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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - crise no mediterrâneo/oriente médio

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por migluso » 18/3/2011 0:11

UK forces could be in action over Libya as early as Friday, after the UN backed a no-fly zone and "all necessary measures" to protect civilians.


Ten UN Security Council members backed the resolution while five abstained - nine votes were needed for it to pass.


http://www.bbc.co.uk/news/uk-politics-1 ... um=twitter
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por Elias » 15/3/2011 0:47

Saudi Arabian troops enter Bahrain as regime asks for help to quell uprising
guardian.co.uk, Monday 14 March 2011 19.08 GMT

Saudi Arabian troops have crossed into Bahrain after the tiny Gulf kingdom's ruling family asked for help from neighbouring Sunni Arab states to quell a two-month uprising which threatens their 200-year-old dynasty.

The Saudi capital, Riyadh, said that it had responded to a "security threat" by deploying its troops on the streets of its neighbour. They are to protect strategic sites such as bridges and government buildings. Bahrain's rulers said the Saudi forces crossed the 16-mile causeway from Saudi Arabia to the island, together a contingent of troops from the Gulf Co-operation Council. Saudi authorities did not give details of the force; some reports estimate it to be 1,000.

Bahrain's Shia majority has laid siege to the centre of the capital, Manama, since mid-February and has, in recent days, marched on government buildings and palaces.

http://www.guardian.co.uk/world/2011/ma ... er-bahrain
 
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por Lion_Heart » 11/3/2011 4:37

A revolta na Lybia falhou! E agora?

Continuamos amigos do Gadhafi ou deixamos o homem de lado?
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por atomez » 8/3/2011 1:06

The Wall Street Journal Escreveu:Allies Prepare Libya Military Option

The U.S. and allies took steps to prepare for a possible military intervention in Libya, as forces loyal to Col. Moammar Gadhafi launched airstrikes to check the opposition's advance west toward the capital.

President Barack Obama, saying Col. Gadhafi and his allies would be held accountable for the actions, said the U.S. was discussing military options with allies in the North Atlantic Treaty Organization.

Some members of the United Nations Security Council began drafting a U.N. resolution supporting a no-fly zone over Libya—a move that would require military intervention.

NATO Secretary-General Anders Fogh Rasmussen has said that any NATO military action would require a U.N. Security Council resolution. "I can't imagine that the U.N. and international community will stand idly by," he said Monday.

NATO military planners were preparing assessments of a no-fly zone and how to enforce an arms embargo on Libya, to be considered by alliance defense ministers at a meeting in Brussels on Thursday, according to U.S. Ambassador to NATO Ivo Daalder.

Asked about the prospects for a no-fly zone, he said "All of us want a Security Council resolution for that eventuality. That's a pretty clear requirement…. We would certainly seek one."

An assessment of a no-fly zone would look at the options for such a measure, the military assets they would require and the risks to forces, Mr. Daalder said.

He added that NATO decided Monday to start round-the-clock surveillance of Libya using AWACS aircraft. Up to now, the aircraft have been operating 10 hours a day tracking air and ground traffic in and around Libya.

The Gulf Cooperation Council, a grouping of Arab states, on Monday called on the Security Council to approve a no-fly zone over Libya in the interest of protecting its people against "crimes of humanity."

Britain, France and others were drafting a no-fly resolution at the U.N. in case it became necessary. A British diplomat said the resolution would be ready in the event of a serious attack on civilians by Libyan air power.
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por Lion_Heart » 1/3/2011 15:43

amsfsma Escreveu:Lion

Concordo consigo no entanto não consigo reconhecer nenhuma Democracia com essas características. Em geral o Executivo emana do legislativo ( nem se preocupam em organizar eleições, em momentos diferentes, para cada um desses poderes) e em muitos países os tribunais constitucionais e tribunais superiores são nomeados pelo executivo e pelo legislativo.

Sinceramente acho que a Democracia é a melhor forma de os "poderosos" mandarem sem que o povo se aperceba do facto. No entanto como dízia o outro é o menos mau dos sistemas políticos. É pena é que os eleitores não consigam perceber o quanto são manipulados durante os actos eleitorais e já durante a governação.


As unicas que se podem assemelhar são as anglo saxonicas e as nordicas , talvez também algumas asiaticas (japao , coreia do sul).

