Off topic - Seremos todos culpados pela educação que damos ?
e-finance Escreveu:Todos nós aspiramos ter o nível de vida europeu, tivemos por momentos a ilusão disso, queriam que as pessoas tratassem os filhos a pão e água, para eles saberem o que custa a vida?
Muitos de nos da anterior geração a "rasca" éramos assim tão maus? Fomos tão criticados e agora também já mandamos as nossas pedradas aos outros.
É o típico discurso, os tipos da geração mais nova são uns incompetentes, nunca vão ser nada só porque não fazem as coisas como nós. O mundo evolui as pessoas evoluem.
Acho especial piada à vitimização, criou-se o monstro e agora até se passa fome para ele ir aos concertos. São tão consumistas os pais como os filhos, aliás foi com os pais que os filhos aprenderam.
Cumps.
Mas não é isso mesmo que o texto critica? O facto desta geração ser/estar assim é devido à geração anterior a ter criado para ser assim.
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artista Escreveu:AC, de quem é o texto? acho que seria simpático colocares aqui o link pelo menos!![]()
Concordo com uma boa parte do texto mas acho-o algo exagerado e com generalizações que não se podem fazer... mas tem aspectos interessantes que estimulam a reflexão!
Não faço a minima ideia de quem seja pois recebi-o por email, como muitos outros, mas este chamou-me atênção pela frieza e racionalidade com que o conteúdo é exposto. O primeiro paragrafo é da minha autoria, é a minha opinião ao texto que se segue.
AC Investor Blog
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Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
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Todos nós aspiramos ter o nível de vida europeu, tivemos por momentos a ilusão disso, queriam que as pessoas tratassem os filhos a pão e água, para eles saberem o que custa a vida?
Muitos de nos da anterior geração a "rasca" éramos assim tão maus? Fomos tão criticados e agora também já mandamos as nossas pedradas aos outros.
É o típico discurso, os tipos da geração mais nova são uns incompetentes, nunca vão ser nada só porque não fazem as coisas como nós. O mundo evolui as pessoas evoluem.
Acho especial piada à vitimização, criou-se o monstro e agora até se passa fome para ele ir aos concertos. São tão consumistas os pais como os filhos, aliás foi com os pais que os filhos aprenderam.
Cumps.
Muitos de nos da anterior geração a "rasca" éramos assim tão maus? Fomos tão criticados e agora também já mandamos as nossas pedradas aos outros.
É o típico discurso, os tipos da geração mais nova são uns incompetentes, nunca vão ser nada só porque não fazem as coisas como nós. O mundo evolui as pessoas evoluem.
Acho especial piada à vitimização, criou-se o monstro e agora até se passa fome para ele ir aos concertos. São tão consumistas os pais como os filhos, aliás foi com os pais que os filhos aprenderam.
Cumps.
Don't run a race that doesn't have a finish line.
Turney Duff
Turney Duff
É um bom texto para reflexão.
muito se pode dizer desde a necessidade de nos fazermos à vida, viver, experimentar e errar. discutir também ajuda:
A reflexão à nossa maneira, parece também ela ser uma novidade em relação a outros tempos.
No geral a geração dos nossos pais não fazia esta reflexão com espírito tão crítico sobre si própria e sobre a forma como estavam a educar os filhos como nós fazemos actualmente, e nessa onda podemos pegar nos resumos dos anos 80 em que brincávamos na rua e andávamos à porrada, de bicicleta e a trepar às árvores e questionar a sua ligação ao sucesso da geração dos nossos pais, da nossas geração e da dos nossos filhos.
comparamos gerações com cada vez mais diferençasem termos de condições, sobretudo pela evolução dos meios de divulgação da informação e de comunicação; alguém já comparou o desenvolvimento da internet ao da tipografia no séc. XV. É um paradigma contemporâneo que vivemos, que começou com a TV e que não é alheio à forma como vemos e nos comportamos.
