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Caldeirão da Bolsa

GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 9/3/2011 17:25

habanero04 Escreveu:Marco, não li a conversa toda mas aqui fica a minha opinião.

Se calhar é por ir buscar uma parte substancial de impostos no combustivel, e quanto mais se gastar mais compensa para o Estado em temos de receita.


Não creio que se possa dizer isso uma vez que o imposto não está desenhado para incentivar a comprar veículos que gastam mais, genericamente falando. Apenas se pode dizer que não está optimizado para incentivar a comprar os que gastam menos, o que é algo diferente (não está optimizado porque não é o que mede realmente, o que mede é a cilindrada e esta não é sempre proporcional ao consumo).

Portanto, o que está em causa não é "inverter" a medida mas antes usar a medida mais adequada, a mais correcta.


Anteriormente ainda existia uma justificação: as marcas poderiam mentir relativamente aos consumos e para evitar isso era preciso implantar uma estrutura de homologação.

Acontece que hoje a estrutura já existe, o dado está aí medido por uma entidade independente e é só começar a usá-lo...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 9/3/2011 17:19

habanero quando escreves "automóveis antigos" estás a pensar em carros com quantos anos?
 
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por habanero04 » 9/3/2011 17:17

O que é que interessa se o veículo A tem 2L de cilindrada e o B tem 1.6L se o primeiro gastar menos que o segundo? Qual é o interesse de incentivar o comprador a comprar o mais gastador cobrando-lhe menos imposto?


Marco, não li a conversa toda mas aqui fica a minha opinião.

Se calhar é por ir buscar uma parte substancial de impostos no combustivel, e quanto mais se gastar mais compensa para o Estado em temos de receita.

Outra coisa que vai na linha do que escreves é a questão do IUC. Os automóveis antigos emitem muito mais CO2 que os actuais e pagam por uma tabela antiga. Além disso e relativamente aos diesel, que consomem menos e têm menos emissões de CO2, principalmente os que têm filtro de particulas, a tabela do IUC actual é muito penalizadora para os automóveis a diesel em relação aos a gasolina apesar de os diesel serem mais eficientes nos aspectos que referi.
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por MarcoAntonio » 9/3/2011 16:58

rmachado Escreveu:Como sabes se houve uma "dieselização" foi pq os construtores de automovéis viram no sistema fiscal uma abertura e começaram a fazer 1500 a Diesel que são muito competitivos no preço e no gasto.


A razão porque se deu um fenómeno de "dieselização" é mais complexa do que isso...

Em parte, a razão porque a Europa apostou no Diesel está fortemente relacionada com a não aposta no Diesel nos Estados Unidos: uma vez que o petróleo produz uma certa quantidade de gasolina e gasoleo (cerca de 40 e 20% mais ou menos, se não me falha a memória) e como os Estados Unidos são muito aversos ao gasóleo e praticamente não gastam desse combustível, começou a haver excedente. Durante muito tempo e por esta (baixa procura) e outras razões o gasóleo era inclusivamente mais barato que a gasolina à saída da refinaria...

Mas há mais razões:

- O gasóleo é mais simples de destilar (outra das razões porque foi mais barato do que a gasolinha durante muito tempo);

- O gasóleo tem mais energia específica (a energia contida num litro de gasóleo é cerca de 10% superior à contida num litro de gasolina), além disso o motor tende a trabalhar a temperaturas mais baixas o que lhe permite desperdiçar menos energia e ser mais eficiente também, sendo estas as razões porque um motor a gasóleo tende a gastar substancialmente menos;

- O gasóleo tem emissões de CO2 ligeiramente mais baixas por litro e ainda mais baixas se considerado o consumo (que tb é mais baixo) ou seja, emitem substancialmente menos C02 por Km percorrido;

- Os motores a gasóleo tinham tecnologicamente uma elevada margem de progressão.


rmachado Escreveu:Ora se o Estado não tivesse sido tacanho e já tivesse alterado a fiscalidade dos Automovéis.. talvez não tivessemos tantos diesel por ai.


Mas não há verdadeiramente uma vantagem em haver menos Diesel.

O que pode haver é uma desvantagem em haver muitos diesel porque o gasóleo acaba por não chegar...

