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Caldeirão da Bolsa

Quantos dias para entrar o FMI?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Automech » 3/3/2011 12:01

Mais_um, não vamos recomeçar, pois não ? :wink:
Já enchemos as páginas 14 e 15 do tópico da dívida publica com uma longa discussão (entre outras espelhadas no forum) e não me apetece andar a fazer copy paste (http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=350 ).

Uma coisa é concordarmos que ele tem de dizer aquilo. Outra é nós próprios virmos aqui dizer o mesmo, sabendo que o que o Sócrates diz é conversa para Inglês ouvir e que não tem sustentação nenhuma.

Que conversas ? A conversa do salvamento do sistema financeiro há dois anos, a justificação de que o défice cresceu muito por causa dos bancos, dos fantasmas do ataque ao euro, da % da dívida publica reestruturada com novos juros ainda ser baixa, de termos crescido em 2010 (quando o 4º trimestre foi miserável e este ano sabe-se lá o que vem), etc.

Por exemplo, numa altura em que o desemprego atingiu níveis recordes, ver o secretário de estado a dizer que se nota uma desaceleração do crescimento para mim é uma lavagem ao cérebro. Ainda que seja verdade o que ele diz.
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por migluso » 3/3/2011 11:53

mais_um,

Eu não sou o AM e não pretendo responder por ele, mas quando sugeriste um dia que o "ataque" à dívida pública de Portugal e de outros países teria como objectivo a queda do euro estás, na minha opinião, a branquear o verdadeiro problema com os mesmos argumentos que o governo português utilizou.

O euro cai por causa dos problemas da dívida pública de certos países e não o inverso.

Abraço
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por mais_um » 3/3/2011 11:33

AutoMech Escreveu:Uma coisa é torcer para que isto melhore e compreender que o Sócrates tem de ter este discurso.


É com agrado que verifico que pensas da mesma forma do que eu. Mas pelos comentários que vou lendo neste topico e no forum, parece-me existir um numero significativo de pessoas que não pensa da mesma forma.

AutoMech Escreveu:Outra coisa vir aqui para o Caldeirão a tentar fazer lavagem ao cérebro, usando o discurso do Sócrates.


Não me recordo de ler comentários a tentar fazer lavagem ao cerebro, usando o discurso do Socrates (já agora, qual deles? :mrgreen: ) mas se não te causar muito incomodo, podes colocar aqui quotes desses comentários?

Obrigado,

Alexandre Santos
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por Automech » 3/3/2011 2:44

Ò Helder, acho que ninguém tem prazer em ver o país nesta situação (eu pelo menos não tenho).

Mas a constatação de factos é simples:
1. Pelos vistos temos os números a evoluir positivamente
2. Pelos vistos não temos tido dificuldade na colocação da dívida publica

E apesar disso as yields e as taxas de colocação continuam altíssimas, não obstante as afirmações do Sócrates, da Merkel, do BCE, da UE e do diabo a sete.

Isto é tudo uma questão de credibilidade e, não fosse tão triste, só nos poderíamos rebolar a rir quando ouvimos o Sócrates a dizer, há meses a fio:

Não é necessário ajuda externa


Então e a ajuda do BCE é o quê ? Interna ?

O que é que tu achas que aconteceria se o BCE deixasse de comprar dívida ?

Uma coisa é torcer para que isto melhore e compreender que o Sócrates tem de ter este discurso.

Outra coisa vir aqui para o Caldeirão a tentar fazer lavagem ao cérebro, usando o discurso do Sócrates.
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por helderjsm » 2/3/2011 18:57

A mim o que me chateia nisto tudo é que parece que há gente que só fica descansada quando Portugal pedir ajuda ou se afundar que é só para poder dizer "Eu bem disse", ou "Vês quem tinha razão".

Alguns até dão datas para Portugal fazer o pedido. Engraçado que essa gente deve estar podre de rica de tanto acertar no rumo das economias... (que é como quem diz... Não).

