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Caldeirão da Bolsa

PEC - próximos capítulos (2011 - 2012 - 2013)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

A encruzilhada...

por cinco kapa » 12/3/2011 9:23

Segundo parece, o Dr. Passos Coelho não vai aprovar as novas medidas e o Engenheiro Sócrates vai aproveitar para se demitir. Novas eleições e nova minoria . A Europa não vai gostar, nem os nossos credores. Eu sei que os credores são uns chatos, mas nós devemos pilim e como é óbvio ninguém gosta de ficar sem o carcanhol. Os Bancos vão estremecer. Mas a vida continua... Que vão chamar o cobrador de fraque .
 
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por aaugustobb_69 » 12/3/2011 4:29

O fundo europeu de ajuda aos países em dificuldades vai poder financiar directamente os Estados através de compra de dívida no mercado primário.
Uma das surpresas desta noite, anunciada no final do encontro dos líderes da Zona Euro, tem a ver com o facto de o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) passar a poder intervir no mercado primário da dívida.

A ajuda financeira do FEEF e do Mecanismo de Estabilização Financeira assumirá a forma de empréstimos. No entanto – e esta é que foi a grande surpresa – para maximizar a eficiência de custos do seu apoio, ambos os instrumentos de financiamento podem também, excepcionalmente, intervir no mercado primário da dívida, num contexto de imposição de condições rígidas.

O mercado primário de dívida é onde os Estados se financiam. O Banco Central Europeu intervém no mercado secundário, um mercado onde os investidores transacionam os títulos de dívida pública entre si.

Até 2013, o FEEF vai ter uma capacidade disponível de financiamento no valor de 440 mil milhões de euros. A partir dessa data, entrará em vigor o no Mecanismo de Estabilização Financeira, passando a capacidade de concessão de ajuda financeira a ser de 500 mil milhões de euros.


Será que segunda os mercados finalmente vão arrancar... :wink:
 
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por Mares » 12/3/2011 2:09

Elias Escreveu:PSD NÃO VAI APROVAR NOVAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE

Económico
12/03/11 00:47
enviar noticia

Passos Coelho afirmou esta madrugada que as novas medidas de austeridade do Governo não vão contar com os votos do PSD.

[Notícia em actualização]



Abstem-se.....


Sabes qual é a diferença entre o PPC (junto com o PSD e o Pres. da Rep.?
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por Elias » 12/3/2011 2:05

PSD NÃO VAI APROVAR NOVAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE

Económico
12/03/11 00:47
enviar noticia

Passos Coelho afirmou esta madrugada que as novas medidas de austeridade do Governo não vão contar com os votos do PSD.

[Notícia em actualização]
 
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por Mares » 12/3/2011 0:40

MarcoAntonio Escreveu:São duas...

Isso está nessa mesma notícia e também em muitas outras publicadas o ano passado sobre a matéria.


A saber, recebe uma pensão da Caixa Geral de Aposentações (pensão de professor) e uma outra do Fundo de Pensões do Banco de Portugal (pensão de funcionário do BP).

Até Janeiro acumulava estas duas pensões com o Vencimento de Presidente da República. Antes dos cortes (2009), os três vencimentos totalizavam perto de 20 mil euros por mês. Em 2012, se considerado o corte agora anunciado, o valor vai situar-se em menos de metade (ie, uns 9 mil euros mensais).


Em nome do bom relacionamento institucional, entre o governo e o PR, deverá ser permitído ao PR poder escolher o salário em vez das reformas, aquando da aplicação das novas regras.

Esta paz institucional é um sinal muito importante para os mercados.
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por MarcoAntonio » 12/3/2011 0:13

São duas...

Isso está nessa mesma notícia e também em muitas outras publicadas o ano passado sobre a matéria.


A saber, recebe uma pensão da Caixa Geral de Aposentações (pensão de professor) e uma outra do Fundo de Pensões do Banco de Portugal (pensão de funcionário do BP).