Por outro lado, o Estado nunca deu um grande incentivo ao Diesel porque a formulação do IA/ISV sempre foi, em Portugal, bastante desvantajosa para o Diesel. Aliás, o exercício clássico era e é contabilizar quantos kms é preciso fazer para recuperar o que se paga a mais na aquisição do automóvel... e para muita, muita gente, nunca chegou a compensar. Em muitos países lá por fora, o gasóleo não é tão mais barato que a gasolina mas os automóveis a gasóleo tb não são tão mais caros. Ora, uma coisa como que compensa a outra!


Aqui, tachanhês portanto, é uma coisa que não se aplica propriamente e por dois motivos diferentes!


Economicamente, até era bom que Portugal tivesse mais automóveis a Diesel...




Eu aproveito para dizer novamente o que já disse inúmeras vezes: o ISV deve ser reformulado. O actual é ostensivamente arcaico e ineficaz, baseado fortemente na cilindrada o que tem pouco sentido e resulta frequentemente em situações idiotas no preço dos veículos e o correspondente resultado na distribuição das vendas...

O que fazia sentido, muito especialmente tendo em conta a realidade actual e os problemas com que nos defrontamos - exactamente com aqueles que o Estado não se cansa de apregoar - era um imposto formulado com base nos consumos.

O que é que interessa se o veículo A tem 2L de cilindrada e o B tem 1.6L se o primeiro gastar menos que o segundo? Qual é o interesse de incentivar o comprador a comprar o mais gastador cobrando-lhe menos imposto?

Hoje, os consumos são homologados da mesma forma (e no mesmo processo) em que são homologadas as emissões de CO2, na europa com base no ciclo NEDC (New European Driving Cycle) e portanto já temos um valor auditado por uma entidade independente para aferir o consumo do veículo. Assim, como a emissão do CO2 obtida com este teste já serve para definir uma parcela do imposto, era só pegar no dado do consumo para definir a outra parcela.

E pronto, teriamos um imposto justo (o consumidor paga na medida em que o veículo for gastador, como tb paga na medida em que o veículo é poluidor), inteligente e com resultados práticos úteis pois empurraria/incentivaria os consumidores a adquirir veículos mais eficazes energeticamente falando, que é o que realmente interessa!
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por rmachado » 9/3/2011 16:32

Defendo uma fiscalidade menos "pesada" tanto para a Gasolina como para o Gasóleo.

Como sabes se houve uma "dieselização" foi pq os construtores de automovéis viram no sistema fiscal uma abertura e começaram a fazer 1500 a Diesel que são muito competitivos no preço e no gasto.

Ora se o Estado não tivesse sido tacanho e já tivesse alterado a fiscalidade dos Automovéis.. talvez não tivessemos tantos diesel por ai.

Podem sempre fazer várias coisas temporarias para esta questão que podem e devem ser alteradas conforme a situação.
 
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por Elias » 9/3/2011 16:17

rmachado Escreveu:Elias, eu não defendo o Gasóleo mais barato defendo que ele devia estar com o preço parecido a Espanha...


E defendes o mesmo para a gasolina?

rmachado Escreveu:É que começa mesmo a ser complicado para a distribuição... já não estou a falar do Tuga que quer passear.


rmachado penso que é uma simplificação excessiva, para não dizer abusiva, dividir os condutores em "profissionais da distribuição" e "tugas que querem passear". E isto por uma série de razões:

- primeiro porque há muitos tugas que querem passear e que compraram carros a diesel precisamente por ser mais barato. É por isso que se assistiu, como disse o presidente da AdC, a uma dieselização do nosso parque automóvel - hoje consome-se 3 vezes mais gasolina que gasóleo, há uns anos era apenas 2 vezes mais. Ou seja, ao baixar o ISP do gasóleo vais estar exactamente a beneficiar também esses tugas que querem passear e têm carros a diesel.

- segundo porque há muitos portugueses (talvez milhões) que têm carros a gasolina e que precisam dele para ir trabalhar. Olha eu por exemplo nunca tive um carro a diesel na vida e não uso o meu carro apenas para ir passear.

Ora eu entendo o drama da distribuição, mas recuso-me a aceitar a ideia de que a situação só é dramática na distribuição. Eu considero que este problema dos combustíveis é transversal a praticamente todos os sectores.

