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Caldeirão da Bolsa

[off-topic] - Censos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 7/12/2011 22:33

Portugal está envelhecido e a perder jovens

7 de Dezembro, 2011

A população portuguesa está cada vez mais envelhecida, já que deixou de haver renovação de gerações em 1982 e Portugal é hoje «um dos países do mundo com mais baixos índices sintéticos de fecundidade».

Estas são algumas das tendências divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) durante a apresentação dos resultados provisórios dos Censos 2011.

«Nos últimos 30 anos perdemos cerca de um milhão de jovens, entre os zero e os 14 anos, e ganhámos cerca de 900 mil idosos, ou seja pessoas com mais de 65 anos», resumiu Fernando Casimiro, coordenador do Gabinete de Censos 2011 do INE.

Resultado: «Estamos significativamente mais velhos», disse o responsável, lembrando que este fenómeno se deve, em parte, a haver cada vez mais mulheres que tem cada vez menos crianças.

De acordo com aquele especialista, «desde 1982 que o índice sintético de fecundidade tem um valor que não permite a renovação das gerações».

Fernando Casimiro explicou à Lusa que a renovação de gerações só seria conseguida se Portugal tivesse um índice superior a 2,1, mas desde a década de 80 «que este índice está abaixo de 2.1». Conclusão: «Temos hoje um dos índices sintéticos de fecundidade mais baixos do mundo».

Em Portugal, para cada 100 jovens existem 129 idosos, mais 27 do que há dez anos. Em termos percentuais, 15% da população é jovem e 19% têm no mínimo 65 anos.

«O índice de envelhecimento tem seguido uma tendência galopante, passando de 68 em 1991, para 102 em 2001 e 129 em 2011», lembrou o especialista, sublinhando que o índice de dependência de idosos passou de 24 para 29 nos últimos dez anos.

No entanto, a população portuguesa continua a aumentar: nos últimos dez anos registou-se um crescimento de cerca de dois por cento, atingindo um total de 10.561.614 residentes no passado dia 21 de Março.

O Alentejo é a zona do país que perdeu mais população (2,5%), seguida do Centro (1%), contra o Algarve e a Região Autónoma da Madeira que registaram aumentos de mais 14,1% e 9,3 por cento da população respectivamente.

O número de municípios que perderam população passou de 171 em 2001 para 198 este ano, sendo no interior onde se nota mais a desertificação. Mas, também no interior, existem excepções: Bragança, Viseu, Castelo Branco, Évora e Beja registaram um aumento.

No litoral a população continua a crescer e são as áreas metropolitanas as mais atraentes.

Mas, de acordo com Fernando Casimiro, o aumento populacional ficou-se a dever «sobretudo à ajuda da imigração»: «O crescimento de 205.500 pessoas foi suportado em 91% pelo saldo migratório estimado e em 9% pelo saldo natural», explicou o coordenador do INE.

No que toca à diferença entre sexos, as mulheres estão em maioria em todo o país, existindo apenas oito excepções: Corvo, Lajes das Flores, Grândola, Azambuja, Odemira, Monchique, Ribeira Grande e Porto Santo onde ainda há mais homens.

No dia censitário (21 de Março), 47 por cento da população estava casada, contra 40 por cento de solteiros. A maior percentagem de divorciados vive nas zonas de Lisboa (7,5%) e Algarve (7,2%), contra o norte que mantém as taxas mais baixas de divorciados (4,5%).

Lusa/SOL
 
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por EuroVerde » 1/7/2011 15:03

Faltou dizer que 52% da população são mulheres! :oops:
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por Elias » 30/6/2011 15:58

Censos 2011: população portuguesa cresceu 1,9 por cento desde 2001
30.06.2011 - 11:08 Por Ricardo Garcia

Portugal tem 10.555.853 habitantes, segundo os resultados preliminares dos Censos 2011 apresentados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística. A população cresceu 1,9 por cento desde 2001, data dos anteriores Censos.