Até Janeiro acumulava estas duas pensões com o Vencimento de Presidente da República. Antes dos cortes (2009), os três vencimentos totalizavam perto de 20 mil euros por mês. Em 2012, se considerado o corte agora anunciado, o valor vai situar-se em menos de metade (ie, uns 9 mil euros mensais).
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Arte-Sacra » 12/3/2011 0:08

MarcoAntonio Escreveu:
Arte-Sacra Escreveu:Pensava o Sócrates:

"Só por essa boquinha a incitar à manif dos miúdos, vais levar com um corte de 10% nas três reformas" :lol:


O Cavaco já não acumula três vencimentos...

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1767735

Algo tarde mas lá foi...


Precisamente.

Agora acumula "apenas" as três Reformas:

Diário Noticias Escreveu:À primeira vista, parece que o Chefe do Estado perde receita ao optar pela segunda hipótese, as pensões. Mas não: as reformas, apesar de congeladas, não são objecto de qualquer tipo de redução salarial - no seu caso os 10% previstos para 2011, somados aos 5% de 2010. Ou seja, passou de um vencimento de cerca de 7630 euros brutos para, com o corte de 5%, ganhar 7249 mil euros. Com o novo corte, agora de 10%, o ordenado de Cavaco Silva seria de 6523 euros. Em vez de perder mais de 1100 euros, o PR opta pelas suas pensões, que segundo a Lusa e a sua declaração de rendimentos que o DN consultou, se situa mesmo nos dez mil euros mensais.
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por MarcoAntonio » 11/3/2011 23:55

Arte-Sacra Escreveu:Pensava o Sócrates:

"Só por essa boquinha a incitar à manif dos miúdos, vais levar com um corte de 10% nas três reformas" :lol:


O Cavaco já não acumula três vencimentos...

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1767735

Algo tarde mas lá foi...
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por Mares » 11/3/2011 23:36

Elias Escreveu:Eu penso que nesta altura do campeonato, a sigla PEC já não significa Programa de Estabilidade e Crescimento, mas sim Pacote de Estrangulamento do Contribuinte. :evil:



Tem outra expressão no léxico português que é:

trabalhar Para Estes Colegas...
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por Mares » 11/3/2011 23:33

Arte-Sacra Escreveu:Agora já se sabe do que se ria Sócrates, no discurso de tomada de posse de Cavaco Silva.

Estava a pensar no corte da pensão do PR. :shock:


:lol: :lol: :lol:

Dessa ninguém ainda tinha pensado.... :lol:
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por Arte-Sacra » 11/3/2011 23:30

Agora já se sabe do que se ria Sócrates, no discurso de tomada de posse de Cavaco Silva.

Estava a pensar no corte da pensão do PR. :shock:

Pensava o Sócrates:

"Só por essa boquinha a incitar à manif dos miúdos, vais levar com um corte de 10% nas três reformas" :lol:
Editado pela última vez por Arte-Sacra em 11/3/2011 23:46, num total de 1 vez.
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Re: Devia ler-se...

por Mares » 11/3/2011 23:19

ocart Escreveu:Governa corta reformas a partir de 1700,00 euros e ordenados superiores ao do Presidente da República!!!!CUSTA ASSIM TANTO REDUZIR A DESPESA???!!!!


"Oube lá"... mas o PR recebe apenas a reforma....

Estás a sugerír que o salário máximo seja 1700 euros/mês?
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por Elias » 11/3/2011 23:19

Eu penso que nesta altura do campeonato, a sigla PEC já não significa Programa de Estabilidade e Crescimento, mas sim Pacote de Estrangulamento do Contribuinte. :evil:
 
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Devia ler-se...

por ocart » 11/3/2011 23:14

Governa corta reformas a partir de 1700,00 euros e ordenados superiores ao do Presidente da República!!!!CUSTA ASSIM TANTO REDUZIR A DESPESA???!!!!
 
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por jrnabolsa » 11/3/2011 22:09

A ser verdade é grave... Herois do mar - já nem o peixe comemos, está caro; nobre povo - na política continua a viver-se bem; valente - outro povo não aguentaria tanta auteridade; imortal - O José Hermano de Saraiva trata disso. Cumpts
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por Elias » 11/3/2011 21:32

Deputado do PS critica Teixeira dos Santos

Económico
11/03/11 20:15

João Galamba diz que as novas medidas vieram de Bruxelas e que "até ontem à noite" nem Sócrates nem Teixeira dos Santos as conheciam.

