PEC - próximos capítulos (2011 - 2012 - 2013)
MiamiBlueHeart Escreveu:pdcarrico Escreveu:Elias Escreveu:Muffin Escreveu:E que no contexto actual em que Portugal vive, tendo a concordar.
Então concordas que se desconte muito e se receba pouco?
o muito e o pouco é sempre muito relativo
de qualquer maneira podes pensar que viemos ao mundo com nada e sairemos de forma igual
Como já dizia uma vez o Belmiro de Azevedo, não dá para levar dinheiro para a cova
Por essa lógica, o Estado paga as necessidades básicas a trabalhamos de borla!!!!!
A pergunta é: Vale a pena trabalhar em Portugal?
Se estiver um emprego, faz alguma lógica esforçar-me para ter um segundo emprego, ou vou só trabalhar para pagar impostos??
O salário minimo são 500euros, qual o valor minimo para para pessoa se sustentar minimamente ou sobreviver no presente?
Não deve andar muito longe de 500euros.. este é o nosso principal problema..Como se pode cortar a pessoas que já ganham tão pouco?? Se um elemento do casal ganha 1700euroos, e tem 3 filhos. Vive só com eles. 1700euros, é dinheiro?? Vamos pedir cada vez mais sempre aos mesmos??
Eu fiz um comentário na brincadeira com o Elias e tu pareces tê-lo levado muito a sério

Eu não sei qual é o salário que poderemos considerar digno ou justo para se viver bem. Acho que ninguém sabe, parece-me é que se tivesse de escolher entre um corte a quem ganha 1500 ou a quem ganha 500 preferiria cortar a quem ganha 1500.
E esse raciocínio é a base da defesa do tecto máximo. Só isso.
Pedro Carriço
RcrdPrnt Escreveu:A-330 Escreveu:pocoyo Escreveu:Não vejo aqui nada de muito mau. Vejo apenas um repor da verdade, isto em termos das pensões.
Os que se reformaram no ano passado estavam a rir-se de quem estava a trabalhar.
Só atinge quem ganha bem!!!
Acha que alguém se ri nesta crise em que estamos? Se por acaso voçê é um dos que agora se ri porque os pensionistas que descontaram uma vida inteira vão também vão ser afetados , convém lembrar-lhe que quando chegar a sua vez, com sorte, terá como pensão apenas 5% de 1500 euros, ou seja, 75 euros.
Acha que 1500 euros é ganhar bem?
A330
Á pessoas que não sabem o bem que tem......
Se 1500 € não é ganhar bem é o que???
E ainda por cima os reformados.. não chega para fazer uma viagens e gozar o resto da vida??
Eu que ganho cerca 500€ sou o que???
Compara uma famila com 1000€ de ordenado e outra com 3000€ de ordenado a entrar em casa ao final do més, e com prestação da casa para pagar, alimentação e outras coisas utilitarias á vida!!
Agora diz-me se 1500€ de ordenado não é bastante bom...
.......................
Caro RcrdPrnt,
Não é quem ganha 1500 que ganha muito bem. È voçê que ganha muito mal.
Há que entender isso.
Quanto às reformas:Cada um ganha de acordo com aquilo que descontou.Nada mais justo. Se eu desconto um milhão por mês , acho justo reformar-me com mais do que alguem que descontou 100 euros.
A330
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pocoyo Escreveu:A-330 Escreveu:pocoyo Escreveu:A-330 Escreveu:
Acha que 1500 euros é ganhar bem?
A330
Acho.
O salário minimo em 2011 é de 500€.
E??
O salário médio em alguns países africanos é de 1 dólar.Quem ganha 3 tem um bom salário?
A330
Fonix, será dificil de perceber!!!
Depende se nesses países se conseguir viver razoavel com 1 dólar, quem ganha 3 tem um bom salário.
Em Portugal com 1500€ por mês, vive-se bem.
Entendeste?
Vive-se bem ? Só se for voçê.Se calhar é solteiro , vive em casa dos pais , sem filhos , etc.