O crescimento deveu-se sobretudo à imigração. O país ganhou cerca de 199.700 novos habitantes, mas apenas 17.600 (9%) devem-se ao saldo natural entre nascimentos e óbitos. O saldo migratório, entre os que entraram e saíram do país, é por sua vez responsável por 182.100 novos habitantes (91% do total).

O crescimento da população foi desigual, mantendo a tendência de concentração junto ao litoral. As maiores taxas de crescimento ocorreram no Algarve (14,0%), Madeira (9,4%), Península de Setúbal (8,9%), Oeste (6,6%) e Grande Lisboa (4,7%). O Grande Porto teve um aumento de 2,0%.

As capitais das duas áreas metropolitanas do país continuaram a perder população. No Porto, a queda foi de 9,7% e em Lisboa, 3,4%. Mas nos municípios vizinhos houve aumentos significativos, especialmente na zona de Lisboa, onde houve cinco concelhos com mais de 20 por cento de aumento: Mafra (41%), Alcochete (35%), Montijo (31%), Sesimbra (31%) e Cascais (20%). Na Área Metropolitana do Porto, a população aumentou mais significativamente na Maia (12,4%), Valongo (9,0%) e Vila do Conde (6,7%).

Em várais regiões estatísticas, inclusive em algumas junto à costa, como o Alentejo Litoral, Baixo Mondego e Minho-Lima, e em todo o interior do país, a população descresceu. A tendência foi mais acentuada na Serra da Estrela (-12,4%), Beira Interior Norte (-9,5%), Pinhal Interior Sul (-9,1%), Alto de Trás-os-Montes (-8,3%) e Douro (-7,2%).

A densificação populacional do litoral e a desertificação do interior continuam a estar relacionadas. “O saldo migratório [internacional] não é suficiente para explicar o crescimento do litoral”, afirma Fernando Casimiro, coordenador dos Censos 2011.

Os Censos 2011 apuraram ainda que há 4.079.577 famílias, 5.879.845 alojamentos e 3.550.823 edifcios no país. As famílias cresceram menos (11,6%) do que os alojamentos (16,3%) e os edifícios (12,4%). O Algarve e a Madeira foram as regiões com mais construções novas, em termos relativos, com uma subida de 37% e 36% por cento no número de alojamentos, respectivamente.

Os Censos 2011 custaram cerca de 46 milhões de euros ao Estado - 20 por cento a menos do que a factura dos censos anteriores, em 2001, a preços corrigidos. Cerca de metade da população respondeu aos questionários pela Internet. “É a taxa mais elevada até agora conhecida a nível internacional”, afirma Alda Carvalho, presidente do Instituto Nacional de Estatística.

Os dados preliminares dos Censos 2011 reflectem uma primeira contagem, dos grandes números. O tratamento de todas as questões contidas no questionário prossegue até ao próximo ano. Os resultados provisórios e definitivos serão divulgados no primeiro e quarto trimestres de 2012.

Notícia actualizada às 13h51

http://www.publico.pt/Sociedade/populac ... 01_1500879
 
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por zguibz » 4/4/2011 12:15

migluso Escreveu:
zguibz Escreveu:Se alguém estiver a passar por esta situação, ou já passou, ou sabe como resolver, agradecia umas dicas.


Está a acontecer-me o mesmo.
Terminei o inquérito há mais de uma semana mas não enviei.
Hoje ia enviar, mas apareceu-me essa mensagem...

Eu nem vou telefonar, estou-me a burrifar... Vou simplesmente imprimir a página onde aparece essa mensagem para prova futura...



Resolvido...

Bem; ao fim de 335 tentativas :mrgreen: lá consegui falar com um assistente, nada mau...

