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Caldeirão da Bolsa

Off-topic com implicações on-topic: PM faz declaração às 20h

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Ulrich » 25/3/2011 14:35

AutoMech Escreveu:Não sei se hei-de rir ou chorar:

PM: «Pergunto-me como foi possível fazerem isto ao país»

O primeiro-ministro José Sócrates disse hoje em Bruxelas que muitas vezes se pergunta «como foi possível» os partidos da oposição «fazerem isto ao país», ao reprovarem o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), precipitando a queda do Governo.

«Muitas vezes me pergunto: como é que foi possível fazerem isto ao país? (...) Era óbvio que a nossa situação ficaria enfraquecida», assinalou, acrescentando que «bastaram 24 horas» para que as agências de notação baixarem a notação da dívida portuguesa. «E só lá vão 24 horas», sublinhou.

Embora destacando que a situação de Portugal «ficou pior» depois da reprovação do PEC pela Assembleia da República, Sócrates insistiu, numa conferência de imprensa particularmente concorrida e seguida pela imprensa internacional, que «Portugal não precisa de aderir a nenhum fundo de resgate» e irá cumprir «os seus compromissos com a Europa».
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=501745


Continua o périplo do mitómano...
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por pepi » 25/3/2011 14:34

AutoMech Escreveu:Não sei se hei-de rir ou chorar:

PM: «Pergunto-me como foi possível fazerem isto ao país»

O primeiro-ministro José Sócrates disse hoje em Bruxelas que muitas vezes se pergunta «como foi possível» os partidos da oposição «fazerem isto ao país», ao reprovarem o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), precipitando a queda do Governo.

«Muitas vezes me pergunto: como é que foi possível fazerem isto ao país? (...) Era óbvio que a nossa situação ficaria enfraquecida», assinalou, acrescentando que «bastaram 24 horas» para que as agências de notação baixarem a notação da dívida portuguesa. «E só lá vão 24 horas», sublinhou.

Embora destacando que a situação de Portugal «ficou pior» depois da reprovação do PEC pela Assembleia da República, Sócrates insistiu, numa conferência de imprensa particularmente concorrida e seguida pela imprensa internacional, que «Portugal não precisa de aderir a nenhum fundo de resgate» e irá cumprir «os seus compromissos com a Europa».
Diário Digital / Lusa
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Esta criatura é tão previsível que até irrita! A vitimização começou...

Vou-me estar a repetir, mas vou citar novamente Braga de Matos para que os caldeiros nem pensem em embarcar nesta estratégia deste FDP:

Fernando Braga de Matos Escreveu:E depois do adeus
25 Março2011 | 12:29
Fernando Braga de Matos

(Onde o autor, um estrénuo defensor da estabilidade, como nesta sede sustentou até ao enjoo, anota que este é um momento péssimo para o despoletar da crise mas que o fim da linha chegou quando Sócrates decidiu abri-la ou fez o seu melhor para que isso acontecesse, sendo que, mesmo demitido, nele está também a chave do futuro, Arre!).

Para a conferência europeia a coisa fica remediada, vai um primeiro ministro sem poderes mas com o título, basta o PR adiar a aceitação do pedido demissionário. Mas as coisas não ficam nada bem, digo eu, no "understatement" do ano. Tudo tem um fim, e este governo PS não tinha quaisquer condições para durar toda uma legislatura. Um governo minoritário não passa de um governo de gestão graduado, característica que se torna clara em tempos conturbados ou em crises pontuais, e fica permanentemente em ponto de ruptura se lhe falta capacidade de diálogo e consenso, actuando como se maioritário fora. Logo à partida, com o número de propor coligações ou acordos a todos os partidos, do BE ao CDS, fazendo na prática o contrário, Sócrates evidenciou que não tinha condições subjectivas para durar quatro anos. Só mesmo quem emprenha pelos ouvidos, e não de forma normal pelos actos adequados, poderia acreditar na seriedade da oferta, apenas mais uma jóia da governação mediática por palavras e encenações. Isso era apenas um programa para o falso diálogo, movido por um surdo de nascença.

