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Caldeirão da Bolsa

Conduzir a mais de 110 km/h nas auto-estradas vai ser proibi

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 30/4/2011 18:39

Mesmo tendo-se referido especificamente ao consumo, continuo sem saber como é que o ministro espanhol determinou a baixa no consumo. Foi pelas vendas? Se não, considerou stocks?


Sim, é pertinente que se tratem de declarações políticas porque são efectivamente declarações politicas para sustentar uma medida (seja ela boa ou má). E os políticos têm a sua própria forma de olhar para os números e lidar com eles!

Ou vais-me dizer que as declarações de um ministro sobre uma matéria qualquer sobre a qual decidiu tem o mesmo valor por exemplo de um estudo académico sobre a mesma matéria realizado por uma entidade independente à que propôs a medida?
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: Conduzir a mais de 110 km/h nas auto-estradas vai ser pr

por Mares » 30/4/2011 18:22

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:MarcoAntonio,

a nossa discussão sempre foi focada para a parte técnica e nunca para questões políticas.


Exacto. Portanto não é uma declaração política vaga que nada esclarece que vem demonstrar o que quer que seja.

Mares Escreveu:A importação de petróleo poderá ser baixada por vários factores (elasticidade do consumo, incentivos ao uso dos transportes públicos, mudanças de mentalidades, etc, etc).

Levantas-te outras questões técnicas (como mantêr sempre a mesma velocidade, etc, etc) e que na tua opinião tornaría essa economia no consumo quase insignificante. E foi aí que ficámos na discussão.

Então, só com uma comprovação experimental (em larga escala) será possível obtêr-se um valor correcto.

Abraço,

Mares.


Não foi isso que eu disse.

O que eu efectivamente disse foi que achava que a redução estava sobre-estimada e que não sabia de onde vinha aquela estimativa que avançaram inicialmente, para a qual não encontrava sustentação. Fiz uma série de cálculos (sustentados e que mantenho) para mostrar que provavelmente será bastante menor.

Também disse, como verificarás se tiveres o cuidado de reler com atenção em lugar de meramente citar um post, que a redução até pode ser um pouco maior (do que a que eu estava a sugerir) se para além do novo limite de velocidade, ocorrer ainda uma maior taxa de cumprimento (fazendo assim com que a redução efectiva das velocidades seja maior).


Sobre o que trouxeste agora, nada esclarece: é um dado de importação de petróleo de umas meras 3 semanas, não é sequer um dado de vendas de consumo de combustíveis líquidos para o transporte terrestre (portanto, será que o consumo baixou mesmo?). Não sabemos o que ocorreu aos stocks nem sabemos se a poupança de petróleo se deu (toda) nos transportes terrestres. A comparação é ainda feita com há 12 meses atrás e não com o período imediatamente anterior à introdução da medida (por exemplo, a comparação para os gastos semanais em relação a Janeiro ou Fevereiro também é ou aponta para, tendo em conta factores sazonais, essa ordem de grandeza?). Não sabemos ainda que outros factores podem ter influenciado a redução do consumo, se é efectivamente houve redução de consumo (as pessoas estão a utilizar menos o automóvel, por exemplo devido a elevados preços dos combustíveis e às medidas conjunturais em Espanha?).

Todos estes pontos são pertinentes e para o que se discutia, a informação avançada nada esclarece!


Obviamente, não consideraste nenhum deles e bastou-te a declaração vaga e muito pouco informativa de um político para te convencer...





Já agora, tentaste fazer umas contas rápidas para perceber o que é que uma redução de 8% das importações de petróleo a nível nacional teria de significar nos consumos em estrada nos condutores afectados, se efectivamente a redução das importações se devesse (toda) à medida?

:wink:


MarcoAntonio,

é uma declaração política, baseada em resultados técnicos.

(não vamos discutir agora a seriedade dos politicos, pois acho que isso é irrelevante para aqui).

Concordo que o período de análise é pequeno (3 semanas e comparado o consumo com os valores obtidos no ano anteiror).

Pela notícia, refere-se mesmo a uma redução efectiva no consumo de combustíveis (e não de petróleo, como erradamente referí).

"Nas três semanas que decorreram entre o início da aplicação da medida - a 7 de Março -, até final do mesmo mês, o consumo de combustível diminuiu 7,9% comparativamente com o ano anterior. Trata-se do menor consumo registado em Espanha desde Março de 2003".

Quanto ao nível de consumo, resultante desta medida, poderá levar-nos a procurar modelos que estimem o impacto dessa medida.

Em conclusão, concordo que será somente uma indicação, mas que aponta na direção correcta. Discutír modelos podemos o fazer. É uma questão de discutír-se e aprender...
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Re: Conduzir a mais de 110 km/h nas auto-estradas vai ser pr

por MarcoAntonio » 30/4/2011 17:41

Mares Escreveu:MarcoAntonio,

a nossa discussão sempre foi focada para a parte técnica e nunca para questões políticas.


