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Caldeirão da Bolsa

[OT] - "Meu querido rendimento"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pickbull » 1/6/2011 10:11

Mares,

Alguém que receba o RSI e que possa mas não queira retribuir de alguma forma é um parasita da sociedade.

É isto que não posso aceitar e que se torna extremamente injusto para os que trabalham e que muitas vezes ficam com menos dinheiro do que esses que podem mas não querem trabalhar. Isso sim cria desigualdade e revolta na sociedade.

Acho que tem ficado claro que não sou contra a ajuda aos mais desfavorecidos mas é preciso que haja regras. E não menos importante que se dê o que podemos porque gastar mais do que se ganha só pode dar em falência.
E quando chegar esse dia iremos ter muito mais pobres que temos hoje.
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por motocross » 1/6/2011 9:57

LAGRATEIRO, como se diz aí. O problema deste e de centenas de outros bairros de ciganos, contrafactores,ladrões, desempregados voluntários, agiotas, @@@@@@@ e outros é que de facto nós (o estado) lhes pagamos e proporcionamos tudo aquilo que eles nunca tiveram nem querem fazer um esforço para ter. Vivem do engano, da ladroagem, da contrafacção, do assalto, da droga, das armas... Visitem estas casas que lhes foram atribuidas novas (pagas por quem? nós) e verifiquem o estado deplorável em que se encontram. A banheira é para defecar ou produzir canabis, as portas estão furadas de pontapés diários, lixo aos kilos, 10 numa casa, ratos, vidros partidos, paredes partidas, uma verdadeira desgraça. Vão lá fora ao parque de bmw e verificam que esta gente coitadinha passa a vida nisto. Neste bairro que conheci há 20 anos já não existe boa gente. O meu tio e outros mudaram-se ( a pagar 3 vezes mais noutro local) por não conseguirem conviver com esta ***** de gente que nos inunda de despesa e destruição do património de todos e só nos traz desgraças...a estes sim ...abençoada asae... o resto das policias nada faz. Se lá entrarem percebem o que digo. é verdade: levem tabaco pois vão-vos pedir esmolas e o cigarrito resolve. Tanto mais haveria a dizer....
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por J9 » 1/6/2011 9:38

Mares Escreveu:Estás a lembrar-te da "ama da segurança social", que é mãe solteira, com dois filhos e que paga uma renda alta pela casa...Esteve dois anos vivendo do RSI...

Mas repara, foi a única.... está com bom aspecto, recuperada...(ganhou emprego no Estado?).

Os outros casos "exemplares" tem a cara de pessoas pobres... e o "acoriano" diz.... "agora ainda dão, mas quando não derem aí haverá guerra..."


Não!

Por acaso estás enganado, estava exactamente a pensar no Açoriano... psicologicamente notava-se que estava muito melhor que os outros.

E mais uma vez e ainda mais aplicado ao caso que referes: ninguém falou em deixar de haver RSI, mas sim em terem que prestar serviço comunitário para o receberem.

O problema do sistema é que o Estado habituou toda a gente a ter tudo, considerando um X% de população activa a contribuir para isso, mas esse X cada vez é menor.

Ou seja, o esforço de cada um é cada vez maior e cada vez menos há dinheiro, no entanto as despesas não param de aumentar... o sistema como está montado é insustentável e é urgente encontrar medidas que permitam manter o nível de conforto de quem realmente precisa e ao mesmo tempo não penalize quem trabalha e contribui.

De minha parte o que sinto e que suponho ser comum a muitos outros é que pago imporstos só para os outros, porque acabo por não colher benefícios disso. Se necessito de saúde de qualidade recorro aos privados, o mesmo para a educação e para já ainda não é muito viável na segurança...

Talvez por isso haja tanta revolta quanto a estas prestações sociais.

P.S.: Quanto ao Lagarteiro, que fica muito próximo de Gondomar, não contactei com aquele senhor em particular, mas já contactei diversos que recusaram um emprego de ajudante de armazém... esta é a vertente prática que não vem só de ir visitar os bairros para ver o estado degradado e a cara das pessoas...
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por Mares » 1/6/2011 1:33

J9 Escreveu:
Mares Escreveu: Se achares que estes valores não espelham a verdadeira realidade (pois existem outros subsídios), podemos tentar encontrar esses dados. Nesse caso acabamos por desvíar um pouco sobre o assunto deste tópico (RSI), mas se for enriqueçedor para o debate, até poderei concordar contigo.