No Grande Jornal do Etv, o deputado socialista mostrou-se desagradado com o facto de as novas medidas de austeridade não terem sido anunciadas e discutidas ontem, na Assembleia da República, no debate da moção de censura que contou com a presença do Governo. Ainda assim, justificou, "tendo em conta a crise actual, grande parte das decisões são tomadas pelo Governo em negociação com instituições europeias", criando uma "disfunção" no processo negocial que "transcende os mecanismos tradicionais".

"Admito que as medidas anunciadas esta manhã tenham sido negociadas ontem ao final da noite. Teve uma equipa do BCE e da Comissão Europeia [em Portugal] nos últimos tempos, admito que tenham havido negociações e que isto tenha sido tomado à última da hora. Espero que tenha sido assim e estou convencido que foi porque a maioria dos deputados do PS não sabia, ninguém sabia, eu tenho a certeza que até ontem à noite mesmo o primeiro-ministro e o ministro das Finanças não sabiam", declarou.

Sublinhando que "se o PSD estivesse no Governo as coisas passariam de forma semelhante", João Galamba confessou ter ficado "muito irritado" com as declarações desta manhã de Teixeira dos Santos. "O Governo devia ter dito hoje de manhã, inequivocamente, que estas medidas fazes parte de um pacote de negociação com o BCE e com a Comissão Europeia", concluiu.
 
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por Mares » 11/3/2011 21:07

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:Entendí, não iría mudar muito. Mas o governo dá o aumento nesse ano, com base na inflação correspondente ao ano anterior?


Os aumentos não são responsabilidade única do Governo (que só controla uma parte do mercado laboral). Em todo o caso, este aumenta tendo em conta a inflação prevista para o ano presente e tendo em conta a inflação dos anos anteriores e respectivos aumentos, posto de uma forma genérica, tudo fazendo parte de uma "elaborada negociação de consertação social".

Uma boa parte do privado segue as mesmas linhas e outra parte estabelece aumentos de forma ainda mais informal.

Mas, independentemente de como se estabelecem os valores em cada ano, o que tu queres aferir é como eles realmente aumentam/aumentaram, descontando a inflação. O processo negocial e as previsões podem estar certas ou erradas, podendo levar a aumentos ajustados ou desajustados mas isso não interessa... aliás, em boa medida é o que tu pretendes saber: em que medida foram desajustados.
:wink:

Não me pus a verificar mas no longo-prazo não vai alterar muito suponho (aliás, depois de corrigido um ou outro lapso que tinhas inicialmente os números já ficaram bem mais parecidos apesar de alguns critérios diferentes que utilizaste). Os primeiros é que me chamaram a atenção pois havia ali um ou outro número que estava bastante distanciado do real...


Mares Escreveu:Dada a complexidade, que anotaste num outro post, como achas que os salários vão evoluír perante a situação actual?


Epá, isso é uma pergunta difícil...

Mas no sector público haverá uma retração este ano pelo menos e provavelmente um congelamento (talvez com aumento a tentar acompanhar a inflação, ou seja, aumentos reais próximo de zero) no próximo ano.

No sector privado, tanto num ano como no outro suponho que teremos aumentos reais muito próximos de zero.

Em termos gerais, suponho que é o que vai ocorrer a nível nacional, aumentos reais bastante próximos de zero, mas que na realidade, devem corresponder a uma retracção do rendimento disponível!


Obrigado pela tua ajuda na interpretação dos resultados sobre aumentos reais dos salários.

Agora como enquadrar isto tudo nos dias de hoje, o que levou-nos a este estado e o que esperamos para amanhã?

Bem, para não saír por aí e chamar filhos de qualquer coisa :) , tento entender o que correu mal e que a minha interpretação possa ajudar outras a também verêm a realidade deste país.

Não posso aceitar reformas de €300 euros ou de 6000 euros, como se ambas fossem iguais...

Não podemos aceitar que exista mais de 1 milhão de idosos vivendo com aproximadamente €300 euros mês. E depois apareçem mortos e só descobertos passadas semanas ou anos..?!?!? Como isso é possível?

Como um abono de família, dado às crianças, possa fazer tanta despesa ao Estado?

Como o Estado aumenta os impostos de quem anda a recibo verde e protege quem tem emprego estável e/ou recebe muito mais ??