Exacto. Portanto não é uma declaração política vaga que nada esclarece que vem demonstrar o que quer que seja.

Mares Escreveu:A importação de petróleo poderá ser baixada por vários factores (elasticidade do consumo, incentivos ao uso dos transportes públicos, mudanças de mentalidades, etc, etc).

Levantas-te outras questões técnicas (como mantêr sempre a mesma velocidade, etc, etc) e que na tua opinião tornaría essa economia no consumo quase insignificante. E foi aí que ficámos na discussão.

Então, só com uma comprovação experimental (em larga escala) será possível obtêr-se um valor correcto.

Abraço,

Mares.


Não foi isso que eu disse.

O que eu efectivamente disse foi que achava que a redução estava sobre-estimada e que não sabia de onde vinha aquela estimativa que avançaram inicialmente, para a qual não encontrava sustentação. Fiz uma série de cálculos (sustentados e que mantenho) para mostrar que provavelmente será bastante menor.

Também disse, como verificarás se tiveres o cuidado de reler com atenção em lugar de meramente citar um post, que a redução até pode ser um pouco maior (do que a que eu estava a sugerir) se para além do novo limite de velocidade, ocorrer ainda uma maior taxa de cumprimento (fazendo assim com que a redução efectiva das velocidades seja maior).


Sobre o que trouxeste agora, nada esclarece: é um dado de importação de petróleo de umas meras 3 semanas, não é sequer um dado de vendas de consumo de combustíveis líquidos para o transporte terrestre (portanto, será que o consumo baixou mesmo?). Não sabemos o que ocorreu aos stocks nem sabemos se a poupança de petróleo se deu (toda) nos transportes terrestres. A comparação é ainda feita com há 12 meses atrás e não com o período imediatamente anterior à introdução da medida (por exemplo, a comparação para os gastos semanais em relação a Janeiro ou Fevereiro também é ou aponta para, tendo em conta factores sazonais, essa ordem de grandeza?). Não sabemos ainda que outros factores podem ter influenciado a redução do consumo, se é que efectivamente houve redução de consumo (as pessoas estão a utilizar menos o automóvel, por exemplo devido a elevados preços dos combustíveis e às medidas conjunturais em Espanha?).

Todos estes pontos são pertinentes e para o que se discutia, a informação avançada nada esclarece!


Obviamente, não consideraste nenhum deles e bastou-te uma declaração vaga e muito pouco informativa de um político para te convencer...





Já agora, tentaste fazer umas contas rápidas para perceber o que é que uma redução de 8% das importações de petróleo a nível nacional teria de significar nos consumos em estrada nos condutores afectados, se efectivamente a redução das importações se devesse (toda) à medida?

:wink:



(uma pista: o próprio governo espanhol tinha, com um conjunto de 20 medidas que afectam várias áreas do consumo do petróleo, como objectivo baixar a importação em 5%!)
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por Messi10b » 30/4/2011 16:19

Estive em Espanha nesta Páscoa, percorri algumas auto-estradas e verifiquei que muitos espanhois, de facto, cumprem o limite. Eu é que habituado ao ritmo daqui, passava carros atrás de carros, pois menos de 140 km/h para mim é só se for todo o caminho a olhar para o indicador de velocidade.
 
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Re: Conduzir a mais de 110 km/h nas auto-estradas vai ser pr

por Mares » 30/4/2011 16:17

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
Nunca fiquei muito convencido, mas como o MarcoAntonio é muito persistente, deixei para lá :P

Mas agora aparecem os resultados dessa medida em Espanha (pela notícia anterior).



Nada do que foi dito demonstra claramente que a redução se deve exclusivamente e na totalidade à medida.

Pela forma como te apressaste a acreditar na ligação directa e total entre o valor dito e a medida e a tomar (de forma bem evidente!) como uma demonstração clara, aparentemente ainda és novo nestas coisas de ouvir políticos a falar sobre assuntos técnicos quando pretendem justificar as medidas, concluo então!


Os números sugerem uma baixa no consumo.

De quanto?

Não se pode dizer.

Qual foi o peso de por exemplo os combustiveis exactamente na mesma altura andarem em máximos de preços? E essa tendência vai continuar (estamos a falar de meras semanas)? Existe alguma influência de carácter sazonal ou de stocks? Como variaram os stocks no mesmo período? Se tiveram baixado, as vendas então não baixaram 8%!

É que o valor que é dado por referência nem é de vendas de combustiveis mas de importação de petróleo e de apenas umas 3 semanas, o que é muitíssimo pouco...



Não te estás a precipitar um bocado?


MarcoAntonio,

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A importação de petróleo poderá ser baixada por vários factores (elasticidade do consumo, incentivos ao uso dos transportes públicos, mudanças de mentalidades, etc, etc).

Levantas-te outras questões técnicas (como mantêr sempre a mesma velocidade, etc, etc) e que na tua opinião tornaría essa economia no consumo quase insignificante. E foi aí que ficámos na discussão.