Não desconsiderei os "cenários concretos" que colocaste, mas fica difícil podermos debater isso sem dados estatísticos. Poderás têr razão, visto que muito dificilmente alguém poderá viver só com o RSI (mas isso é também uma suposição minha...). Mas desculpa-me mais uma vez, mas não poderei concordar/discordar contigo sobre os cenários que colocas.

Quanto às imagens que passam na reportagem, às declarações das pessoas que recebem o RSI, aos valores que cada caso recebe, às das pessoas que tem responsabilidades no assunto... tudo poderá têr uma interpretação (até mesmo divergente), mas ninguém poderá ficar indeferente a isso.


Os valores não têm que ser analisados, foram postados várias vezes neste tópico, vindos do site da ss, são claros e limpos.

A única coisa que os poderá fazer variar é a existência de outros rendimentos.

Ninguém está indiferente e a mim chocou-me muito ver algumas coisas na reportagem, mas podes também ter a certeza (e fiquei com essa impressão da reportagem) que se sentem muito melhor os que estão a fazer alguma coisa do que aqueles que ficam em casa só à espera do cheque.

E mais uma vez digo sem qualquer tipo de pejo e sem estar a ser injusto: estamos em altura de vacas magras, todas as migalhas são pão, todos temos que dar o nosso contributo e isso não violência nem vergonha nenhuma!

O facto de terem que trabalhar uns x dias por semana só poderá ser benéfico para a reinserção social e profissional e se além disso gerar mais valias para as autarquias e ajudar a eliminar os que efectivamente estão a receber indevidamente, melhor!



Estás a lembrar-te da "ama da segurança social", que é mãe solteira, com dois filhos e que paga uma renda alta pela casa...Esteve dois anos vivendo do RSI...

Mas repara, foi a única.... está com bom aspecto, recuperada...(ganhou emprego no Estado?).

Os outros casos "exemplares" tem a cara de pessoas pobres... e o "acoriano" diz.... "agora ainda dão, mas quando não derem aí haverá guerra..."
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por MarcoAntonio » 1/6/2011 1:23

Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

na lista de beneficios adicionais, que tu colocas-te, tenta fazer a tua interpretação é vê quantos tem sentido.



Vários e bem expressivos em termos relativos. Principalmente o Abono de Família e as Pensões de Velhice. Mas depois há uma série de outros que também se podem aplicar...


Mares Escreveu:
Eu fiz o exercício de colocar um casal desempregado com uma criança. Pareçe-me que qualquer adicional poderá criar uma situação ainda mais triste.



O teu exercício é um exercício de "miserabilizar" as ajudas para parecer que não são nada, tem sido isso o tempo todo.

Além disso, por norma não discutes os cenários mais típicos. O cenário mais típico é um agregado familiar com pelo menos dois adultos (por vezes 3 sendo o terceiro geralmente de terceira idade) e um ou dois filhos. Também haverá muitos beneficiários que são pessoas isoladas que vivem sozinhos. Olhar para a média não é o mesmo que aferir os cenários típicos...



Aqui fica um apanhado das coisas mais básicas para se perceber que estamos a falar de centenas de euros por agregado (cerca de 500 ou mais) e quando é pouco (muito menos que isso) é porque existem rendimentos declarados no agregado, sendo que em termos de RSI só se recebe o remanescente:

Tabela actual do RSI:

Imagem


Para a generalidade dos agregados, há ainda a considerar o Abono de Família:

Imagem


Se viverem em habitação social, acresce ainda:

> No primeiro ano de atribuição da prestação de RSI, soma o valor de € 15,45;

> Na data da primeira renovação anual da prestação de RSI, soma o valor de € 30,91;

> Na data da segunda renovação anual da prestação de RSI, e seguintes, soma o valor de € 46,36.




Uma lista completa das pensões e subsídios que se acumulam com o RSI, pois podem existir mais coisas do que as consideradas:



Pode acumular com:

Pensão social de velhice;
Pensão social de invalidez;
Pensão de viuvez;
Pensão de orfandade;
Complemento por dependência;
Complemento solidário para idosos;
Subsídio de renda de casa; (*)
Bonificação por deficiência;
Subsídio por assistência de 3.ª pessoa;
Subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial;
Abono de família; (*)
Abono pré-natal;
Subsídios no âmbito da parentalidade e adopção;
Subsídio de doença;
Subsídio de desemprego.



