Um vídeo para levantar o moral português - muito bom
marianonunes Escreveu:As estórias que andamos a tentar impingir aos finlandeses...
Os fenícios, os gregos, os romanos, os vândalos, os suevos e os visigodos passaram por cá e por inúmeros outros lugares.
Se 20% da população luxemburguesa é de origem portuguesa, se Paris é a segunda cidade com maior número de portugueses, se existem mais portugueses fora do país do que em Portugal, isso é motivo de orgulho porque...?
Nós não inventámos nem a "maritime compass" (seja lá isso o que for) nem sequer o astrolábio. A descoberta foi árabe e aperfeiçoada por um judeu espanhol chamado Abraão Zacuto.
Também não inventámos o canhão de carregar pela culatra.
A vela latina foi inventada pelos árabes.
A salga do peixe é usada em diversas partes do mundo desde tempos imemoriais porque se tratava de uma forma eficaz de preservar o pescado.
A tecnologia da Via Verde foi criada na Noruega.
Se somos o país com menor número de patentes em todo o mundo isso é, na verdade, algo negativo.
Arigato não é uma palavra de origem portuguesa. Tem origem numa outra palavra japonesa: arigatai.
Existem palavras japonesas que tiveram origem no português? Sim, bastantes: "botan" (botão), ou "bôru" (bolo), por exemplo.
O decreto de abolição da escravatura é de 1761 (e não de 1751) e aboliu a escravatura apenas em solo português. Em meados do século XIX ainda andávamos a assinar tratados em que prometíamos pôr fim ao tráfico de escravos a sul do Equador. Chegámos mesmo a permitir que os ingleses efectuassem buscas em navios de bandeira nacional.
Praticamente todas as culturas com forte presença do porco na sua culinária comem "o porco todo" e têm pratos com as entranhas do bicho.
Napoleão não falhou as três invasões de Portugal. A primeira foi bem sucedida e provocou a fuga da Corte para o Brasil.
Nessa altura, Portugal nem sequer tinha um exército organizado para fazer face aos invasores.
Foi apenas graças a uma força expedicionária britânica que os franceses retiraram do país. Essa mesma força repeliu outras duas invasões e ajudou a reorganizar o exército português cujas unidades eram, em muitos casos, enquadradas por oficiais britânicos.
Se for verdade que o rendimento do rei de Portugal no séc. XVIII era 30 vezes superior ao do rei de Inglaterra isso apenas comprova a má gestão que foi feita da riqueza proveniente do Brasil enquanto a Inglaterra construía o seu império.
O Hóquei em Patins é popular em vários países que têm partilhado títulos com a selecção portuguesa, nomeadamente a Itália, a Espanha e a Argentina.
Temos a aliança mais antiga do mundo e levamo-la muito a sério. Os ingleses também.
Após as invasões francesas tornaram-se numa força ocupante e tentaram assumir o controlo do país.
No final do séc. XIX ameaçaram-nos com uma guerra se insistíssemos em unir as colónias de Angola e Moçambique.
A letra do nosso hino nacional continua a incitar os portugueses a pegar em armas e marchar contra os canhões britânicos.
Por mais que nos custe, não foi a manifestação dos portugueses que levou a Indonésia a abandonar Timor-Leste.
Por fim, a campanha de recolha de roupas e cereais realizada em 1940 só aconteceu porque Salazar quis apoiar um aliado da Alemanha Nazi que lutava contra as tropas comunistas de Estaline.
Esse aliado de Hitler era a Finlândia.
Não sei o que é mais preocupante, se a quantidade de pessoas que acreditam nestes mitos - semelhantes aos que pululavam nos livros de história do Estado Novo - se o facto de ser assinado por um organismo público, a Câmara de Cascais.
Tirado do blog
http://mrsteed2.blogspot.com/2011/05/as ... l?spref=fb
Mas será que ninguém percebeu a mensagem do video??
Esqueçam a viaverde, o arigato, etc, etc.. isso é irrelevante, são meros fait-divers
O video tem 2 mensagens:
A) Não somos tão atrasadinhos quanto isso (o video praticamente todo e com algum humor), até somos parecidos convosco e,
B) Temos de ser uns para os outros, incha porco!! (últimos 30s)
Simples e eficaz

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Aprovação da ajuda a Portugal deixa Verdadeiros Finlandeses fora do Governo
12/05/2011
O partido nacionalista e eurocético Verdadeiros Finlandeses anunciou hoje que recusou entrar no novo governo de coligação, um dia depois da Finlândia ter divulgado que o país irá apoiar o programa de ajuda a Portugal.