Então, só com uma comprovação experimental (em larga escala) será possível obtêr-se um valor correcto.

Abraço,

Mares.
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por MarcoAntonio » 30/4/2011 1:31

Aqui ficam as 20 medidas do Governo Espanhol.

Mas isto pelos vistos é 20 medidas à Futre: dezanove (que agora não interessam para nada) e mais uma!

:lol:



Las medidas, que supondrán un coste de 1.151 millones de euros, son las siguientes:

-- Crear una línea de financiación de 264,4 millones para fomentar en las ciudades el transporte público, los carriles de uso exclusivo y los intercambiadores.

-- Presentar un plan de eficiencia energética en el sector ferroviario con especial atención al transporte de mercancías.

-- Optimizar el uso de los pasillos aéreos mediante la mejora de la utilización del espacio aéreo del Ministerio de Defensa.

-- Reducir temporalmente el límite de velocidad en autopistas de peaje y autovías para turismos y motocicletas hasta los 110 kilómetros por hora como mínimo hasta el 30 de junio de 2011.

-- Incrementar hasta el 7 % la obligación de introducir biodiésel en los carburantes para el año 2011.

-- Reducir los precios de los billetes de Renfe, tanto de cercanías como de media distancia.

-- Favorecer la introducción de neumáticos de máxima calificación energética en turismos particulares y flotas de empresas con una línea de subvenciones de 20 euros por neumático hasta un tope de 240.000.

-- Establecer una línea ICO de 600 millones para Empresas de Servicios Energéticos (ESE).

-- Fomentar el uso de la biomasa para usos térmicos en edificios mediante la sustitución de calderas y ampliando la línea de ayudas del Plan Renove de calderas de alto rendimiento energético.

-- Renovar el sistema de alumbrado público municipal con tres líneas de acción. Una con 19 proyectos integrales para cada comunidad autónoma, otra para los municipios de menos de 200 habitantes y otra para los de más de 25.000 habitantes.

-- Llevar a cabo campañas de sensibilización para concienciar a los ciudadanos sobre la importancia de adoptar hábitos de ahorro y consumo eficiente de la energía.

-- Fomentar del uso compartido del coche.

-- Apoyar el uso del transporte público en la Administración General del Estado dando prioridad a las ayudas sociales al transporte.

-- Impulsar las ciudades con sello MOVELE, distintivo que reconoce las iniciativas municipales de fomento de la movilidad eléctrica.

-- Racionalizar el consumo energético en las administraciones públicas.

-- Intensificar el plan Renove de calderas de alto rendimiento energético.

-- Reducir el consumo de energía mediante la certificación energética e identificación de medidas de ahorro y eficiencia energética en los edificios existentes.

-- Disminuir el consumo de energía eléctrica de las instalaciones de alumbrado exterior de carreteras y túneles.

-- Reducir el consumo de energía eléctrica de los semáforos equipados con bombillas halógenas o incandescentes con su sustitución por tecnología LED.

-- Impulsar el plan Renove 2x1 para cambiar halógenos por LED.




Em abono da verdade e porque fui verificar, a redução do preço dos bilhetes entrou em vigor em 1 de Abril (e provavelmente bastantes outras não tiveram efeito ainda). Seja como for e independentemente das medidas que já tenham entrado em vigor e que já possam ter produzido alguma influência, a redução de 8% (com base numa comparação com um mês há 12 meses atrás) nas importações pode ter uma data de explicações e não demonstra que se tenha dado uma redução exactamente igual no consumo e toda ela nos transportes terrestres e exclusivamente por causa da redução da velocidade em parte da frota!
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por MarcoAntonio » 30/4/2011 1:11

Uma pista...

[url=http://www.redigitaltv.com/detalleNoticia.php?id=8462&id_categoria=10&titulo=Gobierno%20espa%C3%B1ol%20acuerda%20plan%20para%20reducir%20en%20un%205%%20importaciones%20de%20petr%C3%B3leo]Gobierno español acuerda plan para reducir en un 5% importaciones de petróleo[/url]



Ante subida de precios por crisis Libia

Gobierno español acuerda plan para reducir en un 5% importaciones de petróleo


Madrid- Ante la subida de los precios del petróleo por la inestabilidad en el norte de África, el gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero aprobó hoy un plan de ahorro energético para reducir en un 5% las importaciones de crudo.

El plan incluye la controvertida medida, anunciada hace una semana, de reducir el límite de velocidad en las autovías y autopistas españolas de los 120 kilómetros por hora actuales a 110.

La medida entrará en vigor el próximo lunes y se mantendrá hasta el 30 de junio, si bien podría prorrogarse, según dijo en rueda de prensa el vicepresidente primero y ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba.

"No hay problemas de suministro", aseguró el ministro de Industria, Miguel Sebastián, pero el gobierno "debe tener cautela". Con algo más del 75%, España es uno de los países de la Unión Europea (UE) con mayor grado de dependencia energética.