Já tudo foi dito sobre quem fez o quê neste triste impasse do PEC IV (que, aliás, com esta gente, apenas seria o preâmbulo para o V e por aí fora), mas tem de se ter presente que o Governo, ou melhor, o solista Sócrates, apareceu com um importantíssimo PEC, onde se traziam novas e imprevistas medidas de austeridade que ainda meses antes eram ditas como desnecessárias, sem dar satisfações a ninguém, rigorosamente ninguém, nem sequer ao Conselho de Ministros, apenas reunido no último fim de semana! E foi um compromisso europeus, não um rascunho, como Junker, o presidente do Eurogrupo, afirmou e confirmou. Além disso, necessitando imperiosamente de acordo com o PSD, Sócrates incluiu medidas que aquele tinha rejeitado de forma peremptória (deduções fiscais, IVA para certos produtos ), o que só pode ser visto como a provocação para um jogo "chicken", não como abertura para um jogo cooperativo ou de tendência para o equilíbrio. Quanto à motivação, dizer, como fazem alguns, que um cenário de crise nacional se abriu devido à maneira de ser de Sócrates, com o Diabo ou uma crise de próstata a pô-lo em estado de guerra, parece-me coisa de sofá de psiquiatra e não de análise de tabuleiro. Nah! O homem sabia que a ajuda externa explícita passou a ser inevitável e saiu do barco antes de todo o castelo de fantasias se desmoronar, passando a culpa ao menino do lado que estava perto.

O timing é perigosíssimo, mas isso é até a emoção forte do "chicken", para quem goste de o jogar. Para o País, mas não para o jogador, até perturba pensar no precipício que aí está: o imprescindível financiamento externo com necessidades enormes por estes meses; os juros a pagar que nos vão afundar ainda mais no endividamento; as reformas sistémicas sempre adiadas; a deriva governativa. A contrapor, mas não a superar este lado perturbadoramente negativo, aponta-se que a clarificação era inevitável e que, como o Tiririca, "pior que está não fica". Por outro lado, livrarmo-nos de uma fileira de incompetentes é sempre uma benesse animadora. Por exemplo, desde o tempo do Vizir Iznogood que não se via pior ministro das Finanças, de derrapagem em derrapagem , de PEC em PEC, sempre a enganar-se nas contas e nos cenários macroeconómicos, cada vez mais militante do PS do que técnico competente, muito mais um jeitoso à portuguesa que um perito das finanças públicas e ministro exigente.

Mas que vai acontecer com o imprescindível e urgente financiamento da República? Aí, atrevo-me a especular que, sendo Portugal, em termos relativos, apenas uma pequena operação, a defesa do euro e da coesão europeia vão prolongar, em vários moldes, a ajuda financeira que já cá está desde Maio do ano passado. Como diz Silva Lopes, "se não fosse o BCE, isto já estava de pantanas".

E para o futuro, que terá que passar por consensos alargados? PSD E CDS estão disponíveis. O PR tem agora a oportunidade de mostrar que existe. Só fica a "wild card" do costume, José Sócrates, ele também imprescindível, tal o seu domínio sobre o PS.


Advogado, autor de " Ganhar em Bolsa" (ed. D. Quixote), "Bolsa para Iniciados" e "Crónicas Politicamente Incorrectas" (ed. Presença). fbmatos1943@gmail.com
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por Automech » 25/3/2011 14:26

Não sei se hei-de rir ou chorar:

PM: «Pergunto-me como foi possível fazerem isto ao país»

O primeiro-ministro José Sócrates disse hoje em Bruxelas que muitas vezes se pergunta «como foi possível» os partidos da oposição «fazerem isto ao país», ao reprovarem o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), precipitando a queda do Governo.