Mas há mais: se efectivamente baixares o ISP do gasóleo, como é que vais compensar essa perda de imposto? Aumentas o IVA para 27% e pagamos todos?

E há mais ainda: se daqui a uns meses o gasóleo estiver a 150 e tiveres a distribuição novamente a protestar, o que fazes a seguir: eliminas o ISP do gasóleo?

Repara, eu sei que a situação é complicada, mas como disse anteriormente isto toca a todos. Pessoalmente entendo que a forma correcta de lidar com isto é aumentando os preços, reflectindo esse aumento junto do consumidor final. Sendo este um problema que afecta todos os concorrentes por igual, ninguém tem de se sentir prejudicado.
 
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por rmachado » 9/3/2011 16:08

Elias, eu não defendo o Gasóleo mais barato defendo que ele devia estar com o preço parecido a Espanha...

É que começa mesmo a ser complicado para a distribuição... já não estou a falar do Tuga que quer passear.
 
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por Trisquel » 9/3/2011 13:10

Ok, até podemos ter os combustíveis mais baratos mas onde estão dispostos a pagar mais impostos ou querem mesmo vencimentos mais baixos.

Ainda ninguém percebeu que o lençol é curto e se taparmos a cabeça ficamos com os pés destapados com a agravante de entrarmos em hipotermia!
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por Elias » 9/3/2011 12:59

Confesso que tenho bastante resistência à ideia de haver gasóleo mais barato para profissionais. Aliás os chamados profissionais já beneficiam de um gasóleo relativamente barato, por via do ISP reduzido - a este respeito gostaria de salientar que Portugal é um dos países da UE que maior diferencial tem entre o ISP da gasolina e o do gasóleo (mais de 20 cêntimos - há apenas 3 outros países que têm uma diferença tão grande). Este diferencial significa na prática que os consumidores que usam gasóleo (que pagam menos ISP) estão a ser subsidiados pelos que pagam gasolina (que pagam mais ISP). Além disso, as empresas de transportes já têm a vantagem de poder deduzir nos impostos as despesas com combustíveis - ao passo que outras empresas têm de se sujeitar a uma tributação autónoma dessas despesas em sede de IRC.

Face a esta situação não compreendo como é que ainda se pode defender o gasóleo mais barato.

Os combustíveis estão caros? Estão.
É chato? É.
Mas toca a todos. E não é só cá, é no resto da Europa também.

Tenho dificuldade em aceitar que uns sejam ainda mais penalizados e outros sejam favorecidos fiscalmente. Aliás o petróleo vai provavelmente continuar a subir e nessa situação qualquer benesse que 5 ou 10 cêntimos no imposto seria rapidamente anulada pela subida do preço e logo a seguir teríamos os mesmos a sair à rua a exigir mais benesses.

De resto, se vamos falar de privilégios no acesso a combustíveis mais baratos, então muitas outras situações podem ser igualmente defensáveis, por exemplo:
- combustíveis mais baratos para as PME, para promover o investimento;
- combustíveis mais baratos nas regiões do interior para promover o desenvolvimento e para desincentivar a fuga de condutores que vão abastecer a Espanha;
- combustíveis mais baratos para os desempregados para atenuar os efeitos da crise;

Pessoalmente considero que o ISP deveria ser igual na gasolina e no gasóleo, como aliás acontece no Reino Unido (único país da Europa em que isso se verifica e que por isso tem o gasóleo mais caro de toda a UE).
 
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por rmachado » 9/3/2011 11:57

Curiosamente ainda ontem estive a conversa com o dono de uma transportadora e neste momento um frete LX-Porto dá 100 € para pagar o desgaste do camião, seguro, motorista... ou seja não dá, tendo ele optado por não os fazer pois sai mais barato ter o camião parado, isto pq ele já os tem pago.

Isto serve só para dizer que têm mesmo de mexer no Gasóleo, criando o tal "especial" ou vai tudo encarecer de uma forma que não estamos preparados..

Um simples rectificar de IVA podia resolver parte da questão...
 
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por Elias » 9/3/2011 2:57

“Questão dos combustíveis não pode ser tratada com ultimatos”

Luís Reis Pires
09/03/11 00:05
economico.pt

O ministro explica as soluções que estão a ser negociadas com as transportadoras para minimizar a subida dos combustíveis.