Agora , quem tem responsabilidades , não me parece.Capacidade de poupança então , é um sonho inatingível.
Se isto é viver bem... a mim parece-me mais sobreviver.
Sei que esta é a realidade que temos , mas eu não me conformo com isto.Não acho isto bom nem vou achar nunca.
A330
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Eu não desminto porque são oficiais , mas não acredito, a chamada economia informal deve estar acima dos 20%, porque apesar da crise a venda de bens dito não essências estão a resistir bem .
Sendo verdade quanto mais a carteira fica vazia , mais o consumidor necessita de comprar bens que façam a diferença, é um fenómeno recente .
Bernard Arnault teve olho em pouco tempo é 4° fortuna do mundo e 1° da Europa apostou no chique a sua LVMH controla 50 marcas de luxo .
Sendo verdade quanto mais a carteira fica vazia , mais o consumidor necessita de comprar bens que façam a diferença, é um fenómeno recente .
Bernard Arnault teve olho em pouco tempo é 4° fortuna do mundo e 1° da Europa apostou no chique a sua LVMH controla 50 marcas de luxo .
Lion_Heart Escreveu:pocoyo Escreveu:Já agora, alguem sabe qual o salário médio em Portugal?
O salário médio em Portugal situa-se actualmente nos 894 euros. Pode parecer muito para os 341 mil portugueses que no ano passado recebiam os 450 euros do salário mínimo, mas para a classe média esse valor fica muito aquém da média da Europa a 15.
In Correio da Manha
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pdcarrico Escreveu:Elias Escreveu:Muffin Escreveu:E que no contexto actual em que Portugal vive, tendo a concordar.
Então concordas que se desconte muito e se receba pouco?
o muito e o pouco é sempre muito relativo
de qualquer maneira podes pensar que viemos ao mundo com nada e sairemos de forma igual
Como já dizia uma vez o Belmiro de Azevedo, não dá para levar dinheiro para a cova
Por essa lógica, o Estado paga as necessidades básicas a trabalhamos de borla!!!!!
A pergunta é: Vale a pena trabalhar em Portugal?
Se estiver um emprego, faz alguma lógica esforçar-me para ter um segundo emprego, ou vou só trabalhar para pagar impostos??
O salário minimo são 500euros, qual o valor minimo para para pessoa se sustentar minimamente ou sobreviver no presente?
Não deve andar muito longe de 500euros.. este é o nosso principal problema..Como se pode cortar a pessoas que já ganham tão pouco?? Se um elemento do casal ganha 1700euroos, e tem 3 filhos. Vive só com eles. 1700euros, é dinheiro?? Vamos pedir cada vez mais sempre aos mesmos??
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Os cortes no valor das indemnizações devidas aos trabalhadores em caso de incumprimento deverão aplicar-se a todos os trabalhadores.
No documento hoje divulgado, o Governo reconhece aquilo que até agora negara: a redução das indemnizações devidas aos trabalhadores em caso de despedimento não irá aplicar-se apenas aos futuros contratos de trabalho, mas também aos actuais. Ou seja, todos os trabalhadores serão afectados por estes cortes.
“Até final de 2011”, o Governo compromete-se a proceder a uma “avaliação dos resultados desta reforma [das indemnizações por despedimento]: impacto na segmentação do mercado de trabalho e consideração da aplicação a contratos de trabalho existentes”. Deste modo, o Governo vem dizer que, na sequência da avaliação do impacto desta reforma, estará disponível para alargar o âmbito dos cortes nas indemnizações. Durante as negociações, as confederações patronais insistiram sempre nesta questão, lembrando que a reforma teria um impacto negligenciável se não fosse aplicado aos actuais contratos.
Aqui está mais uma boa medida defendida por muitos de vocês...
No documento hoje divulgado, o Governo reconhece aquilo que até agora negara: a redução das indemnizações devidas aos trabalhadores em caso de despedimento não irá aplicar-se apenas aos futuros contratos de trabalho, mas também aos actuais. Ou seja, todos os trabalhadores serão afectados por estes cortes.