«Muitas vezes me pergunto: como é que foi possível fazerem isto ao país? (...) Era óbvio que a nossa situação ficaria enfraquecida», assinalou, acrescentando que «bastaram 24 horas» para que as agências de notação baixarem a notação da dívida portuguesa. «E só lá vão 24 horas», sublinhou.

Embora destacando que a situação de Portugal «ficou pior» depois da reprovação do PEC pela Assembleia da República, Sócrates insistiu, numa conferência de imprensa particularmente concorrida e seguida pela imprensa internacional, que «Portugal não precisa de aderir a nenhum fundo de resgate» e irá cumprir «os seus compromissos com a Europa».
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por tava3 » 25/3/2011 13:51

Também sei que no fundo, no fundo, eles sabem que a razão não é essa, com as sondagens a dar quase maioria e tal, foi "impulse". Já agora, o que vai dizer o PR quanto ao "há limites para os sacrificios dos Portugueses"?
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por Pantone » 25/3/2011 13:30

tavaverquenao2 Escreveu:Lion, deixa estar que o PPC também promete, chumba o PEC4 por causa de aumento de impostos, tem um livro onde diz que se viesse a aumentar impostos seriam sobre os rendimentos, e agora já são aumentos sobre o consumo. :)


tavaverquenao2 , com todo o respeito, e independentemente do que acontecer no futuro,

a afirmação de que a razão do chumbo do PPC foi o aumento de impostos, é uma afirmação abusiva, enganadora e desinformada, pretendendo fazer ruído, desinformando e replicando uma mentira lançada com intuítos partidários.

Só pode ser proferida por ignorância ou má-fé.
 
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por artista_ » 25/3/2011 13:22

Continuando o que referi anteriormente... se o PPC o tivesse proposto seria uma jogada de mestre.

1- Não restariam dúvidas nos portugueses que a culpa da crise seria do Sócrates caso não aceitasse esse acordo;
2- Aceitando o PPC passaria um maior sentido de responsabilidade, assim parece que está mais interessado em ir para o poder que outra coisa... até porque parece que nem tinha pensado em medidas alteranativas ao PEC! :shock:
3- PPC iria para eleições com uma situação bem mais confortável, ganhando as eleições não teria de apresentar, de imediacto, ele mesmo um PEC... ainda para estando condicionado pelo facto de esse PEC ter de ser muito diferente do que apresentou o PS;
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por tava3 » 25/3/2011 11:47

Lion, deixa estar que o PPC também promete, chumba o PEC4 por causa de aumento de impostos, tem um livro onde diz que se viesse a aumentar impostos seriam sobre os rendimentos, e agora já são aumentos sobre o consumo.

:)
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por Automech » 25/3/2011 11:44

carrancho Escreveu:
artista Escreveu:
Nem sei em quem votar mas acho muito pouco provável que venha a votar no PS ou PSD...


Ainda colocas essa possibilidade? :wall:


Para quem quiser começar a refletir nas alternativas, estes foram os que concorreram em 2009:

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por artista_ » 25/3/2011 11:43

MarcoAntonio Escreveu:Como assim?

Isso não faz sentido nenhum:

(1) O que dita a demissão é precisamente a não aprovação do PEC4 apresentado pelo Governo. Aprovado, a que propósito se demite o Governo?

(2) Os partidos (que supostamente proporiam a demissão) estariam a concordar categoricamente com o PEC4.

Que era melhor o PEC4 passar, eu concordo. Quanto mais tempo demorar o PEC4 a entrar, mais duro será o PEC5...

Mas o cenário político é que não me parece fazer sentido nenhum. Como é que se pede a um Governo para sair por causa de um PEC e ao mesmo tempo se "mas queremos que esse PEC passe"?


Não concordo contigo, o que fez o PSD não aprovar o PEC foi sobretudo ser preciso mais um, o PPC aprovou o último PEC no pressuposto (é aquilo que parece) que aquelas medidas eram definitivas, não eram preciso mais. Mas nesta altura são (ele próprio já o disse), até porque a Europa as "exigiu"...