HF...
Melhores cumprimentos,
Helder Magalhães
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por Trisquel » 2/3/2011 18:35

mais_um Escreveu:Pelos vistos o elefante vai tentar continuar de nenufar em nenufar, sem ajuda. :mrgreen: :mrgreen:


8-)
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por mais_um » 2/3/2011 18:15

Pelos vistos o elefante vai tentar continuar de nenufar em nenufar, sem ajuda. :mrgreen: :mrgreen:
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por Trisquel » 2/3/2011 18:14

Merkel elogia esforços de redução do défice, Sócrates recusa ajuda
02 Março 2011 | 17:03
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.ptPartilhar

A chanceler alemã congratulou-se esta tarde com os resultados da consolidação orçamental em Portugal. Já o primeiro-ministro repetiu que o Estado português não precisa de ajuda.
Ambos falavam em Berlim, no final de um encontro que durou menos de uma hora, na sede da chancelaria alemã.

“Não é necessário ajuda externa”, disse José Sócrates, referindo-se à capacidade de o Estado português honrar dívidas passadas e continuar a financiar-se nos mercados.

Angela Merkel, por seu turno, mostrou-se confiante de que Portugal está a levar a cabo as medidas "correctas" para reduzir o endividamento, embora tenha acrescentado que ambos os países estão de acordo com a necessidade de reforçar os compromissos de boa gestão orçamental na Zona Euro.

“Portugal está num muito bom caminho”, frisou. Citada pelas agências internacionais, a chanceler aproveitou a ocasião para frisar que “nunca” a Alemanha afirmou que Portugal deveria pedir ajuda externa, seguindo, desta forma, os exemplos grego e irlandês.
Cumpts.
Trisquel

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por mais_um » 2/3/2011 15:34

Axa estima que Portugal será alvo de resgate este mês
02 Março 2011 | 10:31
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt



Gestora de activos francesa diz que os custos de financiamento de Portugal estão "muito elevados".
A AXA Investment Managers aguarda que Portugal aceite um pedido de ajuda externa nas próximas semanas, ainda durante este mês de Março, uma vez que os juros que Portugal está a pagar para se financiar são “insustentáveis”.

“Os custos de financiamento estão muito elevados”, disse o estratega de investimento da Axa, em declarações à Bloomberg, sustentando a sua análise no facto de “a Grécia e a Irlanda terem recorrido ao resgate quando os juros estavam tão elevados” como os portugueses nesta altura.

Daí que Christopher Iggo, afirma que Portugal vai recorrer a ajuda “nas próximas semanas”. A especulação do estratega da Axa quanto ao destino de Portugal baseia-se no facto de a Grécia ter pedido ajuda 17 dias depois dos juros das obrigações a 10 anos terem superado os 7% e a Irlanda ter esperado cerca de um mês depois de tal ter acontecido.

Segundo a Bloomberg, os juros de Portugal estão acima dos 7% de forma consecutiva desde 2 de Fevereiro.

Iggo estima que o pedido de ajuda de Portugal seja “bastante ordeiro” e acredita que os líderes europeus vão pressionar Portugal a este cenário, uma vez que não pretendem que persistam incertezas no mercado depois das cimeiras a realizar este mês. A Axa tem evitado o investimento em dívida pública dos países periféricos do euro, apostando nas obrigações Alemanha, França, Áustria e outros países do euro.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=471161

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por pepi » 2/3/2011 15:15

pepi Escreveu:Hoje, dia 2 Março (na verdade, os dados para serem publicados num jornal de hoje, presumo que tiveram que ser apurados e validados ontem... :-k ), o Estado Português consegue apresentar dados da execução de Fevereiro... Bravo!!!

:clap: :clap: :clap:


João Duque: Redução da despesa até Fevereiro "é um sinal positivo"

O economista João Duque considerou hoje como "um sinal positivo" a redução da despesa efectiva do Estado até Fevereiro, segundo dados preliminares da execução orçamental do Governo, mas criticou o "padrão irregular" da divulgação destes números.
"O que é de relevar é o controlo da despesa. A redução da despesa é um sinal positivo de um caminho que vai ser muito duro e que tem de continuar neste trajecto", disse à agência Lusa João Duque.

