OT - Muhammad Yunus Despedido: há limites para a parvoíce?!
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Afinal parece que aquele Congresso disfuncional acerta uma de vez em quando.
House & Senate Leaders Announce Gold Medal Ceremony for Professor Muhammad Yunus
WASHINGTON, DC – House Speaker John Boehner (R-OH), Senate Majority Leader Harry Reid (D-NV), Senate Republican Leader Mitch McConnell (R-KY), and House Democratic Leader Nancy Pelosi (D-CA) announced today that they will hold a U.S. Capitol ceremony next month to present Professor Muhammad Yunus with a Congressional Gold Medal.
The Gold Medal represents Congress’s highest expression of national appreciation for distinguished achievements and contributions. Congress awarded the medal to Professor Yunus in 2010 in recognition of his efforts to combat global poverty. Professor Yunus has won international acclaim for developing the concept of microcredit and using that model of lending to promote economic and social opportunity. For his work, Professor Yunus was awarded the Nobel Peace Prize in 2006. A complete list of Congressional Gold Medal recipients is available at House.gov.
The Gold Medal ceremony for Professor Yunus will take place on Wednesday, April 17, 2013 in the Capitol Rotunda. Additional details are forthcoming.
http://www.speaker.gov/press-release/ho ... mmad-yunus
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Deu os frutos desejados a campanha suja para afectar a credibilidade pública do fundador do Grameen.
Depois de meses a tentar defender nos tribunais a independência política do "Banco dos Pobres", Yunus acaba de anunciar a demissão.
Na página do Facebook Yunus divulgou ontem uma curta frase de despedida: " A better world starts with imagination". Um equivalente moderno ao nosso "Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce"...
Muitos continuarão a sonhar que é possível acabar com a pobreza extrema, como foi propósito da ONU para os objectivos do Milénio (http://www.un.org/en/mdg/summit2010/).
Graças a Yunus foi já possível para 8 milhões das mais miseráveis famílias do Bengladesh. Falta sonhar com o resto...
Depois de meses a tentar defender nos tribunais a independência política do "Banco dos Pobres", Yunus acaba de anunciar a demissão.
Na página do Facebook Yunus divulgou ontem uma curta frase de despedida: " A better world starts with imagination". Um equivalente moderno ao nosso "Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce"...
Muitos continuarão a sonhar que é possível acabar com a pobreza extrema, como foi propósito da ONU para os objectivos do Milénio (http://www.un.org/en/mdg/summit2010/).
Graças a Yunus foi já possível para 8 milhões das mais miseráveis famílias do Bengladesh. Falta sonhar com o resto...
Muhammad Yunus resigns from Grameen Bank
By Nick Stace 9:48AM BST 13 May 2011
In the wake of the piece I wrote yesterday, it seems the Bangladeshi government is in the process of taking over Grameen Bank. Professor Yunus's departure will shock his many admirers and supporters around the world. In his resignation letter, which followed the torture of the chairman of the Grameen Employee Association and multiple attempts to intimidate and bribe the female directors on the board, he has stated that he hopes his departure will help "to prevent undue disruption of the activities of Grameen Bank".
Before the ink was dry on his letter of resignation, the finance minister Muhith yesterday set out his reforms of Grameen Bank. According to the minister, the poor women from the villages do not bring the required level of oversight to the board, announcing that they will be replaced by "competent" people. He also said that the shareholding of the government would increase, and the rest of the Grameen social businesses will be brought under review.
The fact that Grameen loans money to some of the poorest on terms they can repay and is governed by a board in touch with the world in which they operate, is a model of sustainability and effective governance. It is in contrast to much larger financial institutions whose flaws were exposed by the global financial crisis for their conflicted governance and the complexities of their business models. Grameen has also been a world away from Bangladeshi government incompetence and corruption that has infected the financial system and the running of state-owned banks.
It is also sending out a threatening message to the rest of civil society, NGOs, and the social businesses that vibrantly support the life of the poorest in the country, that they may be next. It has been thanks to the social movement in Bangladesh that there has been real progress on the UN's Millennium Development Goals, in particular to "eradicate extreme poverty by 2015". It seems the politicians in Dhaka couldn’t care less; perhaps explaining in the starkest of terms why it was Yunus, not prime minister Hasina, who received the Nobel Prize in 2006.
The government may win their battles, and in the process make themselves more powerful and personally wealthy, but the war they will unfortunately lose is the one Professor Yunus started 35 years ago: the war against poverty.
http://www.telegraph.co.uk/finance/pers ... -Bank.html
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Se soubessem quantos Yunus há aqui em Portugal!!