O que me foi explicado, é que ao ficar preenchido a 100%, (com erros ou sem eles...) o inquérito é enviado automaticamente sem a nossa autorização!:shock:

Segundo o assistente, a única desvantagem é o facto de não podermos imprimir o comprovativo de envio, mas caso seja necessário é só ligar para lá novamente (mais 335 tentativas...:mrgreen:) para eles confirmarem que está tudo em ordem.
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por migluso » 2/4/2011 20:56

zguibz Escreveu:Se alguém estiver a passar por esta situação, ou já passou, ou sabe como resolver, agradecia umas dicas.


Está a acontecer-me o mesmo.
Terminei o inquérito há mais de uma semana mas não enviei.
Hoje ia enviar, mas apareceu-me essa mensagem...

Eu nem vou telefonar, estou-me a burrifar... Vou simplesmente imprimir a página onde aparece essa mensagem para prova futura...
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por Woodhare » 2/4/2011 20:14

Automech, é curioso porque foi exactamente por invasão de privacidade que os alemães adoptaram outro sistema. Será que ficaram pior em termos de privacidade cruzando informação? Que informação é essa que referes?
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por Automech » 2/4/2011 14:06

Woodhare, há informações solicitadas nos Censos que são extremamente difíceis de obter por outras vias (para não dizer impossíveis) ou que envolveriam um gigantesco cruzamento de informação, com uma violação de privacidade muitíssimo superior à que tu reclamas.
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por Woodhare » 2/4/2011 10:59

Elias Escreveu:
Woodhare Escreveu:

Isto são apenas alguns exemplos entre muitos, na prática o que eu pergunto é: sem dados sobre população, no longo prazo não sabes se Coimbra tem mais pessoas que Braga ou se o Algarve tem mais população que a Beira interior. Que critérios usar para decidir a forma de distribuir os investimentos pelo país?



Certamente existem outras formas de obter a informação necessária já que os censos foram proibidos na Alemanha e o último relizou-se em 1987, ou não?
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por Woodhare » 2/4/2011 10:47

Muffin Escreveu:
Woodhare, se não considerares uma violação da tua privacidade


De forma alguma até porque vou saltar a pergunta.

Mas se fosses um agente do INE a brincadeira podia custar-me entre 250 a 25.000 euros.
Editado pela última vez por Woodhare em 2/4/2011 11:05, num total de 1 vez.
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por Pantone » 1/4/2011 10:17

Woodhare Escreveu:Automech sinceramente acho que os censos são desnecessários.


Woodhare, se não considerares uma violação da tua privacidade, fiquei com curiosidade em saber qual é a área da tua formação académica (ou profissional, na falta desta).
 
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por zguibz » 1/4/2011 10:13

Alguém está a experimentar dificuldades com o site dos censos?

Pergunto porque comigo passa-se o seguinte; há uns dias atrás preenchi o questionário, mas como o fiz à pressa não o enviei, ficando os dados que inseri guardados para uma futura consulta e possível rectificação.

Ontem tentei aceder ao site para finalizar o processo de envio e o mesmo não me permite.
Diz assim: "ATENÇÃO: Já terminou o inquérito. Obrigado pela sua colaboração."


Ora como eu não tinha enviado o questionário, fico na dúvida se o mesmo foi ou não automaticamente enviado.

Há dois dias que tento ligar para o nº disponibilizado para tentar esclarecer a situação, mas a maquineta diz sempre que não é possível atender a minha chamada e pede-me para ligar mais tarde.

O facto de ninguém atender a minha chamada eu até nem estranho :mrgreen: , mas o que não acho normal é o site dizer que o inquérito já terminou, quando na realidade só termina no dia 10 deste mês.

Se alguém estiver a passar por esta situação, ou já passou, ou sabe como resolver, agradecia umas dicas.
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por Elias » 31/3/2011 12:52

Woodhare Escreveu:Automech sinceramente acho que os censos são desnecessários.


Woodhare, só uma pergunta.

Vamos por um momento admitir que deixa de haver censos. Ou seja, deixas de saber, objectivamente, quais são as zonas com maior população.