“Até final de 2011”, o Governo compromete-se a proceder a uma “avaliação dos resultados desta reforma [das indemnizações por despedimento]: impacto na segmentação do mercado de trabalho e consideração da aplicação a contratos de trabalho existentes”. Deste modo, o Governo vem dizer que, na sequência da avaliação do impacto desta reforma, estará disponível para alargar o âmbito dos cortes nas indemnizações. Durante as negociações, as confederações patronais insistiram sempre nesta questão, lembrando que a reforma teria um impacto negligenciável se não fosse aplicado aos actuais contratos.
Aqui está mais uma boa medida defendida por muitos de vocês...

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A-330 Escreveu:pocoyo Escreveu:Não vejo aqui nada de muito mau. Vejo apenas um repor da verdade, isto em termos das pensões.
Os que se reformaram no ano passado estavam a rir-se de quem estava a trabalhar.
Só atinge quem ganha bem!!!
Acha que alguém se ri nesta crise em que estamos? Se por acaso voçê é um dos que agora se ri porque os pensionistas que descontaram uma vida inteira vão também vão ser afetados , convém lembrar-lhe que quando chegar a sua vez, com sorte, terá como pensão apenas 5% de 1500 euros, ou seja, 75 euros.
Acha que 1500 euros é ganhar bem?
A330
Á pessoas que não sabem o bem que tem......
Se 1500 € não é ganhar bem é o que???
E ainda por cima os reformados.. não chega para fazer uma viagens e gozar o resto da vida??
Eu que ganho cerca 500€ sou o que???
Compara uma famila com 1000€ de ordenado e outra com 3000€ de ordenado a entrar em casa ao final do més, e com prestação da casa para pagar, alimentação e outras coisas utilitarias á vida!!
Agora diz-me se 1500€ de ordenado não é bastante bom...
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otangas, nos teus cálculos partes do princípio que os descontos (11% + 23%) que formam a TSU revertem integralmente para a reforma.
Contudo, isso não é bem assim. Segundo julgo saber a TSU serve para 3 coisas:
- reforma
- fundo de desemprego
- serviço nacional de saúde
Ou seja, só uma parte é que efectivamente reverte para a reforma.
Contudo, isso não é bem assim. Segundo julgo saber a TSU serve para 3 coisas:
- reforma
- fundo de desemprego
- serviço nacional de saúde
Ou seja, só uma parte é que efectivamente reverte para a reforma.
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Elias Escreveu:Muffin Escreveu:E que no contexto actual em que Portugal vive, tendo a concordar.
Então concordas que se desconte muito e se receba pouco?
Oi Elias, em conceito, concordo que haja uma relação directa entre o que se desconta e o que se recebe.
Essa relação deverá ser tanto mais aproximada quanto maior fôr o rendimento.
Discordo frontalmente que se receba n vezes o que se descontou, principalmente quando o valor recebido é muitas vezes maior que o que ganha um trabalhador no activo.
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Otangas,
Falta só considerar que só os melhores anos contam, pelo que se descontaste pouco por 30 anos e depois melhoraste, receberás pela contribuição dos últimos.
Considerando a assimetria de rendimento entre mais novos e mais velhos em Portugal, este problema não é assim tão pequeno.
Falta só considerar que só os melhores anos contam, pelo que se descontaste pouco por 30 anos e depois melhoraste, receberás pela contribuição dos últimos.
Considerando a assimetria de rendimento entre mais novos e mais velhos em Portugal, este problema não é assim tão pequeno.
Pedro Carriço
Elias Escreveu:Muffin Escreveu:E que no contexto actual em que Portugal vive, tendo a concordar.
Então concordas que se desconte muito e se receba pouco?
o muito e o pouco é sempre muito relativo

de qualquer maneira podes pensar que viemos ao mundo com nada e sairemos de forma igual

Como já dizia uma vez o Belmiro de Azevedo, não dá para levar dinheiro para a cova

Pedro Carriço
Lion_Heart Escreveu:Elias Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Eu sempre defendi que o limite maximo para pensoes em Portugal devia ser 2.500€.
