Execução orçamental: superavit histórico de €836 milhões
Taxas de crescimento do PIB per capita em Portugal (1913-1992)
segundo Maddison (1995) e de acordo
com uma nova estimativa
[QUADRO N.° 3]
1913-1929
1929-1938
1938-1947
1947-1960
1960-1973
1973-1992 .
Maddison
0,79
1,18
1,86
3,64
7,12
2,05
Nova estimativa
1,49
0,61
1,42
3,78
6,86
2,03
Só para quem ainda tem dúvidas , do que tenho dito.
segundo Maddison (1995) e de acordo
com uma nova estimativa
[QUADRO N.° 3]
1913-1929
1929-1938
1938-1947
1947-1960
1960-1973
1973-1992 .
Maddison
0,79
1,18
1,86
3,64
7,12
2,05
Nova estimativa
1,49
0,61
1,42
3,78
6,86
2,03
Só para quem ainda tem dúvidas , do que tenho dito.
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Acho que devem ler isto para esclarecer dúvidas
http://analisesocial.ics.ul.pt/document ... h99VR7.pdf
Descubro
então que só no período do pós-guerra (1945-1992), principalmente entre
1945 e 1973, Portugal se aproxima do nível de PIB per capita dos países
ricos. Sugiro que parte do crescimento experimentado deverá ser atribuído a
algum tipo de processo de convergência ou catch-up, mas que muito ficará ,,,
http://analisesocial.ics.ul.pt/document ... h99VR7.pdf
Descubro
então que só no período do pós-guerra (1945-1992), principalmente entre
1945 e 1973, Portugal se aproxima do nível de PIB per capita dos países
ricos. Sugiro que parte do crescimento experimentado deverá ser atribuído a
algum tipo de processo de convergência ou catch-up, mas que muito ficará ,,,
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Varus, nós crescemos (bastante) mais a partir da década de 50 porque os outros também cresceram. Até os países comunistas tiveram taxas de crescimento interessantes no período de 1950 a 1973.
E tivemos contração depois do 25 de Abril, não só por causa da revolução, mas porque outros também viram substancialmente reduzidas as suas taxas de crescimento.
Os números dispensam mais comentários.
Fonte: www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2000/wp0044.pdf (página 14)
E tivemos contração depois do 25 de Abril, não só por causa da revolução, mas porque outros também viram substancialmente reduzidas as suas taxas de crescimento.
Os números dispensam mais comentários.
Fonte: www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2000/wp0044.pdf (página 14)
- Anexos
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- Crescimento.png (103.12 KiB) Visualizado 1582 vezes
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Caro Zundy :
Como já expliquei , diversas vezes, as comparações que fazem ,de há 36 anos, partem do principio que o país estaria estático , mas isso não iria acontecer, devido ao crescimento acelerado da economia da éposca , como todos nós sabemos , o PREC , provocou um atraso pelo menos 10 anos de crescimento.
A situação seria muito melhor que o actual, e para o nível de impostos pagos , a qualidade dos serviços teria de ser melhor, mas é necessário alimentar as vacas sagradas da partidocracia .
Então vamos comparar o país de 1930 e de 1966 , depois de ter passado por uma guerra civil espanhola que travou o crescimento o nosso crescimento , e uma guerra mundial , e posterior após guerra . Mesmo em condições muito adversas externas , o país estava muito melhor , da mesma forma poderemos para anos posteriores.
O país só faz o Take -off , a partir da década de 50, industrialização ,crescimento rápido, depois de ter acumulado capitais.
Nessa época a Espanha não estava melhor , a Itália também não , a Inglaterra estava falida no após guerra , e na Alemanha no após guerra foi terrível, houve muita fome, o país que estava melhor era França com as fábricas intactas , e uma juventude que tinha escapado á guerra.
Como já expliquei , diversas vezes, as comparações que fazem ,de há 36 anos, partem do principio que o país estaria estático , mas isso não iria acontecer, devido ao crescimento acelerado da economia da éposca , como todos nós sabemos , o PREC , provocou um atraso pelo menos 10 anos de crescimento.
A situação seria muito melhor que o actual, e para o nível de impostos pagos , a qualidade dos serviços teria de ser melhor, mas é necessário alimentar as vacas sagradas da partidocracia .
Então vamos comparar o país de 1930 e de 1966 , depois de ter passado por uma guerra civil espanhola que travou o crescimento o nosso crescimento , e uma guerra mundial , e posterior após guerra . Mesmo em condições muito adversas externas , o país estava muito melhor , da mesma forma poderemos para anos posteriores.
O país só faz o Take -off , a partir da década de 50, industrialização ,crescimento rápido, depois de ter acumulado capitais.
Nessa época a Espanha não estava melhor , a Itália também não , a Inglaterra estava falida no após guerra , e na Alemanha no após guerra foi terrível, houve muita fome, o país que estava melhor era França com as fábricas intactas , e uma juventude que tinha escapado á guerra.
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varus Escreveu:Quando se deu o 25A tinha 12 anos , já tinha idade mais que suficiente para ter a noção da realidade , agora como não viveram nessa época , acham o que digo é mentira , bom , já não um problema meu , mas porque estão intoxicados pela propaganda do após 25A, o que eu posso fazer.
varus Escreveu:Então a situação do país está bem pior que antes 25A.