Agora eu pergunto: sem dados sobre população, como decides onde construir estradas, ferrovias, universidades, hospitais e quaisquer outros investimentos públicos? Como decides onde devem ficar os centros de saúde, quantas esquadras deve haver e onde ficam, quantos tribunais e comarcas?

Isto são apenas alguns exemplos entre muitos, na prática o que eu pergunto é: sem dados sobre população, no longo prazo não sabes se Coimbra tem mais pessoas que Braga ou se o Algarve tem mais população que a Beira interior. Que critérios usar para decidir a forma de distribuir os investimentos pelo país?
 
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por Woodhare » 31/3/2011 12:47

migluso Escreveu:
AutoMech Escreveu:Já agora, não vês então qualquer mérito ou utilidade no Censos ?


Diminui o desemprego durante uns meses... 8-)


Esse mérito é inegável.

Automech sinceramente acho que os censos são desnecessários.
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por migluso » 31/3/2011 11:10

AutoMech Escreveu:Já agora, não vês então qualquer mérito ou utilidade no Censos ?


Diminui o desemprego durante uns meses... 8-)
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por Automech » 31/3/2011 10:51

OK Woodhare, não vamos continuar a bater nesse ponto. Temos opiniões diferentes e já as apresentámos.

Já agora, não vês então qualquer mérito ou utilidade no Censos ?
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por Woodhare » 31/3/2011 10:22

Desculpa lá que te diga mas mais uma vez estás a confundir uma situação que é opcional com uma violação de privacidade. O que estás a referir são limites naturais à privacidade e não uma violação da mesma. No exemplo que dás tu não és coagido a dizer o que não queres ou fazer o que não queres.
Repara se saires à rua estás sujeito a ser visto pelos vizinhos, e se pensares por exemplo nos meios rurais há sempre alguém que sabe por onde as pessoas andaram e o que fizeram. Esse tipo de condicionamento sempre existiu, não apareceu agora. Mas isso é muito diferente de alguém te apanhar e te interrogar e se tu não responderes ou deres uma resposta falsa essa pessoa ou entidade te punir. Por muitas voltas que dês a isto à luz da razão uma coisa não é igual à outra e nem sequer semelhante.
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por Automech » 30/3/2011 18:56

Woodhare Escreveu:A diferença entre violação da privacidade e exposição opcional da mesma para ti não existe.


Essa exposição opcional de que falas é apenas aparente, porque a verdade é que hoje em dia não tens qualquer opção, a não ser que te enfies numa caverna e de lá não saias.

Tenta ser cliente da Vodafone e exigir que não fiquem com as chamadas. Tenta dizer ao teu banco para não ficar com o registo dos teus movimentos. Tenta pedir à Google para não fotografar o teu jardim ou a tua varanda. Tenta dizer ao tipo do Colombo que não queres ser filmado quando lá vais às compras.

Não estão legitimados por lei para te 'violar' mas na prática nem precisam. Fazem-no e tu consentes. E se não consentires é igual. Fazem-no na mesma.
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por Woodhare » 30/3/2011 18:48

AutoMech Escreveu:
Woodhare Escreveu:Existem muitos países tristes no mundo mas Portugal é o mais triste de todos. Fica tudo feliz em ver a sua privacidade violada pelo Estado.


O mais engraçado é quem se queixa da privacidade violada pelo Censos não se aperceber da quantidade de violação de privacidade a que está sujeito eletronicamente, seja pelas câmaras que existem em todo o lado, localização de telemóveis, sites visitados na internet, chamadas que faz, sítios onde levantou ou gastou dinheiro, via verde, Google Earth, cartões de supermercado, só para mencionar meia dúzia das mais evidentes.

E dão toda essa privacidade sem levantarem cabelo. O Censos é que não. Isso Aqui D'El Rei.