Sendo elas necessárias agora (e não daqui a uns meses) a aprovação do PEC com o compromisso da demissão do governo, era mais ou menos "bom vamos aprovar isto se não o país está lixado, não temos alternativa, mas vocês já deram mais que provas que não conseguem endireitar isto e o povo está farto por isso aprova-se isto mas devolve-se a palavra ao povo"...

Isto foi o que se fez na Irlanda, se tivessem feito isso dificilmente tinham ontem reduzido em dois níveis o rating de Portugal e os juros da dívida provavelmente estaria mais baixos... para além de outros aspectos postivos ou menos negativos associados!
Editado pela última vez por artista_ em 25/3/2011 11:45, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 25/3/2011 11:36

MarcoAntonio Escreveu:Como assim?

Isso não faz sentido nenhum:

(1) O que dita a demissão é precisamente a não aprovação do PEC4 apresentado pelo Governo. Aprovado, a que propósito se demite o Governo?

(2) Os partidos (que supostamente proporiam a demissão) estariam a concordar categoricamente com o PEC4.



Que era melhor o PEC4 passar, eu concordo. Quanto mais tempo demorar o PEC4 a entrar, mais duro será o PEC5...

Mas o cenário político é que não me parece fazer sentido nenhum. Como é que se pede a um Governo para sair por causa de um PEC e ao mesmo tempo se diz "mas queremos que esse PEC passe"?



Esqueci-me do quote, este meu post era uma resposta ao post do Artista que contem uma sugestão de Campos e Cunha...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por carrancho » 25/3/2011 11:35

artista Escreveu:
Nem sei em quem votar mas acho muito pouco provável que venha a votar no PS ou PSD...


Ainda colocas essa possibilidade? :wall:
Abraço,
Carrancho
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por MarcoAntonio » 25/3/2011 11:34

tavaverquenao2 Escreveu:"Na próxima sondagem, vejamos o efeito do PEC 4 versão PSD..."

Nem mais, e até às eleições ainda o vamos ver trocar os "paços" mais vezes. A sorte dele tem sido o fato de não ser deputado, e poder ficar calado que é como ele está melhor. Mas agora vai ter de começar a falar... e o psd a rezar.

:)


Para que não haja dúvidas, a minha tese é que PS e PSD são iguais!

E nem tenho de me esforçar muito, o Pedro Passos Coelho mostrou-o claramente ontem em duas ocasiões distintas. A outra foi quando disse que o PPE não estava preocupado com a demissão porque sabia que ele (PPC/PSD) tinha vindo sempre a apoiar as medidas do Sócrates...

Há lá forma mais evidente de dizer: "connosco vai ser tudo essencialmente a mesma coisa?"

:mrgreen:
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por Lion_Heart » 25/3/2011 11:33

MarcoAntonio Escreveu:Como assim?

Isso não faz sentido nenhum:

(1) O que dita a demissão é precisamente a não aprovação do PEC4 apresentado pelo Governo. Aprovado, a que propósito se demite o Governo?

(2) Os partidos (que supostamente proporiam a demissão) estariam a concordar categoricamente com o PEC4.



Que era melhor o PEC4 passar, eu concordo. Quanto mais tempo demorar o PEC4 a entrar, mais duro será o PEC5...

Mas o cenário político é que não me parece fazer sentido nenhum. Como é que se pede a um Governo para sair por causa de um PEC e ao mesmo tempo se "mas queremos que esse PEC passe"?



Marco, esse PEC é mais uma treta, é só mais um , a seguir a esse vem mais.


Se fossem aplicadas aquelas propostas que nos falamos na altura (outro topico) para por as contas deste País na ordem, isso sim , agora estes PEC e para entreter meninos, niguém acredita neles, mas ninguém.
Editado pela última vez por Lion_Heart em 25/3/2011 11:34, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 25/3/2011 11:30

Como assim?