Só tu é que não vÊs, tens de comprar um óculos
É verdade que a esquerda sempre exagerou no retrato que fez do Estado novo, a própria história está muito manipulada. Mas eu sou de direita, não me iludo com propaganda de esquerda. Mas há pessoas que também estão muito iludidas como é o seu caso, talvez fruto de, presumo, ter vivido numa grande cidade, onde o nível de vida era razoável e o cosmopolitismo, cultura, etc, também.
Agora, você não faz a mínima ideia do que era o país real nesses tempos. Portugal no interior era um país isolado, analfabeto e muito miserável. Pergunte a qualquer pessoa da grande vaga de emigração dos anos 60 ou 70, dos que tiveram que viver em bairros da lata em França, pergunte-lhes como era a vida no país real, fora da capital.
Vastas regiões do país só muitos anos depois do 25 de Abril tiveram por exemplo acesso a saneamento básico ou água canalizada, ou mesmo em menor escala a própria electricidade.
Você não faz a mínima ideia do terceiro-mundismo em que vivia o interior profundo.
As coisas hoje podem estar más, mas por favor, não exageremos.
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pepi Escreveu:Julgo que um dos factores que está a desencadear esta fuga para a frente do Sr. Pinto de Sousa, resulta do facto do S&P ter baixado para junk o rating das principais empresas públicas sobre endividadas... Assim, estas têm que recorrer ao accionista para fazer face aos deficits de tesouraria... E o accionista, i.e. o ESTADO, tem que aumentar a despesa pública e o seu endividamento!
CP precisa de 750 milhões de euros e tem o mercado financeiro fechado
22 Março 2011 | 00:01
Alexandra Noronha - anoronha@negocios.pt
Transportadora não está a conseguir financiar-se no mercado financeiro. Descida do "rating" piora situação e cria factura adicional de 120 milhões.
As necessidades de financiamento da CP vão agravar-se ainda mais. Além dos 630 milhões de euros que precisava durante este ano, a CP tem de obter mais 120 milhões de euros nos próximos quatro meses, para liquidar antecipadamente um empréstimo que fez no mercado de capitais internacional. A amortização desta dívida deveria ocorrer em 2021, mas segundo sabe o Negócios, com a descida de "rating" da empresa a CP vai ter de amortizar antecipadamente esse empréstimo.
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varus Escreveu:Eu convivo com pessoas reais , agora como estão todo confinados juntos aos PC , não tem contacto com realidade diária das pessoas ,
Convívio diariamente com muita gente , e a pessoa em causa é real , e nem é pró antigo regime .

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
A quantidade de pessoas que tinham bons empregos , e que actualmente estão com metade ou menos metade do salário que auferiam anteriormente , se é que arranjaram novamente emprego . É mentira ?
Conheço casos reais , até nestes dias passou na TV , casos dos novos pobres , que tem de pedir comida , e que anteriormente tinham uma vida desafogada, é mentira ?
Então a situação do país está bem pior que antes 25A.
Só tu é que não vÊs, tens de comprar um óculos
Conheço casos reais , até nestes dias passou na TV , casos dos novos pobres , que tem de pedir comida , e que anteriormente tinham uma vida desafogada, é mentira ?
Então a situação do país está bem pior que antes 25A.
Só tu é que não vÊs, tens de comprar um óculos

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Caro nelsonfilipe :
É lógico , que existem excepções , como o seu caso , e sabe o que é a luta diária , ter de pagar impostos futuros , e no caso do PEC, se não tiver lucros , vai perder esse dinheiro, só porque o estado acha que é um ladrão. A crise para o estado não existe , as empresas é que tem que se desenrascar .
Os "boys", e clientela politica as vacas sagradas do regime tem de ser alimentadas, a todo o custo , não podem passar fome ou frio, o resto da população que se amanhe .
Marco António :
Quando se deu o 25A tinha 12 anos , já tinha idade mais que suficiente para ter a noção da realidade , agora como não viveram nessa época , acham o que digo é mentira , bom , já não um problema meu , mas porque estão intoxicados pela propaganda do após 25A, o que eu posso fazer.
É lógico , que existem excepções , como o seu caso , e sabe o que é a luta diária , ter de pagar impostos futuros , e no caso do PEC, se não tiver lucros , vai perder esse dinheiro, só porque o estado acha que é um ladrão. A crise para o estado não existe , as empresas é que tem que se desenrascar .
Os "boys", e clientela politica as vacas sagradas do regime tem de ser alimentadas, a todo o custo , não podem passar fome ou frio, o resto da população que se amanhe .
Marco António :
Quando se deu o 25A tinha 12 anos , já tinha idade mais que suficiente para ter a noção da realidade , agora como não viveram nessa época , acham o que digo é mentira , bom , já não um problema meu , mas porque estão intoxicados pela propaganda do após 25A, o que eu posso fazer.
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varus Escreveu:Caro Marco António :
Embora fosse pequeno , tinha a noção da realidade , nunca vi um desanimo , nestes níveis, embora no PREC , tenha visto uma grande preocupação e incerteza , mas antes 25A, as pessoas sentiam confiança no futuro.
