[off topic] - Interessante artigo do WSJ sobre Portugal
RiscoCalculado Escreveu:O problema dos portugueses não são qualificações excessivas como se tem querido fazer crer nos últimos tempos ... O problema são ainda qualificações deficientes quando em comparação com outros países.
e se o tecido produtivo não tem conseguido absorver a força de trabalho jovem mais qualificada o problema está nesse mesmo tecido produtivo e não nas qualificações. O problema e as soluções têm que ser procuradas junto do tecido produtivo ( e não de uma forma simplista dizer: "jovens, tantas qualificações não são necessárias. Estudem menos". É para mim claro que sem uma força de trabalho mais qualificada não vamos continuar a fazer parte de uma região de moeda única. Ainda bem que mais artigos no mesmo sentido vão sendo publicados na imprensa internacional )
Eu percebo o que queres dizer Risco (e concordo, obviamente), mas isso também levanta a questão de saber para onde caminhamos em termos de economia a mais longo prazo.
Um país que tenha o turismo+agricultura a pesar 30% no PIB tem necessidades bastante diferentes, em termos de licenciaturas/cursos técnicos, de outros onde esse peso seja de 10% ou 50%.
Não adianta licenciar advogados se depois o que precisamos é de enólogos ou gestores hoteleiros.
E também não se pode atribuir apenas as culpas ao tecido produtivo. Se as cadeias hoteleiras precisam de gestores hoteleiros e não os encontrarem e, ao olharem para o mercado vêm muitos advogados desempregados, não se vão transformar em escritórios de advogados para absorver essa força de trabalho excedentária.
Editado pela última vez por Automech em 25/3/2011 12:19, num total de 1 vez.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Caro arnie :
Tens razão , nas observações , mas o problema principal , é que Portugal é uma empresa , que está competir com outras empresas , para sobreviver e desta forma um dia perde a independência e começa a ser explorada por outras empresas ou grupos.
Quando se criou uma mentalidade , principalmente na F.P e na politica , o que interessa , é ter um emprego e no futuro uma reforma , e que trabalhar é para outros.
Na politica e sua clientela , até costumam levar alguém que trabalhe ou que saiba trabalhar por eles , ou contratam os tais pareceres que custam muito dinheiro. Existe um esquema diabólico e bem montado.
Há uns anos estes atiravam-se contra empresários , que estavam a fugir impostos ( era verdade em alguns casos), e eram ladrões ,mas agora a verdade está a chegar a tona , existem ladrões legalizados e encartados .
O povo tem de mudar , escolher outras lideranças , para país mudar de rumo, e tem de trabalhar , e proteger , quem não pode trabalhar devido a muitos casos a doenças , mas pôr a trabalhar quem pode , e não irem para os cafés passarem o tempo e a viver á custa do rendimento mínimo .
Tens razão , nas observações , mas o problema principal , é que Portugal é uma empresa , que está competir com outras empresas , para sobreviver e desta forma um dia perde a independência e começa a ser explorada por outras empresas ou grupos.
Quando se criou uma mentalidade , principalmente na F.P e na politica , o que interessa , é ter um emprego e no futuro uma reforma , e que trabalhar é para outros.
Na politica e sua clientela , até costumam levar alguém que trabalhe ou que saiba trabalhar por eles , ou contratam os tais pareceres que custam muito dinheiro. Existe um esquema diabólico e bem montado.
Há uns anos estes atiravam-se contra empresários , que estavam a fugir impostos ( era verdade em alguns casos), e eram ladrões ,mas agora a verdade está a chegar a tona , existem ladrões legalizados e encartados .
O povo tem de mudar , escolher outras lideranças , para país mudar de rumo, e tem de trabalhar , e proteger , quem não pode trabalhar devido a muitos casos a doenças , mas pôr a trabalhar quem pode , e não irem para os cafés passarem o tempo e a viver á custa do rendimento mínimo .