A diferença entre violação da privacidade e exposição opcional da mesma para ti não existe.
Deixa-me que te diga que se alguém me fizer uma pergunta por muito íntima que seja não representa agressão mas se alguém me apontar uma pistola à cabeça para responder à mais trivial pergunta isso é uma forma de violação mental inaceitável, e é isso que o governo português está a fazer aos cidadãos.

Mas mais grave que isto é o facto de que a "autoridade estatística" está autorizada por lei a interrogar os cidadãos, não apenas neste caso, e a punir aqueles que não respondam ou forneçam respostas falsas, é caso para dizer que progressos foram feitos desde que se acabou com a PIDE. Tiveram o cuidado para que se evitassem comparações de escluir a obrigatoriedade de resposta sobre questões religiosas, políticas e filosóficas.

Mas nada disto é estranho, é apenas a constatação prática daquilo que o Hayek tinha observado. O socialismo democrático é o caminho para a tirania.
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por Automech » 30/3/2011 17:41

Woodhare Escreveu:Existem muitos países tristes no mundo mas Portugal é o mais triste de todos. Fica tudo feliz em ver a sua privacidade violada pelo Estado.


O mais engraçado é quem se queixa da privacidade violada pelo Censos não se aperceber da quantidade de violação de privacidade a que está sujeito eletronicamente, seja pelas câmaras que existem em todo o lado, localização de telemóveis, sites visitados na internet, chamadas que faz, sítios onde levantou ou gastou dinheiro, via verde, Google Earth, cartões de supermercado, só para mencionar meia dúzia das mais evidentes.

E dão toda essa privacidade sem levantarem cabelo. O Censos é que não. Isso Aqui D'El Rei.
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por Woodhare » 30/3/2011 17:11

AutoMech Escreveu:Mas como tudo em Portugal, há sempre quem tente encontrar subterfúgios 8-)

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.co ... ao-da.html

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.co ... us-uk.html

Imaginem o que seria se fosse como na Finlândia, onde a Base de Dados do Censos pode ser alugada por qualquer empresa para fazer direct mail...


Existem muitos países tristes no mundo mas Portugal é o mais triste de todos. Fica tudo feliz em ver a sua privacidade violada pelo Estado. Força Portugal, força UE esse é o caminho para a alegre sociedade totalitária onde quase todos querem viver. O drama é o "quase todos".
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por Elias » 30/3/2011 16:55

Provedor da Justiça recebeu 435 queixas contra pergunta dos Censos sobre recibos verdes

30.03.2011 - 15:17 Por Lusa

O provedor de Justiça recebeu 435 queixas relativas à pergunta sobre recibos verdes que está no questionário do Censos 2011 e decidiu pedir esclarecimentos ao Instituto Nacional de Estatística (INE), revelou fonte oficial da Provedoria.

A assessora de imprensa do provedor Alfredo José de Sousa disse que “as queixas começaram a entrar na madrugada de dia 23 de Março e têm chegado a bom ritmo”.

Até ao final da tarde de segunda-feira, a Provedoria da Justiça tinha registado 435 queixas, todas feitas em nome individual e através do formulário electrónico existente na Internet.

Em causa está a pergunta número 32: “Qual o modo como exerce a profissão indicada” tornou-se uma questão polémica devido à sugestão de resposta feita no questionário dos censos, que indica que deve ser assinalada a opção “trabalhador por conta de outrem” caso a pessoa “trabalhe a recibos verdes mas tem um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efectiva, e um horário de trabalho”.

Quando começou a polémica, com alguns partidos políticos e grupos de cidadãos a considerarem que a pergunta tentava “branquear a situação dos recibos verdes ilegais”, o INE fez um esclarecimento.

“Nos Censos nunca será possível recolher informação sobre todas as questões de interesse para sociedade”, referia a nota, acrescentando que “no contexto dos Censos, está em causa conhecer a situação face ao mercado de trabalho de facto e não de direito, de acordo com as categorias usuais”.