Ainda há dias , estava a falar com um amigo que tem uma micro empresa , de estofos , e disse-me , "no mês de Janeiro , só facturei 200 euros", "trabalho desde o tempo do Salazar , e nunca vi nada semelhante "
Perguntei-lhe , mas no tempo Salazar havia trabalho ?
Responde "Oh ,havia muito trabalho"
Há três meses houve inquérito , e maioria das pessoas diziam , que viviam melhor antes do 25A, do que agora. Estão a mentir ?
O problema da rapaziada deste forum , vive no mundo virtual da net, não são empresários , não tem de pagar salários ao fim do mês, não tem que pagar aos fornecedores , cobrar aos clientes , pagar impostos, lutar contra burocracia , pagar juros cada vez mais elevados á banca , crédito cada vez mais escasso , é uma luta diária terrível, com uma grande angústia , porque a classe politica , não se entende , não sabe gerir o país , e vivem num país irreal .
Não metas tudo dentro do mesmo saco sff. Esta rapaziada que também sou, visto que sou apenas um rapaz em idade, tenho 13 pessoas a trabalhar pra mim, sei o que é pagar a fornecedores a tempo e a horas, sei o que é andar atras dos clientes pra pagarem, sei o que é ficar com calotes de clientes na ordem dos 10 a 30 mil euros, sei o que é pagar impostos, sei o que é pagar ordenados e subsidios de natal e ferias, sei o que é aturar a burocracia dos serviços deste país, sei o que custa crescer empresarialmente devido a politiquices e tachos dos boys e girls dos partidos, entre outrasssssss inumerasssss coisas que eu poderia enumerar. E no entanto tenho idade pra ser filho de mta gente que anda aqui no forum mas não é por isso que não sei o que é a vida.
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MarcoAntonio Escreveu:varus Escreveu:O problema da rapaziada deste forum , vive no mundo virtual da net, não são empresários , não tem de pagar salários ao fim do mês, não tem que pagar aos fornecedores , cobrar aos clientes , pagar impostos, lutar contra burocracia , pagar juros cada vez mais elevados á banca , crédito cada vez mais escasso , é uma luta diária terrível, com uma grande angústia , porque a classe politica , não se entende , não sabe gerir o país , e vivem num país irreal .
Em contrapartida tu sabes o que a "rapaziada" deste Forum faz na vida, como vive, que responsabilidades e compromissos tem, que dificuldades enfrenta e "em que país vivem"!
Incrível, nem eu que sou administrador do Forum tenho 1% dessa informação...
Avança aí com a percentagem exacta de participantes que são patrões que eu confesso que até tinha curiosidade em saber e contigo por aqui para esclarecer a "rapaziada", há que aproveitar!
Não está fácil de ver que o homem é da PIDE? Continuaram na penumbra, mas a juntar informação sobre tudo e todos?!

varus Escreveu:Há três meses houve inquérito , e maioria das pessoas diziam , que viviam melhor antes do 25A, do que agora. Estão a mentir ?
Isto já foi discutido noutro tópico, mas a memória não será provavelmente o teu forte.
Se 46% respondeu que achava as condições económicas e sociais em Portugal piores que antes do 25 de Abri, também 58% acha que vivemos pior do que em 1986!
Eu acho esta resposta estranhíssima e um fortíssimo indicador de que não se deve ligar nada a este inquérito. As pessoas "vivem" a crise actual, que é a que lhes dói e já não se recordam da de 1986...
E muitos dos inquiridos ou eram crianças ou nem sequer eram nascidos antes do 25 de Abril. Porém, só 18% se absteu de responder!
Obviamente, não te cansarás de repetir o resultado desta sondagem e por certo ignorarás todas as outras que abordem a matéria ou o que as pessoas pensam sobre o que era o país antes do 25 de Abril cujos resultados não te sejam oportunos...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 22/3/2011 1:30, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Em contrapartida tu sabes o que a "rapaziada" deste Forum faz na vida, como vive, que responsabilidades e compromissos tem, que dificuldades enfrenta e "em que país vivem"!
Incrível, nem eu que sou administrador do Forum tenho 1% dessa informação...
Avança aí com a percentagem exacta de participantes que são patrões que eu confesso que até tinha curiosidade em saber e contigo por aqui para esclarecer a "rapaziada", há que aproveitar!


Amigo Varus,
Ria-se um pouquinho ... o comentário do Marco é excelente e divertido!
Já agora, aproveito para dizer que me retiro da discussão, mas gostei sinceramente da conversa.
Mas fico com a impressão do seguinte: Varus, você entende política quase como uma questão de fé e de crença. Você acredita num modelo político quase como algumas pessoas acreditam em Deus ou numa religião. Eu já discuti religião com gente de que gosto muito, mas que me põem numa situação em que me é impossível um debate de ideias apenas. Eu não tenho, nem ninguém tem, como questionar um fé assim, particularmente porque não é possível voltar atrás no tempo e fazer o seu amigo Salazar governar de novo.
Para mim pôr em causa a competência de Salazar consigo é quase equivalente a questionar a existência de Deus com uma testemunha de Jeová.