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arnie Escreveu:Temos de ensinar os nossos jovens a ser empreendedores, em todas as áreas. Temos que ensinar os nosso jovens que o mercado é livre, que estamos dependentes de nós mesmos, que não nos podemos suportar pelo estado pois não é essa a sua obrigação.
Temos que ensinar aos nossos jovens o orgulho de ter algo nosso, que começar do zero não é sinal de derrota, de fazer crescer algo, de trazer pessoas para nos ajudar a fazer crescer esse algo.
Eu continuo a defender que o caminho mais fácil para se conseguir isso é "obrigar" os pais dos jovens a dar uma educação eficaz, pelo menos muito melhor do que alguns dão.... O problema é que já eles têm poucas instrução, como é que vão conseguir transmitir aos filhos outra mentalidade!?

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Quando foi a manifestação o Pedro Arroja teve um tirada irónica, mas bem verdadeira no seu blog:
http://portugalcontemporaneo.blogspot.c ... ciais.html
Escolhem um curso de uma forma totalmente egoísta, de acordo com as suas preferências e gostos pessoais, sem nunca perguntarem se o curso tem empregabilidade, como é que com ele podem ser úteis à comunidade , e se um dia o curso lhes permite sustentarem-se a si próprios e aos seus.
Escolhem um curso porque não gostam da Matemática ou têm muito jeito para o Desenho.
Os pais, sempre apaparicadores nesta cultura, frequentemente ajudam nesta escolha irracional.
Acabam por se licenciar em Engenharia do Design de Praias Artificiais.
E depois ficam a protestar porque a comunidade não lhes dá praias artificiais para eles desenharem. Naturalmente, os pais apoiam o protesto.
http://portugalcontemporaneo.blogspot.c ... ciais.html
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Temos empresas que dão a desculpa que o trabalhar tem pouca experiência, quando para obter essa mesma experiência terá que primeiro trabalhar.
Temos universidades que continuam a abrir vagas para áreas onde é sabido que simplesmente não há saída profissional no país.
Temos alunos que sabendo que não há saída profissional, teimam em tirar esses mesmos cursos.
Temos alunos que sabendo que não há saída profissional e que não irão obter trabalho nessa mesma área depois de finalizarem o curso, acham que os país tem a obrigação de lhes dar trabalho quando eles sabem e sabiam de antemão das dificuldades existentes.
Temos alunos que acham que merecem receber 1000 euros mensais apenas porque têm um canudo nas mãos, mesmo quando vão trabalhar para uma área completamente diferente.
Temos pessoas neste país que acreditam que é o estado que tem a obrigação de lhes dar emprego, quando a sua obrigação é criar as condições para a criação de empresas, não de empregos.
Temos pessoas neste país que pensam ser possivel ter ensino e saúde gratuito, mas depois fogem o máximo que podem aos impostos.
Temos pessoas neste país que têm como objectivo na vida a reforma.
Temos pessoas neste país reformados aos 50 e 55 anos de idade apenas porque completaram o tempo necessário de caixa, quando ainda têm saúde suficiente para trabalhar até aos 65 anos.
Temos pessoas neste país que pensam que o dever delas é entrar às 9h e sair às 17h sem terem mais nenhuma preocupação com o seu trabalho.
Temos pessoas neste país que pensam que ser patrão é ter carta branca para transformar os seus empregados em escravos.
Temos pessoas desempregadas neste país que pensa que o estado tem a obrigação de as sustentar por tempo indeterminado enquanto procuram trabalho ou simulam que andam à procura de trabalho.
Quero chamar a atenção que usei o termo "pessoas", ou seja, todos nós, o povo português.
A maioria dos problemas descritos em cima, são gerados na escola, na cultura que este país mantém à décadas e que o levou à falência.
O país quis e quer tornar-se num país capitalista mas mantendo leis e mentalidades esquerdistas que são no seu todo, contra o capitalismo. Aliás, é um problema comum à maioria dos países Europeus.
Temos de ensinar os nossos jovens a ser empreendedores, em todas as áreas. Temos que ensinar os nosso jovens que o mercado é livre, que estamos dependentes de nós mesmos, que não nos podemos suportar pelo estado pois não é essa a sua obrigação.