"É lamentável que o único vencedor das eleições [legislativas de 17 de abril] não entre no governo", declarou o líder da força política de extrema-direita, Timo Soini, em declarações ao canal MTV3, citado pela agência noticiosa finlandesa STT.
"Vamos ser um partido de oposição duro e rigoroso", garantiu.
Os Verdadeiros Finlandeses são actualmente a terceira força política do país, com 39 dos 200 assentos parlamentares, atrás dos conservadores da Coligação nacional (44 assentos), cujo líder Jyrki Katainen foi designado para formar governo, e do Partido social-democrata (42 assentos).
O partido de extrema-direita sempre afirmou durante a campanha eleitoral que iria recusar participar numa coligação governamental que aceitasse apoiar os planos europeus de ajuda financeira, nomeadamente a Portugal.
O ainda ministro das Finanças da Finlândia, e futuro primeiro-ministro após a vitória nas últimas eleições, anunciou na quarta-feira que o país irá apoiar o programa de ajuda a Portugal.
Jyrki Katainen explicou em conferência de imprensa, citado pela agência Bloomberg, que foi conseguido um acordo que lhe dá uma maioria significativa para apoiar em Bruxelas um acordo de curto prazo a Portugal.
O futuro primeiro-ministro disse ainda que a Finlândia quer que Portugal venda activos estatais como uma pré-condição para receber apoio financeiro.
12/05/2011
O partido nacionalista e eurocético Verdadeiros Finlandeses anunciou hoje que recusou entrar no novo governo de coligação, um dia depois da Finlândia ter divulgado que o país irá apoiar o programa de ajuda a Portugal.
"É lamentável que o único vencedor das eleições [legislativas de 17 de abril] não entre no governo", declarou o líder da força política de extrema-direita, Timo Soini, em declarações ao canal MTV3, citado pela agência noticiosa finlandesa STT.
"Vamos ser um partido de oposição duro e rigoroso", garantiu.
Os Verdadeiros Finlandeses são actualmente a terceira força política do país, com 39 dos 200 assentos parlamentares, atrás dos conservadores da Coligação nacional (44 assentos), cujo líder Jyrki Katainen foi designado para formar governo, e do Partido social-democrata (42 assentos).
O partido de extrema-direita sempre afirmou durante a campanha eleitoral que iria recusar participar numa coligação governamental que aceitasse apoiar os planos europeus de ajuda financeira, nomeadamente a Portugal.
O ainda ministro das Finanças da Finlândia, e futuro primeiro-ministro após a vitória nas últimas eleições, anunciou na quarta-feira que o país irá apoiar o programa de ajuda a Portugal.
Jyrki Katainen explicou em conferência de imprensa, citado pela agência Bloomberg, que foi conseguido um acordo que lhe dá uma maioria significativa para apoiar em Bruxelas um acordo de curto prazo a Portugal.
O futuro primeiro-ministro disse ainda que a Finlândia quer que Portugal venda activos estatais como uma pré-condição para receber apoio financeiro.
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Em vez de mandarem vídeos para a Finlândia, seria melhor enviar este para nós todos (portugueses)!
<iframe width="560" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/XcpSBulFFEg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
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"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Houve quatro invasões francesas , a última pouco conhecida foi a do General Marmont .
A situação portuguesa faz lembrar algo que já se passou na história espanhola.
Na batalha de Pavia , Francisco I é aprisionado e encarcerado em Madrid , até a França pagar o resgate.
A França fez um grande esforço financeiro e resgata o seu rei.
A Espanha chega um fluxo enorme de moeda , mas que vai ser utilizada em consumo, e é a industria francesa que beneficia com o aumento das exportações.
Resumindo a espanha gasta as moedas e faz definhar a sua própria industria ,e França inicialmente perdedora mas posteriormente é a ganhadora, este é um exemplo clássico .
A situação portuguesa faz lembrar algo que já se passou na história espanhola.
Na batalha de Pavia , Francisco I é aprisionado e encarcerado em Madrid , até a França pagar o resgate.
A França fez um grande esforço financeiro e resgata o seu rei.
A Espanha chega um fluxo enorme de moeda , mas que vai ser utilizada em consumo, e é a industria francesa que beneficia com o aumento das exportações.