Obviamente como sempre os poderosos sao poderosos aqui e em qualquer lugar, mas pelo menos alguns ainda pagam por aquelas bandas (ex: Madoff)
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por Trisquel » 1/3/2011 15:39

Petróleo sobe mais de 1% com manifestações no Irão a elevarem preocupações
01 Março 2011 | 14:04
Sara Antunes - saraantunes@negocios.ptPartilhar

Preços do petróleo sobem mais de 1%, em Londres, num dia em que as manifestações no Irão estão a aumentar as preocupações em relação ao fornecimento de matéria-prima.
O Brent, negociado em Londres, sobe 1,07% para 113,00 dólares por barril, e o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, avança 0,87% para 97,81 dólares.

Os preços do petróleo acentuaram a tendência de subida depois das autoridades iranianas terem prendido líderes dos partidos da oposição para tentarem suster as manifestações que estão agendadas para hoje.

O Irão é o segundo maior produtor de petróleo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). E o facto de poder haver problemas de fornecimento deste país está a levar a um aumento mais acentuado dos preços da matéria-prima.

A contribuir para a subida está também a informação divulgada pela Agência Internacional de Energia (AIE) que aponta para que as manifestações e confrontos na Líbia tenham reduzido em 850 mil barris por dia a produção deste país.

Os preços do petróleo têm subido nos últimos tempos devido aos conflitos no Médio Oriente e à especulação de que a produção e consequente fornecimento de “ouro negro” daquela região.
Cumpts.
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por amsfsma » 1/3/2011 13:26

Lion

Concordo consigo no entanto não consigo reconhecer nenhuma Democracia com essas características. Em geral o Executivo emana do legislativo ( nem se preocupam em organizar eleições, em momentos diferentes, para cada um desses poderes) e em muitos países os tribunais constitucionais e tribunais superiores são nomeados pelo executivo e pelo legislativo.

Sinceramente acho que a Democracia é a melhor forma de os "poderosos" mandarem sem que o povo se aperceba do facto. No entanto como dízia o outro é o menos mau dos sistemas políticos. É pena é que os eleitores não consigam perceber o quanto são manipulados durante os actos eleitorais e já durante a governação.
 
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por Lion_Heart » 1/3/2011 11:54

Democracia não é só o direito a votar, existem Países onde se vota e não são democracias. Por cá existem partidos ou clubes de futebol onde acontece o mesmo (onde só existe 1 candidato).


Democracia para mim consite basicamente na existência de tres poderes : executivo , legislativo e judicial . E qualquer um destes tres deve ser o mais independente possivel uns dos outros.

Isso sim é democracia.

Depois vem os outros direitos de uma democracia: voto, liberdade de expressão e por ai fora.


Reduzir a democracia a votar ou não ou a existência de classe média ou não é muito redutor e não corresponde a realidade
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por Automech » 1/3/2011 11:44

mais_um Escreveu:O conceito de democracia não foi inventado por mim, mas não me parece que esteja associado à existência de classes ou castas. Está associado à possibilidade de todos os cidadão poderem escolher livremente quem os governa ou algo do genero.


Se a definição de democracia é, como tu dizes, haver a possibilidade de todos escolherem livremente quem os governa, isso também existe na Venezuela (e o mapa está errado).

É por isso que democracia não é apenas dar o direito de voto. Isso é democracia formal, em papel, na teoria. Se faltar o resto não há democracia, ainda que haja direito de voto. Foi assim que interpretei o artigo.

Além disso o artigo que faz uma generalização e não tem de abarcar necessariamente todos os países e a India pode, perfeitamente estar numa zona cinzenta, não invalidando a ideia subjacente.

Quanto à classe média, resta saber então o que é um país com classe média.

Se um país tiver 0.1% de classe média já tem classe média ? Sim. Mas só do ponto de vista teórico.

É por isso que considerar que a China tem classe média, quando são 12.1% da população, é quanto a mim errado e um mau exemplo.
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por mais_um » 1/3/2011 11:20

AutoMech Escreveu:Ele refere-se aos países islâmicos.


Basta ler a História para ver que foi esta classe quem construiu as democracias onde elas existem e funcionam


Não me parece que esta frase seja sobre paises Islamicos.



AutoMech Escreveu:De qualquer das formas a Índia pode ser considerada uma grande democracia apenas do ponto de vista formal, devido à possibilidade de todos votarem.