El plan de ahorro tendrá un coste en inversión de 1.151 millones de euros, que serán sufragados en un 80% por las compañías eléctricas. Consta de 20 medidas y una campaña de concienciación ciudadana que tienen como objetivo reducir en 28,6 millones los barriles de petróleo que España consume, lo que se traduce en un ahorro de 2.300 millones de euros anuales en importaciones energéticas.

Entre las medidas está también la reducción del precio de los billetes de tren, en vigor asimismo hasta el 30 de junio.

También se incluye la renovación del alumbrado público para utilizar luces de bajo consumo, un plan para la renovación de neumáticos de los automóviles, nuevos pasillos aéreos y una línea de crédito para mejorar movilidad en las ciudades.

Vía El Mundo/dpa



Espero que te dês bem com castelhano, mas se não perceberes alguma parte apita que eu ajudo...

:wink:


De qq das formas posso resumir: afinal eram 20 medidas, incluindo essa mas uma série de outras e o objectivo era reduzir 5%. Agora, reduziu-se (supostamente) 8% e só se fala de uma das medidas...


Já viste que com a mesma propriedade o ministro podia ter vindo elogiar a medida de baixar os preços dos bilhetes: "com a baixa do preço dos bilhetes o consumo baixou 8%".

Se calhar é medida para apostar...

:lol:
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Re: Conduzir a mais de 110 km/h nas auto-estradas vai ser pr

por MarcoAntonio » 30/4/2011 0:58

Mares Escreveu:
Nunca fiquei muito convencido, mas como o MarcoAntonio é muito persistente, deixei para lá :P

Mas agora aparecem os resultados dessa medida em Espanha (pela notícia anterior).



Nada do que foi dito demonstra claramente que a redução se deve exclusivamente e na totalidade à medida.

Pela forma como te apressaste a acreditar na ligação directa e total entre o valor dito e a medida e a tomar (de forma bem evidente!) como uma demonstração clara, aparentemente ainda és novo nestas coisas de ouvir políticos a falar sobre assuntos técnicos quando pretendem justificar as medidas, concluo então!


Os números sugerem uma baixa no consumo.

De quanto?

Não se pode dizer.

Qual foi o peso de por exemplo os combustiveis exactamente na mesma altura andarem em máximos de preços? E essa tendência vai continuar (estamos a falar de meras semanas)? Existe alguma influência de carácter sazonal ou de stocks? Como variaram os stocks no mesmo período? Se tiveram baixado, as vendas então não baixaram 8%!

É que o valor que é dado por referência nem é de vendas de combustiveis mas de importação de petróleo e de apenas umas 3 semanas, o que é muitíssimo pouco...



Não te estás a precipitar um bocado?
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caro Mares

por mcarvalho » 30/4/2011 0:45

tu metes-te em tudo..

deixa lá a malta nova guiar à velocidade normal.. eles têm capacidade nós é que não.. nem para guiar .. quanto mais.. se estamos ainda acordados a esta hora é porque temos problemas na próstata e temos de nos levantar para ir urinar

passa bem

abraço

mcarvalho
 
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Re: Conduzir a mais de 110 km/h nas auto-estradas vai ser pr

por Mares » 30/4/2011 0:32

Mares Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:MarcoAntonio,

se concordamos com a origem e validade dos dados, então temos um ganho de eficiência de 8,5% com a redução da velocidade de 120 Km/h para 110 Km/h.


Xi, oh mares, vais-me fazer escrever novamente a mesma coisa?

A redução em ~8% do consumo de uma velocidade que é uma velocidade cruzeiro, que representa só uma parte da utilização e de uma parte dos veículos, não representa ~8% na redução consumo, representa para aí uma redução de 1%. Ao certo que parte é que não entendes depois de eu já ter explicado duas vezes?
:wink:

Se fizeres os veículos todos circularem a menos 10Km/h em termos de velocidade máxima, o consumo não baixa em toda a utilização. Baixa só quando os veículos circulam à velocidade máxima (e apenas nos veículos onde a redução se aplica). O que representa só uma fracção da utilização total de combustíveis!

Ou tu quando sais à estrada vês todos os veículos a circularem constantemente a 130Km/h? Em todas as circunstâncias em que não existe alteração de comportamento (e que representa para aí 80 ou 90% do consumo, até porque não é a circular em velocidade cruzeiro que os veículos mais gastam) o consumo continua o mesmo, né?


Mares Escreveu:Em 2008, o número de quilometros percorrídos nas autoestradas de Portugal foi de 11,88 mil milhões!!

Se considerarmos que o consumo médio dos carros que por lá circularam foi de 6 l/100 kms, temos que foram consumídos 713 milhões de litros de combustível.

Agora se esse combustível tivesse sído gasto de uma forma mais eficiente (com a redução de velocidade agora imposta em Espanha), teríamos uma poupança de 60 milhões de litros de combustível.

Fazendo um custo de médio de €1,40/litro de combustível, foram deitados para o lixo 85 milhões de euros!!