Eu concordo com os tectos às pensões desde que haja tectos para os descontos.
Tectos porque? Eu acho é que se deve exigir ao Estado mais regalias pelos impostos que se pagam. Incentivar uma cultura de eficiencia e qualidade.
No outro dia alguem medico reclamava do corte nas reformas. E outra pessoa explicou a essa pessoa que o montante que ela tinha descontado durante a vida daria para 5-6 anos de pagamento da sua reforma no maximo. O que faziamos depois? Matavamos a pessoa? Ou começava a pagar do bolsa dela a reforma?
Isso não corresponde bem à verdade. Ficam aqui umas contas de algibeira...
Em média, uma pessoa descontará cerca de 34% do salário bruto - 11% do lado do trabalhador e cerca de 23% do lado do empregador (valor médio).
Por ano (14 meses x 34%), corresponde a 4,76 salários brutos.
Consideremos que necessita de 35 anos de descontos para se reformar. Isso dá um total de 166,6 salários brutos descontados ao longo da carreira.
Sabendo que o valor da reforma será sempre inferior ao valor do salário, consideremos que a reforma é 75% do salário. Desta forma, majora-se os salários descontados ao longo da carreira para 222 (166,6/075).
Dividindo esse valor por 14 pensões por ano, temos que esta carreira contributiva aqui considerada dá suportar o reformado num total de 15,85 anos, valor bem diferente dos 5/6 anos que referiu.
Posso estar enganado nas minhas contas. Se esse for o caso, agradeço a correção.
Edit: Claro que se ao longo da sua carreira contributiva usufruir de algum apoio da segurança social, as contas estarão erradas à partida. Mas o objetivo destas minhas contas era apenas refutar o que foi dito.
Editado pela última vez por otangas em 11/3/2011 13:53, num total de 2 vezes.
Mira Amaral: "Novo pacote de medidas não me surpreende minimamente"
11 Março 2011 | 12:31
Pedro Romano - promano@negocios.pt
O novo pacote de medidas de consolidação orçamental, apresentado hoje pelo ministro das Finanças, não apanhou de surpresa o antigo ministro da Economia Mira Amaral. "Não fiquei minimamente surpreendido", confessou em declarações ao Negócios.
Para Mira Amaral, o Governo "falhou" na implementação das medidas de consolidação já apresentadas, o que leva o responsável a defender que a onda de austeridade não vai ficar por aqui. "Vai haver um PEC V, um PEC VI, e por aí fora", afirmou.
Um dos problemas apontados pelo antigo ministro é o "falhanço" da racionalização de institutos públicos. "Houve um plano, mas era relativo a uma fusão de organismos que já estava em curso", critica.
O Governo apresentou hoje um novo lote de medidas de austeridade, que tira 1.500 milhões de euros à economia em 2011 e "reforça a dose" a partir de 2012 e 2013, com cortes sociais – pensões incluídas – e subida de impostos.
11 Março 2011 | 12:31
Pedro Romano - promano@negocios.pt
O novo pacote de medidas de consolidação orçamental, apresentado hoje pelo ministro das Finanças, não apanhou de surpresa o antigo ministro da Economia Mira Amaral. "Não fiquei minimamente surpreendido", confessou em declarações ao Negócios.
Para Mira Amaral, o Governo "falhou" na implementação das medidas de consolidação já apresentadas, o que leva o responsável a defender que a onda de austeridade não vai ficar por aqui. "Vai haver um PEC V, um PEC VI, e por aí fora", afirmou.
Um dos problemas apontados pelo antigo ministro é o "falhanço" da racionalização de institutos públicos. "Houve um plano, mas era relativo a uma fusão de organismos que já estava em curso", critica.
O Governo apresentou hoje um novo lote de medidas de austeridade, que tira 1.500 milhões de euros à economia em 2011 e "reforça a dose" a partir de 2012 e 2013, com cortes sociais – pensões incluídas – e subida de impostos.