O Governo reúne hoje ao fim da tarde com as transportadoras, para debater soluções que permitam atenuar o impacto da subida dos combustíveis. O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, espera um contributo do sector para que se chegue às "soluções certas". Rejeita ultimatos e apela ao espírito de diálogo entre as duas partes.

Afirmou que, se necessário, iria agir para atenuar a subida dos combustíveis. As transportadoras já pediram ao Governo para agir. Qual o ponto da situação?
Neste momento estamos num processo de diálogo com os transportadores de mercadorias e que está a correr bem. Já tivemos oportunidade de lhes enviar um conjunto de medidas, para se criar um memorando de entendimento. São medidas para ir ao encontro de uma maior racionalidade no sector, que também é uma preocupação das transportadoras. Há alguns meses, assinámos um protocolo com as associações do sector e, no âmbito do protocolo, foram criadas várias iniciativas e grupos de trabalho nesse sentido. As medidas agora discutidas inserem-se na continuidade desse protocolo. É um processo de concretização de uma série de iniciativas já previstas. Poderão ser aceleradas em função do preço do petróleo, mas já estavam previstas. Nós seguimos uma política de diálogo que já tem prazo largo e é para continuar. Aliás, hoje mesmo vamos ter nova reunião com as transportadoras e será feito um ponto da situação. Espero um contributo das transportadoras para que o memorando seja ainda mais produtivo.

O prazo dado pelos camionistas para se encontrar uma solução, termina hoje...
Estas questões são suficientemente importantes para não as podermos tratar no âmbito de prazos e ultimatos. Existe diálogo e boa vontade de ambas as partes e tem que haver uma convergência para se encontrar as soluções certas. O país exige isso, a situação do país exige responsabilidade e bom senso. E é nesse espírito que temos que trabalhar.

A resposta a este problema requer um carácter estrutural?
A resposta é estrutural e as medidas podem ser consideradas de natureza estrutural, mas há medidas que poderão ter um impacto imediato. Não serão conjunturais, na medida em que a resposta exigida não pode introduzir distorções no funcionamento da economia. Os preços têm uma função económica e são determinados no mercado internacional. E a sua formação tem componentes políticas e especulativas sobre as quais não temos influência. Logo, a resposta tem que ser de natureza estrutural. Aliás, esta situação só vem confirmar as opções que têm sido tomadas, de redução da dependência das energias fósseis e de produção de energia através de fontes renováveis. E a nível interno são precisas medidas que criem um âmbito de racionalidade no uso dos combustíveis, com menor desperdício.
 
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por pedrom » 8/3/2011 23:56

Apoio às transportadoras???? E as outras empresas???? Isto é só para evitar a greve.....
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por Elias » 8/3/2011 23:19

Cada vez mais tenho a sensação de que os partidos da oposição se vão revezando na demagogia sobre os combustíveis. Agora é a vez do PSD: :roll:

PSD diz que Governo reage tarde à subida dos combustíveis
Inserido em 08-03-2011 01:28

Sociais-democratas lembram que Espanha já tomou decisões na semana passada.

O PSD acusa o Governo de reagir demasiado tarde à escalada do preço dos combustíveis.

Esta segunda-feira, o Executivo confirmou estar a preparar um plano para atenuar os efeitos da alta de preços que continuam a bater recordes. Em cima da mesa estará a proposta de deduções fiscais em sede de IRC para as empresas de transportes.

O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD diz não ter elementos que permitam uma leitura aprofundada sobre o plano do Governo. No entanto, Almeida Henriques olha para o exemplo espanhol para acusar o Executivo socialista de reagir tarde.

“Ainda não se conhece em termos concretos quais são as medidas que o Governo irá tomar. Agora, a verdade é que, se nós olharmos para a nossa vizinha Espanha, há mais de uma semana que o Governo espanhol tomou algumas medidas no sentido de contrariar o aumento do preço dos combustíveis. Portanto, o nosso Governo já está com mais de uma semana de atraso em relação a essas medidas”, disse.

http://www.rr.pt/informacao_detalhe.asp ... did=145427
 
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por Elias » 8/3/2011 21:32

Interrogo-me se esta associação de revendedores inclui os hipermercados...