Temos que ensinar aos nossos jovens o orgulho de ter algo nosso, que começar do zero não é sinal de derrota, de fazer crescer algo, de trazer pessoas para nos ajudar a fazer crescer esse algo.
Temos universidades que continuam a abrir vagas para áreas onde é sabido que simplesmente não há saída profissional no país.
Temos alunos que sabendo que não há saída profissional, teimam em tirar esses mesmos cursos.
Temos alunos que sabendo que não há saída profissional e que não irão obter trabalho nessa mesma área depois de finalizarem o curso, acham que os país tem a obrigação de lhes dar trabalho quando eles sabem e sabiam de antemão das dificuldades existentes.
Temos alunos que acham que merecem receber 1000 euros mensais apenas porque têm um canudo nas mãos, mesmo quando vão trabalhar para uma área completamente diferente.
Temos pessoas neste país que acreditam que é o estado que tem a obrigação de lhes dar emprego, quando a sua obrigação é criar as condições para a criação de empresas, não de empregos.
Temos pessoas neste país que pensam ser possivel ter ensino e saúde gratuito, mas depois fogem o máximo que podem aos impostos.
Temos pessoas neste país que têm como objectivo na vida a reforma.
Temos pessoas neste país reformados aos 50 e 55 anos de idade apenas porque completaram o tempo necessário de caixa, quando ainda têm saúde suficiente para trabalhar até aos 65 anos.
Temos pessoas neste país que pensam que o dever delas é entrar às 9h e sair às 17h sem terem mais nenhuma preocupação com o seu trabalho.
Temos pessoas neste país que pensam que ser patrão é ter carta branca para transformar os seus empregados em escravos.
Temos pessoas desempregadas neste país que pensa que o estado tem a obrigação de as sustentar por tempo indeterminado enquanto procuram trabalho ou simulam que andam à procura de trabalho.
Quero chamar a atenção que usei o termo "pessoas", ou seja, todos nós, o povo português.
A maioria dos problemas descritos em cima, são gerados na escola, na cultura que este país mantém à décadas e que o levou à falência.
O país quis e quer tornar-se num país capitalista mas mantendo leis e mentalidades esquerdistas que são no seu todo, contra o capitalismo. Aliás, é um problema comum à maioria dos países Europeus.
Temos de ensinar os nossos jovens a ser empreendedores, em todas as áreas. Temos que ensinar os nosso jovens que o mercado é livre, que estamos dependentes de nós mesmos, que não nos podemos suportar pelo estado pois não é essa a sua obrigação.
Temos que ensinar aos nossos jovens o orgulho de ter algo nosso, que começar do zero não é sinal de derrota, de fazer crescer algo, de trazer pessoas para nos ajudar a fazer crescer esse algo.
Bons negocios,
arnie
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Muito interessante.
Penso que os dados dos países "desenvolvidos" devem considerar como licenciatura os cursos profissionais técnicos, praticamente inexistentes em Portugal, desactivados após a revolução e ainda hoje vistos em Portugal como cursos de segunda. - http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A ... ofissional ou na versão alemã - http://de.wikipedia.org/wiki/Ausbildung
Na Alemanha os cursos profissionais são a única via de profissionalização para técnicos e artífices.
Em Portugal o exemplo que temos, versa sobre a importância da aprovação de uma disciplina de inglês técnico, via fax, na aquisição da licenciatura de Engenharia.
Penso que os dados dos países "desenvolvidos" devem considerar como licenciatura os cursos profissionais técnicos, praticamente inexistentes em Portugal, desactivados após a revolução e ainda hoje vistos em Portugal como cursos de segunda. - http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A ... ofissional ou na versão alemã - http://de.wikipedia.org/wiki/Ausbildung
Na Alemanha os cursos profissionais são a única via de profissionalização para técnicos e artífices.
