouvir a Helena Garrido na RTPN. Discordo em absoluto com ela, assim como só concordo em 50% com o artigo do PSG. Não me surpreende, dada a linha ideológica do jornal.


Tendo em conta a discussão acima sobre a "lei da paridade" que eu pessoalmente classifico como estúpida (concordo com opinião da Pata), creio que a Helena Garrido poderia ser um exemplo do produto de uma lei tão medíocre caso fosse aplicada ao jornal em questão.

Já algum tempo, desde que leio alguns artigos da Helena Garrido (quando tenho paciência) ou a vejo na televisão em programas de opinião, que me questiono como é possível uma péssima jornalista que revela uma fraca capacidade de argumentação e analise sobre assuntos económicos, é possível que chegue a um cargo de liderança como directora-adjunta de um jornal económico... Na minha opinião, a Helena Garrido é um exemplo do mau jornalismo nacional nomeadamente quando esta realiza analises e comentários sobre a economia portuguesa.

Quanto ao novo governo, está de acordo com a minha expectativa sobre o novo 1º ministro que tem revelado desde algum tempo grande determinação, vontade de demonstrar liderança, corajoso e alguma ansiedade de libertar o país do seu passado rumo a novos caminhos para um futuro melhor.

Na minha opinião, mais importante do que os nomes da pessoas e dos seus curriculum, é a capacidade e a determinação que demonstram e os resultados que estes produzem.

Ninguém é prefeito, não existem nomes nem curriculum que dêem garantias que não se comentam erros. Importante é o resultado, porque o país já não possui mais margem para falhar.
Editado pela última vez por JMHP em 18/6/2011 0:10, num total de 1 vez.
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por migluso » 17/6/2011 22:13

Este governo foi uma surpresa em 3 pastas chave (a da educação não foi surpresa):

-Finanças, não conheço). Li que é um liberal e é bom que o seja, para o bem do país. Li que tem competências técnicas comprovadas e é muito respeitado nas instituições internacionais. Supostamente não tem amigos no partido, o que à partida me faz acreditar que terá menos dificuldades em dizer "Não, não e não. Nem mais um tostão."

- Economia, foi uma surpresa. É um liberal. Será bom se o continuar a ser na governação e limpe o Estado dos interesses das grandes empresas plantadas na horta socialista e que beneficiam de leis proteccionistas e negócios obscuros em prejuízo de todos os outros portugueses;

- Educação, espero que seja uma confirmação. É um liberal. Precisa de uma rectaguarda forte para aguentar as investidas dos sindicatos mais reles do mundo.

- Saúde, sendo uma das áreas fundamentais para cumprir o acordo com a troika, a escolha inspira-me confiança. Rigor.

P.S. - Estava a ouvir a Helena Garrido na RTPN. Discordo em absoluto com ela, assim como só concordo em 50% com o artigo do PSG. Não me surpreende, dada a linha ideológica do jornal.
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por Elias » 17/6/2011 21:59

Pata-Hari Escreveu:A lei deveria ser no sentido de evitar discriminação. Gostava de ver muitas empresas a explicarem factualmente e numericamente porque promovem alguns homens e não algumas mulheres e porque pagam a homens com o mesmo nível e capacidade mais do que às mulheres. E gostaria de ver as essas empresas a serem penalizadas com multas exemplares quando se provasse por A+B que não existiam razões para a escolha para uma posição ter recaído sobre um homem.


Pata, é o mercado a funcionar. E o mercado constitui o natural reflexo da mentalidade dominante.

Como já referi acima, a mentalidade não se muda por decreto.
 
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por Pata-Hari » 17/6/2011 21:53

A lei deveria ser no sentido de evitar discriminação. Gostava de ver muitas empresas a explicarem factualmente e numericamente porque promovem alguns homens e não algumas mulheres e porque pagam a homens com o mesmo nível e capacidade mais do que às mulheres. E gostaria de ver as essas empresas a serem penalizadas com multas exemplares quando se provasse por A+B que não existiam razões para a escolha para uma posição ter recaído sobre um homem.
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por migluso » 17/6/2011 21:47

Pata-Hari Escreveu:Elias, as mulheres têm que lá chegar por serem competentes. Nenhuma mulher competente quer chegar a um cargo por ser uma quota necessária e obrigatória.


Estava à espera que uma mulher dissesse isto para aplaudir. :clap: :clap: :clap:

Se eu fosse mulher, consideraria tal lei um insulto.
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por Elias » 17/6/2011 21:06

Exactamente. Não é uma questão de competência. É uma questão de mentalidade.

Por isso têm de se inventar leis para forçar aquilo que a mentalidade não permite acomodar.

Mas como a mentalidade não se muda por decreto, a lei da paridade continua a não funcionar.
 
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