Os únicos que mencionei atrás são os marcados a asterisco.
Imagem

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Mares » 1/6/2011 1:12

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

O assunto neste tópico é sobre o RSI e o valor do RSI por indivíduo está correcta no site da Pordata.

Se achares que estes valores não espelham a verdadeira realidade (pois existem outros subsídios), podemos tentar encontrar esses dados. Nesse caso acabamos por desvíar um pouco sobre o assunto deste tópico (RSI), mas se for enriqueçedor para o debate, até poderei concordar contigo.




Os números não representam a realidade por três razões:

> Primeiro tratava-se de um valor por individuo e não por agregado (a generalidade dos beneficiários integram-se em agregados familiares e a média situa-se em 3 beneficiários por incidência);

> Em segundo lugar o RSI é apenas uma das várias prestações sociais, sendo que na generalidade dos casos existem outras envolvidas (basta olhar para a lista para percebe-lo), uma delas é praticamente certa que é o abono de família - que surgirá sempre que existam crianças e cujos valores são variáveis e podem ir das dezenas às centenas de euros - mas depois existem outras; isto são rendimentos (as tais "dávidas" do Estado para usar termos que utilizaste mais atrás) que essas pessoas auferem e não são considerados nunca no tópico no tratamento dos números, até eu os introduzir (e mesmo depois disso...);

> Em terceiro lugar, ao montante a receber de RSI por incidência é descontado o rendimento declarado, fazendo assim descer a média por agregado e por individuo e transformando quer os 87 euros (por individuo) quer os 240 euros (por agregado) em más medidas do "com quanto vivem estas pessoas", este foi outro dado que nunca consideraste; trata-se apenas de uma medida do "quais são os encargos do estado estritamente com o RSI".






Mares Escreveu:
Não desconsiderei os "cenários concretos" que colocaste, mas fica difícil podermos debater isso sem dados estatísticos.



Pois eu acho que fica bastante fácil...

Basta considerar o número de pessoas e as faixas etárias e rapidamente se chega ao valor de RSI + Abono ou Rendimentos + RSI + Abonos.

Depois há que considerar que ainda podem receber ajuda de renda e outras prestações sociais (se houver idosos e deficientes). Se estiverem numa fase inicial da situação de desemprego, podem estar ainda a receber subsídio de desemprego.

Depois há ainda que considerar que não têm uma série de custos associados a quem trabalha ou que os tem quem trabalha e tem filhos em idade escolar, por exemplo.



É ainda fácil de concluir que a generalidade dos agregados familiares inseridos no RSI vivem com um montante líquido mensal que não difere muito de outros agregados com adultos que trabalham (com vencimentos relativamente baixos) que estão fora do programa. Nalguns casos até, dá para viver melhor. Naturalmente em nenhum caso se vive em abundância mas é perfeitamente plausível que haja quem está no RSI por opção!


Isto sem sequer discutir as situações de fraude em que existem rendimentos que não são declarados...



Mais atrás no tópico traçaste um quadro de miserabilidade e minimizaste os valores, mas tudo foi assente nos números da Pordata sem depois lhe dar o tratamento devido (considerando tudo o que já enumerei). Agora, que temos mais informação é só adicioná-la e traçar então quadro muito mais completo e realista do que aquele que estavas a apresentar...

Com franqueza, só acho que fica difícil para ti porque os números começam a subir por aí acima e mostram uma realidade que é substancialmente diferente do quadro que traçaste ali nas primeiras páginas do tópico pegando nos dados (enganadores) da Pordata.

:wink:


MarcoAntonio,

na lista de beneficios adicionais, que tu colocas-te, tenta fazer a tua interpretação é vê quantos tem sentido.

Eu fiz o exercício de colocar um casal desempregado com uma criança. Pareçe-me que qualquer adicional poderá criar uma situação ainda mais triste.

O que referes para cima, poderá haver outros adicionais... algum trabalho não declarado, etc, etc...

Se há fraude é evidente que deverá ser punída. Mas isso está fora deste tópico, visto que fuga aos impostos poderá estar em qualquer parte. Referír somente aqui parece-me ser muito forte.
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por Automech » 1/6/2011 1:01

O que eu acho curioso é haver a percepção de que há abusos no RSI e encontrarem-se sistematicamente obstáculos quando se querem por essas pessoas a trabalhar ou a contribuir para a comunidade.