A Provedoria da Justiça considerou que a nota não era “suficientemente esclarecedora” e que, por isso, “vai pedir esclarecimentos ao Instituto Nacional de Estatística”, contou a assessora do Juiz Conselheiro.

O processo seguirá os procedimentos normais, que poderá terminar com uma sugestão do Provedor da Justiça para que o INE reformule a pergunta.

Durante a manhã de hoje, três movimentos de trabalhadores precários e os promotores do protesto Geração à Rasca entregaram uma acção judicial no Tribunal Administrativo de Lisboa exigindo a alteração da pergunta.

Os movimentos FERVE – Fartos d’Estes Recibos Verdes, a Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual e Precários Inflexíveis e os promotores do protesto Geração à Rasca consideram que a pergunta é “uma acção de branqueamento da real situação dos falsos recibos verdes que vai ter uma influência nas políticas públicas”.

Apesar de o questionário do Censos 2011 ter começado a ser recolhido esta segunda-feira e milhares de pessoas já o terem entregue pela Internet, os promotores da acção judicial acreditam que a alteração da pergunta ainda vai a tempo.
 
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por Automech » 27/3/2011 21:51

Elias Escreveu:
O demógrafo Leston Bandeira partilha da mesma opinião: "Já devíamos ter acabado com estes censos. Na Dinamarca, por exemplo, não têm recenseamentos desde os finais dos anos 80, porque eles cruzam as informações de sete ficheiros administrativos diferentes".


Isso é em paises civilizados onde a informação pública é colocada ao serviço do país. Aqui, assim que se fala em cruzamento, fica logo tudo com comichão e vem ao de cimo a bela lei de protecção de dados que temos.

Para quem tem memória curta é bom lembrar que só a MFL é que conseguiu uma coisa elementar em qualquer país que é cruzar dados das finanças e da segurança social. É inacreditável que tiveram de passar quase 30 anos sobre o 25 de Abril para uma coisa básica ser feita (e com enormes dificuldades):

http://dossiers.publico.clix.pt/noticia ... id=1173098
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por Elias » 27/3/2011 19:52

Censos 2011 poderá ser o último

Económico com Lusa
27/03/11 11:10


O recenseamento da população tal como existe tem os dias contados.

Vários técnicos estão a estudar as bases de dados de entidades públicas para perceber se é possível, através do cruzamento daquelas informações, fazer uma fotografia da sociedade portuguesa.

A presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Alda Carvalho, é a primeira a defender o fim do actual processo de recenseamento: "Era bom que o Censos 2011 fosse o último". Em vez da "tradicional" recolha de informação junto da população, o futuro deverá passar pela utilização dos dados existentes nos organismos públicos.

A ideia não é nova, pois estava perspectivado no decreto-lei do recenseamento que já não haveria Censos em 2021, referiu a responsável do INE.

O processo de recenseamento que começou a ser planeado em 2006 e está a decorrer no país desde o início do mês deverá custar aos cofres do Estado "um pouco menos de 50 milhões de euros". Para a presidente do INE, esse dinheiro podia ser poupado se se usasse a "informação administrativa" existente na Segurança Social, no Instituto do Emprego, no Cartão do Cidadão ou no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Mas, como estas bases de dados não foram pensadas para efeitos estatísticos, "é preciso primeiro estudar se existem lacunas". O estudo da "qualidade" da informação existente e da possibilidade de a usar para fins censitários começou há mais de dois anos, conta
Alda Carvalho.

De acordo com a responsável, "esse trabalho está a ser feito" por técnicos dos diferentes organismos onde existem dados passíveis de serem usados, sendo "natural" que se venha a perceber que ainda não existe "toda a informação necessária".

"Era bom em termos de modernização do país, de produção estatística, de custos e de disponibilização de informação mais frequente que os Censos 2011 fossem os últimos", defende a presidente do instituto responsável pelos processos de recenseamento da população e do parque habitacional.