Como o Estado aumenta o IVA, naquilo que afecta todos (ricos e pobres) e custa-lhes tanto aumentar o IRS ou o IRC?

Tantas coisas erradas... que realmente não dá para entender...
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por MarcoAntonio » 11/3/2011 20:25

Mares Escreveu:Entendí, não iría mudar muito. Mas o governo dá o aumento nesse ano, com base na inflação correspondente ao ano anterior?


Os aumentos não são responsabilidade única do Governo (que só controla uma parte do mercado laboral). Em todo o caso, este aumenta tendo em conta a inflação prevista para o ano presente e tendo em conta a inflação dos anos anteriores e respectivos aumentos, posto de uma forma genérica, tudo fazendo parte de uma "elaborada negociação de consertação social".

Uma boa parte do privado segue as mesmas linhas e outra parte estabelece aumentos de forma ainda mais informal.

Mas, independentemente de como se estabelecem os valores em cada ano, o que tu queres aferir é como eles realmente aumentam/aumentaram, descontando a inflação. O processo negocial e as previsões podem estar certas ou erradas, podendo levar a aumentos ajustados ou desajustados mas isso não interessa... aliás, em boa medida é o que tu pretendes saber: em que medida foram desajustados.
:wink:

Não me pus a verificar mas no longo-prazo não vai alterar muito suponho (aliás, depois de corrigido um ou outro lapso que tinhas inicialmente os números já ficaram bem mais parecidos apesar de alguns critérios diferentes que utilizaste). Os primeiros é que me chamaram a atenção pois havia ali um ou outro número que estava bastante distanciado do real...


Mares Escreveu:Dada a complexidade, que anotaste num outro post, como achas que os salários vão evoluír perante a situação actual?


Epá, isso é uma pergunta difícil...

Mas no sector público haverá uma retração este ano pelo menos e provavelmente um congelamento (talvez com aumento a tentar acompanhar a inflação, ou seja, aumentos reais próximo de zero) no próximo ano.

No sector privado, tanto num ano como no outro suponho que teremos aumentos reais muito próximos de zero.

Em termos gerais, suponho que é o que vai ocorrer a nível nacional, aumentos reais bastante próximos de zero, mas que na realidade, devem corresponder a uma retracção do rendimento disponível!
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por MarcoAntonio » 11/3/2011 20:16

Não há crise ul (no pun intended)...

:wink:
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por Opcard » 11/3/2011 20:12

Obrigado ao Elias e as minhas desculpas ao Marco Antonio.



Elias Escreveu:
ul Escreveu:Manuel António , tudo o que escreve esta certo


Quem é o Manuel António? 8-) :lol: :P
 
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por MarcoAntonio » 11/3/2011 20:12

Exemplos:

(1)

O salário aumenta 17% e a inflacção foi de 11%, então o salário aumentou, em termos reais, 5.4%:

Imagina que no primeiro ano o salário é 100 euros. Sendo a inflação 11%, um salário com aumento nulo deveria ser de 111 euros. Porém, se este tiver aumentado 17%, para 117 euros, então o aumento real é 6 euros em 111 euros, ou seja, 5.4% (para todos os efeitos, considerar 6% é desconsiderar o efeito da inflação sobre o próprio aumento, como se os 6 euros tivessem sido recebidos e tivessem o valor do ano anterior, pré-inflação).



(2)

Considera que o aumento no ano 1 foi e 6%, no ano 2 foi de -3% e no ano 3 foi de 12%, correspondendo a um aumento total de 15.16%: então a média anual foi de 4.8% (e não 5%, que corresponde a um aumento ao fim dos 3 anos de 15.8%, superior ao que efectivamente ocorreu).
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 11/3/2011 20:12, num total de 1 vez.
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por Mares » 11/3/2011 20:02

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:Caro MarcoAntonio,

a tua observação fez-me refazer os cálculos.
Coloco, a seguir, a tabela com os dados e os cálculos:

Ano Sal_med Var.(%) Inf.(%) Dif. Gov. Gov.(media)