Pessoas que por darem o seu melhor conquistam o respeito dos outros iguais a si, mas que ao mesmo tempo muitas vezes sem se darem conta, invadem o "espaço territorial" de um tirano superior em poder, mas não em inteligência emocional!!
Quantos Yunus há aqui em Portugal??!!
Aqui, o Senhor Yunus seria considerado um "banqueiro do povo", noutro país teve direito a um Prémio Nobel!!
Abraço
Pessoas que por darem o seu melhor conquistam o respeito dos outros iguais a si, mas que ao mesmo tempo muitas vezes sem se darem conta, invadem o "espaço territorial" de um tirano superior em poder, mas não em inteligência emocional!!
Quantos Yunus há aqui em Portugal??!!
Aqui, o Senhor Yunus seria considerado um "banqueiro do povo", noutro país teve direito a um Prémio Nobel!!
Abraço
Solidariedade com o 'Banqueiro dos Pobres'
Alexandre Coutinho
8:50 Sábado, 12 de Março de 2011
http://aeiou.expresso.pt/solidariedade- ... es=f637250
No passado dia 2 de Março o Banco Central do Bangladesh demitiu Muhammad Yunus do seu lugar de director-geral do Grameen Bank, o banco de microcrédito que fundou há 18 anos, alegando o facto de ele ter ultrapassado o limite de idade da reforma em vigor, que é de 60 anos. A notícia levantou uma onda de protesto, sobretudo no estrangeiro, onde Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz 2006, e a sua obra são por todos sobejamente conhecidos e reconhecidos.
No seu próprio país, Muhammad Yunus passou a ser visto como inimigo por grande parte da classe política (em particular os dois maiores partidos que se têm sucedido no poder) depois de denunciar publicamente a ganância desta pelo poder do dinheiro e a corrupção generalizada.
Alguns factos permitem enquadrar a escalada da primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, e do seu Governo contra o fundador do microcrédito, sobretudo, depois de ele ter anunciado a intenção de criar um partido político (ideia a que viria a desistir).
Primeiro, o Governo do Bangladesh veio acusar o Prof. Yunus de fraude fiscal e nomeou uma comissão para investigar "práticas menos legais" do Grameen Bank. Não houve provas destas práticas nem condenações até à data. A actual primeira-ministra chegou a catalogá-lo de "sanguessuga dos pobres" e a sua ministra dos Negócios Estrangeiros de "corrupto".
Em Dezembro último, uma reportagem de um canal de televisão norueguês acusou Yunus de ter "desviado" dinheiro da cooperação norueguesa (Norad) para fins que não o microcrédito, nomeadamente, uma joint-venture com a multinacional Danone, para a produção de produtos lácteos para os pobres. Os equívocos foram então esclarecidos e o governo da Noruega veio desmentir ter havido desvios desta natureza.
Finalmente e para além das razões (ou falta delas) burocráticas, o Banco Central do Bangladesh "despediu", com efeitos imediatos, Muhammad Yunus do seu cargo de director-geral do Banco que fundou em 1983. Curiosamente, o Prof. Yunus já completou 70 anos, mas só agora, o Banco Central do Bangladesh se apercebeu que ele tinha ultrapassado o limite de idade da reforma de 60 anos.
Tornou-se claro que se trata de uma campanha contra o bom nome do Prof. Muhammad Yunus e a instituição que criou em benefício dos mais pobres do seu país e cujo modelo foi replicado em todos os continentes com resultados nunca vistos na luta contra a pobreza e a marginalização económica dos mais frágeis da sociedade. O Grameen Bank (banco da aldeia, em língua bangla) não é um banco comercial típico, já que é propriedade dos seus mais de 8 milhões de clientes pobres.
A situação criada pode ter consequências graves directas (e ainda imprevisíveis) sobre a vida e o futuro de 8.5 milhões de famílias pobres no Bangladesh e, indirectamente, sobre este largo movimento da sociedade civil mundial do microcrédito que Yunus inspirou e no qual se revê como símbolo da coragem, de lucidez, de determinação e carisma.
A notícia da exoneração de Muhammad Yunus correu mundo e depressa originou um amplo movimento de indignação contra o Governo do Bangladesh e de apoio ao Prof. Yunus, por parte de governos, personalidades de todos os quadrantes e latitudes, ONG e demais organizações da sociedade civil, entre as quais, a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) que, na sua génese, se inspirou no trabalho e na personalidade do Prof. Muhammad Yunus, e que com ele "privou" antes e depois da sua constituição.