Em Portugal o exemplo que temos, versa sobre a importância da aprovação de uma disciplina de inglês técnico, via fax, na aquisição da licenciatura de Engenharia.
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É pena não teres encontrado o último tópico sobre a educação que andou por aqui, se calhar ainda se ia a tempo de juntar os dois?! será que algum moderador pode dar uma ajuda, se é que é possível passar os comentários daqui para o outro?!
Os números são realmente esmagadores, e nem as novas oportunidades conseguem colocar-nos numa boa posição... o abandono escolar é para mim o dado mais importante e que demonstra mais o quanto mal estamos, ele tem em si mais que um aspecto negativo. Para além de nos dizer que 37% dos portugueses não conclui a escolaridade obrigatória, diz-nos também que uma boa parte dos alunos está na aulas mais para perturbar que para estudar. Uma boa parte destes alunos são problemáticos e não só não estudam como não deixam os outros estudar, tanto porque perturbam as aulas como porque são uma péssima influência para os outros!
Os números são realmente esmagadores, e nem as novas oportunidades conseguem colocar-nos numa boa posição... o abandono escolar é para mim o dado mais importante e que demonstra mais o quanto mal estamos, ele tem em si mais que um aspecto negativo. Para além de nos dizer que 37% dos portugueses não conclui a escolaridade obrigatória, diz-nos também que uma boa parte dos alunos está na aulas mais para perturbar que para estudar. Uma boa parte destes alunos são problemáticos e não só não estudam como não deixam os outros estudar, tanto porque perturbam as aulas como porque são uma péssima influência para os outros!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Aos sucessivos governos , podemos juntar os comentários feitos não conseguem enxergar onde esta o mal do ensino , pois em Portugal há uma grande confusão entre ensino/educação e não só.
Fico por aqui juntado esta noticia:
Licenciados em Portugal são mais do que nos outros países da OCDE
Número de alunos que terminaram o ensino superior em Portugal está acima da média dos países da OCDE.
Irlanda, Polónia, Espanha e Turquia juntam-se a Portugal no leque de países nos quais o número de licenciados superou os sete por cento, muito acima da média nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), que foi de 4,5 por cento, entre 1998 e 2006.
O secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, destacou hoje, terça-feira, este crescimento na apresentação do relatório anual da organização "Olhares Sobre a Educação".
No que diz respeito à comparação de ganhos salariais acumulados das mulheres com formação superior, em relação às mulheres que têm apenas formação secundária, o relatório revela que as mulheres portuguesas com formação superior são das que ganham mais.
Segundo o relatório da OCDE, uma mulher com formação universitária em Portugal pode esperar uma vantagem salarial acumulada, ao longo da sua vida profissional, de cerca de 152 mil euros sobre uma mulher que completou apenas o ensino secundário.
Os Estados Unidos são o país onde é mais significativa a vantagem salarial acumulada entre formação superior e secundária, tanto para os homens, 253 mil euros, como para as mulheres, 152 mil euros.
Fico por aqui juntado esta noticia:
Licenciados em Portugal são mais do que nos outros países da OCDE
Número de alunos que terminaram o ensino superior em Portugal está acima da média dos países da OCDE.
Irlanda, Polónia, Espanha e Turquia juntam-se a Portugal no leque de países nos quais o número de licenciados superou os sete por cento, muito acima da média nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), que foi de 4,5 por cento, entre 1998 e 2006.
O secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, destacou hoje, terça-feira, este crescimento na apresentação do relatório anual da organização "Olhares Sobre a Educação".
No que diz respeito à comparação de ganhos salariais acumulados das mulheres com formação superior, em relação às mulheres que têm apenas formação secundária, o relatório revela que as mulheres portuguesas com formação superior são das que ganham mais.
Segundo o relatório da OCDE, uma mulher com formação universitária em Portugal pode esperar uma vantagem salarial acumulada, ao longo da sua vida profissional, de cerca de 152 mil euros sobre uma mulher que completou apenas o ensino secundário.