Assim como nós, os nossos pais não dispunham, em consciência, de uma teoria especial e acabada sobre a educação dos filhos, contudo actualmente nós procuramos essa teoria mais do que eles. Contudo continuamos a cometer erros de experimentação, sendo que um grande factor de erro é o stresse da dúvida de estar ou não à altura de criar filhos perfeitos;
esse stresse pode resultar em erros como o problemático desequilibrio entre os “sim” e os “não” e o texto aqui é excelente;
algures no tempo iremos morrer passando o dilema de encontrar a melhor forma de educar os filhos para os nossos filhos e para a sua experiência, enquanto a nossa fica connosco, e enquanto as condições de vida prosseguem a sua evolução que lhe incutimos, com novos desafios de vivênvia e com novos actores que terão que confirmar os valores.
eventualmente a forma preocupada e eventualmente stressada de educar os filhos perfeitos nos afasta do simplismo e da coerência que são sempre boas conselheira;
mas esta discussão não é clara na identificação, se é que isso é possível, do sítio onde o erro original foi cometido, se é que existe: na nossa geração que não percebeu a educação que recebeu, na geração dos nossos pais que não nos prepararam adequadamente, ou na geração dos nossos avós que não preparou adequadamente os nossos pais para educarem bem a nossa geração?
o que farão os nossos filhos com a educação que nós lhe damos e com aquilo que aprendem na internet e na TV?
isto não poderia ter sido de outra forma; Somos nós que fazemos o mundo evoluir à nossa maneira, não individual mas através do conjunto das nossas formas de estar e da relação que desenvolvemos com os outros;
é ver e viver para crer um mundo que nunca vivemos;
muito se pode dizer desde a necessidade de nos fazermos à vida, viver, experimentar e errar. discutir também ajuda:
A reflexão à nossa maneira, parece também ela ser uma novidade em relação a outros tempos.
No geral a geração dos nossos pais não fazia esta reflexão com espírito tão crítico sobre si própria e sobre a forma como estavam a educar os filhos como nós fazemos actualmente, e nessa onda podemos pegar nos resumos dos anos 80 em que brincávamos na rua e andávamos à porrada, de bicicleta e a trepar às árvores e questionar a sua ligação ao sucesso da geração dos nossos pais, da nossas geração e da dos nossos filhos.









Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
arnie Escreveu: A maioria dos pais deste país não faz a menor ideia dos filhos que têm.
O problema é que uma boa parte deles nem se importa!

arnie Escreveu:Eu gostava de ver os pais passarem um dia inteiro a olhar para escola, para o que se passa fora das paredes da escola e ver o que os nossos jovens, o futuro deste país, fazem.
Ainda assim convém não exagerar arnie, nestas idades também fazíamos as nossas asneiras... faz parte do crescimento! Embora tenda a concordar que já vivemos num melhor "enquadramento"!
arnie Escreveu:Eu sou obrigado a aceitar o que muitos professores dizem, para os pais, a escola é um deposito onde largam os filhos de manha e apenas os vêm buscar à noite.
É claro que aqui depois também dou razão aos pais que a escola tem que ter capacidade de ocupar os jovens, nos tempos mortos. Trabalho comunitário seria algo bem vindo, como por exemplo, limpar a sujidade que fazem fora dos portões da escola.
O problema é que para que isso se faça é preciso a autorização dos pais e estes, na maior parte dos casos, quando aparecem na escola, não dão autorização para que sejam aplicadas medidas dessas aos seus filhos por as considerarem humilhantes...
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Acho engraçado que no blogue, a maioria dos que comentam considera o texto errado por se tratar de uma uma generalização, no entanto defendem-se com o seu caso pessoal. O texto é acertado por se tratar mesmo de uma generalização e se aplicar a uma larga franja desta geração que se diz à rasca.
Eu nasci em 1976, faço parte desta geração, mas fiz pela vida, cedo vi que a universidade poderia não ser a melhor opção de futuro para mim, entrei para o serviço militar e concorri aos quadros permanentes, enquanto a malta da minha idade andava a divertir-se nas festas académicas eu andava a dar cabo do corpo com uma mochila ás costas.