Basta pensar que muitos dos abusos são de pessoas que efectivamente trabalham (mas sem recibo) e que, se forem forçados a trabalho para a comunidade, simplesmente deixam o RSI porque não lhes compensa.

Assim de repente estou a pensar nos feirantes e sei do que falo...
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por Automech » 1/6/2011 1:00

MarcoAntonio Escreveu:O que está em causa parece-me ser a natureza do desemprego: se ele é de natureza cíclica/económica então a relação pode ser difícil de encontrar, em grande medida talvez pelo que ele diz no artigo, pessoas "boas" (e trabalhadoras) que vão desempregadas para casa não passam automaticamente a ser criminosos.

Mas, se o desemprego for crónico (estrutural) então parece haver relação sim e uma sociedade com mais pessoas em casa parece produzir mais criminosos e mais violência. É o que os números realmente mostram!


Exacto Marco, foi assim que interpretei o artigo. Não são as pessoas que ficam sem emprego que imediatamente se tornam criminosos, mas mais os que estão habitualmente sem trabalhar.

Resta saber se essas pessoas que estão habitualmente sem trabalhar estão assim por desemprego de longa duração ou simplesmente porque não querem trabalhar. Pela leitura do artigo fiquei com a ideia que ele suporta mais a ultima e que é aqui que a criminalidade se verifica (o que está em linha com o que tu já disseste antes).
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por Mares » 1/6/2011 0:45

Pickbull Escreveu:
Quanto às imagens que passam na reportagem, às declarações das pessoas que recebem o RSI, aos valores que cada caso recebe, às das pessoas que tem responsabilidades no assunto... tudo poderá têr uma interpretação (até mesmo divergente), mas ninguém poderá ficar indeferente a isso.




Pickbull Escreveu:E eram todas "doentes" ou idosas ao ponto de não poderem trabalhar 1 dia por semana para darem em vez de só receberem?


Colocas trabalharem "1 dia por semana" para devolverem o que elas recebem (não é 3 dias por semana, como é apontado pela medida de um partido).

Mas repara.... o salário mínimo é de 500 euros/mês.

Pela tua proposta, se eles trabalharem 4 dias por mês (1 dia a cada semana, com 22 dias de trabalho por mês) iríam receber 106 euros.

A tua proposta está abaixo do salário mínimo! E isso é contra a lei.

Além disso pergunto-te... teríam direito a subsídio de alimentação, subsídio de férias e de Natal, descontariam para a SS....? Só estou a referír-me à parte que corresponde aos dias que eles trabalhassem.

Pickbull Escreveu:E já agora também passaram na reportagem os que recebem RSI e que vivem em altas casas e tens bons carros?


Eu não ví isso na reportagem (havía um Audi, mas nem apareceu na reportagem...)...

Mas se alguém víu evidências externas de riqueza na reportagem, essa pessoa precisa de ir à Seg. Social pois certamente é uma pessoa muito pobre e terá direito ao RSI!


Pickbull Escreveu:É que não se fala (PSD E CDS) em acabar com o RSI. Fala-se em pôr as pessoas a trabalhar e acabar com os RSIs fraudulentos.



Ninguém falou de PSD ou CDS....ou pelo menos evita-se isso nesta conversa. Mas já que falas, concordas que um partido defenda salários menores que o salário mínimo?

Pickbull Escreveu:Ninguém quer que alguém passe fome mas no entanto há alguns que julgam que só tem direitos e não tem deveres.


Claro que as pessoas não querem vêr ninguém a passar fome...

Mas deverá haver muitos que querem vêr outras pessoas a trabalhar para não morrem à fome!

Quem sabe se uma sopa, uma sardinha com batatas cozídas e um copo de vinho da casa, não seja uma boa ideia?
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por J9 » 1/6/2011 0:40

Mares Escreveu: Se achares que estes valores não espelham a verdadeira realidade (pois existem outros subsídios), podemos tentar encontrar esses dados. Nesse caso acabamos por desvíar um pouco sobre o assunto deste tópico (RSI), mas se for enriqueçedor para o debate, até poderei concordar contigo.

Não desconsiderei os "cenários concretos" que colocaste, mas fica difícil podermos debater isso sem dados estatísticos. Poderás têr razão, visto que muito dificilmente alguém poderá viver só com o RSI (mas isso é também uma suposição minha...). Mas desculpa-me mais uma vez, mas não poderei concordar/discordar contigo sobre os cenários que colocas.