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Já agora a minha opinião: deveriam haver pensões máximas, e com as poupanças nessas pensões, poderia emagrecer-se a receita da SS - a taxa de 11% do trabalhador e os 23,5% do empregador poderiam baixar para outros valores. Se a poupança fosse hipoteticamente 10%, a taxa do trabalhador poderia ser de 10% e a do empregador 22%.
A baixa das taxas seria para toda a gente, mas aí a razão seria por tratar a segurança social com um instrumento de alguma utilidade redistributiva. Mas isso é naturalmente uma opção política.
A baixa das taxas seria para toda a gente, mas aí a razão seria por tratar a segurança social com um instrumento de alguma utilidade redistributiva. Mas isso é naturalmente uma opção política.
Editado pela última vez por pdcarrico em 11/3/2011 13:52, num total de 3 vezes.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Elias Escreveu:Muffin Escreveu:pdcarrico, os subsidios de desemprego têm limite temporal, as reformas não.
Além disso os subsídios de desemprego têm um tecto (1257 euros = 3 x IAS), mas os descontos não: é 11% qualquer que seja o vencimento.
isto significa que quem ganhar 10 mil euros desconta uma pipa de massa em TSU mas se for para o desemprego só recebe 1257 euros.
Exactamente por isso que dizia que um tecto máximo nas pensões seria o mesmo que tratarmos a pensão como uma prestação social equivalente ao subsídio de desemprego.
E que no contexto actual em que Portugal vive, tendo a concordar.
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Governo insiste no corte dos benefícios e deduções fiscais
11 Março 2011 | 11:59
Elisabete Miranda - elisabetemiranda@negocios.pt
Abate de despesas de saúde e educação pode estar em causa.
O quarto pacote de medidas de austeridade hoje apresentado pelo Ministro das Finanças, volta à carga com a intenção de limitar os benefícios e deduções fiscais em sede de IRS em 2012.
Depois de, no último Orçamento do Estado, ter sido obrigado a recuar na imposição de limites ao abate de despesas de saúde e educação à generalidade dos contribuintes, por causa do processo negocial com o PSD, José Sócrates quer insistir na medida.
Os termos em que o fará não são perceptíveis pela apresentação disponibilizada pelo Ministério das Finanças, onde apenas se fala, telegraficamente, numa “revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais, designadamente em sede de IRS e IRC”.
Caso o objectivo seja retomar o projecto que ficou pelo caminho há uns meses, então, os portugueses com rendimentos médios poderão esperar um aumento ainda significativo na carga fiscal. Despesas de saúde, educação e com lares apenas poderão sofrer fortes limites à sua dedução na declaração do IRS.
Para este ano (2011, com reflexos na declaração de IRS a apresentar em 2012), já avançaram limites à dedução destas despesas, mas apenas para os três últimos escalões de rendimento (agregados familiares com rendimentos colectáveis acima de 61.244 euros). Avançaram também travões á dedução de benefícios fiscais como os PPR (planos poupança-reforma e seguros de vida) para a generalidade dos contribuintes. Mas os contribuintes com rendimentos intermédios acabaram por ser poupados na medida que teria o maior impacto no seu bolso: a possibilidade de dedução de despesas de saúde e educação.
Este ano também, no IRS, o Governo já procedeu a um agravamento geral de taxas de imposto e ao congelamento das deduções específicas (abates automáticos ao rendimento em função da composição do agregado familiar e do tipo de rendimentos).
Limites ao IRC por esclarecer
No que concerne aos benefícios fiscais às empresas não há qualquer indicação do que possa vir a ser feito.
No Orçamento do Estado para 2011 o Executivo reforçou o tecto máximo aos benefícios fiscais que as empresas podem aproveitar, tendo referido que ela conduziria a um aumento da taxa de tributação efectiva de imposto de 18,75% para os 22,5%. Uma contabilidade que só se conseguirá validar em 2012, quando forem apresentadas as contas deste ano.
11 Março 2011 | 11:59
Elisabete Miranda - elisabetemiranda@negocios.pt
Abate de despesas de saúde e educação pode estar em causa.