Aliás, a Índia é a prova de que a prática é muito diferente da teoria. Desde a independência há 60 anos que supostamente os cidadãos são iguais.

Mas depois na prática, as diferenças resultantes da existência de 4 castas e milhares de sub castas continuam a existir, o que faz com que os cidadãos não sejam todos iguais, algo profundamente contrário a uma democracia.


O conceito de democracia não foi inventado por mim, mas não me parece que esteja associado à existência de classes ou castas. Está associado à possibilidade de todos os cidadão poderem escolher livremente quem os governa ou algo do genero.
Penso que na India todas as pessoas podem votar independentemente da casta a que pertecem.


Já agora deixo-te dois links, o 1º com o mapa dos paises considerado democraticos, como podes verificar a India faz parte desses paises e a Venezuela não.


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/c ... racies.png

O 2º com o mapa da qualidade da democracia, como podes verificar a India integra o grupo dos paises em que a democracia tem mais "qualidade".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:P ... p_2003.png

AutoMech Escreveu:
Além de que a Índia está longe de ser um país pacifico do ponto de vista religioso.


E o que é que isso tem a ver com democracia? Alguma religião é perseguida pelo Estado? Não há liberdade religiosa?

Pelo facto de existir conflitos religiosos como na Irlanda do Norte consideras que o Reino Unido não é uma democracia?

AutoMech Escreveu:E também não concordo que a China tenha classe média quando estamos a falar de 12% da população.


Porquê? Eu nem concordo nem deixo de concordar, é o FMI que o afirma.

http://economia.ig.com.br/classes+media ... 21926.html

AutoMech Escreveu: Não basta dar a possibilidades de votos às pessoas se não houver uma classe média.


Discordo e justifico porquê, olha para o mapa que deixei e vais encontrar uns quantos paises pobres, com uma classe média baixa e que são democracias.
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por Automech » 1/3/2011 10:55

mais_um Escreveu:O José António Saraiva "esqueceu-se" só da maior democracia do mundo, que tem apenas cerca de 6% da população no que se considera classe média, a India.

A China tem 12% da população considerada classe média e não é uma democracia.

Detalhes....


Ele refere-se aos países islâmicos. De qualquer das formas a Índia pode ser considerada uma grande democracia apenas do ponto de vista formal, devido à possibilidade de todos votarem.

Aliás, a Índia é a prova de que a prática é muito diferente da teoria. Desde a independência há 60 anos que supostamente os cidadãos são iguais.

Mas depois na prática, as diferenças resultantes da existência de 4 castas e milhares de sub castas continuam a existir, o que faz com que os cidadãos não sejam todos iguais, algo profundamente contrário a uma democracia.

Além de que a Índia está longe de ser um país pacifico do ponto de vista religioso.

E também não concordo que a China tenha classe média quando estamos a falar de 12% da população.

E para finalizar temos vários casos de 'democracias' como a Venezuela, onde o voto é um mero proforma. Penso que foi isso que o JAS quis transmitir. Não basta dar a possibilidades de votos às pessoas se não houver uma classe média.
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por mais_um » 1/3/2011 10:26

AutoMech Escreveu:Opinião do José António Saraiva sobre os problemas no Egipto e, quanto a mim, muito acertada:

Quando o Egipto acordar
por José António Saraiva
28 de Fevereiro, 201


Basta ler a História para ver que foi esta classe quem construiu as democracias onde elas existem e funcionam.



O José António Saraiva "esqueceu-se" só da maior democracia do mundo, que tem apenas cerca de 6% da população no que se considera classe média, a India.

A China tem 12% da população considerada classe média e não é uma democracia.

Detalhes....
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por LuarAzul » 1/3/2011 9:58

Basta ler a História para ver que foi esta classe quem construiu as democracias onde elas existem e funcionam.


O início da democracia coincidiu com o desenvolvimento de certas ideias. A ideia de "fraternidade, igualdade e solidariedade", junta à da separação entre Estado e Igreja, foram conseguidas pelo Iluminismo, o vencer da razão sobre o dogmatismo, medos, ritos e superstições.

Dizer que foi esta ou aquela "classe" parece-me irrelevante. É claro que há pessoas que sentem falta de liberdade, sejam elas operários, executivos, professores, agricultores, etc. Agora, o modo como as pessoas lidam com as frustrações, o modo como imaginam um "mundo melhor" está condicionado pelo contexto cultural em que nasceram e se desenvolveram.