Quanto às imagens que passam na reportagem, às declarações das pessoas que recebem o RSI, aos valores que cada caso recebe, às das pessoas que tem responsabilidades no assunto... tudo poderá têr uma interpretação (até mesmo divergente), mas ninguém poderá ficar indeferente a isso.


Os valores não têm que ser analisados, foram postados várias vezes neste tópico, vindos do site da ss, são claros e limpos.

A única coisa que os poderá fazer variar é a existência de outros rendimentos.

Ninguém está indiferente e a mim chocou-me muito ver algumas coisas na reportagem, mas podes também ter a certeza (e fiquei com essa impressão da reportagem) que se sentem muito melhor os que estão a fazer alguma coisa do que aqueles que ficam em casa só à espera do cheque.

E mais uma vez digo sem qualquer tipo de pejo e sem estar a ser injusto: estamos em altura de vacas magras, todas as migalhas são pão, todos temos que dar o nosso contributo e isso não violência nem vergonha nenhuma!

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por MarcoAntonio » 1/6/2011 0:33

Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

O assunto neste tópico é sobre o RSI e o valor do RSI por indivíduo está correcta no site da Pordata.

Se achares que estes valores não espelham a verdadeira realidade (pois existem outros subsídios), podemos tentar encontrar esses dados. Nesse caso acabamos por desvíar um pouco sobre o assunto deste tópico (RSI), mas se for enriqueçedor para o debate, até poderei concordar contigo.




Os números não representam a realidade por três razões:

> Primeiro tratava-se de um valor por individuo e não por agregado (a generalidade dos beneficiários integram-se em agregados familiares e a média situa-se em 3 beneficiários por incidência);

> Em segundo lugar o RSI é apenas uma das várias prestações sociais, sendo que na generalidade dos casos existem outras envolvidas (basta olhar para a lista para percebe-lo), uma delas é praticamente certa que é o abono de família - que surgirá sempre que existam crianças e cujos valores são variáveis e podem ir das dezenas às centenas de euros - mas depois existem outras; isto são rendimentos (as tais "dávidas" do Estado para usar termos que utilizaste mais atrás) que essas pessoas auferem e não são considerados nunca no tópico no tratamento dos números, até eu os introduzir (e mesmo depois disso...);

> Em terceiro lugar, ao montante a receber de RSI por incidência é descontado o rendimento declarado, fazendo assim descer a média por agregado e por individuo e transformando quer os 87 euros (por individuo) quer os 240 euros (por agregado) em más medidas do "com quanto vivem estas pessoas", este foi outro dado que nunca consideraste; trata-se apenas de uma medida do "quais são os encargos do estado estritamente com o RSI".






Mares Escreveu:
Não desconsiderei os "cenários concretos" que colocaste, mas fica difícil podermos debater isso sem dados estatísticos.



Pois eu acho que fica bastante fácil...

Basta considerar o número de pessoas e as faixas etárias e rapidamente se chega ao valor de RSI + Abono ou Rendimentos + RSI + Abonos.

Depois há que considerar que ainda podem receber ajuda de renda e outras prestações sociais (se houver idosos e deficientes). Se estiverem numa fase inicial da situação de desemprego, podem estar ainda a receber subsídio de desemprego.

Depois há ainda que considerar que não têm uma série de custos associados a quem trabalha ou que os tem quem trabalha e tem filhos em idade escolar, por exemplo.



É ainda fácil de concluir que a generalidade dos agregados familiares inseridos no RSI vivem com um montante líquido mensal que não difere muito de outros agregados com adultos que trabalham (com vencimentos relativamente baixos) que estão fora do programa. Nalguns casos até, dá para viver melhor. Naturalmente em nenhum caso se vive em abundância mas é perfeitamente plausível que haja quem está no RSI por opção!


Isto sem sequer discutir as situações de fraude em que existem rendimentos que não são declarados...



Mais atrás no tópico traçaste um quadro de miserabilidade e minimizaste os valores, mas tudo foi assente nos números da Pordata sem depois lhe dar o tratamento devido (considerando tudo o que já enumerei). Agora, que temos mais informação é só adicioná-la e traçar então quadro muito mais completo e realista do que aquele que estavas a apresentar...

Com franqueza, só acho que fica difícil para ti porque os números começam a subir por aí acima e mostram uma realidade que é substancialmente diferente do quadro que traçaste ali nas primeiras páginas do tópico pegando nos dados (enganadores) da Pordata.