Isto leva-me a outro ponto, que foi o fim do serviço militar obrigatório, considerado inútil por muitos, era uma boa forma de incutir alguns valores na juventude, era o único local em que os jovens eram tratados de igual forma, independentemente das origens ou estratos sociais e aprendiam o valor do sacrifício e do espírito de corpo e camaradagem. O individuo era anulado em prol do colectivo. Não havia roupas de marca ou penteados betinhos, era carecada e farda ranhosa para todos.
Eu nasci em 1976, faço parte desta geração, mas fiz pela vida, cedo vi que a universidade poderia não ser a melhor opção de futuro para mim, entrei para o serviço militar e concorri aos quadros permanentes, enquanto a malta da minha idade andava a divertir-se nas festas académicas eu andava a dar cabo do corpo com uma mochila ás costas.
Isto leva-me a outro ponto, que foi o fim do serviço militar obrigatório, considerado inútil por muitos, era uma boa forma de incutir alguns valores na juventude, era o único local em que os jovens eram tratados de igual forma, independentemente das origens ou estratos sociais e aprendiam o valor do sacrifício e do espírito de corpo e camaradagem. O individuo era anulado em prol do colectivo. Não havia roupas de marca ou penteados betinhos, era carecada e farda ranhosa para todos.
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Simplesmente genial.
Este texto deveria ser distribuído a todos os habitantes deste país.
Talvez se conseguisse mudar alguma coisa no futuro

Infelizmente ainda não deverá ser a próxima geração a trazer mudanças ao país.
Eu moro à frente de uma escola preparatória e fico assustado com o que vejo. A maioria dos pais deste país não faz a menor ideia dos filhos que têm.
Por cada 1 bem comportado existem uns 20 que são autênticos terroristas.
Pelo menos fora das paredes de casa e fora do recinto escolar.
Tudo o que é paredes, alumínios, caixotes do lixo está tudo escrito. Nas traseiras dos prédios é só papeis, latas de sumos, beatas de cigarros.
Pessoas idosas a passar na rua, crianças menores a passar com os país e não há o menor cuidado no falatório, é gritar em plenos pulmões alhos e bugalhos.
A maioria deles anda com telemóveis e roupas de marca. A maioria deles é trazida à escola pelos pais e quando sai das escola tem os pais à sua espera, todos eles de carrinho e a grande maioria carros de classe media/alta.
Repito, a maioria destes pais não sabe o filho que tem, ou pelo menos finge não saber.
Eu gostava de ver os pais passarem um dia inteiro a olhar para escola, para o que se passa fora das paredes da escola e ver o que os nossos jovens, o futuro deste país, fazem.
Eu sou obrigado a aceitar o que muitos professores dizem, para os pais, a escola é um deposito onde largam os filhos de manha e apenas os vêm buscar à noite.
É claro que aqui depois também dou razão aos pais que a escola tem que ter capacidade de ocupar os jovens, nos tempos mortos. Trabalho comunitário seria algo bem vindo, como por exemplo, limpar a sujidade que fazem fora dos portões da escola.
Ainda à 2 anos houve um grupo que entrou no meu prédio e passou a tarde a passear no elevador, para cima e para baixo, tocando às campainhas, até que uma vizinha pegou numa frigideira e espetou-a na cabeça de um deles.
Veio a policia, o INEM, veio o pai que quase engolia a minha vizinha, houve queixa da policia, até que... aquele pai veio finalmente a saber quem era o filho. Para encurtar a historia, o pai retirou a queixa e veio pedir desculpa à minha vizinha pelos transtornos que o filho lhe causou.
Outra que aconteceu à 2 semanas, nas traseiras do meu prédio uma linda jovem, não mais de 14 anos, estava com uma lata de spray a escrever na parede. Teve o azar de estar a passar um velhote que chamou-lhe de tudo, tirou-lhe o cartão da escola e deu-lhe 24h para limpar aquilo se não ia chamar a policia e fazer queixa na escola. A rapariga chorava baba e ranho a pedir por tudo para não fazer aquilo.