Não percebo como é que problema destes países seja a falta de uma classe média. Consigo imaginar perfeitamente países onde o fanatismo religioso impera com fortes classes médias. Elas até podem lutar pelo poder económico e político. Mas se estiveram coartadas pelo medo do inferno e dos castigos divinos, se andarem atrás da cenoura do paraíso, bem podem prescindir da democracia, da ciência e da liberdade de expressão por mais uns milénios.
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por Lion_Heart » 1/3/2011 3:18

ferreira10 Escreveu:
Atomez Escreveu:Gráfico das revoluções árabes.


Pois....o que salta à vista é um "oceano de mexilhão!" (leia-se; peões)
Sem ninguém que os lidere!


Pois eu não acho , existe sempre um líder , a multidão grita sempre o mesmo nome : ala al akbar

Infelizmente como eles não evoluiram e conseguiram separar a politica da religião , a "democracia" dificilmente sera implantada.
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por atomez » 1/3/2011 1:34

US weighs hit-and-run raids to disable Qaddafi's air capability

Imagem
USS Kearsarge to be "repositioned" off Libya

The US is repositioning its naval and air forces around Libya, Pentagon spokesman Col. David Lapan stated Monday, Feb. 28, indicating possible military steps to break the standoff between Muammar Qaddafi's army and rebel forces in the fighting for control of the towns commanding the roads to the capital Tripoli where Qaddafi is barricaded. The reported rebel capture of the key towns of Misrata and Zawiya is technically correct. In fact, they are both surrounded by Libyan troops who control their road links with Tripoli. In Misrata, the army has a valuable edge over opposition forces in its control of the local airfield.

The Pentagon spokesman's indeed remarked that there are "various contingency plans" for the North African country where Muammar Qaddafi's forces and rebels in the east "remain locked in a tense standoff."

Most military observers interpreted his remark as referring to potential US military intervention in Libya to break the stalemate. It was strengthened by the imminent redeployment off the Libyan coast of USS Enterprise from the Red Sea and the amphibious USS Kearsarge, which has a fleet of helicopters and about 1,800 Marines aboard.

The two US warships opposite Libya gives Washington and its allies a flexible option for military intervention should Qaddafi be seen to prevail over the opposition or if the standoff lingers too long.

Among the 1,800 marines aboard the Kearsarge are units especially trained for guerrilla or covert raids behind enemy lines. They would have air cover from the Enterprise to protect them from Libyan air and helicopter strikes. They primary mission would be to disable the Libyan air force and put its air fields out of commission. The rebels would not then be stalled by the Libyan ruler's ability to bring in fresh troops and drop them at any point and give them a better chance of carrying the day.

This US naval movement appeared to be running ahead of US Secretary of State Hillary Clinton who, speaking in Geneva, Switzerland, earlier Monday said "nothing is off the table" but added "there is no pending naval action planned against Libya."
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por ferreira10 » 1/3/2011 1:28

Atomez Escreveu:Gráfico das revoluções árabes.


Pois....o que salta à vista é um "oceano de mexilhão!" (leia-se; peões)
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por atomez » 1/3/2011 1:23

Gráfico das revoluções árabes.
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por ferreira10 » 1/3/2011 1:17

Numa coisa concordo com este Senhor José António Saraiva:

A classe média é o garante da existência de democracia.É "aquela" que estando mais desafogada, sente necessidade de opinar acerca das "coisas" do país.Faz questão de fazer ouvir a sua voz.Um fenómeno semelhante e bem documentado, acontece no que ao consumo da arte diz respeito.As pessoas consomem arte, se tiverem as suas necessidades básicas satisfeitas.Quem é que se «põe» a comprar arte (consumir arte) se estiver a passar por momentos de luta de sobrevivência monetária?Em primeiro lugar, está a satisfação das necessidades básicas; a seguir vem tudo o resto.

Não há duvidas nenhumas que a sociedade Líbia parece ser muito "horizontal".À parte dos que rodeavam o Kadahfi, mercê de uma vida diária mais desafogada, não necessitavam de andar vergados, parece que não há mais nenhuma outra Instituição para além dessas referidas; o exercito e a religião.Quando o pais começou a "desmantelar-se", não apareceu um Procurador geral, ou lá o que o valha, ou um líder religioso, a recomendar calma. Imbuído de um qualquer espírito patriótico.