O economista reagia desta forma aos dados preliminares da execução orçamental hoje avançados pelo Governo e segundo os quais a despesa efectiva do Estado até Fevereiro caiu 3,6%, para 6.815,6 milhões de euros.

A queda da despesa efectiva do Estado, segundo a mesma fonte, deve-se a uma redução de 5,3% nos salários dos trabalhadores da Função Pública e do Sector Empresarial do Estado. João Duque disse ver com bons olhos "o resultado obtido até agora" e disse acreditar que são "de facto o espelho da realidade", mas acrescentou contudo não saber bem como, tendo conta que nem todos os números foram divulgados.

"Nos meses pares sai primeiro a despesa, nos meses ímpares a receita. A gestão do país é par ou ímpar. O que me desconforta é esta situação, porque gostava de saber, por exemplo, como está o cumprimento dos objectivos de receita para o mês de Fevereiro. Achei estranho no mês de Janeiro saber-se. Agora sabe-se a boa novidade primeiro e a segunda há-de sair diluída. Isto levanta suspeitas", frisou.

João Duque referia-se ao facto de dados da execução orçamental terem sido divulgados de forma avulsa nos últimos dois meses, quando são oficialmente anunciados nos dias 20 de cada mês. "O meu conceito de Estado e de Governo não é a de um manipulador de opinião, mas de verdade, transparência e rigor. Se calhar a senhora Merkel não está conhecedora destes detalhes e come aquilo que lhe dão. Eu como português gostava de saber logo a informação mais actualizada possível dentro daquilo que parece ser um padrão que não é de todo regular", sublinhou.

Os dados avançados esta manhã em primeira mão pelo Diário de Notícias surgem no dia em que o primeiro-ministro, José Sócrates, e o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, têm um encontro marcado em Berlim com a chanceler Angela Merkel e o seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.
 
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por Zundy » 2/3/2011 14:17

AutoMech Escreveu:Há sempre uma forma positiva de ver o assunto.
Por um lado a dívida Grega está em cerca de 150% do PIB, contra os nossos 85%, o que é uma diferença significativa.


Mas os nossos 85% são muito enganadores. Temos muita "desorçamentação". Desde 1995 significativa parte do nosso investimento público (estradas, hospitais,etc) passou a ser feito via parcerias público privadas, desviando a dívida para o sector privado, dívida que nesse modelo até nos traz mais encargos do que se o investimento fosse originalmente feito pelo Estado. Nenhum país da Europa abusou tanto deste modelo.
http://economia.publico.pt/Noticia/carl ... is_1463864
http://economia.publico.pt/noticia/esta ... as_1463865

No sector empresarial do Estado o cenário é idêntico. O Estado nos últimos 15 anos tem descapitalizado as empresas públicas forçando-as a endividarem-se dando o Estado garantias.

Repare que até no ensino nos últimos anos se usou esse estratagema, criaram a Parque Escolar que se endividou fortemente, ocultando a dívida do orçamento.

Não sei como fazer essas contas por escassez de dados, mas na prática esses 85% devem corresponder a mais de 120%.
 
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por A330-300 » 2/3/2011 13:30

O FMI não vem para governar.Tem mais do que fazer. Eles emprestam dinheiro e depois para assegurar-se de que vão ver o dinheiro de volta, tomam conta do país , que acaba por também beneficiar.
O FMI trará mais aperto para o povo.

O que penso, está em jogo aqui, é quem vai pagar a maioria dos erros cometidos nos últimos anos.
Nós ou os nossos filhos.

Se o FMI vem seremos nós (apesar de acreditar que nossos filhos ainda herdarão algo). Se o FMI não vem, serão mesmos os nossos filhos.