1985 149.9 -- 19 0 x --
1986 178.4 19 13.1 1.6 PSD --
1987 204.7 14.7 10.2 -0.1 PSD --
1988 225.3 10.1 9.6 3.1 PSD --
1989 254 12.7 12.7 5.9 PSD --
1990 301.35 18.6 13.6 2.1 PSD 1.71
1991 348.7 15.7 12 2.2 PSD --
1992 398.2 14.2 9.5 1.8 PSD --
1993 443 11.3 6.8 1.1 PSD --
1994 477.9 7.9 5.4 -2.2 PSD --
1995 493 3.2 4.2 1.6 PSD --
1996 521.8 5.8 3.1 -0.6 PS --
1997 534.8 2.5 2.3 3.4 PS --
1998 565.4 5.7 2.8 0.9 PS --
1999 586.3 3.7 2.3 2.1 PS 1.68
2000 612 4.4 2.9 3.1 PS --
2001 648.5 6 4.4 1.2 PS --
2002 685 5.6 3.6 0.3 PSD-PP --
2003 711.4 3.9 3.3 0.6 PSD-PP 0.7
2004 738.8 3.9 2.3 1.2 PSD-PP --
2005 764.7 3.5 2.3 0.6 PS --
2006 786.6 2.9 3.1 -0.6 PS --
2007 806.1 2.5 2.5 2.1 PS 1.24
2008 843.2 4.6 2.6 0.3 PS --
2009 867.5 2.9 -0.9 3.8 PS --
2010 -- -- 1.4 -- PS --


MarcoAntonio Escreveu:Estás a fazer a diferença do aumento salarial de um ano e a inflação do ano anterior o que é desnecessário (utiliza as do mesmo ano porque ambas são médias do mesmo período).


Entendí, não iría mudar muito. Mas o governo dá o aumento nesse ano, com base na inflação correspondente ao ano anterior?

MarcoAntonio Escreveu:Outro problema é estares a trabalhar com percentagens e calculares diferenças absolutas: o aumento do salário real acima (abaixo) da inflacção é A.Salarial/Inflação (e não A.Salarial-Inflação). (1)


Certo.


MarcoAntonio Escreveu:Por fim: a média para um dado período de tempo é a média geométrica e não a média aritmética como calculaste, o que também vai fazer diferir um pouco os valores (principalmente no primeiro período, onde o aumento está sub-avaliado, dará sempre superior mais de 2.5% com ou sem correspondencia anual). (2)


Queres fazer para assim ficarmos com uma ideia? Se quiseres envia-me os resultados que eu coloco no gráfico.

Dada a complexidade, que anotaste num outro post, como achas que os salários vão evoluír perante a situação actual?
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por Elias » 11/3/2011 20:00

ul Escreveu:Manuel António , tudo o que escreve esta certo


Quem é o Manuel António? 8-) :lol: :P
 
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por Opcard » 11/3/2011 19:56

Marco António , tudo o que escreve esta certo , em 30 anos o numero de licenciados na função publica cresceu muito, isso explica parte do aumento real de quase 130% desde 1985 , dados da Comissão Europeia ( noticiado por jornais em inicio de 2010) ,

Mas não deixou de ser uma má opção , podia não ter sido, bastava que ,esse ganho académico tivesse mais consequente na produtividade geral de Portugal

O mal do nosso pais passa exactamente por aí , um conjunto de crânios que deviam ser o motor da economia privada criando empresas e tornado mais produtivas a existentes optaram por empregos estatais , os salários começaram a ser aceitáveis, progressividade garantida , CGA melhor que SS( no sector privado menos de 2% das pensões passa os 1 500 euros )

Só as empresas de bens não transaccionáveis podiam competir com o estado no recrutamento de cérebros, as empresa que se dedicavam a produzir os bens transaccionáveis tinham de se sujeitar ao que restava , dai a nossa baixa produtividade.

Crescendo a massa salarial da função publica , estagnado a economia , esta explicado parte do nosso problema .





MarcoAntonio Escreveu:
ul Escreveu:É melhor ver no seu todo:

Salários reais da função pública subiram 150% em 30 anos


Desde que Portugal entrou na União Europeia (CEE, em 1985), o aumento real acumulado foi de quase 130%


Isto não é uma boa medida por uma série de razões (o que se estava a medir era o salário médio nacional).