Às vezes pergunto-me a mim próprio, agora que a larga maioria dos "campos de petrolíferos e de gás natural" marcou distancia em relação a Kadahfi, para onde irá o dinheiro ganho com essa exploração petrolífera? Se não há nenhuma instituição Estatal que zele pelos interesses do Estado Libio?Antes, também não ia para "coisa boa". Mas e agora?
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por Automech » 1/3/2011 0:00

Opinião do José António Saraiva sobre os problemas no Egipto e, quanto a mim, muito acertada:

Quando o Egipto acordar
por José António Saraiva
28 de Fevereiro, 201

De repente apareceu uma multidão de especialistas nos assuntos internos do Egipto e de outros países árabes. E eu espanto-me: onde estava esta gente tão sábia?

Da segunda vez que fui ao Paquistão, em 2005, vi os jornais inundados de notícias sobre a questão do uniforme . Questão do uniforme? - interroguei-me, sem perceber do que se tratava. Mas a questão, afinal, era simples: a oposição pretendia que o Presidente da República, Pervez Musharraf, despisse a farda de general e abandonasse a chefia das Forças Armadas, desmilitarizando o cargo de chefe do Estado.

A polémica dividia a opinião pública. Uns diziam que sim, outros que não, os Estados Unidos pareciam apoiar a ideia.

Deve dizer-se que a embaixada dos EUA em Islamabad tinha na altura 1.000 pessoas, presumindo-se que dispusesse de capacidade para fazer uma correcta análise da situação. Mas eu já me tinha habituado à ideia de que os Estados Unidos geralmente erram nas questões internacionais. Parece, aliás, impossível que um país tão poderoso e com tantos meios cometa tantos erros. Cometeu erros crassos na Coreia, no Vietname, em Angola, no Afeganistão, no Iraque...

Desconhecendo a política interna paquistanesa, eu disse a quem me acompanhava nessa viagem: «Se o Musharraf despir a farda e deixar a chefia das Forças Armadas, cai no dia seguinte. E depois de Musharraf cair, o Paquistão mergulhará no caos».

Por que razão dizia isto?

Porque me tinha apercebido de que no Paquistão só havia uma força organizada: o Exército. E, além do Exército, só existia outro poder: as madrassas, as escolas onde as crianças aprendem o Corão e onde se formam terroristas.

Nas minhas viagens fora de Islamabad, a nova capital, tinha reparado que a cidade estava rodeada por um cordão militar. Os quartéis sucediam-se, uns atrás dos outros. Assim, quem chefiava a tropa detinha a chave do poder. Se Musharraf despisse a farda, perdia todo o poder de que dispunha.

Não me enganei. Pervez Musharraf, muito pressionado, despiu mesmo a farda de general e trocou-a pelo traje civil. Pouco depois ver-se-ia afastado da Presidência da República. E logo a seguir o Paquistão mergulharia no caos. Em Ravalpindi, uma antiga capital situada a 15 km de Islamabad, onde eu passeara tranquilamente pelas ruas - vendo as montras, entrando nas lojas, apreçando uma coisa aqui, comprando outra ali -, deu-se um brutal atentado terrorista que tirou a vida a Benazir Bhutto e matou 20 pessoas.

Como foi possível os americanos não terem percebido isto, que para uma pessoa tão pouco versada como eu na política paquistanesa era desde o início uma evidência?

Vêm estas memórias a propósito dos acontecimentos na Tunísia, no Egipto, na Líbia, em Marrocos.

A revolução egípcia despertou uma verdadeira onda de entusiasmo no Ocidente - sendo recebida entre nós com aplausos de quase todos os quadrantes. Disse-se - ainda se diz - que finalmente o Egipto vai ter uma democracia.

Abro um parêntesis para constatar a multidão de especialistas em assuntos egípcios que de um momento para o outro surgiram à luz do dia. Abre-se o televisor e em todos os canais há debates onde jornalistas, comentadores, politólogos peroram sobre os acontecimentos no Egipto (ou na Líbia, ou na Tunísia) com o maior à-vontade, mostrando um profundo conhecimento da política interna do país, do equilíbrio de forças, da influência da Irmandade Muçulmana, e de figuras e associações de que nunca ouvi falar.

E eu morro de espanto: onde estava esta gente tão sábia? Como é possível tantos comentadores dominarem tão bem a política interna de países tão diferentes de nós? Eu ando a escrever há 37 anos sobre a política portuguesa e às vezes engano-me; como é possível haver tanta gente a falar com tanta segurança sobre a política egípcia?