Além da poupança, ter informação sempre disponível e actualizada permite "uma tomada de decisão mais adequada, mais de acordo com a realidade", lembra Alda Carvalho, explicando que "ao longo de dez anos as bases de amostragem das famílias vão-se degradando".

O demógrafo Leston Bandeira partilha da mesma opinião: "Já devíamos ter acabado com estes censos. Na Dinamarca, por exemplo, não têm recenseamentos desde os finais dos anos 80, porque eles cruzam as informações de sete ficheiros administrativos diferentes".

Para o especialista em fenómenos populacionais, "toda a informação que está nas mãos do Estado deve ser usada" de forma a permitir a existência de "ficheiros sempre actualizados": "E assim poupava-se dinheiro e tempo".

Os Censos 2001 - XV Recenseamento Geral da População e V Recenseamento Geral da Habitação - foram para o terreno a 7 de Março e, no final do próximo ano, será possível conhecer com exactidão informações como onde vivem os cidadãos, onde trabalham, quantos são e que estudos têm.

Para o sucesso da operação, é preciso que os portugueses respondam aos inquéritos via internet até 10 de Abril ou aos questionários em papel, que serão recolhidos até 24 de Abril.
 
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por Elias » 23/3/2011 11:41

pvg80713 Escreveu:como caracteriza a sua felicidade ?


A resposta a esta pergunta é muito conjuntural. Por exemplo, hoje o indivíduo pode sentir-se muito feliz e no entanto amanhã (seja porque lhe morreu um familiar ou porque partiu uma perna) sentir-se profundamente infeliz.

Não faz sentido fazer perguntas cuja resposta pode variar tão rapidamente no tempo. O objectivo é poder comparar a situação de hoje com a situação de há 10 anos atrás, não comparar a de hoje com a da semana passada.

pvg80713 Escreveu:defina as suas principais dificuldades : saude, dinheiro, trabalho


Tirando o facto de quase todos se queixarem de falta de dinheiro, diz lá o que fazias com esses dados?

pvg80713 Escreveu:a sua vida em termos de afectos, com o conjuge filhos pais amigos....


Já agora perguntar quantas vezes pratica sexo por semana e quantos parceiros tem. E depois o objectivo é o quê? Cuscar a vida pessoal de cada um?

pvg80713 Escreveu:defina com alguma clareza a sua situação financeira e patrimonial.


Isso é algo que as Finanças já fazem.

Além disso, se as pessoas mentem às Finanças (na medida em que não declaram todo o seu rendimento), o que te leva a crer que não o iriam fazer aqui?

pvg80713 Escreveu:defina a sua situação profissional.


Isto já faz parte do elenco de questões.

pvg80713 Escreveu:demorei meia duzia de segundos a pensar em coisas que podem ser importantes os politicos pensarem, ou mesmo os Portugueses pensarem.
mas concluo da tua observação que com as perguntas a que respondeste vai ser possível ao país saber coisas importantes... eu não vejo isso...


Gostava MESMO de perceber o que é que tu achas que se podia fazer com os dados recolhidos pelas perguntas que propões. Por exemplo, imagina que descobres que as pessoas do Alentejo se consideram mais infelizes que as da Beira Litoral. O que vais fazer com essa informação?
 
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por aaugustobb_69 » 23/3/2011 11:31

Dormem na Gare de Oriente e são recenseados nas Torres São Rafael e São Gabriel, as duas torres emblemáticas do Parque das Nações.Os Censos 2011 obrigam a que a pessoa seja recenseada num alojamento familiar, o que exclui escritórios, hóteis e, claro, a rua. E vão contar os sem-abrigo pela primeira vez em separado.

As estações de comboio não são alojamentos e muito menos familiares.E os 34 sem-abrigo que dormem na Estação do Oriente, em Lisboa, têm de ser incluídos nos dois edifícios com famílias mais próximos: as Torres São Rafael e São Gabriel. Mesmo que tenham a designação de sem-tecto.
 
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