Resumindo a espanha gasta as moedas e faz definhar a sua própria industria ,e França inicialmente perdedora mas posteriormente é a ganhadora, este é um exemplo clássico .
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Patriotismo multimédia
10/05/2011
Servem de almofada para confortar a auto-estima lusitana mas nunca ajudaram a ganhar nada porque não substituem um guarda-redes competente, nem marcam golos.
A obra patriótica que circula, por estes dias, nas redes sociais da Internet vai seguir o mesmo destino. Já entusiasmou muita gente e até foi recebida com aplausos no evento em que foi apresentada. Se contribuir para animar quem se sinta mais deprimido com o facto de o país ter gasto os últimos anos a correr em direcção ao abismo da bancarrota, tanto melhor. Mas as vantagens do vídeo que se destina a persuadir a Finlândia a participar na ajuda financeira a Portugal ficam-se, na prática, pelas eventuais propriedades ansiolíticas.
Por mais que custe admitir, as dúvidas dos finlandeses relutantes em emprestarem parte do dinheiro necessário para que Portugal sobreviva não têm a ver com a era dos Descobrimentos. E, se é verdade que, com o apoio decisivo de Inglaterra, o país resistiu a três invasões das tropas de Napoleão, já é duvidoso que os credores, finlandeses ou outros quaisquer, se comovam com glórias que aconteceram há 200 anos. O País já foi rico e poderoso, é certo. Se isto o transforma num fidalgo também não o livra de ser um fidalgo orgulhoso do seu passado mas, ainda assim, falido.
A relutância de quem se prepara para abrir os cordões à bolsa está directamente ligada ao passado mas àquele, bem recente, que conduziu Portugal à situação de dependência em que se encontra. E não tentar compreender os motivos para as reticências de quem empresta o dinheiro é um perigoso sinal de que o estado de negação permanece vivo e ameaça ser um obstáculo à mudança.
Quem olha de fora para Portugal vê uma nação que recebeu largos milhares de milhões de euros desde que aderiu à então Comunidade Económica Europeia. Vê, também, um país que, por cima dos apoios comunitários que tiveram origem no esforço de contribuintes dos estados-membros da União Europeia, acrescentou comparticipações a partir dos seus cofres públicos, com o recurso crescente ao endividamento externo por manifesta escassez de poupança interna para financiar as suas despesas. E pode reparar, também, que as necessidades de financiamento registaram uma subida acelerada nos anos mais recentes, ao ponto de a ajuda externa de emergência se transformar numa inevitabilidade, adiada até aos limites da insanidade.
Depois deste banquete despesista, um credor a quem seja pedida mais uma oportunidade terá curiosidade em saber o que sucedeu à taxa de crescimento da economia portuguesa. E é natural que fique abismado com o facto de a acumulação de dívidas ter coincidido com uma progressiva redução da taxa de crescimento potencial de Portugal. A partir daqui, não será difícil tirar a conclusão de que o dinheiro que entrou no País foi muito mas também foi muito mal gasto.
Desde o início da integração europeia, sucessivos governos partilharam a obsessão pelas taxas de execução dos fundos comunitários. A prioridade era a de gastar em vez de ser a de gastar bem. Os resultados estão à vista. E se há europeus que não gostam, não é com patriotismo multimédia que alguém os vai fazer mudar de ideias.
joaosilva@negocios.pt
10/05/2011
Servem de almofada para confortar a auto-estima lusitana mas nunca ajudaram a ganhar nada porque não substituem um guarda-redes competente, nem marcam golos.
A obra patriótica que circula, por estes dias, nas redes sociais da Internet vai seguir o mesmo destino. Já entusiasmou muita gente e até foi recebida com aplausos no evento em que foi apresentada. Se contribuir para animar quem se sinta mais deprimido com o facto de o país ter gasto os últimos anos a correr em direcção ao abismo da bancarrota, tanto melhor. Mas as vantagens do vídeo que se destina a persuadir a Finlândia a participar na ajuda financeira a Portugal ficam-se, na prática, pelas eventuais propriedades ansiolíticas.