Mas enfim. A maior parte dos opinantes manifestou grande entusiasmo por este levantamento popular e eu confesso que estou nos antípodas: tenho a maior desconfiança em relação às consequências dos movimentos de massas.

Não duvido de que os sentimentos dos populares que saíram às ruas eram genuínos. Mas as multidões, por definição, são acéfalas. As multidões não pensam. Cada um que vai na multidão tem a sua ideia - e essas ideias não coincidem. Por isso, os movimentos das multidões acabam quase sempre num mar de desilusões.

Quem não se lembra da onda de euforia que se espalhou no Ocidente quando uma revolução semelhante à do Egipto varreu o Xá da Pérsia e pôs no seu lugar o aiatola Khomeini? Todos acreditaram na pureza dos seus objectivos, todos aplaudiram a queda de Reza Pahlavi. Era a primeira revolução verdadeiramente popular a que o mundo assistia depois de muitos anos de golpes de Estado. E sabe--se como acabou - num mar de sangue, com filas de gente crucificada e milhões de mortos. E sabe-se o que é o Irão hoje, a ameaça que representa ao nosso modo de vida.

Nos países islâmicos, só há verdadeiramente duas forças: o Exército e a religião. O Exército porque dispõe das armas, a religião porque detém o poder espiritual. A democracia, neste cenário, é uma ilusão - que só pode passar pela cabeça dos americanos ou de bem intencionados analistas ocidentais.

Até porque a democracia não existe suspensa no ar, sem instituições que a suportem. A democracia exige a existência de uma classe média forte. A classe média é o sustentáculo natural da democracia.

E porquê? Porque quem está no poder quer naturalmente eternizar-se nele - e o chamado povo anónimo tem muitas vezes de se preocupar com a sobrevivência. Quem quer a democracia, quem luta pela democracia, é uma classe média que já tem a sobrevivência garantida e anseia por liberdade política e liberdade económica.

Liberdade política porque quer ter opinião e quer ter possibilidade de expressar as suas opiniões. E quer participar nas decisões. Liberdade económica porque quer fazer os seus próprios negócios. E quer ter uma palavra a dizer na condução da política económica do país.

Vêem-se a todo o momento operários reclamar melhores salários; mas nunca vi um operário a reclamar liberdade de pensamento. Essa é uma reivindicação da burguesia, da classe média.

Ora não me parece que no Egipto haja uma classe média forte.

Nesses países muito pobres do Norte de África, no dia seguinte às revoluções, só duas forças podem emergir: o Exército ou os partidos islâmicos. Para além disso, há o deserto. As multidões podem revoltar-se - mas quando a poeira assenta só o Exército ou um partido islâmico estão em condições de ocupar o poder porque são as únicas forças estruturadas, hierarquizadas, da sociedade.

Além disso, estes países precisam historicamente de um líder, de uma referência forte no topo do Estado. E essa referência pode ser um chefe religioso, como Khomeini, ou um chefe militar, como Saddam.

Yasser Arafat, Rei Hussein, Anwar Sadat, Khadafi, Mubarak, Reza Pahlavi (o antigo Xá da Pérsia), os citados Saddam e Khomeini preencheram esse papel no vértice do poder.

Assim sendo, pergunto: quem sucederá a Mubarak? Um democrata - ou um ditador militar ou religioso?

Poder-se-á dizer que esta é uma posição cínica. Que os povos do Magrebe têm todo o direito a ter uma democracia como os cidadãos da Europa. O problema é que não se trata de direitos - mas de estruturas. E nesses Estados ainda não existe aquilo que suporta as democracias: a tal classe média extensa e forte, sedenta de poder político e económico.

Basta ler a História para ver que foi esta classe quem construiu as democracias onde elas existem e funcionam.

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por ferreira10 » 28/2/2011 22:43

À dias apareceu uma imagem na Tv, acerca de uma base militar na Líbia que tinha sido abandonada! Uma base cheia de misseis terra-terra e terra-ar.Porque é que os líbios não usam estes misseis para desalojar o Kadhafi?