Isso não faz sentido nenhum:

(1) O que dita a demissão é precisamente a não aprovação do PEC4 apresentado pelo Governo. Aprovado, a que propósito se demite o Governo?

(2) Os partidos (que supostamente proporiam a demissão) estariam a concordar categoricamente com o PEC4.



Que era melhor o PEC4 passar, eu concordo. Quanto mais tempo demorar o PEC4 a entrar, mais duro será o PEC5...

Mas o cenário político é que não me parece fazer sentido nenhum. Como é que se pede a um Governo para sair por causa de um PEC e ao mesmo tempo se "mas queremos que esse PEC passe"?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por Lion_Heart » 25/3/2011 11:27

tavaverquenao2 Escreveu:"Na próxima sondagem, vejamos o efeito do PEC 4 versão PSD..."

Nem mais, e até às eleições ainda o vamos ver trocar os "paços" mais vezes. A sorte dele tem sido o fato de não ser deputado, e poder ficar calado que é como ele está melhor. Mas agora vai ter de começar a falar... e o psd a rezar.

:)


Ao menos o outro pode dizer o que quiser que toda a gente gosta dele! :mrgreen: E quanto mais mente mais gostam :lol:

E aquele ditado : me engana que eu gosto...
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por tava3 » 25/3/2011 11:24

"Na próxima sondagem, vejamos o efeito do PEC 4 versão PSD..."

Nem mais, e até às eleições ainda o vamos ver trocar os "paços" mais vezes. A sorte dele tem sido o fato de não ser deputado, e poder ficar calado que é como ele está melhor. Mas agora vai ter de começar a falar... e o psd a rezar.

:)
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por artista_ » 25/3/2011 11:17

Vi agora o Campos e Cunha defender a solução genial para esta situação. Nem sei como ninguém se lembrou dela, até porque parece que foi isso que aconteceu na Irlanda... o que ele defende é que se deveria aprovar o PEC4 com a condição de o governo se demitir no dia seguinte, haveria eleições na mesma mas o país não estaria tão mal como está... o problema é que estes políticos não estão preocupados com Portugal, estão mais preocupados com a suas estratégias políticas para chegar ao poder!

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por MarcoAntonio » 25/3/2011 11:10

Na próxima sondagem, vejamos o efeito do PEC 4 versão PSD...

:lol:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Automech » 25/3/2011 11:05

Sondagem: PSD e CDS-PP com mais de metade dos votos

Com eleições legislativas no horizonte, PSD e CDS-PP reúnem já mais de metade das intenções de voto, enquanto o partido até aqui do Governo, o PS, continua a sua queda, registando, neste momento, menos de 25% das preferências. Já o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, apresenta a taxa de popularidade mais baixa de sempre.

As conclusões pertencem a um estudo da Marktest para o Diário Económico e TSF, o qual atribuiu, caso as eleições fossem hoje, uma vitória ao maior partido da oposição com 46,7% das intenções de voto, ou seja, quase o dobro dos potenciais votos no PS. Que, com 24,5% das preferências, apresenta o segundo valor mais baixo desde que José Sócrates foi eleito secretário-geral dos socialistas.

Confirmando a subida da direita, também o CDS-PP continua em percurso ascendente, assinalando agora 6,3% das preferências, ainda assim, atrás dos partidos de esquerda, o Bloco de Esquerda, com 8,9%, e o Partido Comunista, com 6,7%.
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por Lion_Heart » 25/3/2011 9:28

scotch Escreveu:É verdade.
A minha percepção da reaidade está limitada à informação a que tenho acesso,mas principalmente dependente das consequências que pessoalmente me atingem.
Enquanto não tiver de prescindir de nada que estou habituado a consumir, tudo bem.

As coisas estarão mal,quando a minha margem de escolha estiver bastante limitada, devido a escasses de dinheiro( diminuição do rendimento real).
As coisas estarão mal, quando (pelas circunstancias) for obrigado a optar pela poupança ao invés do consumo presente.