:wink:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Pickbull » 1/6/2011 0:22

Quanto às imagens que passam na reportagem, às declarações das pessoas que recebem o RSI, aos valores que cada caso recebe, às das pessoas que tem responsabilidades no assunto... tudo poderá têr uma interpretação (até mesmo divergente), mas ninguém poderá ficar indeferente a isso.


E eram todas "doentes" ou idosas ao ponto de não poderem trabalhar 1 dia por semana para darem em vez de só receberem?

E já agora também passaram na reportagem os que recebem RSI e que vivem em altas casas e tens bons carros?

É que não se fala (PSD E CDS) em acabar com o RSI. Fala-se em pôr as pessoas a trabalhar e acabar com os RSIs fraudulentos.

Ninguém quer que alguém passe fome mas no entanto há alguns que julgam que só tem direitos e não tem deveres.
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por Mares » 1/6/2011 0:13

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
Se houve alguma divergência sobre os dados (por indivíduo ou por agregado familiar), pareçe-me que eles não divergem.



Não percebi nada!...

Troca lá isso por miudos...


Mares Escreveu:
Quanto à suposta possibilidade de existírem outros rendimentos associados ao RSI, será preciso buscar essa informação.



Não é uma suposta possibilidade. É uma possibilidade real e concreta e que seguramente existe desde que reunidas as condições para ela se aplicar.

Eu deixei alguns exemplos para cenários concretos, plausíveis e realistas (e deixando de fora a maior parte das prestações possíveis, referindo apenas aquelas que provavelmente são as mais frequentes).

Estimar quanto recebe uma família típica é relativamente fácil...


MarcoAntonio,

O assunto neste tópico é sobre o RSI e o valor do RSI por indivíduo está correcta no site da Pordata.

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por MarcoAntonio » 31/5/2011 23:50

Mares Escreveu:
Se houve alguma divergência sobre os dados (por indivíduo ou por agregado familiar), pareçe-me que eles não divergem.



Não percebi nada!...

Troca lá isso por miudos...


Mares Escreveu:
Quanto à suposta possibilidade de existírem outros rendimentos associados ao RSI, será preciso buscar essa informação.



Não é uma suposta possibilidade. É uma possibilidade real e concreta e que seguramente existe desde que reunidas as condições para ela se aplicar.

Eu deixei alguns exemplos para cenários concretos, plausíveis e realistas (e deixando de fora a maior parte das prestações possíveis, referindo apenas aquelas que provavelmente são as mais frequentes).

Estimar quanto recebe uma família típica é relativamente fácil...
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por Laaz Rockit » 31/5/2011 23:38

Vi por aí escrito que o CDS/PP propõe o pagamento do RSI em gêneros (a quem realmente necessitar dele - porque o partido apoia uma maior fiscalização - e se fossem governo com certeza haveriam cortes profundos nos subsídios fraudulentos).

O que pensam dessa medida?
O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.
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por Mares » 31/5/2011 23:38

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

estou a falar no geral e não leves como um ataque a alguma posição aqui colocada.



Pois, realmente foi o que me pareceu. E a questão é mesmo essa (não o facto de ser ou não um ataque mas o facto de não estares a responder a ninguém aqui do tópico). Eu há vários posts que acho que se está a discutir uma coisa e tu alegas com outra coisa que se insere noutra discussão...

O tópico não é (não tem sido, ao longo dos últimos posts pelo menos) sobre acabar-se com o RSI ou sobre ser-se contra a medida em termos genéricos como os que estás a colocar.


MarcoAntonio,

estou respondendo da mesma forma como tu respondes.

Se houve alguma divergência sobre os dados (por indivíduo ou por agregado familiar), pareçe-me que eles não divergem.

Quanto à suposta possibilidade de existírem outros rendimentos associados ao RSI, será preciso buscar essa informação.

Estou a revêr a reportagem. As imagens falam por sí.

(uma vez resolví visitar um bairro social.... Bem, andei perdido até lá chegar... Até que pelo caminho perguntei a um grupo de velhotas que estavam sentadas numa paragem de autocarros...."Por favor pode-me dizer onde fica o bairro XXXXX..." e elas responderam-me ..."Mas o que vai lá fazer? Olhe,não vá lá.... Só moram lá negros e droga...". Bem, isso não me demoveu......Fui com receio, reconheço...E lá cheguei... Bem,.... é um bairro normal...

Nunca mais lá voltei... Mas a resposta das velhotas também não esqueçi ).
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por MarcoAntonio » 31/5/2011 23:15

Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

estou a falar no geral e não leves como um ataque a alguma posição aqui colocada.