Por mais que custe admitir, as dúvidas dos finlandeses relutantes em emprestarem parte do dinheiro necessário para que Portugal sobreviva não têm a ver com a era dos Descobrimentos. E, se é verdade que, com o apoio decisivo de Inglaterra, o país resistiu a três invasões das tropas de Napoleão, já é duvidoso que os credores, finlandeses ou outros quaisquer, se comovam com glórias que aconteceram há 200 anos. O País já foi rico e poderoso, é certo. Se isto o transforma num fidalgo também não o livra de ser um fidalgo orgulhoso do seu passado mas, ainda assim, falido.
A relutância de quem se prepara para abrir os cordões à bolsa está directamente ligada ao passado mas àquele, bem recente, que conduziu Portugal à situação de dependência em que se encontra. E não tentar compreender os motivos para as reticências de quem empresta o dinheiro é um perigoso sinal de que o estado de negação permanece vivo e ameaça ser um obstáculo à mudança.
Quem olha de fora para Portugal vê uma nação que recebeu largos milhares de milhões de euros desde que aderiu à então Comunidade Económica Europeia. Vê, também, um país que, por cima dos apoios comunitários que tiveram origem no esforço de contribuintes dos estados-membros da União Europeia, acrescentou comparticipações a partir dos seus cofres públicos, com o recurso crescente ao endividamento externo por manifesta escassez de poupança interna para financiar as suas despesas. E pode reparar, também, que as necessidades de financiamento registaram uma subida acelerada nos anos mais recentes, ao ponto de a ajuda externa de emergência se transformar numa inevitabilidade, adiada até aos limites da insanidade.
Depois deste banquete despesista, um credor a quem seja pedida mais uma oportunidade terá curiosidade em saber o que sucedeu à taxa de crescimento da economia portuguesa. E é natural que fique abismado com o facto de a acumulação de dívidas ter coincidido com uma progressiva redução da taxa de crescimento potencial de Portugal. A partir daqui, não será difícil tirar a conclusão de que o dinheiro que entrou no País foi muito mas também foi muito mal gasto.
Desde o início da integração europeia, sucessivos governos partilharam a obsessão pelas taxas de execução dos fundos comunitários. A prioridade era a de gastar em vez de ser a de gastar bem. Os resultados estão à vista. E se há europeus que não gostam, não é com patriotismo multimédia que alguém os vai fazer mudar de ideias.
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varus Escreveu:Elias :
O problema de Portugal vem de uma transição lenta penosa do mundo rural em que no inicio do século XIX , a Igreja ainda cobrava o dízimo , e facto de Portugal deixar ser a plataforma giratória exclusiva de negócios com o Brasil , com a abertura dos portos aos Ingleses , foi um rude golpe.
As invasões francesas foi outro rude golpe , o século XIX foi um século de revoltas, guerras civis , defaults ,convulsões sociais,etc.
O ambiente não foi propicio para investimentos privados,e acumulação de capital , e a industrialização, em que culmina com o default de 1891, e de numerosas falências de casas bancárias .
O inicio do século XX , também é penoso com a I República , fuga de capitais , falecias de bancos , tumultos , revoltas , etc.
Só a partir de 1928, é que realizado um trabalho de fundo, de forma a criar um crescimento sustentado e sólido.
No século XIX com Fontes Pereira de Melo houve de facto investimentos em obras públicas , mas que conduziram ao default de 1891.
O lastro de deficit de desenvolvimento e industrialização que o estado novo herdou era enorme, e recuperar tempo perdido demora décadas, e pelo meio do percurso tem variáveis exógenas adversas , que atrasam o processo.
Resumindo , é injusto estar dizer que a vida era miserável por culpa do estado novo,é completamente falso. Foi o estado novo que criou as bases do take off de Portugal , permitindo ter fortes taxas de crescimento na década de 60 e inicio de 70.
Como já disse diversas vezes, Portugal é um país pobre em recursos minerais e solos . Quando se perdeu um século , e mais duas dezenas de anos , e herda um país sem crédito e falido , e trabalho tem de começar da estaca zero.
E não achas um tremendo falhanço que em vez de se conseguir mobilizar a população para essa empreitada, em vez disso assistes à fuga de milhões para o estrangeiro?
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Elias :
O problema de Portugal vem de uma transição lenta penosa do mundo rural em que no inicio do século XIX , a Igreja ainda cobrava o dízimo , e facto de Portugal deixar ser a plataforma giratória exclusiva de negócios com o Brasil , com a abertura dos portos aos Ingleses , foi um rude golpe.
As invasões francesas foi outro rude golpe , o século XIX foi um século de revoltas, guerras civis , defaults ,convulsões sociais,etc.