Mas humildemente aceite uma opinião - não veja a economia e a política como uma religião. Não há modelos políticos, nem pessoas perfeitas. E para diferentes circunstâncias podemos ter melhores soluções diferentes.
Abraço e boa sorte!
Pedro Carriço
varus Escreveu:Caro Marco António :
Embora fosse pequeno , tinha a noção da realidade , nunca vi um desanimo , nestes níveis, embora no PREC , tenha visto uma grande preocupação e incerteza , mas antes 25A, as pessoas sentiam confiança no futuro.
Falar contigo é uma absoluta perda de tempo!
Uma criança tem noção de uma realidade da qual viu 1% há 40 anos atrás. Um adulto a descrever a situação actual de Portugal a partir do Brasil já é um problema...
Ok, já deu para perceber que jamais entenderás a incoerência!
varus Escreveu:Ainda há dias , estava a falar com um amigo que tem uma micro empresa , de estofos , e disse-me , "no mês de Janeiro , só facturei 200 euros", "trabalho desde o tempo do Salazar , e nunca vi nada semelhante "
Perguntei-lhe , mas no tempo Salazar havia trabalho ?
Responde "Oh ,havia muito trabalho"
Há três meses houve inquérito , e maioria das pessoas diziam , que viviam melhor antes do 25A, do que agora. Estão a mentir ?
Eu não faço ideia se este personagem é real ou inventado (mesmo que seja real, é igual ao litro).
varus Escreveu:O problema da rapaziada deste forum , vive no mundo virtual da net, não são empresários , não tem de pagar salários ao fim do mês, não tem que pagar aos fornecedores , cobrar aos clientes , pagar impostos, lutar contra burocracia , pagar juros cada vez mais elevados á banca , crédito cada vez mais escasso , é uma luta diária terrível, com uma grande angústia , porque a classe politica , não se entende , não sabe gerir o país , e vivem num país irreal .
Em contrapartida tu sabes o que a "rapaziada" deste Forum faz na vida, como vive, que responsabilidades e compromissos tem, que dificuldades enfrenta e "em que país vivem"!
Incrível, nem eu que sou administrador do Forum tenho 1% dessa informação...
Avança aí com a percentagem exacta de participantes que são patrões que eu confesso que até tinha curiosidade em saber e contigo por aqui para esclarecer a "rapaziada", há que aproveitar!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Caro Marco António :
Embora fosse pequeno , tinha a noção da realidade , nunca vi um desanimo , nestes níveis, embora no PREC , tenha visto uma grande preocupação e incerteza , mas antes 25A, as pessoas sentiam confiança no futuro.
Ainda há dias , estava a falar com um amigo que tem uma micro empresa , de estofos , e disse-me , "no mês de Janeiro , só facturei 200 euros", "trabalho desde o tempo do Salazar , e nunca vi nada semelhante "
Perguntei-lhe , mas no tempo Salazar havia trabalho ?
Responde "Oh ,havia muito trabalho"
Há três meses houve inquérito , e maioria das pessoas diziam , que viviam melhor antes do 25A, do que agora. Estão a mentir ?
O problema da rapaziada deste forum , vive no mundo virtual da net, não são empresários , não tem de pagar salários ao fim do mês, não tem que pagar aos fornecedores , cobrar aos clientes , pagar impostos, lutar contra burocracia , pagar juros cada vez mais elevados á banca , crédito cada vez mais escasso , é uma luta diária terrível, com uma grande angústia , porque a classe politica , não se entende , não sabe gerir o país , e vivem num país irreal .
Embora fosse pequeno , tinha a noção da realidade , nunca vi um desanimo , nestes níveis, embora no PREC , tenha visto uma grande preocupação e incerteza , mas antes 25A, as pessoas sentiam confiança no futuro.
Ainda há dias , estava a falar com um amigo que tem uma micro empresa , de estofos , e disse-me , "no mês de Janeiro , só facturei 200 euros", "trabalho desde o tempo do Salazar , e nunca vi nada semelhante "
Perguntei-lhe , mas no tempo Salazar havia trabalho ?
Responde "Oh ,havia muito trabalho"
Há três meses houve inquérito , e maioria das pessoas diziam , que viviam melhor antes do 25A, do que agora. Estão a mentir ?
O problema da rapaziada deste forum , vive no mundo virtual da net, não são empresários , não tem de pagar salários ao fim do mês, não tem que pagar aos fornecedores , cobrar aos clientes , pagar impostos, lutar contra burocracia , pagar juros cada vez mais elevados á banca , crédito cada vez mais escasso , é uma luta diária terrível, com uma grande angústia , porque a classe politica , não se entende , não sabe gerir o país , e vivem num país irreal .
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varus Escreveu:Caro pdcarrico :
Uma coisa é ver a crise pela TV , outra é sentir vê-la .
É... o mesmo (e mais!) aplica-se a descrições sobre o período da ditadura por quem só o viveu em criança e isso não te impede de fazer todo o tipo de asserções sobre o período: como foi e como não foi, como se vivia e deixava de viver. Até já chegaste a escrever que as pessoas andavam exuberantes, cantavam na rua e mais não sei quê, um quadro totalmente cor de rosa de quem nunca viveu o período enquanto adulto e nunca esteve sujeito na primeira pessoa a todo o tipo de situações que só um adulto está sujeito!