(Numa viagem de 1 hora, um condutor conduzíndo a 110 Km/h vai gastar mais 5´30´´ a mais que um outro condutor a 120 Km/h).


A tua estimativa aqui continua a pecar por excesso. Mesmo que restrinjas a utilização a auto-estrada, os veículos mesmo em auto-estrada não circulam sempre em velocidade cruzeiro à velocidade máxima e continuam a existir veículos onde a redução não se aplica de todo (uma boa parte deles são veículos pesados, que gastam bastante e representam uma parcela enorme do consumo mas que vão ter valores inalterados porque actualmente já circulam a velocidades inferiores a aquelas). Portanto, mesmo em auto-estrada, a redução é metade do que sugeres, se tanto!


Um erro adicional tremendo é considerares o valor após impostos, o custo para a economia não é o valor após impostos mas o valor da importação: o custo é portanto menos de metade do valor que apontaste.

Assim, fazendo cálculos minimamente correctos e credíveis, mesmo tomando por base os restantes valores que indicaste, acabamos com 20 milhões de euros de redução.

Ora, Portugal importa uns 600 milhões de euros de combustíveis e lubrificantes por mês (a maior parte é combustíveis, naturalmente). São mais de 7 mil milhões de euros num ano...

Os 20 milhões de euros, está bom de ver, são "peanuts". São 0.3% daquele valor num ano, uma estimativa de redução que não deve andar muito longe da real e que não está muito longe do valor estimativa que estou a defender pois como te recordas, estou a dizer desde o início que uma redução de 10Km/h nas velocidades máximas representa talvez 1% de redução no consumo total de combustíveis.


MarcoAntonio,

tens as contas na ponta do lápis e terei de concordar com o que escreves. É uma redução pequena e que dificilmente poderá ser optimizada.

Por outro lado poderia levar a uma mudança de comportamento/mentalidade. Mas tal como o Elias refere, as pessoas iriam alocar esse ganho em aumentar o consumo de uma outra forma.

Deixa só comentar um facto. Conheço um grupo de pesquisa que desenvolveu um método que levará à redução de 8% no consumo de combustível nos carros. Eles já patentearam essa descoberta e algumas empresas de automóveis estão a introduzir essa inovação. ... É "somente" 8%...



Nunca fiquei muito convencido, mas como o MarcoAntonio é muito persistente, deixei para lá :P

Mas agora aparecem os resultados dessa medida em Espanha (pela notícia anterior).

Será que não devería ser aplicada em Portugal?

Podemos até voltar a questionar a mentalidade dos portuguêses....


Mas....Será que não vale a pena? :wink:
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por Mares » 30/4/2011 0:23


Espanha poupa milhões com limite de velocidade2011-04-28


A redução do limite máximo de velocidade nas estradas espanholas para 110 quilómetros por hora permitiu uma poupança de 94,2 milhões de euros em importações de petróleo, anunciou o ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo, Miguel Sebastián.

Nas três semanas que decorreram entre o início da aplicação da medida - a 7 de Março -, até final do mesmo mês, o consumo de combustível diminuiu 7,9% comparativamente com o ano anterior. Trata-se do menor consumo registado em Espanha desde Março de 2003.

Em conferência de imprensa, o ministro afirmou ainda que, em Abril, deverá verificar-se uma nova descida. Extrapolando a quebra no consumo de combustíveis até ao final do ano, a poupança poderá alcançar os 1150 milhões de euros, cumprindo-se assim as previsões feitas pelo Governo liderado por José Luis Zapatero, aquando da apresentação do Plano de Poupança Energética.

Mas o efeito positivo derivado da redução do limite de velocidade deve-se sobretudo à consciencialização dos cidadãos, que têm respeitado a nova restrição, apontou o ministro Miguel Sebastián. O governante adiantou que as multas por excesso de velocidade baixaram também cerca de 35% durante o mês de Março.

De carácter provisório (em vigor até 30 de Junho), e dependente dos preços do petróleo, está ainda em aberto se a imposição do limite a 110 km/h será prorrogada. "É prematuro fazer prognósticos sobre se [a medida] será levantada ou não", afirmou o ministro, acrescentando que "oxalá baixem os preços do crude" e possa retirar-se.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... 867#_page0

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por Mares » 31/3/2011 12:39

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por radiohead » 8/3/2011 20:11

MarcoAntonio Escreveu:Não, o que mencionaste é que é irrelevante: os funcionários públicos fornecem (na generalidade) serviços que proporcionam que outros possam produzir bens e serviços transaccionáveis com o exterior.

Isto que expuseste é uma completa falácia...

Lá porque o contributo não é directo, não significa que não estejam a contribuir efectivamente para o que o país transacciona com o exterior (formando, educando, dando condições de saúde, justiça, etc).

Podemos discutir a qualidade desses serviços (uns funcionam melhor outros pior) mas nos termos que colocaste não passa de uma falácia...