O que é certo é que no outro dia, aquilo apareceu mais ou menos limpo. O que o homem fez depois com o cartão dela não sei pois não ouvi mais nada sobre o assunto.
Isto são dois exemplos do que acontece todos os dias, em todo o país, em todas as escolas, em todos os bairros que circundam as escolas.
A nossa juventude está doente e se os pais, os professores, a sociedade em si não parar e pensar seriamente no que está acontecer... vamos continuar a ter gerações à rasca por muitos, muitos anos.
Bons negocios,
arnie
arnie
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- Localização: Viras à esq, segues em frente, viras à dir, segues em frente e viras novamente à dir. CHEGASTE
O texto tem algumas passagens interessantes, gostaria de deixar uma observação que acho pertinente relativamente a esta matéria, sem querer fazer de nenhuma forma julgamento de valores, deixo então a minha reflexão sobre o tema.
No meu entender, confunde-se frequentemente qualificações e competências e os primeiríssimos a confundi-las são precisamente os jovens desta geração, esta geração que dizem ser muito qualificada, pode sê-lo, em especial comparando-a com as anteriores gerações, penso que não haverá muitas dúvidas sobre isto, houve efectivamente um elevar das qualificações nos últimos 15/20 anos.
No entanto estas qualificações são habitualmente referidas como se de competências adquiridas se tratassem, e isso não é verdade, não são a mesma coisa, são coisas completamente diferentes, estas competências só se adquirem ao longo de um percurso de trabalho e da própria vida, e neste momento o que me parece e tal como diz o texto, estão habituadas ao imediato e não se contentam com o médio prazo, esta geração, parece-me demasiado impaciente para esperar pelo que quer que seja, tem de ser já, afinal de contas têm um canudo, só que se esquecem que com a massificação do ensino, a concorrência está ao virar da esquina, e ai é que começam os problemas, as oportunidades são poucas.
No fundo, está a ser-lhes difícil terem autonomia financeira para que, de forma autónoma tenham tudo, tuo aquilo que os pais lhes deram ao longo da vida, acho que é um pouco por ai, é do género somos jovens muito qualificados, queremos e temos o direito de ter um emprego bom, na área em que nos disseram para nos qualificarmos, e esse emprego tem de ser bem pago, para manter e dar continuidade ao estilo de vida que os nossos Pais nos proporcionaram.
Aí sim, acho que o texto acerta em cheio na passagem que refere que esta geração está habituada ao melhor e não se contenta com menos que o melhor, nem sequer se contenta com o menos bom, também acho que esta geração tão qualificada não está disposta a correr a maratona para poder ganhar competências profissionais, para ter os tais vários empregos ao longo da vida, em várias profissões e em várias empresas, mesmo que não seja na área para que se qualificaram, bem ou mal escolhida, bem ou mal oferecida pelo ensino, pois todos sabemos que não existe uma relação directa entre oferta por áreas de qualificação e empregabilidade, neste momento a vida de trabalho é feita de começos e recomeços, o mundo mudou, a Europa mudou, Portugal mudou muito e a empregabilidade também mudou muito, façam como muitos fizeram, como eu fiz, lutem começem por “baixo”, ganhem competências profissionais, algo muito importante, tracem objectivos profissionais lutem por eles e não se desviem dos mesmos até os alcançarem, e este caminho só se consegue fazer.....caminhando, façam-no, não esperem pelo estado, não esperem que o estado faça tudo, mas sim, exigam ao estado as condições para avançarem.
E não AC Invester Blog, não somos culpados por dar tudo e o melhor aos nossos filhos, eu pelo menos não me sinto como tal, muito importante é transimitir que o que damos tem valor, foi ganho com esforço e só pela cultura do esforço e da rigor se consegue atingir as metas, nada de facilitismos e sim uma cultura de exigência e de esforço.