Tu nunca sentiste enquanto adulto e "pessoa inteira" um período que não te cansas de propagandear em tudo o que é tópico sobre o clima político actual em Portugal...
Pelo menos o pdcarrico está a comentar uma situação actual que podemos testar e que vivemos actualmente!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Já agora cuidado , que o Brasil , poderá entrar outra vez numa espiral descendente , já estão a cometer os mesmos erros dos nossos sábios vê este blog
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/
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Caro pdcarrico :
Uma coisa é ver a crise pela TV , outra é sentir vê-la .
Em 1992 , estive um vários meses no Rio , e aí é que vi uma crise a sério, as casas não se vendiam , as pessoas a queixarem-se , os restaurantes vazios , as pessoas a dizerem que estavam falidas , que não arranjavam emprego, e uma inflação de 25% ao mês , as poupanças tinham sido congeladas dois anos antes.
Hoje tive que ir a Braga a meio da tarde , a autoestrada estava vazia , não havia carros e nem camiões, surreal .
O triângulo, para quem não sabe , entre Barcelos Braga e Guimarães , é que está a ter o maior crescimento demográfico da europa .
A situação de Portugal , já está a deteriorar-se desde 2000, e já se estava a sentir , na actividade económica .
A principal razão tem haver com o crescimento louco do numero de F.P , depois do 25A, em 1973 eram 200.000 e o número chegou a atingir 750.000. mas devem rondar actualmente os 700.000.
O estado novo sabia gerir o país , não entrou em loucuras de alimentar uma clientela politica , como foi feira depois 25A.
O estado novo teve sempre um cuidado extremo nas contas públicas .
A subida louca de dos salários , via promoção ou de outra formas .
Os políticos sábios , imaginaram sempre , que não haveria problema , aumenta-se os impostos , até ao limite , porque os empresários são ladrões , fogem aos impostos , o que é preciso é espreme -los, até ao limite .
Quando se monta uma empresa , já tens o rótulo de ladrão , no terceiro ano de actividade , já tens de pagar impostos futuros como PC e PEC.
O mais caricato , o PEC foi votado favoravelmente a sua abolição , pelos partidos , mas continua, e mais curioso , segundo me dizem a maioria das empresas , já não esta a pagar , mas no ano seguinte vem uma coima , mas A.F, não executa os contribuintes faltosos e deixa andar , isto já está no âmbito da loucura
O erros que se cometeram , só foram visíveis , a partir de 2000, porque entretanto houveram os fundos comunitários, privatizações ,etc.
Antes do 25A era ditadura , mas pagava-se um quarto dos impostos , que se paga actualmente .
Mas ditadura é que é agora , todos agentes económicos asfixiados , um país falido, com encargos financeiros assustadores , um população deprimida .
Uma coisa é ver a crise pela TV , outra é sentir vê-la .
Em 1992 , estive um vários meses no Rio , e aí é que vi uma crise a sério, as casas não se vendiam , as pessoas a queixarem-se , os restaurantes vazios , as pessoas a dizerem que estavam falidas , que não arranjavam emprego, e uma inflação de 25% ao mês , as poupanças tinham sido congeladas dois anos antes.
Hoje tive que ir a Braga a meio da tarde , a autoestrada estava vazia , não havia carros e nem camiões, surreal .
O triângulo, para quem não sabe , entre Barcelos Braga e Guimarães , é que está a ter o maior crescimento demográfico da europa .
A situação de Portugal , já está a deteriorar-se desde 2000, e já se estava a sentir , na actividade económica .
A principal razão tem haver com o crescimento louco do numero de F.P , depois do 25A, em 1973 eram 200.000 e o número chegou a atingir 750.000. mas devem rondar actualmente os 700.000.
O estado novo sabia gerir o país , não entrou em loucuras de alimentar uma clientela politica , como foi feira depois 25A.
O estado novo teve sempre um cuidado extremo nas contas públicas .
A subida louca de dos salários , via promoção ou de outra formas .
Os políticos sábios , imaginaram sempre , que não haveria problema , aumenta-se os impostos , até ao limite , porque os empresários são ladrões , fogem aos impostos , o que é preciso é espreme -los, até ao limite .
Quando se monta uma empresa , já tens o rótulo de ladrão , no terceiro ano de actividade , já tens de pagar impostos futuros como PC e PEC.
O mais caricato , o PEC foi votado favoravelmente a sua abolição , pelos partidos , mas continua, e mais curioso , segundo me dizem a maioria das empresas , já não esta a pagar , mas no ano seguinte vem uma coima , mas A.F, não executa os contribuintes faltosos e deixa andar , isto já está no âmbito da loucura
O erros que se cometeram , só foram visíveis , a partir de 2000, porque entretanto houveram os fundos comunitários, privatizações ,etc.
Antes do 25A era ditadura , mas pagava-se um quarto dos impostos , que se paga actualmente .
Mas ditadura é que é agora , todos agentes económicos asfixiados , um país falido, com encargos financeiros assustadores , um população deprimida .
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A fonte pode ser mais inclinada para um lado, mas os dados parecem-me objectivos e não devem fugir nada à realidade.