Como quem roubou e permitiu roubar e mal administrar o país foi a nossa geração , nada mais justo que paguemos nós pelos erros que cometemos.

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por A330-300 » 2/3/2011 13:15

Qual é a semelhança entre o Socras e o Kadhafi?
Ambos são odiados e pensam que são amados.


Para aumentar as exportações podíamos enxotar o Socras para a Bélgica , já que levam quase um ano sem governo.Também seria mais um rude golpe na despesa pública portuguesa.


Sabem por que a reunião com Merkel terá somente 30 minutos? Porque ela gentil.Mas a alemanha não seria o que é se os seus dirigentes perdessem muito tempo a ouvir anedotas.


A330
Editado pela última vez por A330-300 em 2/3/2011 13:32, num total de 1 vez.
 
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por pepi » 2/3/2011 12:59

Hoje, dia 2 Março (na verdade, os dados para serem publicados num jornal de hoje, presumo que tiveram que ser apurados e validados ontem... :-k ), o Estado Português consegue apresentar dados da execução de Fevereiro... Bravo!!!

:clap: :clap: :clap:

poseidon635 Escreveu:Desde 1996 que Portugal não apresentava uma redução da despesa efectiva do Estado. Os 3,6% de queda prevista neste indicador em Fevereiro deverão fazer parte dos trunfos que José Sócrates vai levar consigo para os 30 minutos de reunião que vai ter com Angela Merkel, de acordo com o “Diário de Notícias”.

Essa diminuição de 3,6% fixou a despesa efectiva nos 6.815,6 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano. No mês passado, o indicador tinha aumentado 0,9% em relação ao período homólogo.

Em Fevereiro, segundo os dados que o “DN” apurou, a despesa corrente primária (sem juros) desceu 3,9% para 6.287,3 milhões de euros. Há ainda a referir a descida da despesa do Estado com os juros. Segundo cálculos feitos pela publicação, pagou-se menos juros nos dois primeiros meses do ano face a igual período do ano passado, uma redução de 3,2% para 151 milhões de euros.

(...)

Assim, o primeiro-ministro espera poder mostrar que conseguirá cumprir o défice de 4,6% definido para 2011. Além disso, o responsável afirmou até, no início da semana, que estaria disponível para aumentar a austeridade de forma a alcançar essa meta.


Só se deixa enganar quem quer...
:evil: :evil: :evil:
 
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por mais_um » 2/3/2011 11:57

Desta noticia destaco 2 pontos:


Há ainda a referir a descida da despesa do Estado com os juros. Segundo cálculos feitos pela publicação, pagou-se menos juros nos dois primeiros meses do ano face a igual período do ano passado, uma redução de 3,2% para 151 milhões de euros.



O que confirma o que eu tenho afirmado, o aumento dos juros só vai começar a ter algum impacto a partir do proximo ano.



Há ainda a acrescentar que os funcionários públicos poderão receber o subsídio de Natal de 2011 em certificados de tesouro ou de aforro, o que irá fazer com que não se tenha de recorrer aos mercados externos para os pagar. A notícia, avançada hoje pelo “Correio da Manhã”, poderá, assim, impedir que Portugal tenha de pedir aos investidores os 3,8 mil milhões de euros que gastou no ano passado para respeitar este compromisso.


E a prova da qualidade do jornalismo.... :lol: se os funcionários publicos custassem 3,8 mil milhões de € por mês, significava que o custo anual seria de 53,2 mil milhões de €,... é só o dobro da realidade, coisa pouca. :mrgreen:
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por poseidon635 » 2/3/2011 11:44

Pudera.... com o "roubo" nos salários. Qualquer um pode diminuir despesa assiim. Agora acabar com o que é desperdício, isso não... Deixo uma ideia:

Porque não deixar de pagar os ordenados?? Assim a poupança seria de 100%!!! :)

"
Sócrates leva primeira queda na despesa efectiva em 15 anos para encontro com Merkel
02 Março 2011 | 09:53
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Encontro de 30 minutos entre responsáveis portugueses e alemães para perceber se cenário será o de "Merkel com Sócrates" ou o de "Merkel contra Sócrates".
Desde 1996 que Portugal não apresentava uma redução da despesa efectiva do Estado. Os 3,6% de queda prevista neste indicador em Fevereiro deverão fazer parte dos trunfos que José Sócrates vai levar consigo para os 30 minutos de reunião que vai ter com Angela Merkel, de acordo com o “Diário de Notícias”.