Cumprimentos
No meu entender, confunde-se frequentemente qualificações e competências e os primeiríssimos a confundi-las são precisamente os jovens desta geração, esta geração que dizem ser muito qualificada, pode sê-lo, em especial comparando-a com as anteriores gerações, penso que não haverá muitas dúvidas sobre isto, houve efectivamente um elevar das qualificações nos últimos 15/20 anos.
No entanto estas qualificações são habitualmente referidas como se de competências adquiridas se tratassem, e isso não é verdade, não são a mesma coisa, são coisas completamente diferentes, estas competências só se adquirem ao longo de um percurso de trabalho e da própria vida, e neste momento o que me parece e tal como diz o texto, estão habituadas ao imediato e não se contentam com o médio prazo, esta geração, parece-me demasiado impaciente para esperar pelo que quer que seja, tem de ser já, afinal de contas têm um canudo, só que se esquecem que com a massificação do ensino, a concorrência está ao virar da esquina, e ai é que começam os problemas, as oportunidades são poucas.
No fundo, está a ser-lhes difícil terem autonomia financeira para que, de forma autónoma tenham tudo, tuo aquilo que os pais lhes deram ao longo da vida, acho que é um pouco por ai, é do género somos jovens muito qualificados, queremos e temos o direito de ter um emprego bom, na área em que nos disseram para nos qualificarmos, e esse emprego tem de ser bem pago, para manter e dar continuidade ao estilo de vida que os nossos Pais nos proporcionaram.
Aí sim, acho que o texto acerta em cheio na passagem que refere que esta geração está habituada ao melhor e não se contenta com menos que o melhor, nem sequer se contenta com o menos bom, também acho que esta geração tão qualificada não está disposta a correr a maratona para poder ganhar competências profissionais, para ter os tais vários empregos ao longo da vida, em várias profissões e em várias empresas, mesmo que não seja na área para que se qualificaram, bem ou mal escolhida, bem ou mal oferecida pelo ensino, pois todos sabemos que não existe uma relação directa entre oferta por áreas de qualificação e empregabilidade, neste momento a vida de trabalho é feita de começos e recomeços, o mundo mudou, a Europa mudou, Portugal mudou muito e a empregabilidade também mudou muito, façam como muitos fizeram, como eu fiz, lutem começem por “baixo”, ganhem competências profissionais, algo muito importante, tracem objectivos profissionais lutem por eles e não se desviem dos mesmos até os alcançarem, e este caminho só se consegue fazer.....caminhando, façam-no, não esperem pelo estado, não esperem que o estado faça tudo, mas sim, exigam ao estado as condições para avançarem.
E não AC Invester Blog, não somos culpados por dar tudo e o melhor aos nossos filhos, eu pelo menos não me sinto como tal, muito importante é transimitir que o que damos tem valor, foi ganho com esforço e só pela cultura do esforço e da rigor se consegue atingir as metas, nada de facilitismos e sim uma cultura de exigência e de esforço.
Cumprimentos
Editado pela última vez por charles em 19/3/2011 16:11, num total de 2 vezes.
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
HappyGuy Escreveu:ETranquilo Escreveu:http://lusofolia.blogspot.com/2011/03/um-dia-isto-tinha-de-acontecer.html
O texto estava nesse blog, com uma indicação de que havia rumor de ter sido escrito pelo Mia Couto. No entanto, noutro blog, o próprio Mia Couto desmentiu. E em ambos, uma srª que dá pelo nick de "Assobio" reclama a autoria, tendo-o no seu blog(http://assobiorebelde.blogspot.com/)
Independentemente da "polémica" da autoria, um texto com o qual concordo bastante. E, como disse já noutro lado, convém denotar que esta geração já está a "servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio". Basta ver tanto sentimento anti-capitalista e anti-ricos que esta geração tem quando é aquela até hoje mais capitalista e que mais usufruiu do capitalismo...
Que rasquice....
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Há uma razoável probabilidade de a reclamação de autoria de "Assobio" ser genuína.