Só a TAP tem um passivo pouco maior de 2 mil milhões, por isso admitir que nove empresas públicas têm esse passivo de 16 parece-me perfeitamente aceitável.
Mas há aqui elementos importantes. Por exemplo a TAP tem esses 2 mil milhões de passivo (dos quais 1,4 serão remunerados), mas tem activos, e conseguiria sobreviver com uma parte desse passivo. Parece-me que o apropriado para cálculo do passivo desorçamentado seria saber ao certo quanto precisaria o Estado de injectar nas empresas para que dessem lucro zero. E aí podemos aproveitar os números do artigo que mostraste que fala em prejuízos anuais de 700 milhões. Admitindo que o estado se financia a 7%. Então é como se essas empresas fossem um passivo de 10 mil milhões para o Estado.
É um valor alto e sem dúvida preocupante. Mas se pensares que o défice disparou de 64% para 90% do PIB, mesmo com prejuízos acumulados de 700 milhões por ano (não transferidos das empresas para o Estado), com certeza parece-me que a grande fonte do aumento do défice veio do próprio estado, assim como provavelmente a ligeira correcção de 2004 a 2008 também terá vindo do próprio Estado.
Só a TAP tem um passivo pouco maior de 2 mil milhões, por isso admitir que nove empresas públicas têm esse passivo de 16 parece-me perfeitamente aceitável.
Mas há aqui elementos importantes. Por exemplo a TAP tem esses 2 mil milhões de passivo (dos quais 1,4 serão remunerados), mas tem activos, e conseguiria sobreviver com uma parte desse passivo. Parece-me que o apropriado para cálculo do passivo desorçamentado seria saber ao certo quanto precisaria o Estado de injectar nas empresas para que dessem lucro zero. E aí podemos aproveitar os números do artigo que mostraste que fala em prejuízos anuais de 700 milhões. Admitindo que o estado se financia a 7%. Então é como se essas empresas fossem um passivo de 10 mil milhões para o Estado.
É um valor alto e sem dúvida preocupante. Mas se pensares que o défice disparou de 64% para 90% do PIB, mesmo com prejuízos acumulados de 700 milhões por ano (não transferidos das empresas para o Estado), com certeza parece-me que a grande fonte do aumento do défice veio do próprio estado, assim como provavelmente a ligeira correcção de 2004 a 2008 também terá vindo do próprio Estado.
Pedro Carriço
Estradas de Portugal: Endividamento será de 400 milhões de euros em 2007 e vai manter-se ou reduzir-se em 2008
Lisboa, 12 Nov (Lusa) - O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, garantiu hoje que o endividamento da Estradas de Portugal (EP) será de 400 milhões euros no final deste ano e que deverá manter-se ou reduzir em 2008.
Lusa
Lisboa, 12 Nov (Lusa) - O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, garantiu hoje que o endividamento da Estradas de Portugal (EP) será de 400 milhões euros no final deste ano e que deverá manter-se ou reduzir em 2008.
Mário Lino, que falava na Assembleia da República, no debate na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2008, recusou as críticas à situação financeira da EP e defendeu o novo modelo de financiamento da rede rodoviária nacional.
"A política das Estadas de Portugal [em relação ao endividamento] para o próximo ano prevê um valor idêntico ou mesmo inferior comparativamente com os 400 milhões de euros do final deste ano", afirmou o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
O jornal Sol noticiou, a 3 de Novembro, que o Tribunal de Contas considera impossível ter uma ideia clara da situação financeira das Estradas de Portugal e critica a nova taxa do serviço rodoviário que o governo decidiu criar para financiar essa empresa.
Citando um relatório de auditoria do TC à Estradas de Portugal, relativo a 2005, o Sol refere que o órgão fiscalizador entende que "a situação económica e financeira das Estradas de Portugal é preocupante" e aponta casos como os contratos assumidos por ajuste directo (sem a existência de qualquer concurso público) no valor de 2,5 mil milhões de euros, que ultrapassa em quase 50 por cento as autorizações iniciais.
O Sol refere ainda que o Tribunal de Contas critica a nova contribuição de serviço rodoviário, criada este ano pelo governo para financiar as Estradas de Portugal, por ela não parecer tratar-se de uma contraprestação dos serviços prestados aos utentes.
"Não existe uma relação directa entre o consumo de combustíveis e a utilização da rede rodoviária nacional" e já há portagens para os utilizadores da rede de estradas concessionadas, argumenta o TC.
São os consumidores de combustíveis que vão pagar essa contribuição (6,4 cêntimos por cada litro de gasolina e de 8,6 cêntimos por cada litro de gasóleo).
O governo transformou este ano a Estradas de Portugal, até há pouco tempo uma entidade pública empresarial, numa sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, estando esta agora aberta à entrada de privados no seu capital.
JS.