Nessa altura é que eu irei sentir a crise.



A única forma de por este povo a perceber a gravidade da situação neste País e como os politicos são mentirosos é a seguinte:

Bastava por no Censos ou a Referedum a seguinte questão:

Cada um de vós (cidadãos Portugueses com 1 segundo de vida até ao segundo em que falecem devem (para além dos vossos créditos, empréstimos e etc etc.) 20.000 euros a Banca pois são fiadores do Estado Português. E este montante aumenta todos os anos com juros e mais crédito. Como gostariam de pagar este valor? Aceitamos cheque visado ou cash.

ps. Reservamos o direito de continuar a pedir mais dinheiro emprestado no seu nome, mais tarde daremos noticias.
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por Pata-Hari » 25/3/2011 8:29

Aliás, o seu espírito visionário está demonstrado quando diz que discorda de Merkel. Nesta altura do campeonato, Portugal não está em condições de discordar de ninguém!!!! o papel dele era ir explicar que o PEC seria feito, que concordava que a instabilidade era necessária mas que iam fazer ainda melhor! essa é a melhor maneira de garantir que a Europa rica não presta ajuda. Esse é o discurso que a Europa não pode ouvir. O termo "não concordar" não se pode colocar.

"Não concordar" é proibido. Portugal concorda com TUDO!!!! o papel dele é dizer que concorda e que vai fazer melhor e explicar porquê. Isto é de uma inabilidade politica inacreditável e até do mais básico senso comum. O que raio acha que anda a fazer? não é um brilhante inicio e eu diria que agora sim, podemos mandar os agradecimentos pelas descidas dos ratings. Ontem confirmou tudo o que a Europa temia.
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por Pata-Hari » 25/3/2011 8:24

Jolly, já leste to cv do Passos Coelho? procura aí na net, está disponível. Olha que é muito, muito, muito fraco. O senhor não é propriamente um visionário, com mundo....
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por charles » 25/3/2011 1:37

Só mais uma nota, apesar de se continuar a consumir mais ou menos o que se consumia, partindo do principio que ele é feito de forma sustentada e de preferência sem recurso ao crédito, o que está posto em causa é o crescimento, simplesmente o crescimento não existe.

Os últimos anos de governação são exemplo disso mesmo, um crescimento que não foi sustentado, especialmente no estado, assente no endividamento, e está a dar o que se vê, e depois a malta dizia que já nem podia ouvir Medina Carreira, e que esta coisa da crise não se vê, não se cheira, nem se apalpa :lol: .
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por charles » 25/3/2011 1:16

Mas a redução dos rendimentos é efectiva, quer por via dos aumentos de impostos directos, IRS, IVA, quer por via do congelamento dos ordenados, ou para alguns redução do ordenado bruto, quer por via da própria inflaçao, quer por via da taxação das mais valias em 20% :lol: são só alguns exemplos, isto tudo junto faz com que as pessoas se retraiam, é um conjunto de mais despesas vs menos rendimentos a condicionar as familias estando assim condicionada de forma negativa a micro-economia e consequentemente a macro-economia ressente-se sendo meio caminho andado para a recessão, a recessão trás mais desemprego e por ai diante, das duas ou se já tem alguma folga financeira, ou pode-se facilmente entrar em ruptura, e então a falência pode acontecer ao virar da esquina.
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por scotch » 25/3/2011 1:08

É verdade.
A minha percepção da reaidade está limitada à informação a que tenho acesso,mas principalmente dependente das consequências que pessoalmente me atingem.
Enquanto não tiver de prescindir de nada que estou habituado a consumir, tudo bem.

As coisas estarão mal,quando a minha margem de escolha estiver bastante limitada, devido a escasses de dinheiro( diminuição do rendimento real).
As coisas estarão mal, quando (pelas circunstancias) for obrigado a optar pela poupança ao invés do consumo presente.

Nessa altura é que eu irei sentir a crise.
 
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