Pois, realmente foi o que me pareceu. E a questão é mesmo essa (não o facto de ser ou não um ataque mas o facto de não estares a responder a ninguém aqui do tópico). Eu há vários posts que acho que se está a discutir uma coisa e tu alegas com outra coisa que se insere noutra discussão...

O tópico não é (não tem sido, ao longo dos últimos posts pelo menos) sobre acabar-se com o RSI ou sobre ser-se contra a medida em termos genéricos como os que estás a colocar.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Mares » 31/5/2011 23:06

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:Num país onde o nível de desigualdade social é dos maiores na Europa, é alarmante que as pessoas não vejam que seja um problema de todos. Além disso, fica difícil aceitar que não devam existir medidas que contrariem essa tendência.

Mas não vejo as pessoas preocupadas com isso. Pode ser que tenham razão...


Mares, estás-te a dirigir a quem e a responder a que posição e argumento em concreto?


MarcoAntonio,

estou a falar no geral e não leves como um ataque a alguma posição aqui colocada.
Meu ponto de vista está mais próxima do pároco do que a do Rui Rio (na entrevista). Também não entendo como um autarca é contra a medida, quando na sua cidade este benefício é onde mais cresçeu... (mas isso é um assunto à parte).

Respeito todos os pontos de vista e tento enteder o que possa ser essencial. Se estiver errado sobre o assunto, mudarei o meu ponto de vista.
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por J9 » 31/5/2011 22:47

Mares Escreveu:Num país onde o nível de desigualdade social é dos maiores na Europa, é alarmante que as pessoas não vejam que seja um problema de todos. Além disso, fica difícil aceitar que não devam existir medidas que contrariem essa tendência.

Mas não vejo as pessoas preocupadas com isso. Pode ser que tenham razão...


Pois é, principalmente de quem está nessa situação... por isso mesmo é que podem começar a contribuir com algo para que deixe de ser assim...

Mas se calhar é melhor continuar a atirar-lhes com dinheiro para as manter caladas...
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por MarcoAntonio » 31/5/2011 22:45

Mares Escreveu:Num país onde o nível de desigualdade social é dos maiores na Europa, é alarmante que as pessoas não vejam que seja um problema de todos. Além disso, fica difícil aceitar que não devam existir medidas que contrariem essa tendência.

Mas não vejo as pessoas preocupadas com isso. Pode ser que tenham razão...


Mares, estás-te a dirigir a quem e a responder a que posição e argumento em concreto?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por Mares » 31/5/2011 22:44

Num país onde o nível de desigualdade social é dos maiores na Europa, é alarmante que as pessoas não vejam que seja um problema de todos. Além disso, fica difícil aceitar que não devam existir medidas que contrariem essa tendência.

Mas não vejo as pessoas preocupadas com isso. Pode ser que tenham razão...
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- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por MarcoAntonio » 31/5/2011 22:27

AutoMech Escreveu:É a conversa socialista / comunista do costume, de que se tem de dar o subsidio, senão temos ladrões e violência. Enquanto esta mentalidade perdurar não vamos a lado nenhum.

Nem a propósito, aqui fica um artigo de hoje que desmonta o argumento:
http://www.realclearpolitics.com/articl ... 10017.html


Por acaso, não gosto muito do artigo porque ele é pouco esclaredor. Está numa de gozar com a perspectiva do jornal e deixa muita informação de fora, não sei se o problema é do conhecimento ou da posição do autor. Se calhar é da segunda e ele quase que abre com uma espécie de "mea culpa" por sinal...


A questão do crime parece ser mais complexa e é importante separar pelo menos dois tipos de crime, bem como outros factores que podem estar a afectar a taxa de crimes.

Existe um paradoxo em torno das taxas de crime que está documentado em vários locais: de uma forma geral diz que encontrar uma relação temporal (com os ciclos económicos, taxa de desemprego, etc) poderá ser difícil (ou ir no sentido de que não há relação) ao mesmo tempo que uma comparação entre taxas de desemprego em diversos países mostra que existe uma relação.


O que está em causa parece-me ser a natureza do desemprego: se ele é de natureza cíclica/económica então a relação pode ser difícil de encontrar, em grande medida talvez pelo que ele diz no artigo, pessoas "boas" (e trabalhadoras) que vão desempregadas para casa não passam automaticamente a ser criminosos.

