Reestruturação da dívida grega é risco para a banca alemã
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Se não estou em erro, o Franco Suiço já está muito valorizado pelo que penso que trocar euros por libras seria melhor. O que acham?
E que acham de investir em dívida alemã ou francesa como refúgio?
E que acham de investir em dívida alemã ou francesa como refúgio?
AutoMech Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Lunas, na minha perspectiva o incumprimento grego pode trazer problemas à banca mas as acções serão/são um refugio ao caos da dívida.
Mas Pata, se o impacto for de tal ordem que implique um problema sério no sistema financeiro e / ou recessão em vários países, as acções naturalmente que se se vão ressentir.
Mais depressa vejo o ouro ou uma divisa tipo Franco Suiço como refúgio num cenário desses.
Sistema financeiro nacional é o mais exposto à Grécia
Entre os países que reportam informação ao Banco Internacional de Pagamentos, Portugal é o que tem a banca mais exposta em proporção do rendimento do país.
Portugal é uma das economias do mundo mais expostas à sorte helénica. Segundo o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS),
o sistema financeiro nacional está exposto em mais de sete mil milhões de euros à economia grega. É um recorde internacional em termos de peso no PIB
.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=487099
Entre os países que reportam informação ao Banco Internacional de Pagamentos, Portugal é o que tem a banca mais exposta em proporção do rendimento do país.
Portugal é uma das economias do mundo mais expostas à sorte helénica. Segundo o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS),
o sistema financeiro nacional está exposto em mais de sete mil milhões de euros à economia grega. É um recorde internacional em termos de peso no PIB
.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=487099
Pata-Hari Escreveu:Lunas, na minha perspectiva o incumprimento grego pode trazer problemas à banca mas as acções serão/são um refugio ao caos da dívida.
Mas Pata, se o impacto for de tal ordem que implique um problema sério no sistema financeiro e / ou recessão em vários países, as acções naturalmente que se se vão ressentir.
Mais depressa vejo o ouro ou uma divisa tipo Franco Suiço como refúgio num cenário desses.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Mcmad Escreveu:Pela leitura que faço dos mercados diria que o incumprimento Grego está aproximar-se a uma velocidade feroz...
Pode efectivamente acontecer a qualquer momento, com as consequências que já quase todos conhecemos.
Na minha opiniao, os mercados ainda nao interiorizaram, nem pouco mais ou menos um possivel incumprimento Grego.
O DAX encontra-se a 10% dos seus maximos absolutos, o SP500 corrigiu pouco mais de 5% desde os maximos relativos.
E, se o problema Grego fosse um caso isolado... o problema e encontrar paises chamados desenvolvidos sem telhados de vidro.
Um abraco
P.S.- Teclado "made in Mexico", desculpem a falta de acentuacao.
Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro
Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro
Se o pior cenário se confirmar , e a Grécia sair do mesmo do Euro , acho que o melhor investimento que podemos fazer é passar todo o nosso dinheiro para outra moeda , porque eu não acredito quase nada que nós sejamos capazes de cumprir com as recomendações da Troika e pagar a dívida. Neste momento acho que temos mais probabilidades de seguirmos os passos dos gregos do que safarmo-nos bem desta.
A330
A330
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O dinheiro cai do céu
Em Portugal há alguns vendedores de ilusões. Mas há ainda mais compradores.
Nesse próspero comércio, a última ilusão que comprámos foi de que nos emprestaram 78 mil milhões de euros. Queixamo-nos da taxa, fazemos beicinho, "ai, os mercados e tal", e começamos a contar notas. O Diabo deve estar a rir atrás de uma cortina.
A chegada dos primeiros cheques "externos" é anestésica, dá a falsa sensação de que apenas substituímos financiadores: depois dos mercados, empresta a União Europeia e o "femí", como diz Passos Coelho, castiço. Mas o dinheiro não está garantido. E pelo descarrilar da carruagem, está longe disso.
É verdade que a taxa de juro é má. Podia ser melhor, mais amiga. Sabe por que é tão, digamos, alta? Por causa de gente como nós. Por causa dos contribuintes de outros países. Leia na página 8: se a CGD, o BCP e BES utilizarem o aval público na emissão de dívida, pagarão 180 milhões de euros ao Estado. Está o Estado a ser ganancioso com os bancos? Não: está a justificar-se pelo aval. Com os contribuintes alemães, franceses ou finlandeses é o mesmo processo: é preciso mostrar que nós pagamos o risco moral. Ou acha que aqueles países têm melhor opinião nossa do que nós temos dos bancos?