Lusa/Fim
FINANÇAS PÚBLICAS
Passivo bancário da Estradas de Portugal volta a disparar e agrava dívida pública
Publicado em 13 de Setembro de 2010
O passivo bancário da Estradas de Portugal já subiu mais que o limite previsto no PEC. Mas o reembolso do IVA reclamado pela EP iria penalizar o défice público
O passivo bancário da Estradas de Portugal (EP) está, neste momento, nos 1,9 mil milhões de euros, adiantou ao i fonte oficial da empresa. A EP fechou 2009 com uma dívida à banca de 1500 milhões de euros e o valor alcançado em Setembro representa um agravamento da ordem dos 400 milhões de euros, ou de 27%, e poderá não ficar por aqui. A empresa ainda procura mais financiamentos para fazer face a necessidades de tesouraria, conforme revelou mais uma carta enviada às Finanças e que veio a público. Até final do mês, vence a última tranche anual de pagamento às concessionárias Scut (auto-estradas sem custos para os utilizadores) no montante de 177 milhões de euros.
Isto significa que a Estradas de Portugal já ultrapassou o limite de 7% previsto no PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) para subida do endividamento das empresas públicas.
Aliás, foi o próprio presidente da empresa que o confirmou ao i, na quinta-feira passada, mas Almerindo Marques não quis comentar declarações do Ministério das Finanças, segundo as quais tinha sido autorizada uma excepção ao cumprimento do limite, no caso da Águas de Portugal.
Este é o quarto ano consecutivo de subida em flecha do endividamento bancário da Estradas de Portugal. Em 2009, a dívida cresceu 598 milhões de euros. Em 2008, o agravamento tinha sido de 450 milhões de euros e em 2007 cresceu cerca de 400 milhões de euros. No mesmo período, a empresa até melhorou substancialmente os resultados, com lucros de 74,5 milhões de euros em 2009, mas isso não impediu os problemas crónicos de tesouraria. E, ao contrário de outras empresas públicas com grandes passivos, como a Refer ou CP, o endividamento da Estradas de Portugal conta para a dívida pública, porque todas as rubricas contabilísticas da EP têm impacto directo nas contas nacionais que servem para cálculo do défice público. Por isso, diz o relatório de 2009, "se a EP se financiar junto do sector financeiro ou do resto do mundo está a aumentar a dívida pública". No final de Julho, a dívida directa do Estado atingia 146,2 mil milhões de euros.
Reembolso do IVA penaliza défice O sucessivo adiamento da introdução de portagens nas Scut é uma das situações que explicam o endividamento galopante da empresa desde que ficou responsável pelo pagamento destas concessões. Mas há outros factores cuja decisão também depende do Estado.
Este ano, o principal "buraco" na tesouraria da empresa foi a não-devolução do IVA reclamado junto do fisco, que supera os 227 milhões de euros. A EP acredita que tem direito ao reembolso do IVA que incide sobre a contribuição rodoviária que recebe através do imposto petrolífero. Contudo, a decisão tarda e já no ano passado o Tesouro foi obrigado a fazer um empréstimo de urgência de 130 milhões de euros à EP.
Tudo indica que o impasse se vai manter este ano, sob pena de penalizar o défice público, que o governo quer baixar para 7,3%. O crescimento das receitas do IVA, em parte devido ao aumento da taxa, é até agora quase a única boa notícia da execução orçamental. O reembolso de um montante tão elevado à EP poria em causa o ritmo da subida desta receita. E, entre défice e dívida, o governo é mais pressionado a controlar o primeiro.
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pepi Escreveu:pdcarrico Escreveu:Pode ser que tenhas razão. Admito que há muita coisa de que não tenho conhecimento em termos quantitativos. Isto é, tenho pouca noção dos montantes desorçamentados.
O problema da desorçamentação é mesmo esse! Ninguém sabe bem quanto é, onde está... O perimetro de consolidação do Estado é imenso!
Julgo que um dos factores que está a desencadear esta fuga para a frente do Sr. Pinto de Sousa, resulta do facto do S&P ter baixado para junk o rating das principais empresas públicas sobre endividadas... Assim, estas têm que recorrer ao accionista para fazer face aos deficits de tesouraria... E o accionista, i.e. o ESTADO, tem que aumentar a despesa pública e o seu endividamento!
Se googlares desorçamentação tens muito por onde entreter...
Abraços,
Pepi
Faz algum sentido. Mas por outro lado, o défice já vinha acima de 9% no ano passado e segundo julgo saber os ratings das empresas públicas não teriam baixado ainda para o nível junk. Ou seja, essa dificuldade que mencionas, que está bem vista, é mais provável que talvez se venha a verificar daqui para a frente e não em relação ao passado.
Ou seja poderia de 2010 para trás, a dívida estar ainda no balanço dessas empresas e não incluir os 90% que aparecem no tal gráfico do expresso. O que quero dizer com isto é que talvez o montante desorçamentado tenha sido tão alto no ano passado quanto o foi em 2008 ou 2006. Ou seja a evolução do tal gráfico, que pode não corresponder à dívida total, mas possivelmente será verdadeiro em relação à tendência de ligeira queda (até 2008) e depois de abrupto agravamento (desde 2008).
O problema é que com 9% de défice e sem crescimento, não há grande volta a dar - o endividamento tem de subir. E ainda por cima, com o ritmo de crescimento da taxa média de financiamento não há grande volta a dar. A dívida vai crescer ainda mais e só mesmo com austeridade é que lá vamos.