Tudo bem, tens razão, mas...se descermos ainda mais fundo as coisas também não são bem assim. Por exemplo, Cuba é tido como um país com bons serviços públicos de saúde e educação, no entanto a sua competitividade é miserável. Existem matizes ai pelo meio, nós deviamos ter o Estado que conseguíssemos sustentar e em Portugal se calhar já passamos esse limite. O próprio Daniel Bessa disse que a o Estado Social estava a matar a Economia.

MarcoAntonio Escreveu:
Radiohead, lá vou ter de te pedir pela terceira vez que leias atentamente o que eu escrevo.

O que eu disse é que era imperceptível e expliquei o que estava a dizer...

Obviamente, a percepção é totalmente relevante neste ponto dado que a percepção molda comportamentos.

Nada me diz que uma perda de 1 minuto por dia conduz no transito conduz a uma mudança de comportamentos. O facto de perder um minuto mais no transito não significa que vão dar menos um minuto de trabalho por dia. E como inclusivamente apontei, se alguém está a ser incoerente és tu porque mais ou menos expressamente apontaste para o facto de as pessoas darem mais tempo de trabalho voluntariamente por sentirem essa necessidade ou por verem interesse nisso, porque querem terminar o trabalho, sentir que realizaram o trabalho que era preciso.

Porque razão vão passar a achar que já não é preciso dar o último minuto porque perdem um imperceptível minuto por dia no transito (se é que perdem porque também como apontei, uma baixa da taxa de acidentes pode contrabalançar e efectivamente nem se perder minuto nenhum em média)?


Então mas foi isso que eu disse - ninguém sabe o que se vai passar. A única certeza é que esses milhões e milhões de horas anuais ( :mrgreen:) não nos vão ser dadas pelo Criador de borla, terão que ser "deduzidas" nalgum lado.

De qualquer forma a discussão é completamente ingrata porque não há números e ninguém sabe como as pessoas vão reagir. Mas força avancem com a medida e vamos ver. :)
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por MarcoAntonio » 8/3/2011 19:21

radiohead Escreveu:Qual a relevância? Um funcionário público não produz bens ou serviços transaccionáveis que podem ser vendidos ao estrangeiro ou substituir importações que equilibrem a balança comercial, que julgo ser o principal motivo desta medida.


Não, o que mencionaste é que é irrelevante: os funcionários públicos fornecem (na generalidade) serviços que proporcionam que outros possam produzir bens e serviços transaccionáveis com o exterior.

Isto que expuseste é uma completa falácia...

Lá porque o contributo não é directo, não significa que não estejam a contribuir efectivamente para o que o país transacciona com o exterior (formando, educando, dando condições de saúde, justiça, etc).

Podemos discutir a qualidade desses serviços (uns funcionam melhor outros pior) mas nos termos que colocaste não passa de uma falácia...


Se os funcionários deixarem de fazer o seu trabalho, das duas uma: ou é necessário aumentar o contributo do sector privado para esses serviços (perdendo-se capacidade de produção para o exterior) ou baixa a produtividade pelas piores condições extruturais que daí decorrem.




radiohead Escreveu:Acho que não estás a ser equilibrado na tua argumentação. Por um lado desvalorizas o tempo que as pessoas podem gastar a mais nos transportes "são só uns minutos", por outro valorizas a poupança residual que conseguem com essa medida (qual o valor que os indívíduos podem poupar, só uns cêntimos, se calhar).


Radiohead, lá vou ter de te pedir pela terceira vez que leias atentamente o que eu escrevo.

O que eu disse é que era imperceptível e expliquei o que estava a dizer...

Obviamente, a percepção é totalmente relevante neste ponto dado que a percepção molda comportamentos.

Nada me diz que uma perda de 1 minuto por dia conduz no transito conduz a uma mudança de comportamentos. O facto de perder um minuto mais no transito não significa que vão dar menos um minuto de trabalho por dia. E como inclusivamente apontei, se alguém está a ser incoerente és tu porque mais ou menos expressamente apontaste para o facto de as pessoas darem mais tempo de trabalho voluntariamente por sentirem essa necessidade ou por verem interesse nisso, porque querem terminar o trabalho, sentir que realizaram o trabalho que era preciso.

Porque razão vão passar a achar que já não é preciso dar o último minuto porque perdem um imperceptível minuto por dia no transito (se é que perdem porque também como apontei, uma baixa da taxa de acidentes pode contrabalançar e efectivamente nem se perder minuto nenhum em média)?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por radiohead » 8/3/2011 19:11

MarcoAntonio Escreveu:
radiohead Escreveu:Tens números :mrgreen: ?


Não tenho números, o que conheço é uma série de pessoas que trabalham no privado e uma série de pessoas que trabalha na função pública e o que se passa a nível de horários (se são fixos ou não, se ficam para lá do horário de trabalho ou não) é bastante semelhante nos dois grupos. Há imensa gente a sair do local de trabalho para lá do horário (e até sem receber horas extras) na função pública, coisa que pareces não ter noção...