Pergunte a um dos presidentes de empresas cotadas que estiveram esta semana em Wall Street como se sentiu. Sentiu-se pequeno. Investir em Portugal? Nem se fala nisso. As perguntas dos americanos eram outras: Portugal vai cumprir o plano? Vai ter estabilidade governativa? Vai reestruturar a dívida? Vai manter-se no euro?
O dinheiro não está garantido. O plano da troika é muito, mas mesmo muito difícil de cumprir. Tem prazos impossíveis. Os lóbis, os grupos de interesse, as corporações já desembainharam as suas inércias. A Justiça. O poder local. Os militares, que se anteciparam e fizeram promoções não autorizadas e para as quais não há dinheiro - mas ninguém ousa levantar-lhes o sobreolho, quanto mais uma palha.
Mesmo que tudo corra bem em Portugal, estamos numa escarpa. A Grécia está à beira de uma catástrofe social, que pode suceder à inevitável renegociação da dívida. Ontem, pela primeira vez, um membro da Comissão Europeia disse as palavras proibidas: "O cenário de saída da Grécia do euro está, agora, em cima da mesa". Disse-o a comissária Maria Damanaki. Maria Damanaki é grega.
Isto não é chantagem, é desespero. O euro pensava que estava na crise da puberdade, mas percebe agora que está com uma doença que desconhecia e não sabe como debelá-la. A Grécia na ruína. Espanha com um cataclismo político. Bélgica e Itália sob aviso das agências de "rating". E a Europa tem uma Comissão Europeia enfraquecida, tem a Alemanha e a França a correr atrás da própria cauda, tem os países com interesses desalinhados e conflituosos. E gente a mais a decidir e a impedir. Numa luta entre as cabeças de uma hidra, o silêncio só chega quando a hidra morre. No Titanic europeu, a orquestra já não toca, corre-se para os salva-vidas. Mas não mandam mulheres e crianças primeiro, são os mais fortes que ocupam os lugares. O mundo nunca foi justo.
Portugal tem de cumprir o plano para fazer o mínimo que pode por si mesmo. Os políticos parecem pouco disponíveis para tamanha tarefa mas, como dizia Teixeira dos Santos, o próximo Governo pode começar por poupar nas cadeiras: não há tempo para sentar. Talvez assim - talvez - não saiamos do euro, não caiamos na ruína. O dinheiro cai do céu. Mas desaparece terra adentro. Nem o vemos. Mas vamos pagá-lo. Esperamos nós.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=486917[/b]
Em Portugal há alguns vendedores de ilusões. Mas há ainda mais compradores.
Nesse próspero comércio, a última ilusão que comprámos foi de que nos emprestaram 78 mil milhões de euros. Queixamo-nos da taxa, fazemos beicinho, "ai, os mercados e tal", e começamos a contar notas. O Diabo deve estar a rir atrás de uma cortina.
A chegada dos primeiros cheques "externos" é anestésica, dá a falsa sensação de que apenas substituímos financiadores: depois dos mercados, empresta a União Europeia e o "femí", como diz Passos Coelho, castiço. Mas o dinheiro não está garantido. E pelo descarrilar da carruagem, está longe disso.
É verdade que a taxa de juro é má. Podia ser melhor, mais amiga. Sabe por que é tão, digamos, alta? Por causa de gente como nós. Por causa dos contribuintes de outros países. Leia na página 8: se a CGD, o BCP e BES utilizarem o aval público na emissão de dívida, pagarão 180 milhões de euros ao Estado. Está o Estado a ser ganancioso com os bancos? Não: está a justificar-se pelo aval. Com os contribuintes alemães, franceses ou finlandeses é o mesmo processo: é preciso mostrar que nós pagamos o risco moral. Ou acha que aqueles países têm melhor opinião nossa do que nós temos dos bancos?
