Dúvida sobre Restruturação de dívida Portugal e Grécia
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sombrio Escreveu:o que acontece se portugal entrar em default? quem tem depositos a prazo no banco, perde esse dinheiro?
Mal estaríamos se isso assim fosse de forma tão automática e imediata.
Os depósitos nos bancos não se perdem pelo simples default do Estado.
Quem perde imediatamente é quem emprestou ao Estado português.
Contudo, os depósitos nos bancos podem ser afectados parcialmente caso o banco em questão tenha um excesso de exposição à dívida do Estado ao ponto de fazer o banco entrar numa situação de ruptura de tesouraria.
Ou, os depósitos podem ser afectados caso a confiança nos bancos caia a pique e haja um levantamento massivo dos depósitos.
Ou seja, não há uma ligação automática e imediata entre o default do Estado e a perda de depósitos nos bancos.
No entanto, os efeitos indirectos desse default podem sim, não automaticamente e não imediatamente, afectar os depósitos, parcial ou totalmente.
Mas esse caso parece-me ser um caso muito extremo, pois era o colapso total do país!
Os bancos falirem e as empresas e pessoas perderem as suas poupanças era simplesmente a destruição total do sistema.
Acredito que tal não chegasse a acontecer, pois existindo o risco dos bancos colapsarem em consequência do default do Estado, ou haveria ajuda externa ao Estado (o que se espera que esteja para acontecer) ou uma injecção brutal de liquidez nos bancos por parte do BCE.
a aplicação financeira é um misto de dívida portuguesa, grega, romena e hungara...o risco é, repito, que caso um dos paises entre em falência, o capital investido é perdido.
Neste momento, a dois meses da maturidade da aplicação, caso pretenda resgatar o dinheiro aplicado, perco 6% do montante investido, uma vez que está a ser negociada no mercado secundário com um valor indicativo de 94% do seu valor nominal.
No início da crise grega a aplicação já esteve a valer apenas 78% do seu valor inicial, contudo com a estabilização da Grécia, a coisa estabilizou, e com o aproximar do prazo de maturidade, aproximou-se dos 90 %.
Mas agora com esta indefinição sobre o empréstimo a Portugal, não sei muito bem se hei-se resgatar o capital, mesmo a perder 6% do mesmo...
Neste momento, a dois meses da maturidade da aplicação, caso pretenda resgatar o dinheiro aplicado, perco 6% do montante investido, uma vez que está a ser negociada no mercado secundário com um valor indicativo de 94% do seu valor nominal.
No início da crise grega a aplicação já esteve a valer apenas 78% do seu valor inicial, contudo com a estabilização da Grécia, a coisa estabilizou, e com o aproximar do prazo de maturidade, aproximou-se dos 90 %.
Mas agora com esta indefinição sobre o empréstimo a Portugal, não sei muito bem se hei-se resgatar o capital, mesmo a perder 6% do mesmo...
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Neste momento é maior o risco de Portugal não pagar em Junho do que a Grécia, pois a Grécia já teve acesso ao financiamento do FMI e não se prevê problemas de tesouraria a curto prazo.
Já Portugal, sem ajuda ainda garantida e sem acesso aos mercados a preços razoáveis, terá muito mais probabilidade de falhar os pagamentos em Junho.
A reestruturação da Grécia, a acontecer, deverá ser só a partir de 2013, segundo diz a Alemanha.
Já Portugal, é ainda tudo uma grande incógnita.
Já Portugal, sem ajuda ainda garantida e sem acesso aos mercados a preços razoáveis, terá muito mais probabilidade de falhar os pagamentos em Junho.
A reestruturação da Grécia, a acontecer, deverá ser só a partir de 2013, segundo diz a Alemanha.
Já Portugal, é ainda tudo uma grande incógnita.
Dúvida sobre Restruturação de dívida Portugal e Grécia
Quando se fala em reestruturação de dívida, tanto para Portugal como para a Grécia, é para acontecer quando?
Poderá ser em Maio, Junho, 2012, 2013…?
Estou confuso no que se refere a isto.
Isto porque eu tenho uma aplicação financeira constituida por dívida soberana portuguesa e grega, que fiz em 2008 (na altura ainda não se falava em crise da dívida soberana e era considerada uma aplicação que baixíssimo risco), cuja maturidade é atingida em 20/06/2011, e que prevê a perda do capital investido caso uns destes paises entre em falência.
Será que corro o risco de até dia 20 de Junho um destes paises entrar em falência?
Poderá ser em Maio, Junho, 2012, 2013…?
Estou confuso no que se refere a isto.
Isto porque eu tenho uma aplicação financeira constituida por dívida soberana portuguesa e grega, que fiz em 2008 (na altura ainda não se falava em crise da dívida soberana e era considerada uma aplicação que baixíssimo risco), cuja maturidade é atingida em 20/06/2011, e que prevê a perda do capital investido caso uns destes paises entre em falência.
Será que corro o risco de até dia 20 de Junho um destes paises entrar em falência?
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