E? Qual a relevância? Um funcionário público não produz bens ou serviços transaccionáveis que podem ser vendidos ao estrangeiro ou substituir importações que equilibrem a balança comercial, que julgo ser o principal motivo desta medida.

MarcoAntonio Escreveu:
radiohead Escreveu:Muita gente mora em subúrbios e tem sempre que passar por uma auto-estrada, por exemplo margem sul (ponte vasco da gama) região Oeste (A8) etc,etc.


A maior parte dessas pessoas passará, depois de um período transitório nos casos em que for mais evidente/notório, a sair mais cedo de casa e a chegar mais tarde a casa (uns minutos!).


Acho que não estás a ser equilibrado na tua argumentação. Por um lado desvalorizas o tempo que as pessoas podem gastar a mais nos transportes "são só uns minutos", por outro valorizas a poupança residual que conseguem com essa medida (qual o valor que os indívíduos podem poupar, só uns cêntimos, se calhar). Ou seja, quando é para a poupança de combustível conta-se tudo "são milhões de euros", quando é o tempo perdido, já se conta individualmente. Porque não contam também os milhões de minutos perdidos de potencial produtividade?

MarcoAntonio Escreveu:Aliás, é algo irónico e incoerente que um dos teus pontos se centre no voluntarismo em perfazer um determinado tempo de trabalho (porque, entende-se, as pessoas sentem e percebem a necessidade de realizar o trabalho até estar realizado, aliás disseste-o mais ou menos expressamente) mas depois, porque perdem mais uns minutos na estrada (praticamente imperceptíveis!*) já vão descontar esse tempo ao horário de trabalho ou vão deixar de fazer aquilo que antes entendiam por bem fazer no seu dia de trabalho...


Para mim não interessa se são uns minutos ou umas horas, o que interessa perceber é se a medida é positiva ou negativa. Esse tempo a mais na estrada é tempo perdido e para algum lado terá que "ir". As pessoas podem escolher abdicar dele em seu prejuizo "pessoal" ou então abdicar de fazer o tempo extra no trabalho, ninguém sabe o que se vai passar (pessoalmente acho que ninguém vai atrasar o despertador 2m). Em termos de racionalidade económica isto é puro experimentalismo...Ou se calhar é mais uma desculpa para caça à multa.
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por MarcoAntonio » 8/3/2011 3:56

Mcmad Escreveu:Se por exemplo lá trabalhas ?


Não trabalho no Estado.

Leccionei no ano lectivo de 96/97 no ensino secundário, com horário incompleto (onde cheguei via mini-concurso) e na altura trabalhava igualmente no sector privado. Tanto nesse período como em todo o resto do tempo da minha vida activa, trabalhei sempre no sector privado (em áreas distintas).


Mcmad Escreveu:Obviamente não és obrigado a essa declaração de interesse.


O problema é tu achares isto importante, um tópico relevante na discussão!


Mcmad Escreveu:Eu trabalho no sector privado, (...)


Eu estou pouco importado com onde trabalhas e nunca me ocorreu perguntar-te...

O que é relevante é o que dizes, não onde trabalhas!
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por Mcmad » 8/3/2011 3:40

Eu trabalho no sector privado, e só queria saber se tinhas algum interesse ( sempre importante ) no sector público. Se por exemplo lá trabalhas ?

Obviamente não és obrigado a essa declaração de interesse.
Confira as minhas opiniões

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por MarcoAntonio » 8/3/2011 3:30

Mcmad Escreveu:Desculpa Marco António. Faço-te uma pergunta, não sei se já respondeste neste tópico ou até noutro, em relação ao setor público faz lá a tua declaração de interesses pf.


Eu não tenho nenhum interesse e o meu objectivo é sempre analisar as questões nos moldes mais objectivos possível, o que tento fazê-lo na generalidade dos debates em que intervenho seja qual for o tema.

Mas registo a tua desconfiança. Quando alguém desconfia das motivações dos outros em lugar de se centrar na substância do debate mais não está do que o transparecer o seu (próprio) carácter!



Eu por mim não vou perder tempo com essas tretas e não gasto tempo a lançar desconfianças sobre os outros, prefiro perder tempo com a substância do debate...
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por Mcmad » 8/3/2011 3:19

Desculpa Marco António. Faço-te uma pergunta, não sei se já respondeste neste tópico ou até noutro, em relação ao setor público faz lá a tua declaração de interesses pf.
Confira as minhas opiniões

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por MarcoAntonio » 8/3/2011 1:07

Mares Escreveu:Nos cálculos do Executivo de José Luís Zapatero (na foto), a descida do preço dos passes sociais custará aos cofres públicos 1.151 milhões de euros, mas será mais do que compensada pela redução esperada de 5% nas importações de petróleo, o que pressuporá uma poupança de 2.300 milhões de euros e menos 12,5 milhões de toneladas de CO2 emitidas para a atmosfera.


Eu continuo sem perceber onde é que vão buscar estes números. Aliás, há uma semana atrás eram 1.400 milhões de euros e agora já vai nos 2.300 milhões de euros.