Mas acho que é melhor um pacto político antes de eleições para que depois, quem tiver ao leme, faça o que tenha de fazer sem ruídos.
Pedro Carriço
pepi Escreveu:Se googlares desorçamentação tens muito por onde entreter...
Poderás achar a fonte pouco independente, mas julgo que os dados são objectivos e percebes o que pretendo dizer:
http://www.institutosacarneiro.pt/portu ... 5&idi=1374
Portugal Sustentável- Tempo de deixar de desorçamentar e esconder a dívida
Miguel Frasquilho e Pedro Gonçalves
Economistas
As empresas públicas têm sido e continuam a ser um instrumento de qualquer governo para práticas de desorçamentação de despesa e para “esconder” dívida pública futura. Vejamos.
As principais empresas públicas cronicamente deficitárias são (por ordem alfabética): Carris, CP, Metro de Lisboa, Metro do Porto, Refer, RTP, STCP, TAP e Transtejo. Com excepção da TAP em alguns anos, estas empresas têm acumulado, desde sempre, resultados negativos. Mas a que se deve estes resultados? A má gestão? À falta de racionalidade económica e financeira das decisões? Ao serviço público que é prestado?
Em nossa opinião, e pese embora a resposta àquelas questões possa conter, em alguns casos, um fundo de verdade, a principal razão para a situação económico-financeira negativa que estas empresas apresentam resulta do subfinanciamento que recebem do Estado pelo serviço público que prestam. Na verdade, o Estado devia, através das indemnizações compensatórias transferidas anualmente do Orçamento do Estado, ressarcir as empresas pelos custos em que incorrem na prestação de serviços públicos. Acresce que muitas destas empresas não só apresentam um subfinanciamento ao nível operacional, como também ao nível do investimento, quando são for-çadas (pelo poder político) a alargar a sua actividade sem o adequado financiamento. Os exemplos são vários, desde a construção e extensão da linha de metropolitano para o aeroporto da Portela – quando este deverá ser encerrado em menos de 10 anos após a linha estar concluída (!) –, aos típicos eléctricos de Lisboa que, sendo um “cartão de visita” da capital, constituem uma fonte de prejuízo para a Carris.
Como se pode verificar no quadro em anexo, só no ano de 2007 é que as indemnizações compensatórias vieram compensar o resultado operacional negativo permitindo, assim, e pela primeira vez nos últimos anos, o equilíbrio operacional para o conjunto de empresas atrás referido. No entanto, nem tudo são boas notícias: o endividamento tem crescido de ano para ano (e de que maneira!...), tendo atingido, em 2007, uns alarmantes EUR 16 mil milhões, ou 10% do PIB! Os custos deste enorme endividamento sufocam a conta de resultados destas empresas que, no ano passado, apresentaram um prejuízo de EUR 705 milhões (e que, nos últimos 7 anos, totalizou EUR 5.5 mil milhões).
Ao longo do tempo, os diversos governos têm vindo a por em prática esta cosmética orçamental – um verdadeiro expediente para tentar não piorar o défice público – que se destina a transferir o esforço de investimento do Orçamento do Estado para empresas públicas que são deficitárias – o que constitui, como o Tribunal de Contas já tantas vezes constatou, uma prática clara de desorçamentação… que, aliás, não nos surpreenderia que, em breve, se pudesse estender à Estradas de Portugal (transformada de Entidade Pública Empresarial em Sociedade Anónima de Capitais Públicos no final de 2007)…
Indicadores financeiros agregados para um conjunto de 9 empresas públicas seleccionadas*, 2001-2007.
* Os dados agregados dizem respeito às seguintes empresas públicas: Carris, CP, Metro de Lisboa, Metro do Porto, Refer, RTP, STCP, TAP e Transtejo.
Fontes: Empresas, Ministério das Finanças e da Administração Pública, cálculos dos autores.
Ora, o endividamento acumulado até 2007 deste conjunto de empresas (os já referidos 10% do PIB), mais não é do que dívida pública escondida – que deveria, pois, acrescer à dívida pública “oficial”, que ultrapassará 65% do PIB em 2009 (juntando aos 64% previstos no OE’2009 a dívida pública – de sensivelmente 1% do PIB – que será emitida para regularizar as dívidas do Estado às empresas). O que, mesmo sem contar com os encargos anuais associados às parcerias público-privadas, que também têm vindo a crescer de ano para ano, já colocaria a dívida pública total em cerca de 75% do PIB… Ora, havendo mais dívida pública, o seu financiamento irá, fatalmente, requerer o lançamento de mais impostos sobre todos os portugueses, fazendo perigar (ainda mais…) a sustentabilidade económica e financeira do nosso país.
Cremos ser mais do que tempo de em Portugal se optar por uma contabilização que retrate de forma clara, rigorosa e transparente o endividamento público do país, e não por processos e expedientes menos claros de desorçamentação, que só escondem a realidade económico-financeira das nossas contas públicas. Uma regra de boa gestão que se deve aplicar ao Estado, às empresas públicas, às empresas privadas, enfim, a todos – porque sem um conhecimento verdadeiro da realidade não se podem aplicar (boas) medidas correctivas.
É esse o desafio que aqui lançamos: falar verdade para poder gerir com o rigor de que tanto precisamos.
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