O ambiente não foi propicio para investimentos privados,e acumulação de capital , e a industrialização, em que culmina com o default de 1891, e de numerosas falências de casas bancárias .
O inicio do século XX , também é penoso com a I República , fuga de capitais , falecias de bancos , tumultos , revoltas , etc.
Só a partir de 1928, é que realizado um trabalho de fundo, de forma a criar um crescimento sustentado e sólido.
No século XIX com Fontes Pereira de Melo houve de facto investimentos em obras públicas , mas que conduziram ao default de 1891.
O lastro de deficit de desenvolvimento e industrialização que o estado novo herdou era enorme, e recuperar tempo perdido demora décadas, e pelo meio do percurso tem variáveis exógenas adversas , que atrasam o processo.
Resumindo , é injusto estar dizer que a vida era miserável por culpa do estado novo,é completamente falso. Foi o estado novo que criou as bases do take off de Portugal , permitindo ter fortes taxas de crescimento na década de 60 e inicio de 70.
Como já disse diversas vezes, Portugal é um país pobre em recursos minerais e solos . Quando se perdeu um século , e mais duas dezenas de anos , e herda um país sem crédito e falido , e trabalho tem de começar da estaca zero.
O problema de Portugal vem de uma transição lenta penosa do mundo rural em que no inicio do século XIX , a Igreja ainda cobrava o dízimo , e facto de Portugal deixar ser a plataforma giratória exclusiva de negócios com o Brasil , com a abertura dos portos aos Ingleses , foi um rude golpe.
As invasões francesas foi outro rude golpe , o século XIX foi um século de revoltas, guerras civis , defaults ,convulsões sociais,etc.
O ambiente não foi propicio para investimentos privados,e acumulação de capital , e a industrialização, em que culmina com o default de 1891, e de numerosas falências de casas bancárias .
O inicio do século XX , também é penoso com a I República , fuga de capitais , falecias de bancos , tumultos , revoltas , etc.
Só a partir de 1928, é que realizado um trabalho de fundo, de forma a criar um crescimento sustentado e sólido.
No século XIX com Fontes Pereira de Melo houve de facto investimentos em obras públicas , mas que conduziram ao default de 1891.
O lastro de deficit de desenvolvimento e industrialização que o estado novo herdou era enorme, e recuperar tempo perdido demora décadas, e pelo meio do percurso tem variáveis exógenas adversas , que atrasam o processo.
Resumindo , é injusto estar dizer que a vida era miserável por culpa do estado novo,é completamente falso. Foi o estado novo que criou as bases do take off de Portugal , permitindo ter fortes taxas de crescimento na década de 60 e inicio de 70.
Como já disse diversas vezes, Portugal é um país pobre em recursos minerais e solos . Quando se perdeu um século , e mais duas dezenas de anos , e herda um país sem crédito e falido , e trabalho tem de começar da estaca zero.
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varus Escreveu:Este fenómeno de emigração existiu , em diversos países europeus , nomeadamente em Espanha, em que vilas ficaram desertas com êxodo.
Claro que existiu. As pessoas emigraram porque cá não tinham futuro, as condições de vida eram miseráveis.
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Caro tonirai :
Actualmente a liberdade de circulação entre países europeus , sem fronteiras é um conceito recente , o problema nem era propriamente a fronteira espanhola , mas a circulação em Espanha e a entrada em França .
A PIDE , prendeu diversas vezes , mas a maioria eram entregues pela policia espanhola , mas rapidamente eram libertados sem quaisquer consequências. O regime sempre fechou os olhos à emigração , até compreendeu o beneficio em divisas , e o desejo de muitos emigrantes visitarem as famílias.
Tenho que te dar alguma razão , porque muita gente ligada a essas redes ganharam muito dinheiro a explorar os seus compatriotas, mesmo em França havia muitos casos de ganancia e aproveitamento , devido à falta de documentos oficiais de residência.
Este fenómeno de emigração existiu , em diversos países europeus , nomeadamente em Espanha, em que vilas ficaram desertas com êxodo.
O estado novo embora não tenha sido agressivo , deveria ter criado outras condições , pelo menos para as pessoas não serem exploradas por essas redes.
Actualmente a liberdade de circulação entre países europeus , sem fronteiras é um conceito recente , o problema nem era propriamente a fronteira espanhola , mas a circulação em Espanha e a entrada em França .