Os Estados Unidos são o país onde é mais significativa a vantagem salarial acumulada entre formação superior e secundária, tanto para os homens, 253 mil euros, como para as mulheres, 152 mil euros.
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Muito Obrigado pelo artigo arnie. Foca um problema que me tenho esforçado por divulgar aqui no forum.
por exemplo aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=72895&start=35
aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=74774&start=13
aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=75646
aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=75921&start=23
entre outros....
nunca é demais repeti-lo ou chamar a atenção para este problema...
O problema dos portugueses não são qualificações excessivas como se tem querido fazer crer nos últimos tempos ... O problema são ainda qualificações deficientes quando em comparação com outros países.
e se o tecido produtivo não tem conseguido absorver a força de trabalho jovem mais qualificada o problema está nesse mesmo tecido produtivo e não nas qualificações. O problema e as soluções têm que ser procuradas junto do tecido produtivo ( e não de uma forma simplista dizer: "jovens, tantas qualificações não são necessárias. Estudem menos". É para mim claro que sem uma força de trabalho mais qualificada não vamos continuar a fazer parte de uma região de moeda única. Ainda bem que mais artigos no mesmo sentido vão sendo publicados na imprensa internacional )
alguns quotes do artigo:
por exemplo aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=72895&start=35
aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=74774&start=13
aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=75646
aqui:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=75921&start=23
entre outros....
nunca é demais repeti-lo ou chamar a atenção para este problema...
O problema dos portugueses não são qualificações excessivas como se tem querido fazer crer nos últimos tempos ... O problema são ainda qualificações deficientes quando em comparação com outros países.
e se o tecido produtivo não tem conseguido absorver a força de trabalho jovem mais qualificada o problema está nesse mesmo tecido produtivo e não nas qualificações. O problema e as soluções têm que ser procuradas junto do tecido produtivo ( e não de uma forma simplista dizer: "jovens, tantas qualificações não são necessárias. Estudem menos". É para mim claro que sem uma força de trabalho mais qualificada não vamos continuar a fazer parte de uma região de moeda única. Ainda bem que mais artigos no mesmo sentido vão sendo publicados na imprensa internacional )
alguns quotes do artigo:
(...)
The state of Portuguese education says a lot about why a rescue is likely to be needed, and why one would be costly and difficult. Put simply, Portugal must generate enough long-term economic growth to pay off its large debts. An unskilled work force makes that hard.
(...)
Just 28% of the Portuguese population between 25 and 64 has completed high school. The figure is 85% in Germany, 91% in the Czech Republic and 89% in the U.S.
"I don't see how it is going to grow without educating its work force," says Pedro Carneiro, an economist at University College London who left Portugal to do his postgraduate studies in the U.S.
(...)
Better schooling in Portugal won't come quickly. Sharp cuts in its education spending make the task harder. And even if there are improvements, reaping their benefits could take years.
(...)
There is substantial evidence from elsewhere that education confers broad economic benefits. Ireland was one of the EU's poorest countries a generation ago. But it threw EU subsidy money into technical education and remade itself as a destination for high-tech labor, made doubly attractive by low corporate taxes. Ireland is now, even after a brutal banking crisis, among the richest nations in Europe.
"They had an educated-enough work force that they could move into a technology industry, and they rose out of nowhere," says Eric Hanushek, a Stanford University professor.
Prof. Hanushek and a professor from the University of Munich have linked GDP growth with population-wide performance on standardized tests. They calculate that Portugal's long-term rate of economic growth would be 1.5 percentage points higher if the country had the same test scores as super-educated Finland.
(...)
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
[off topic] - Interessante artigo do WSJ sobre Portugal
Confesso que andei à procura de uma thread para colocar esta mensagem, evitando assim um novo off topic mas não encontrei nada onde fizesse sentido, visto o artigo fazer a ligação do nosso sistema de ensino à actual crise.
Lembro-me de uma thread sobre o ensino mas não faço a mínima do titulo.
A Nation of Dropouts Shakes Europe
Lembro-me de uma thread sobre o ensino mas não faço a mínima do titulo.
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