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Caldeirão da Bolsa

BE propõe imposto único sobre património mobiliário

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 2/5/2011 20:50

Isto é demagogia do mais barato que há:

“Os bens mobiliários, acções e outras formas de riqueza, pagam zero por cento, não pagam nenhum esforço fiscal”


E além de ser demagogia é uma inverdade grosseira que importa desde já desmentir.

As acções distribuem DIVIDENDOS e os dividendos pagam IMPOSTO. Até ao ano passado esses dividendos pagavam 20% e agora pagam 21,5%.

Ou se seja, já existe uma tributação sobre os rendimentos de capital. E como essa tributação é retida na fonte, não há fuga possível.

E no caso de acções estrangeiras há DUPLA TRIBUTAÇÃO (paga lá e paga cá).

Ora quem tem muitas acções, recebe muitos dividendos, logo paga muito imposto.

Qual é a parte que o sr. Louçã não percebe? :P
 
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por Jolly Roger » 2/5/2011 20:48

Ouvi o senhor Louçã agora nas notícias e pelo que percebi o que ele quer é mais ou menos isto:

Um investidor compra acções.
Se elas começarem a desvalorizar no minuto seguinte e o investidor as mantiver por exemplo durante alguns anos, enquanto as detiver deverá pagar o imposto que ele quer presume-se que anualmente daí a alusão ao IMI.

Para dar cabo do mercado parece-me uma medida excelente.

Analogamente uma pessoa que tenha mais de 100.000 euros no banco, paga porque tem mais de 100.000 euros no banco.

Numa altura em que se está a falar de exigir um maior rácio de solvabilidade aos bancos e em que estes vão ter necessidade de mais depósitos, parece-me aqui também uma excelente medida para afastar quem tem dinheiro dos ditos.

Propor pior é impossivel.


..
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por artista_ » 2/5/2011 20:36

Provavelmente teríamos um debandar de capital para outros países... digo eu que não percebo muito disto! Mas estes podem inventar o que quiserem, como sabem que não vão conseguir aprovar o que dizem servirá apenas um propósito demagógico que garante alguns votos...
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Re: BE propõe imposto único sobre património mobiliário

por Mares » 2/5/2011 20:18

PMACS Escreveu:
O líder do BE defendeu hoje a criação de um imposto sobre o património mobiliário acima de 100 mil euros, afirmando que a medida permitiria ao Estado arrecadar cerca de 600 milhões de euros e “nivelar o esforço fiscal”.
“Quem tem uma casa paga [o Imposto Municipal sobre Imóveis] pelo valor da casa todos os anos à sua câmara municipal, quem tem o mesmo valor, ou, porventura, valores superiores, em propriedade de riqueza imaterial então não tem nenhuma obrigação fiscal”, afirmou Francisco Louçã.

O coordenador bloquista, que apresentava em conferência de imprensa a primeira de vinte propostas do partido para a campanha eleitoral, defendeu a aplicação de uma taxa mínima de 0,7 por cento – igual ao IMI - sobre toda a acumulação de valores acima de 100 mil euros, 1,5 por cento para valores de mais de 1 milhão de euros e entre 1,5 e 2,5 por cento para o património acima dos 2 milhões como forma de financiar programas de criação de emprego.
“Os bens mobiliários, acções e outras formas de riqueza, pagam zero por cento, não pagam nenhum esforço fiscal”, assinalou, considerando que este novo imposto permitiria que “no país haja uma nivelação de todos os esforços fiscais” e uma receita de 600 milhões de euros.

“O BE não aceitará a ideia, nesta campanha, de que não é possível melhorar a justiça fiscal”, advertiu.

Francisco Louçã referiu ainda que a aplicação deste imposto tornará possível “um registo do património, que não existe em Portugal” e melhorar o “combate à evasão fiscal”.

“Não pode haver um sistema fiscal justo se não houver um registo completo de todas as formas de património”, advogou.

Para Louçã, a inexistência deste imposto “permite que uma parte importantíssima da riqueza nacional, pelo menos 200 mil milhões de euros, mais do que o total do produto (PIB) de um ano inteiro de 10 milhões de portuguesas e portugueses, não pague nenhum imposto”.
O coordenador da comissão política do BE, que adiantou que a próxima medida que vai apresentar se centrará na criação de emprego, disse que ainda espera uma resposta do Governo relativamente ao encontro solicitado para discutir o acordo de resgate da ‘troika’.


Este senhor referíu 2 dias atrás, em entrevista na RTP1, que "o BE não pode aceitar que as reformas dos nossos pais sejam cortadas...".
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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BE propõe imposto único sobre património mobiliário

por PMACS » 2/5/2011 20:10

O líder do BE defendeu hoje a criação de um imposto sobre o património mobiliário acima de 100 mil euros, afirmando que a medida permitiria ao Estado arrecadar cerca de 600 milhões de euros e “nivelar o esforço fiscal”.
“Quem tem uma casa paga [o Imposto Municipal sobre Imóveis] pelo valor da casa todos os anos à sua câmara municipal, quem tem o mesmo valor, ou, porventura, valores superiores, em propriedade de riqueza imaterial então não tem nenhuma obrigação fiscal”, afirmou Francisco Louçã.

O coordenador bloquista, que apresentava em conferência de imprensa a primeira de vinte propostas do partido para a campanha eleitoral, defendeu a aplicação de uma taxa mínima de 0,7 por cento – igual ao IMI - sobre toda a acumulação de valores acima de 100 mil euros, 1,5 por cento para valores de mais de 1 milhão de euros e entre 1,5 e 2,5 por cento para o património acima dos 2 milhões como forma de financiar programas de criação de emprego.
“Os bens mobiliários, acções e outras formas de riqueza, pagam zero por cento, não pagam nenhum esforço fiscal”, assinalou, considerando que este novo imposto permitiria que “no país haja uma nivelação de todos os esforços fiscais” e uma receita de 600 milhões de euros.

“O BE não aceitará a ideia, nesta campanha, de que não é possível melhorar a justiça fiscal”, advertiu.

Francisco Louçã referiu ainda que a aplicação deste imposto tornará possível “um registo do património, que não existe em Portugal” e melhorar o “combate à evasão fiscal”.

“Não pode haver um sistema fiscal justo se não houver um registo completo de todas as formas de património”, advogou.

Para Louçã, a inexistência deste imposto “permite que uma parte importantíssima da riqueza nacional, pelo menos 200 mil milhões de euros, mais do que o total do produto (PIB) de um ano inteiro de 10 milhões de portuguesas e portugueses, não pague nenhum imposto”.
O coordenador da comissão política do BE, que adiantou que a próxima medida que vai apresentar se centrará na criação de emprego, disse que ainda espera uma resposta do Governo relativamente ao encontro solicitado para discutir o acordo de resgate da ‘troika’.
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