Ao que parece o tal Kadahfi está num «reduto» de cerca de 500 metros quadrados.Se enviarem para lá os misseis pode ser que o Kadahfi e as suas 40 virgens comessem a dançar o fandango. :mrgreen:

Esta malta da Líbia estava de tal forma domesticada, que muito timidamente aparecem lideres.Foi preciso os States, entrarem em contacto com a oposição, a ver se alguém se chega à frente.

Eu sou por uma solução pacifica.Mas já que o Kadahfi entende que não há ninguém mais capaz do que ele, que se trate de resolver o problema de vez.
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por FilRib » 28/2/2011 13:47

Elias Escreveu:
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pocoyo Escreveu:
Elias Escreveu: Ou será que eles acham que os portugueses são tão ignorantes que não sabem o nome da capital da Líbia?



Não me acho assim "tão ignorante", digamos que posso ser apenas ignorante, mas não sabia qual a capital da Líbia. :oops:


De acordo, pode não ser um item de cultura geral.

O que eu quis dizer foi que sempre achei estranha a dualidade de critérios no anúncio. É como se ficasse bem dizer "em Xangai" em lugar de "na China" e "em Londres" em vez de "no Reino Unido" mas já não ficasse bem dizer "em Tripoli".


Eu acho que está bem feito, porque quando chegasse à parte do "em Tripoli", o pessoal ia dizer:
- Quééé?!
- Onde?


Seja como for, está a presumir-se que as pessoas sabem umas cidades e não sabem outras. Ou seja, está a presumir-se onde se situa o nível de conhecimento das pessoas. :P


Aliás, tinha toda a lógica manter. Quem não soubesse, ia ficar a saber porque se ia informar. Os que não soubessem, ainda não sabem... por isso, ficavamos bem melhor! Pedagogia, até nos anúncios meus senhores!
 
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por Elias » 28/2/2011 13:34

pocoyo Escreveu:
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Elias Escreveu: Ou será que eles acham que os portugueses são tão ignorantes que não sabem o nome da capital da Líbia?



Não me acho assim "tão ignorante", digamos que posso ser apenas ignorante, mas não sabia qual a capital da Líbia. :oops:


De acordo, pode não ser um item de cultura geral.

O que eu quis dizer foi que sempre achei estranha a dualidade de critérios no anúncio. É como se ficasse bem dizer "em Xangai" em lugar de "na China" e "em Londres" em vez de "no Reino Unido" mas já não ficasse bem dizer "em Tripoli".


Eu acho que está bem feito, porque quando chegasse à parte do "em Tripoli", o pessoal ia dizer:
- Quééé?!
- Onde?


Seja como for, está a presumir-se que as pessoas sabem umas cidades e não sabem outras. Ou seja, está a presumir-se onde se situa o nível de conhecimento das pessoas. :P
 
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por pocoyo » 28/2/2011 13:29

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Elias Escreveu: Ou será que eles acham que os portugueses são tão ignorantes que não sabem o nome da capital da Líbia?



Não me acho assim "tão ignorante", digamos que posso ser apenas ignorante, mas não sabia qual a capital da Líbia. :oops:


De acordo, pode não ser um item de cultura geral.

O que eu quis dizer foi que sempre achei estranha a dualidade de critérios no anúncio. É como se ficasse bem dizer "em Xangai" em lugar de "na China" e "em Londres" em vez de "no Reino Unido" mas já não ficasse bem dizer "em Tripoli".


Eu acho que está bem feito, porque quando chegasse à parte do "em Tripoli", o pessoal ia dizer:
- Quééé?!
- Onde?
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por Elias » 28/2/2011 13:20

pocoyo Escreveu:
Elias Escreveu: Ou será que eles acham que os portugueses são tão ignorantes que não sabem o nome da capital da Líbia?



Não me acho assim "tão ignorante", digamos que posso ser apenas ignorante, mas não sabia qual a capital da Líbia. :oops:


De acordo, pode não ser um item de cultura geral.

O que eu quis dizer foi que sempre achei estranha a dualidade de critérios no anúncio. É como se ficasse bem dizer "em Xangai" em lugar de "na China" e "em Londres" em vez de "no Reino Unido" mas já não ficasse bem dizer "em Tripoli".
 
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por pocoyo » 28/2/2011 13:17

Elias Escreveu: Ou será que eles acham que os portugueses são tão ignorantes que não sabem o nome da capital da Líbia?



Não me acho assim "tão ignorante", digamos que posso ser apenas ignorante, mas não sabia qual a capital da Líbia. :oops:
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