Uma pesquisa com filtro por datas faz eclipsar virtualmente todos os resultados. Em blogs pelo menos terá sido senão o primeiro, um dos primeiríssimos a colocar o texto (claro que o texto pode ter ainda outra origem, como e-mail, mas o mais provável - pelo estilo e apresentação - é ter surgido num blog ou numa coluna de opinião de qualquer meio de comunicação, digo eu).
Já agora, o texto está muito bem "esgalhado" e lança questões pertinentes. Apesar do perigo que qualquer generalização sempre trás, parece-me uma reflexão extremamente relevante...
Uma pesquisa com filtro por datas faz eclipsar virtualmente todos os resultados. Em blogs pelo menos terá sido senão o primeiro, um dos primeiríssimos a colocar o texto (claro que o texto pode ter ainda outra origem, como e-mail, mas o mais provável - pelo estilo e apresentação - é ter surgido num blog ou numa coluna de opinião de qualquer meio de comunicação, digo eu).
Já agora, o texto está muito bem "esgalhado" e lança questões pertinentes. Apesar do perigo que qualquer generalização sempre trás, parece-me uma reflexão extremamente relevante...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
ETranquilo Escreveu:http://lusofolia.blogspot.com/2011/03/um-dia-isto-tinha-de-acontecer.html
O texto estava nesse blog, com uma indicação de que havia rumor de ter sido escrito pelo Mia Couto. No entanto, noutro blog, o próprio Mia Couto desmentiu. E em ambos, uma srª que dá pelo nick de "Assobio" reclama a autoria, tendo-o no seu blog(http://assobiorebelde.blogspot.com/)
Independentemente da "polémica" da autoria, um texto com o qual concordo bastante. E, como disse já noutro lado, convém denotar que esta geração já está a "servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio". Basta ver tanto sentimento anti-capitalista e anti-ricos que esta geração tem quando é aquela até hoje mais capitalista e que mais usufruiu do capitalismo...
HappyFather
http://caprichosdebolsa.blog.pt/ (inactivo)
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Porra...excelente texto !!
E estou como Artista...AC ,põe lá aí as fontes e quem escreveu isto, que tal como tu , acho que é do melhor que li nos ultimos tempos.
Um abraço ,
The Mechanic
E estou como Artista...AC ,põe lá aí as fontes e quem escreveu isto, que tal como tu , acho que é do melhor que li nos ultimos tempos.
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" Os que hesitam , são atropelados pela retaguarda" - Stendhal
"É óptimo não se exercer qualquer profissão, pois um homem livre não deve viver para servir outro "
- Aristoteles
http://theflyingmechanic.blogspot.com/
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- Aristoteles
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AC, de quem é o texto? acho que seria simpático colocares aqui o link pelo menos!
Concordo com uma boa parte do texto mas acho-o algo exagerado e com generalizações que não se podem fazer... mas tem aspectos interessantes que estimulam a reflexão!
Não concordo que as maiores qualificações da geração actual não sejam comparáveis com as das anteriores. Acho que a grande diferença é que actualmente há um desfazamento grande entre a oferta e a procura, há muita gente qualificada para os quais não há lugares. Isso já acontecia em algumas profissões há uns anos (arquitectos por exemplo) só que agora se generalizou a quase todas as profissões... ainda assim concordo que a geração "à rasca" foi mais "mimada" e tem menor capacidade de sofrimento, foram muito mal habituados, mas de uma forma ou de outra terão de se "fazer à vida"...

Concordo com uma boa parte do texto mas acho-o algo exagerado e com generalizações que não se podem fazer... mas tem aspectos interessantes que estimulam a reflexão!
Não concordo que as maiores qualificações da geração actual não sejam comparáveis com as das anteriores. Acho que a grande diferença é que actualmente há um desfazamento grande entre a oferta e a procura, há muita gente qualificada para os quais não há lugares. Isso já acontecia em algumas profissões há uns anos (arquitectos por exemplo) só que agora se generalizou a quase todas as profissões... ainda assim concordo que a geração "à rasca" foi mais "mimada" e tem menor capacidade de sofrimento, foram muito mal habituados, mas de uma forma ou de outra terão de se "fazer à vida"...