Utilizar a Função Pública tem factores distorsores altamente relevantes: a Função Pública não é hoje o que era em 1985 e evoluiu de uma forma consideravelmente diferente da sociedade portuguesa em geral. Notoriamente, os trabalhos qualificados e a formação superior subiram em relação ao cidadão médio, com os licenciados (e os trabalhos que o requerem dentro da função pública) a subir de forma consideravel. A própria função pública cresceu consideravelmente neste período mas basta pensar, por exemplo, no tremendo alargamento do ensino superior - repito, só para citar um exemplo - e que por sinal é um dos sectores com mais altos vencimentos médios na função pública, para perceber que olhar para a evolução da função pública não é uma boa medida. E para não deixar um único exemplo, convém citar o tremendo crescimento do Sistema Nacional de Saúde também...


Outra coisa: é problemático olhar para prazos tão alargados porque a conjuntura pode mudar terrivelmente nestes prazos, os próprios critérios de aferição e mensuração de valores como os que aqui discutimos podem ser alterados, portanto os números podem ser os que são por razões que não são totalmente transparentes. Também tenho dúvidas que o aumento de encargos ocorridos por diversas e variadas razões (como aumento e surgimento de novas taxas, etc) esteja devidamente pesado e medido na inflação (que é um índice de preços calculado com base num "cabaz" de produtos e serviços).

Portanto, estes cálculos são bastante problemáticos e convém ter grande cautela a olhar para estes números.



Deixo contudo o resultado geral: o diferencial que obtive entre aumentos salariais (média nacional) e inflação (ou seja, o aumento salarial descontado a inflação) para o período 1985 a 2009 foi de 60% ou 2% ao ano.
Editado pela última vez por Opcard em 11/3/2011 20:08, num total de 4 vezes.
 
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por MarcoAntonio » 11/3/2011 19:52

Mares Escreveu:Caro MarcoAntonio,

a tua observação fez-me refazer os cálculos.
Coloco, a seguir, a tabela com os dados e os cálculos:

Ano Sal_med Var.(%) Inf.(%) Dif. Gov. Gov.(media)

1985 149.9 -- 19 0 x --
1986 178.4 19 13.1 1.6 PSD --
1987 204.7 14.7 10.2 -0.1 PSD --
1988 225.3 10.1 9.6 3.1 PSD --
1989 254 12.7 12.7 5.9 PSD --
1990 301.35 18.6 13.6 2.1 PSD 1.71
1991 348.7 15.7 12 2.2 PSD --
1992 398.2 14.2 9.5 1.8 PSD --
1993 443 11.3 6.8 1.1 PSD --
1994 477.9 7.9 5.4 -2.2 PSD --
1995 493 3.2 4.2 1.6 PSD --
1996 521.8 5.8 3.1 -0.6 PS --
1997 534.8 2.5 2.3 3.4 PS --
1998 565.4 5.7 2.8 0.9 PS --
1999 586.3 3.7 2.3 2.1 PS 1.68
2000 612 4.4 2.9 3.1 PS --
2001 648.5 6 4.4 1.2 PS --
2002 685 5.6 3.6 0.3 PSD-PP --
2003 711.4 3.9 3.3 0.6 PSD-PP 0.7
2004 738.8 3.9 2.3 1.2 PSD-PP --
2005 764.7 3.5 2.3 0.6 PS --
2006 786.6 2.9 3.1 -0.6 PS --
2007 806.1 2.5 2.5 2.1 PS 1.24
2008 843.2 4.6 2.6 0.3 PS --
2009 867.5 2.9 -0.9 3.8 PS --
2010 -- -- 1.4 -- PS --


Estás a fazer a diferença do aumento salarial de um ano e a inflação do ano anterior o que é desnecessário (utiliza as do mesmo ano porque ambas são médias do mesmo período).

Outro problema é estares a trabalhar com percentagens e calculares diferenças absolutas: o aumento do salário real acima (abaixo) da inflacção é A.Salarial/Inflação (e não A.Salarial-Inflação). (1)

Por fim: a média para um dado período de tempo é a média geométrica e não a média aritmética como calculaste, o que também vai fazer diferir um pouco os valores (principalmente no primeiro período, onde o aumento está sub-avaliado, dará sempre superior mais de 2.5% com ou sem correspondencia anual). (2)
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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