"A ANDC não pode deixar de manifestar a sua indignação pela forma como o Governo da Senhora Sheikh Hasina está a tratar uma das pessoas mais inventivas na luta contra a pobreza e pela dignificação dos mais fracos, não apenas no seu país mas no mundo inteiro. Convenhamos que há formas menos deselegantes e menos expeditas para tratar um Prémio Nobel da Paz e conhecido "Banqueiro dos Pobres", escreveu Mohamed Lemine Ould Ahmed, presidente da direcção da ANDC.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Lamentável mesmo. Mas felizmente antes de ser afastado conseguiu provar com o exemplo como se consegue ajudar inteligentemente uma classe pobre.
E de uma certa forma acho que o exemplo vingou e agora tem, felizmente, vida própria. E a prová-lo está que o próprio modelo já existe em outros Países, como por exemplo no Brasil, onde já se encontram pequenas comunidades (conheci uma no Ceará) que replicam o modelo.
E de uma certa forma acho que o exemplo vingou e agora tem, felizmente, vida própria. E a prová-lo está que o próprio modelo já existe em outros Países, como por exemplo no Brasil, onde já se encontram pequenas comunidades (conheci uma no Ceará) que replicam o modelo.
Pedro Carriço
OT - Muhammad Yunus Despedido: há limites para a parvoíce?!
Yunus é uma lenda. Um Homem acima de todos os demais do nosso tempo.
Sóbrio mas polémico, tornou-se uma fonte inspiradora pelo mundo inteiro devido à sua obra, o que lhe valeu o prémio Nobel da Paz em 2006.
Fundou o Grameen Bank que já ajudou mais de 8 milhões de miseráveis, só no Bangladesh, que puderam obter crédito para criar micro-negócios e abandonar assim a pobreza extrema. A beleza do sistema está em que estes miseráveis puderam ainda pagar os empréstimos, permitindo que o dinheiro se mantenha permanente disponível para continuar a ajudar o combate à fome e à pobreza.
O próprio pais se modernizou muito para além do que se esperava, e acumulou muitos exemplos de tolerância religiosa e respeito pela igualdade e direitos humanos pouco frequentes por aquelas paragens.
Tudo corria bem... até que resolveu enfrentar os políticos do seu país...
Nos últimos tempos, mesmo mantendo-se um ícone junto da comunidade internacional, tem sido alvo de toda a espécie de rasteiras dentro do Bangladesh, a última das quais o despedimento por pressão do Banco Central, alegadamente por já ter ultrapassado o limite de idade em ... 1999...
Os tribunais suportaram a medida ( http://www.nytimes.com/2011/03/09/busin ... .html?_r=2 ) e o Grameen prepara-se para ingressar no controlo do Governo.
A tradição de os governos interferirem nos Bancos não começou, infelizmente, no Bengladesh, mas tratar assim um Ser Humano destes é das mais aprofundadas barbaridades que me foi dada a assistir...
Para Yunus será um choque, mas seguramente não lhe faltará por esse mundo quem o queira encher de cargos e mordomias.
Para os miseráveis daquele país... vão continuar a viver no "caixote do lixo", como chamava ao Bangladesh Kissinger em 1972...
Lamento mesmo muito.
Sóbrio mas polémico, tornou-se uma fonte inspiradora pelo mundo inteiro devido à sua obra, o que lhe valeu o prémio Nobel da Paz em 2006.
Fundou o Grameen Bank que já ajudou mais de 8 milhões de miseráveis, só no Bangladesh, que puderam obter crédito para criar micro-negócios e abandonar assim a pobreza extrema. A beleza do sistema está em que estes miseráveis puderam ainda pagar os empréstimos, permitindo que o dinheiro se mantenha permanente disponível para continuar a ajudar o combate à fome e à pobreza.
O próprio pais se modernizou muito para além do que se esperava, e acumulou muitos exemplos de tolerância religiosa e respeito pela igualdade e direitos humanos pouco frequentes por aquelas paragens.
Tudo corria bem... até que resolveu enfrentar os políticos do seu país...
Nos últimos tempos, mesmo mantendo-se um ícone junto da comunidade internacional, tem sido alvo de toda a espécie de rasteiras dentro do Bangladesh, a última das quais o despedimento por pressão do Banco Central, alegadamente por já ter ultrapassado o limite de idade em ... 1999...
Os tribunais suportaram a medida ( http://www.nytimes.com/2011/03/09/busin ... .html?_r=2 ) e o Grameen prepara-se para ingressar no controlo do Governo.
A tradição de os governos interferirem nos Bancos não começou, infelizmente, no Bengladesh, mas tratar assim um Ser Humano destes é das mais aprofundadas barbaridades que me foi dada a assistir...
Para Yunus será um choque, mas seguramente não lhe faltará por esse mundo quem o queira encher de cargos e mordomias.
Para os miseráveis daquele país... vão continuar a viver no "caixote do lixo", como chamava ao Bangladesh Kissinger em 1972...
Lamento mesmo muito.
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"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
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