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Está interessante o artigo e fez-me lembrar, embora num contexto diferente, a recente polémica sobre as "Tiger Moms" nos states.
Parece que a educação "soft", e as dúvidas sobre se será a mais adequada, é um fenómeno global no ocidente.
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 98754.html
http://www.time.com/time/nation/article ... 13,00.html
Parece que a educação "soft", e as dúvidas sobre se será a mais adequada, é um fenómeno global no ocidente.
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 98754.html
http://www.time.com/time/nation/article ... 13,00.html
Off topic - Seremos todos culpados pela educação que damos ?
Simplesmente um dos melhores textos que li.
Trago-vos um artigo de opinião que considero ser um dos melhores que até hoje já li sobre a tão criticada "Geração Rasca". Tendo eu dois filhos e fazendo parte daqueles tipo de Pais que dá tudo aos filhos quando eles realmente merecem, será que nos poderemos considerar culpados mais tarde, de estarmos a criar filhos que não dão valor ao sentido de sacrificio da vida, da mesma forma que os nossos Pais nos fizeram sentir na Pele, para sermos quem somos hoje. Será que poderei ser um dia culpado de dar aquilo que posso e que justamente os meus filhos merecem por mérito próprio ao conseguirem atingir os objectivos por mim estabelecidos ? Oferecer o que se pode é um erro ? Será que a sociedade está toda errada e não devemos premiar quem atinge objectivos ? Será que os nossos filhos devem passar as mesmas dificuldades por nós passadas, só parar terem que dar valor ao sacrificio ? Fica a reflexão para quem tem de educar..... na abundância ou não........ por mais que me custe dizer, passado é passado, e o futuro não tem de ser igual ao passado. Temos de ensinar o significado da Humildade, trabalho, vontade, sonho e não do sacrificio. Isso deve crescer com eles ao longo da vida e não sendo-lhes imposto... por nós Pais...
Leiam que vale a pena...
" Geração à Rasca - A Nossa Culpa "
Um dia, isto tinha de acontecer. Existe uma geração à rasca? Existe mais do que uma! Certamente! Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiramnos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhesderam uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de
condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse.
Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A v aquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas,porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois
correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique
que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que
deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada. Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à
rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.
Trago-vos um artigo de opinião que considero ser um dos melhores que até hoje já li sobre a tão criticada "Geração Rasca". Tendo eu dois filhos e fazendo parte daqueles tipo de Pais que dá tudo aos filhos quando eles realmente merecem, será que nos poderemos considerar culpados mais tarde, de estarmos a criar filhos que não dão valor ao sentido de sacrificio da vida, da mesma forma que os nossos Pais nos fizeram sentir na Pele, para sermos quem somos hoje. Será que poderei ser um dia culpado de dar aquilo que posso e que justamente os meus filhos merecem por mérito próprio ao conseguirem atingir os objectivos por mim estabelecidos ? Oferecer o que se pode é um erro ? Será que a sociedade está toda errada e não devemos premiar quem atinge objectivos ? Será que os nossos filhos devem passar as mesmas dificuldades por nós passadas, só parar terem que dar valor ao sacrificio ? Fica a reflexão para quem tem de educar..... na abundância ou não........ por mais que me custe dizer, passado é passado, e o futuro não tem de ser igual ao passado. Temos de ensinar o significado da Humildade, trabalho, vontade, sonho e não do sacrificio. Isso deve crescer com eles ao longo da vida e não sendo-lhes imposto... por nós Pais...
Leiam que vale a pena...
" Geração à Rasca - A Nossa Culpa "
Um dia, isto tinha de acontecer. Existe uma geração à rasca? Existe mais do que uma! Certamente! Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiramnos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhesderam uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de
condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse.
Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A v aquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas,porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois
correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique
que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que
deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada. Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à
rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
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Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.
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Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
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