A PIDE , prendeu diversas vezes , mas a maioria eram entregues pela policia espanhola , mas rapidamente eram libertados sem quaisquer consequências. O regime sempre fechou os olhos à emigração , até compreendeu o beneficio em divisas , e o desejo de muitos emigrantes visitarem as famílias.
Tenho que te dar alguma razão , porque muita gente ligada a essas redes ganharam muito dinheiro a explorar os seus compatriotas, mesmo em França havia muitos casos de ganancia e aproveitamento , devido à falta de documentos oficiais de residência.
Este fenómeno de emigração existiu , em diversos países europeus , nomeadamente em Espanha, em que vilas ficaram desertas com êxodo.
O estado novo embora não tenha sido agressivo , deveria ter criado outras condições , pelo menos para as pessoas não serem exploradas por essas redes.
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varus Escreveu:Meu caro quantos jovens, nos tempos actuais diariamente emigram ? A culpa ainda deve ser do "malvado" do Salazar
Por acaso conheço uns quantos, mas todos eles o fizeram não por necessidade de comer, mas por ambição de fazer currículo e carreiras de sucesso.
Tenho no entanto noção que os que conheço serão talvez uma minoria.
Mas ao menos, actualmente fazem um check-in, apanham um avião, e já está;
Já naquele tempo, que dizer do facto de terem de se esconder nas proximidades da fronteira, dias ou semanas, à espera de juntar um grupo suficiente para depois o passador os ajudar a "dar o salto", de noite, a pé, pelas montanhas fora, escondidos de todos os olhares?
Enfim...
Caro tonirai :
A culpa não era do Salazar.
Portugal é um país com solo pobre , não tem riquezas minerais apreciáveis , periférico , com um país vizinho devastado por uma guerra civil .
A herança da I Répública , foi muito grave , que atrasou o desenvolvimento do país , porque não permitiu a criação de uma sólida classe empresarial , capitalização de recursos monetários e de universidades com qualidade nas áreas técnicas.
O estado novo começou a criar as bases , para o arranque do projecto , mas demora décadas.
Na europa após guerra como já expliquei diversas vezes , havia uma classe empresarial e técnicos , com uma localização geográfica favorável para escoar produtos.
Portugal há séculos , esteve sempre dependente dos intermediários de distribuição para os centros da europa central .
Meu caro quantos jovens, nos tempos actuais diariamente emigram ? A culpa ainda deve ser do "malvado" do Salazar
A culpa não era do Salazar.
Portugal é um país com solo pobre , não tem riquezas minerais apreciáveis , periférico , com um país vizinho devastado por uma guerra civil .
A herança da I Répública , foi muito grave , que atrasou o desenvolvimento do país , porque não permitiu a criação de uma sólida classe empresarial , capitalização de recursos monetários e de universidades com qualidade nas áreas técnicas.
O estado novo começou a criar as bases , para o arranque do projecto , mas demora décadas.
Na europa após guerra como já expliquei diversas vezes , havia uma classe empresarial e técnicos , com uma localização geográfica favorável para escoar produtos.
Portugal há séculos , esteve sempre dependente dos intermediários de distribuição para os centros da europa central .
Meu caro quantos jovens, nos tempos actuais diariamente emigram ? A culpa ainda deve ser do "malvado" do Salazar

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Caro Elias :
Relativamente á emigração , já expliquei em posts anteriores.
Um aspecto que não está devidamente estudado da vida de Salazar , é faceta de negociação e de ministro de negócios estrangeiros . Um percurso extraordinário , e sempre desdenhado por uma esquerda trauliteira e pela ditadura do politicamente correcto .
Durante a II WW , a venda de volfrâmio e talvez Urânio (?) , beneficiou economicamente o país , mas foi consequência de uma brilhante condução diplomática .
Mas a própria passagem e estadia de refugiados , financiada pela JOINT e CIL.
Plataforma de produtos de produtos ultramarinos para dois lados beligerantes .
A própria Standard Oil estava enviar muito petróleo das Caraíbas (?) para Espanha ?
Mas durante este período houve uma lucidez de aproveitar esses excedentes de capital, para lançar o desenvolvimento industrial.
As obras públicas mesmo durante II WW , estava a bom ritmo, a industria têxtil, e outros sectores como os das conservas estavam em grande pujança .
Angola estava em grande crescimento , e não eram só as riquezas minerais , mas sim toda as sinergias de procura que propiciavam nas empresas em Portugal.