O quarto pacote de medidas de austeridade hoje apresentado pelo Ministro das Finanças, volta à carga com a intenção de limitar os benefícios e deduções fiscais em sede de IRS em 2012.
Depois de, no último Orçamento do Estado, ter sido obrigado a recuar na imposição de limites ao abate de despesas de saúde e educação à generalidade dos contribuintes, por causa do processo negocial com o PSD, José Sócrates quer insistir na medida.
Os termos em que o fará não são perceptíveis pela apresentação disponibilizada pelo Ministério das Finanças, onde apenas se fala, telegraficamente, numa “revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais, designadamente em sede de IRS e IRC”.
Caso o objectivo seja retomar o projecto que ficou pelo caminho há uns meses, então, os portugueses com rendimentos médios poderão esperar um aumento ainda significativo na carga fiscal. Despesas de saúde, educação e com lares apenas poderão sofrer fortes limites à sua dedução na declaração do IRS.
Para este ano (2011, com reflexos na declaração de IRS a apresentar em 2012), já avançaram limites à dedução destas despesas, mas apenas para os três últimos escalões de rendimento (agregados familiares com rendimentos colectáveis acima de 61.244 euros). Avançaram também travões á dedução de benefícios fiscais como os PPR (planos poupança-reforma e seguros de vida) para a generalidade dos contribuintes. Mas os contribuintes com rendimentos intermédios acabaram por ser poupados na medida que teria o maior impacto no seu bolso: a possibilidade de dedução de despesas de saúde e educação.
Este ano também, no IRS, o Governo já procedeu a um agravamento geral de taxas de imposto e ao congelamento das deduções específicas (abates automáticos ao rendimento em função da composição do agregado familiar e do tipo de rendimentos).
Limites ao IRC por esclarecer
No que concerne aos benefícios fiscais às empresas não há qualquer indicação do que possa vir a ser feito.
No Orçamento do Estado para 2011 o Executivo reforçou o tecto máximo aos benefícios fiscais que as empresas podem aproveitar, tendo referido que ela conduziria a um aumento da taxa de tributação efectiva de imposto de 18,75% para os 22,5%. Uma contabilidade que só se conseguirá validar em 2012, quando forem apresentadas as contas deste ano.
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Elias Escreveu:Muffin Escreveu:pdcarrico, os subsidios de desemprego têm limite temporal, as reformas não.
Além disso os subsídios de desemprego têm um tecto (1257 euros = 3 x IAS), mas os descontos não: é 11% qualquer que seja o vencimento.
isto significa que quem ganhar 10 mil euros desconta uma pipa de massa em TSU mas se for para o desemprego só recebe 1257 euros.
Exactamente por isso que dizia que um tecto máximo nas pensões seria o mesmo que tratarmos a pensão como uma prestação social equivalente ao subsídio de desemprego.
Pedro Carriço
Muffin Escreveu:pdcarrico, os subsidios de desemprego têm limite temporal, as reformas não.
Além disso os subsídios de desemprego têm um tecto (1257 euros = 3 x IAS), mas os descontos não: é 11% qualquer que seja o vencimento.
isto significa que quem ganhar 10 mil euros desconta uma pipa de massa em TSU mas se for para o desemprego só recebe 1257 euros.
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Muffin Escreveu:pdcarrico, os subsidios de desemprego têm limite temporal, as reformas não.
Essa diferença desvirtua a comparação pois só muito dificilmente poderás receber muito mais do que descontaste, ou pelo menos essa diferença é mensurável.
No caso das pensões são cheques em branco que se passam às gerações futuras, a menos que a actual tenha feito as provisões necessárias, o que não é o caso.
Sim Muffin, existem obviamente diferenças. Nem eu estava a defender um modelo face ao outro.
O que disse é que se é para ter um tecto, vamos estar a olhar para a pensão como uma prestação social equivalente ao subsídio de desemprego - uma compensaçao quando falta o rendimento de trabalho, e que também corresponde a uma contrapartida por se ter descontado.