Consumo de combustíveis trava a fundo

Quebras entre 6% e 8% nas vendas de combustíveis nas últimas semanas

Agência Financeira
2011-03-08 13:12

Os portugueses estão a travar no consumo de gasóleo e gasolina. A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis confirmou à TVI que as vendas nas últimas semanas caíram entre 6% e 8%.

A explicar esta descida estão as constantes subidas dos preços dos combustíveis.

O presidente da Associação adianta ainda que é na gasolina que a quebra está a ser mais expressiva.

Os combustíveis estão agora em valores recorde e ainda esta segunda-feira aumentaram entre 1,5 e 3 cêntimos. O litro da gasolina já está acima de 1,58 euros e o gasóleo custa mais de 1,43 euros.

Uma situação que está também a preocupar o sector do transporte de mercadorias que exige medidas imediatas por parte do Governo. As três associações do sector vão sentar-se à mesma mesa para definir uma estratégia comum e pressionar o Governo.
 
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por NunoFilipe » 7/3/2011 16:23

Se alterassem a fórmula de cálculo do PVP de (preço base+ISP)xIVA para (preço base*IVA)+ISP já permitia uma descida significativa dos preços.
 
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por Elias » 7/3/2011 11:05

Mcmad Escreveu:A preocupação com a subida dos preços. Tem sido raro por parte do Governo. Penso que há margem para descer impostos e medidas para reduzir a dependência, pese embora uma contraria a outra, mas perante esta escalada algumas medidas terão de ser implementadas.


Era bonito, era, mas a notícia não fala em reduzir impostos.
 
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por Mcmad » 7/3/2011 11:02

Elias Escreveu:
Mcmad Escreveu:Vamos ver o que sai daqui. Já é um bom ponto de partida...


Podes elaborar? Qual é a parte que consideras boa?


A preocupação com a subida dos preços. Tem sido raro por parte do Governo. Penso que há margem para descer impostos e medidas para reduzir a dependência, pese embora uma contraria a outra, mas perante esta escalada algumas medidas terão de ser implementadas.
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por Elias » 7/3/2011 10:51

Mcmad Escreveu:Vamos ver o que sai daqui. Já é um bom ponto de partida...


Podes elaborar? Qual é a parte que consideras boa?
 
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por Mcmad » 7/3/2011 10:43

Vamos ver o que sai daqui. Já é um bom ponto de partida...
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por Elias » 7/3/2011 1:42

Governo ultima plano contra a subida dos combustíveis

Lígia Simões e Luís Reis Pires
07/03/11 00:03
economico.pt

A escalada do preço da gasolina e do gasóleo forçou o Executivo a preparar um pacote de medidas de emergência.

O Governo está a preparar um pacote de medidas para combater a subida do preço dos combustíveis. As reuniões entre os vários ministérios com responsabilidades na matéria têm sido intensas, tendo algumas contado com a participação do primeiro-ministro. Em cima da mesa estão medidas direccionadas às transportadoras e aos consumidores.

O pacote de medidas, que deverá ficar fechado esta semana, visa reduzir os efeitos do aumento do preço dos combustíveis, com a gasolina e gasóleo a atingir máximos históricos - 1,564 e 1,404 euros por litro, respectivamente. Em estudo está o aumento das deduções fiscais em base de IRC para as transportadoras, apurou o Diário Económico.

Mas a margem para aumentar as despesas do Estado é praticamente nula e a ideia consensual no Governo é de que o problema não se resolve com subsídios. O pacote terá por isso um carácter estrutural, tendo em vista reformas para reduzir a dependência energética do País. Mais: o Executivo vai mesmo avançar com a regulamentação da lei de bases do sector petrolífero, que está na gaveta do Ministério da Economia desde 2006. A ideia é regular melhor o preço dos combustíveis à saída das refinarias, respondendo, em parte, aos problemas levantados pelo ex-presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) que há poucas semanas admitiu "um certo alinhamento" de preço entre as gasolineiras. Abel Mateus apontou o dedo ao monopólio na refinação, referindo-se à dependência que os operadores têm das duas únicas refinarias existentes no país - Sines e Matosinhos -, controladas pela Galp.
 