Actualmente são os Chineses que fomentam a corrupção em áfrica , e estão a ocupar e comprar empresas ocidentais de extracção de minerais , e em muitos casos os trabalhadores são brutalmente maltratados ou mortos , na Tanzânia , Zâmbia,etc.
Relativamente á emigração , já expliquei em posts anteriores.
Um aspecto que não está devidamente estudado da vida de Salazar , é faceta de negociação e de ministro de negócios estrangeiros . Um percurso extraordinário , e sempre desdenhado por uma esquerda trauliteira e pela ditadura do politicamente correcto .
Durante a II WW , a venda de volfrâmio e talvez Urânio (?) , beneficiou economicamente o país , mas foi consequência de uma brilhante condução diplomática .
Mas a própria passagem e estadia de refugiados , financiada pela JOINT e CIL.
Plataforma de produtos de produtos ultramarinos para dois lados beligerantes .
A própria Standard Oil estava enviar muito petróleo das Caraíbas (?) para Espanha ?
Mas durante este período houve uma lucidez de aproveitar esses excedentes de capital, para lançar o desenvolvimento industrial.
As obras públicas mesmo durante II WW , estava a bom ritmo, a industria têxtil, e outros sectores como os das conservas estavam em grande pujança .
Angola estava em grande crescimento , e não eram só as riquezas minerais , mas sim toda as sinergias de procura que propiciavam nas empresas em Portugal.
Actualmente são os Chineses que fomentam a corrupção em áfrica , e estão a ocupar e comprar empresas ocidentais de extracção de minerais , e em muitos casos os trabalhadores são brutalmente maltratados ou mortos , na Tanzânia , Zâmbia,etc.
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Elias Escreveu:varus Escreveu:(...)
A geração do estado novo e seus políticos criaram condições para que os seus filhos e netos tivessem um futuro melhor.
(...)
varus, se isto no estado novo estava assim tão bem, como explicas a emigração em massa a que se assistiu especialmente nos anos 60?
No meu caso, permitiu sim senhor...
- Fez com que o meu pai, do distrito de Viseu, emigrasse num certo dia X;
- Fez com que o meu futuro tio, do distrito da Guarda, emigrasse no mesmo dia X e no mesmo grupo;
- Fez com que esse dois ficassem amigos, unidos pelo triste destino de abandonar o país a monte, à procura de uma vida melhor;
- Fez com que o 1º mantivesse contacto com o 2º, vindo a conhecer a irmã deste, minha mãe, quando se juntou ao 2º mais tarde.
Graças a isso, aqui estou, tendo tido um futuro melhor graças aos Francos Franceses que lhes deram uma vida melhor e mais desafogada

Só me resta então dizer... obrigado Salazar!

Cara Pata-Hari :
Helsínquia não foi ocupada na 1ª fase da guerra , em 1940, porque chegaram a um acordo com os Russos , após uma forte ofensiva , que era impossível de parar face ás divisões russas frescas cheias de "carne para canhão", cedendo a Carélia .
Na 2ª fase para recuperarem territórios perdidos , aliam-se aos alemães , e estão na frente leste de Leninegrado .
Os russos não fazem grande pressão , porque o objectivo principal era chegar primeiro a Berlim . Atacam a Prússia Oriental . A Noruega está ocupada pelos alemães até ao fim da guerra em 1945.
A história da II WW , está muito mal contada , faltam algumas peças do puzzle , os alemães já tinham uma mini bomba atómica , e já tinha sido testada na frente russa , mas esse acontecimento foi ocultado aos russos, o que provocaria grande efeitos na moral dos soldados.
Helsínquia não foi ocupada na 1ª fase da guerra , em 1940, porque chegaram a um acordo com os Russos , após uma forte ofensiva , que era impossível de parar face ás divisões russas frescas cheias de "carne para canhão", cedendo a Carélia .
Na 2ª fase para recuperarem territórios perdidos , aliam-se aos alemães , e estão na frente leste de Leninegrado .
Os russos não fazem grande pressão , porque o objectivo principal era chegar primeiro a Berlim . Atacam a Prússia Oriental . A Noruega está ocupada pelos alemães até ao fim da guerra em 1945.
A história da II WW , está muito mal contada , faltam algumas peças do puzzle , os alemães já tinham uma mini bomba atómica , e já tinha sido testada na frente russa , mas esse acontecimento foi ocultado aos russos, o que provocaria grande efeitos na moral dos soldados.