Mas há desempregados que pode terem sido previdentes, conseguiram em desemprego manter nível de vida porque juntam ao subsídio poupança feita anteriormente. Também nesse caso podem ser comparáveis a reformados que complementam a reforma com PPR's e outros.
Naturalmente que existem diferenças. Um subsídio de desemprego pode por exemplo receber-se com muito menos tempo de desconto.
Pedro Carriço
Como era previsível, temos um novo PEC.
Aos que ficaram indignados pelo discurso do PR, gostaria de vê-los agora a responder face a um novo corte, um novo PEC a mais austeridade e mais uma prova de toda a incompetência de quem nos governa.
Eu até aceitava o novo PEC que houve por detrás das medidas, uma estratégia definida, uma coerência de discurso e um objectivo a atinguir. Contudo, como vem sendo costume, é mais uma avalanche de medidas a vulso que são introduzidas numa altura em que ontem José Sócrates defendia o seu trabalho de 6 anos na Assembleia da Republica.
É mais um epísódio de uma saga que parece que não tem fim, deste modo, que confiança a nossa economia pode dar ao cidadão, ao investidor se as regras estão sempre a mudar??
Vale a pena trabalhar em Portugal??
Triste país o nosso.. Mas que outro resultado era possível face a tanta mentira que foi dita???
Aos que ficaram indignados pelo discurso do PR, gostaria de vê-los agora a responder face a um novo corte, um novo PEC a mais austeridade e mais uma prova de toda a incompetência de quem nos governa.
Eu até aceitava o novo PEC que houve por detrás das medidas, uma estratégia definida, uma coerência de discurso e um objectivo a atinguir. Contudo, como vem sendo costume, é mais uma avalanche de medidas a vulso que são introduzidas numa altura em que ontem José Sócrates defendia o seu trabalho de 6 anos na Assembleia da Republica.
É mais um epísódio de uma saga que parece que não tem fim, deste modo, que confiança a nossa economia pode dar ao cidadão, ao investidor se as regras estão sempre a mudar??
Vale a pena trabalhar em Portugal??
Triste país o nosso.. Mas que outro resultado era possível face a tanta mentira que foi dita???
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pdcarrico, os subsidios de desemprego têm limite temporal, as reformas não.
Essa diferença desvirtua a comparação pois só muito dificilmente poderás receber muito mais do que descontaste, ou pelo menos essa diferença é mensurável.
No caso das pensões são cheques em branco que se passam às gerações futuras, a menos que a actual tenha feito as provisões necessárias, o que não é o caso.
Essa diferença desvirtua a comparação pois só muito dificilmente poderás receber muito mais do que descontaste, ou pelo menos essa diferença é mensurável.
No caso das pensões são cheques em branco que se passam às gerações futuras, a menos que a actual tenha feito as provisões necessárias, o que não é o caso.
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pocoyo Escreveu:Elias Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Eu sempre defendi que o limite maximo para pensoes em Portugal devia ser 2.500€.
Eu concordo com os tectos às pensões desde que haja tectos para os descontos.
Nem podia ser de outra maneira, senão tudo que fosse acima desse valor não passava de um imposto.
Oi pocoyo... e qual é a diferença?
No curto e no longo prazo?!
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Elias Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Eu sempre defendi que o limite maximo para pensoes em Portugal devia ser 2.500€.
Eu concordo com os tectos às pensões desde que haja tectos para os descontos.
Parece-me a mim que a lógica dos limites é fazer a mesma coisa nas pensões que se faz subsídio de desemprego. Caso contrário não faz sentido. O que quero dizer é que se é por uma questão de devolução de um valor porque se descontou, o valor da reforma tem que ser obviamente proporcional ao que descontou independentemente do valor, e nesse caso não podem haver limites..
Se há um valor máximo, é porque tratamos a pensão com a mesma utilidade de um subsídio de desemprego, e nesse caso não existe correlação entre o que se descontou e o que se recebe (no sentido do tecto superior). Pode é, por haverem menores pensões máximas, haver menor despesa e por essa via poder diminuir-se a percentagem da SS a incidir no salário e contribuição patronal.
Pedro Carriço
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