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por Elias » 4/3/2011 21:25

Optimus Gasol para saber como poupar no combustível
1 de Março, 2011
sol.pt

Com os preços dos combustíveis a aumentar de forma sistemática, a Optimus decidiu lançar uma aplicação que permite saber onde se pode abastecer com menores custos

A Gasol, assim se chama a aplicação, destina-se a smartphones e a tablets e permite encontrar o posto de abastecimento que tem os preços mais baratos na zona em que se encontra o utilizador.

A aplicação permite, segundo explica a empresa em comunicado, «calcular, caso a caso, a melhor solução de abastecimento, através da avaliação integrada de factores como o consumo médio, quantidade de combustível a abastecer, consumo ida ou ida e volta, postos abertos no momento da pesquisa e descontos nas marcas».

A Optimus Gasol é uma aplicação gratuita desenvolvida para iPhone, iPodTouch e iPad e está disponível na loja de aplicações da Apple ou através do envio de um SMS gratuito com a palavra Gasol para o número 1293.


Só me ocorre dizer: "não há dinheiro mas vai-se arranjando para o iPhone".
 
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por Elias » 4/3/2011 16:28

Mcmad Escreveu:
Elias Escreveu:
Mcmad Escreveu:Eu fico admirado é como este senhor acabou o curso de economia com média de 20 valores e depois diz coisas destas...


Está a confundir com outro deputado.

O deputado Pedro Filipe Soares em uma Licenciatura em Matemática Aplicada à Tecnologia.


Foi o melhor aluno do curso e premiado pelo BP, presumo que com 19 de média ( confundi com o Marcelo, fica a correcção). No link abaixo não fala da média, vi em tempos numa revista.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Lou%C3%A7%C3%A3


Mcmad continuas a fazer confusão.

A notícia nem sequer fala no Louçã.
 
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por Mcmad » 4/3/2011 16:24

Elias Escreveu:
Mcmad Escreveu:Eu fico admirado é como este senhor acabou o curso de economia com média de 20 valores e depois diz coisas destas...


Está a confundir com outro deputado.

O deputado Pedro Filipe Soares em uma Licenciatura em Matemática Aplicada à Tecnologia.


Foi o melhor aluno do curso e premiado pelo BP, presumo que com 19 de média ( confundi com o Marcelo, fica a correcção). No link abaixo não fala da média, vi em tempos numa revista.

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por Elias » 4/3/2011 16:11

Mcmad Escreveu:Eu fico admirado é como este senhor acabou o curso de economia com média de 20 valores e depois diz coisas destas...


Está a confundir com outro deputado.

O deputado Pedro Filipe Soares em uma Licenciatura em Matemática Aplicada à Tecnologia.
 
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por MarcoAntonio » 4/3/2011 16:11

Eu tinha escrito um post mas acabei por edita-lo porque neste momento é impossivel dizer ao certo o que iria acontecer (as assumpções que tinha feito nesse post não eram necessariamente correctas):

> Os preços hoje situam-se 1 a 3 centimos acima da média europeia em função da metodologia utilizada pelas entidades que hoje recolhem os preços, se essa diferença é real ou não é discutível e depende da metodologia utilizada na recolha e apuramento da média.

> Quanto os preços baixariam em Portugal dependeria desde logo da metodologia de recolha dos preços e da formula utilizada para estabelecer os preços em Portugal.



Agora, eu acho a susgestão/iniciativa idiota por várias razões contudo:

> Para já é arbitrariamente injusta num mercado livre/aberto; porquê estabelecer determinados preços máximos ou médias em Portugal e que estudos fez o BE sobre a viabilidade económica dessa sugestão e o impacto que teria a prazo na concorrência internacional a que as petrolíferas a operar em Portugal estão sujeitas?

> Depois, não creio sequer que seja praticável pois: a) a análise da média dos preços de uma zona geográfica como a Europeia é efectuada retrospectivamente; b) essa análise não passa de uma estimativa e o valor apurado está dependente da metodologia utilizada (como já referi acima).


Não irá para a frente muito provavelmente, por uma série de motivos. Mas lá o BE ficará com os louros de dizer aquilo que o povão quer ouvir...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 4/3/2011 16:21, num total de 2 vezes.
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