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varus Escreveu:Caro _urbanista_ :
O problema , é que a geração do estado novo passou ,por uma crise de 1929, uma guerra civil num país vizinho, pela provação dos racionamentos da II Guerra Mundial , e sabiam que o país era pobre , e só com muito trabalho ,e poupança era possível reerguer um país.
Mas conseguiram atingir os objectivos .
Agora a geração das fantasias , do novo riquismo , das loucuras, das manias das grandezas, dos endividados , dos falidos , ainda quer que os seus credores emprestem mais dinheiro , para as férias no México, para o novo carro , etc.
Produzir riqueza faz calos e dores de cabeça.
Agora existe uma massa de população que vive do parasitismo endémico , promovido pela classe politica que protege os seus clientela.
Esta clientela com medo de perder regalias adquiridas apoia cegamente estes falsos profetas .
A geração do estado novo e seus políticos criaram condições para que os seus filhos e netos tivessem um futuro melhor.
Esta geração que rapaziada adula e vota , está arruinar o futuros das próximas gerações .
Ainda têm coragem de dizer mal do estado novo ?
Também teve os seus defeitos e erros , mas não destruiu a esperança de uma vida melhor dos seus filhos.
varus, se isto no estado novo estava assim tão bem, como explicas a emigração em massa a que se assistiu especialmente nos anos 60?
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Caro _urbanista_ :
O problema , é que a geração do estado novo passou ,por uma crise de 1929, uma guerra civil num país vizinho, pela provação dos racionamentos da II Guerra Mundial , e sabiam que o país era pobre , e só com muito trabalho ,e poupança era possível reerguer um país.
Mas conseguiram atingir os objectivos .
Agora a geração das fantasias , do novo riquismo , das loucuras, das manias das grandezas, dos endividados , dos falidos , ainda quer que os seus credores emprestem mais dinheiro , para as férias no México, para o novo carro , etc.
Produzir riqueza faz calos e dores de cabeça.
Agora existe uma massa de população que vive do parasitismo endémico , promovido pela classe politica que protege os seus clientela.
Esta clientela com medo de perder regalias adquiridas apoia cegamente estes falsos profetas .
A geração do estado novo e seus políticos criaram condições para que os seus filhos e netos tivessem um futuro melhor.
Esta geração que rapaziada adula e vota , está arruinar o futuros das próximas gerações .
Ainda têm coragem de dizer mal do estado novo ?
Também teve os seus defeitos e erros , mas não destruiu a esperança de uma vida melhor dos seus filhos.
O problema , é que a geração do estado novo passou ,por uma crise de 1929, uma guerra civil num país vizinho, pela provação dos racionamentos da II Guerra Mundial , e sabiam que o país era pobre , e só com muito trabalho ,e poupança era possível reerguer um país.
Mas conseguiram atingir os objectivos .
Agora a geração das fantasias , do novo riquismo , das loucuras, das manias das grandezas, dos endividados , dos falidos , ainda quer que os seus credores emprestem mais dinheiro , para as férias no México, para o novo carro , etc.
Produzir riqueza faz calos e dores de cabeça.
Agora existe uma massa de população que vive do parasitismo endémico , promovido pela classe politica que protege os seus clientela.
Esta clientela com medo de perder regalias adquiridas apoia cegamente estes falsos profetas .
A geração do estado novo e seus políticos criaram condições para que os seus filhos e netos tivessem um futuro melhor.
Esta geração que rapaziada adula e vota , está arruinar o futuros das próximas gerações .
Ainda têm coragem de dizer mal do estado novo ?
Também teve os seus defeitos e erros , mas não destruiu a esperança de uma vida melhor dos seus filhos.
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http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... o=ECONOMIA
Finlândia vai aprovar o plano de ajuda a Portugal
por DN.pt com AFPHoje
(ACTUALIZADA) O parlamento finlandês deverá aprovar o financiamento do plano de ajuda a Portugal, avança a agência France Press.
ENFIM... CASARAM-SE TIVERAM MUITOS MENINOS E FORAM FELIZES .. PARA SEMPRE?
Finlândia vai aprovar o plano de ajuda a Portugal
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(ACTUALIZADA) O parlamento finlandês deverá aprovar o financiamento do plano de ajuda a Portugal, avança a agência France Press.
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