Eu desconfio que alguém se enganou nas contas e colocou um zero a mais...

Eu já as fiz várias vezes e parece-me o mais plausível.


Ora vejamos, vamos admitir um consumo médio actual de 8L/100 em auto-estrada. Vamos considerar uma redução "avantajada" de 5%...

Volto a sublinhar que uma boa parte do consumo em auto-estrada é alheio a esta redução: tanto os veículos (ligeiro) que actualmente já circulam a velocidade inferior seja por opção seja em função da situação como todo o tráfego pesado, que actualmente já é obrigado a circular a velocidade inferior (e a maior parte cumpre).

Uma redução de 5% implica menos 0.4 litros a menos aos 100Km ou 0.004 litros por km.

Ao preço de importação, um litro de combustível não anda muito longe do meio euro, para simplificar consideremos este valor e temos uma poupança de 0.002 euros por km.

Para atingir uma poupança desta ordem de grandeza (E vou considerar o valor mais baixo dos dois, 1.400 milhões de euros) precisamos de 700.000 milhões de km percorridos em autoestrada.


Confesso que não tenho números de espanha, mas este número parece-me francamente extravagante considerando a realidade nacional: em Portugal diz-se que são percorridos cerca de 25 milhões de kms por dia; são cerca de 10 mil milhões de km por ano... parece-me inconcebível que o número seja 70 vezes maior em Espanha.

Espanha não chega a ter 10x a nossa extensão em autovias+autopistas e o número de veículos per capita (pelo menos os utilizados diariamente) seguramente está na mesma ordem de grandeza do que se passa em Portugal.



Vou tentar descobrir os kilometros percorridos em auto-estrada em Espanha mas com os dados disponíveis e utilizando os valores nacionais, mesmo ajustando à dimensão do país, parecem-me estimativas francamente exageradas!

Cá para mim, têm um zero a mais...
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por Mares » 8/3/2011 0:34

Espanha desacelera para cortar na factura energética

Entrou esta madrugada em vigor o novo limite de velocidade nas auto-estradas e várias medidas para reduzir o consumo energético. Objectivo: poupar "bolsas" públicas e privadas.
Desde as 6h00 de hoje que o limite máximo de velocidade nas auto-estradas espanholas passou de 120 para 110 km/hora. A medida estará em vigor pelo menos até Julho e insere-se numa estratégia de poupança de energia decidida pelo Governo espanhol no rescaldo da nova vaga de subida do preço do petróleo.

Para além dos novos limites de velocidade, as autoridades reduziram os pontos de iluminação nas vias públicas e o preço dos passes sociais, em 5%. Objectivo: reduzir o gasto público e privado de produtos energéticos e assim mitigar o impacto negativo da subida exponencial do preço do petróleo sobre a ainda débil economia espanhola.

Nos cálculos do Executivo de José Luís Zapatero (na foto), a descida do preço dos passes sociais custará aos cofres públicos 1.151 milhões de euros, mas será mais do que compensada pela redução esperada de 5% nas importações de petróleo, o que pressuporá uma poupança de 2.300 milhões de euros e menos 12,5 milhões de toneladas de CO2 emitidas para a atmosfera.

fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=471873

Mais importante que a redução da velocidade é esta medida em destaque no texto.
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- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por bolo » 7/3/2011 23:19

Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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por Elias » 7/3/2011 23:00

MarcoAntonio Escreveu:Um inquérito não me parece particularmente fiável para medir/antecipar o impacto...

As pessoas dizem mais facilmente que mudam de comportamento do que as vezes que efectivamente o fazem, é mais fácil dizer que se vai passar a fazer algo - ou deixar de fazer algo que habitualmente se faz - do que efectivamente coloca-lo em prática.

Na verdade, para dizer não existe nenhum obstáculo, enquanto que para fazê-lo existem vários: comodismo, habituação, viciação, etc.


Exacto, por enquanto não passam de meras declarações de intenções.

E convenhamos que muitas vezes, neste tipo de inquéritos, as pessoas escolhem a resposta não em função daquilo que pretendem fazer mas em função da imagem que querem passar.
 
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por MarcoAntonio » 7/3/2011 22:56

Aliás, os dados disponíveis contrariam-no: nos últimos anos o preço dos combustíveis já subiram 20 e mais % e o impacto sobre o consumo não esteve nem perto dessa ordem de grandeza (houve períodos/regiões em que o consumo até aumentou).
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por MarcoAntonio » 7/3/2011 22:49

Um inquérito não me parece particularmente fiável para medir/antecipar o impacto...

As pessoas dizem mais facilmente que mudam de comportamento do que as vezes que efectivamente o fazem, é mais fácil dizer que se vai passar a fazer algo - ou deixar de fazer algo que habitualmente se faz - do que efectivamente coloca-lo em prática.

Na verdade, para dizer não existe nenhum obstáculo, enquanto que para fazê-lo existem vários: comodismo, habituação, viciação, etc.
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