Mas, se o desemprego for crónico (estrutural) então parece haver relação sim e uma sociedade com mais pessoas em casa parece produzir mais criminosos e mais violência. É o que os números realmente mostram!


Ainda, dentro do crime em relação ao desemprego cíclico é importante ter em nota outros factores como a separação do tipo de crime (roubos ou homicídios, violência doméstica, etc são diferentes tipos de crime e não têm todos de seguir a mesma evolução) bem como considerar outros factores como quem é que está desempregado (jovens? mulheres? homens adultos? etc).


Encontra-se alguma informação sobre isto com relativa facilidade e o artigo deixa praticamente isso tudo de fora. Mas pronto, é melhor do que nada e ajuda um bocado a desmontar a questão...
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por Automech » 31/5/2011 22:03

É a conversa socialista / comunista do costume, de que se tem de dar o subsidio, senão temos ladrões e violência. Enquanto esta mentalidade perdurar não vamos a lado nenhum.

Nem a propósito, aqui fica um artigo de hoje que desmonta o argumento:
http://www.realclearpolitics.com/articl ... 10017.html
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por MarcoAntonio » 31/5/2011 21:53

Mares Escreveu:
Mas isso é que poderá ser brincar com coisas sérias.

Já foi anteriormente discutído que ,medidas semelhantes (algo parecído com o RSI, como medida de reintegração e como dinamização da economia) tiveram um efeito positivo em outro país (referído por quem conheçe bem a realidade desse país).



Estás a misturar alhos com bugalhos e pegar em substância que não sugere nada do que tu alegas mas outra coisa completamente diferente...

Pelo contrário, os estudo mostram o oposto do que tu alegas.


A discussão não era sobre acabar com o RSI mas sobre a forma com o RSI é aplicado e mais concretamente sobre a hipótese de as pessoas que estão pelo RSI - ou uma parte delas, desde que reuna um conjunto de condições - trabalhar, ainda que temporariamente, no ambito da iniciativa (sobre o que tu não introduziste nada a não ser uma alegação).


O que sabemos é que quanto mais as pessoas ficam em casa: maior a taxa de crime; maior a violência doméstica; maior a taxa de suicídio; etc. Os estudos vão, repito, exactamente no sentido inverso: é de presumir que se as pessoas ocuparem parte do seu tempo a trabalhar - quando estão a receber pelo RSI - irá fazer baixar a taxa de crime e outros comportamentos violentos e não aumentar!




O teu argumento fazia sentido se a discussão fosse sobre acabar com o RSI.

Mas não é essa a discussão de todo...
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por J9 » 31/5/2011 21:52

Mares Escreveu:Mas isso é que poderá ser brincar com coisas sérias.

Já foi anteriormente discutído que ,medidas semelhantes (algo parecído com o RSI, como medida de reintegração e como dinamização da economia) tiveram um efeito positivo em outro país (referído por quem conheçe bem a realidade desse país).

Por aqui irá tentar-se precisamente o contrário. Ninguém admire-se depois se os efeitos forem muito piores aos que estavam inicialmente previstos.

O grande problema está na desigualdade social, na exclusão social, na desigualdade salarial, na discriminação e não em medidas que tentem minimizar isso.

O RSI falha por ser uma prestação e não um mecânismo de integração. Faltam outras partes que façam revertêr esse cenário, que se nada fôr feito tornará a sociedade muito pior.

Mas a maior mudança terá de vír da própria sociedade.


Caramba!!!

Se não és acessor de imprensa do Sócrates ele devia-te contratar já.

Isso é demagogia pura e dura.

O sistema actual está mal, acima admites isso, mas a solução apontada também está, portanto, à falta e a aguardar a correcta, mais vale deixar tudo como está! :shock:

É preciso que Portugal e os Portugueses se convençam todos que é preciso trabalhar, fazer pela vida, e isso inclui a malra do RSI.

Se acharem que trabalhar 3 dias por semana (eu trabalho 6 e muitas noites) é muito então não merecem receber nada e que vão plantar batatas!!!

Não estou a dizer que são eles os culpados, quem é culpado é quem, à caça de votos fáceis lhes atirou com o dinheiro sem qualquer rumo definido que não fossem as próximas eleições!!!

Mas agora é preciso resolver a situação e inverter isto e mais uma vez, quem vai levar com o trabalho e com os problemas não vão ser as pessoas que, em busca de votos, lhes atiraram com o dinheiro para as mãos!
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