Pergunte a um dos presidentes de empresas cotadas que estiveram esta semana em Wall Street como se sentiu. Sentiu-se pequeno. Investir em Portugal? Nem se fala nisso. As perguntas dos americanos eram outras: Portugal vai cumprir o plano? Vai ter estabilidade governativa? Vai reestruturar a dívida? Vai manter-se no euro?
O dinheiro não está garantido. O plano da troika é muito, mas mesmo muito difícil de cumprir. Tem prazos impossíveis. Os lóbis, os grupos de interesse, as corporações já desembainharam as suas inércias. A Justiça. O poder local. Os militares, que se anteciparam e fizeram promoções não autorizadas e para as quais não há dinheiro - mas ninguém ousa levantar-lhes o sobreolho, quanto mais uma palha.
Mesmo que tudo corra bem em Portugal, estamos numa escarpa. A Grécia está à beira de uma catástrofe social, que pode suceder à inevitável renegociação da dívida. Ontem, pela primeira vez, um membro da Comissão Europeia disse as palavras proibidas: "O cenário de saída da Grécia do euro está, agora, em cima da mesa". Disse-o a comissária Maria Damanaki. Maria Damanaki é grega.
Isto não é chantagem, é desespero. O euro pensava que estava na crise da puberdade, mas percebe agora que está com uma doença que desconhecia e não sabe como debelá-la. A Grécia na ruína. Espanha com um cataclismo político. Bélgica e Itália sob aviso das agências de "rating". E a Europa tem uma Comissão Europeia enfraquecida, tem a Alemanha e a França a correr atrás da própria cauda, tem os países com interesses desalinhados e conflituosos. E gente a mais a decidir e a impedir. Numa luta entre as cabeças de uma hidra, o silêncio só chega quando a hidra morre. No Titanic europeu, a orquestra já não toca, corre-se para os salva-vidas. Mas não mandam mulheres e crianças primeiro, são os mais fortes que ocupam os lugares. O mundo nunca foi justo.
Portugal tem de cumprir o plano para fazer o mínimo que pode por si mesmo. Os políticos parecem pouco disponíveis para tamanha tarefa mas, como dizia Teixeira dos Santos, o próximo Governo pode começar por poupar nas cadeiras: não há tempo para sentar. Talvez assim - talvez - não saiamos do euro, não caiamos na ruína. O dinheiro cai do céu. Mas desaparece terra adentro. Nem o vemos. Mas vamos pagá-lo. Esperamos nós.
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exposição da banca portuguesa à divida grega
Alguém sabe qual a exposição da banca portuguesa à divida da grecia?
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- faz 1 ano que tomam medidas de austeridade (pelo menos dizem...)
- partidos não se entendem quantos às medidas de austeridade....
(isto faz lembrar um outro país....)
Agora arriscam-se a deixar a UE...
Boa.... Se este PIG deixar a UE... alguém mais vai atrás....
Está bonita a brincadeira!
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- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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Pois é...
Alemanha e França cantam de galo mas pelo gráfico estão bem entalados, a menos que ja tenham vendido a dívida. A frança só de Itália tem 511 mil milhões... bonito serviço. Meteram-se numa bela enrascada... se os "pigs" se unissem para fazer valer as suas reivindiações em conjunto tenho a impressão que até a 1% lhes emprestavam...
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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Re: Reestruturação da dívida grega é risco para a banca alem
Pata-Hari Escreveu:Fitch: Exposição directa da banca alemã a Portugal é "limitada"
25/05/2011
A agência de notação financeira Fitch publicou um relatório onde analisa a exposição da banca alemã aos países periféricos que já pediram ajuda externa. Portugal e Irlanda não deverão causar problemas, já a Grécia e uma possível reestruturação da sua dívida pode representar "riscos elevados".
A exposição da Alemanha à dívida portuguesa não será directa mas indirectamente é muito forte. O principal país credor é a Espanha e aí os alemães já estão muito expostos.
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Reestruturação da dívida grega é risco para a banca alemã
Fitch: Exposição directa da banca alemã a Portugal é "limitada"
25/05/2011
A agência de notação financeira Fitch publicou um relatório onde analisa a exposição da banca alemã aos países periféricos que já pediram ajuda externa. Portugal e Irlanda não deverão causar problemas, já a Grécia e uma possível reestruturação da sua dívida pode representar "riscos elevados".
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