Essa diminuição de 3,6% fixou a despesa efectiva nos 6.815,6 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano. No mês passado, o indicador tinha aumentado 0,9% em relação ao período homólogo.

Em Fevereiro, segundo os dados que o “DN” apurou, a despesa corrente primária (sem juros) desceu 3,9% para 6.287,3 milhões de euros. Há ainda a referir a descida da despesa do Estado com os juros. Segundo cálculos feitos pela publicação, pagou-se menos juros nos dois primeiros meses do ano face a igual período do ano passado, uma redução de 3,2% para 151 milhões de euros.

Conclui o DN daqui que já se gastou 13,9% da despesa orçamentada. Se os valores fossem gastos em intervalos regulares ao longo do ano, seria de esperar que já tivessem saído dos cofres nacionais 16,6% do total da despesa.

Assim, o primeiro-ministro espera poder mostrar que conseguirá cumprir o défice de 4,6% definido para 2011. Além disso, o responsável afirmou até, no início da semana, que estaria disponível para aumentar a austeridade de forma a alcançar essa meta.

Há ainda a acrescentar que os funcionários públicos poderão receber o subsídio de Natal de 2011 em certificados de tesouro ou de aforro, o que irá fazer com que não se tenha de recorrer aos mercados externos para os pagar. A notícia, avançada hoje pelo “Correio da Manhã”, poderá, assim, impedir que Portugal tenha de pedir aos investidores os 3,8 mil milhões de euros que gastou no ano passado para respeitar este compromisso.


Flexibilização do Fundo de Estabilização Financeira

Mas este é apenas o primeiro ponto da reunião de Sócrates com a chanceler alemã. De acordo com o “Diário de Notícias, que entrou em contacto com o gabinete da responsável germânica, a “análise da situação económica em Portugal e a necessidade de consolidar as contas públicas” vai ser seguido pelo segundo item da reunião, que passa pelo pedido de “flexibilização do Fundo de Estabilização Financeira e o modelo de organização económica europeu”.

O primeiro-ministro português quer uma maior facilidade na execução do fundo europeu, para permitir até a compra de títulos de dívida dos países do Euro, o que traria menor pressão dos investidores para Portugal, já que o fundo iria compensar os mais altos juros.

Aliás, quando Sócrates reunir com Merkel, às 17 horas locais, 16 horas em Portugal, já se saberão os resultados do leilões de recompra de obrigações e de emissão de bilhetes de Tesouro que terão lugar no dia de hoje, o que poderá dar ideia de como estão os mercados a reagir a Portugal. O encontro, segundo o jornal “Público”, deverá prolongar-se por apenas 30 minutos, ao fim dos quais será feita uma conferência de imprensa conjunta.

Como já foi tornado público, Teixeira dos Santos vai acompanhar o primeiro-ministro, tal como o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, acompanhará Angela Merkel. Esta foi uma reunião cuja realização se deveu a um convite feito pela chanceler alemã.
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por BYPASS » 2/3/2011 9:27

AutoMech Escreveu:1. Será a nossa dívida publica verdadeira, uma vez que exclui o Sector Empresarial do Estado, as regiões autónomas e as empresas municipais ? Haverá coisas debaixo do tapete, como descontrolo do SNS, etc. ?



Mais um exemplo em que eles também se adiantaram a descobrir os buracos mal tapados. Veremos...
 
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por Pata-Hari » 2/3/2011 7:36

ara Portugal, esta imagem é uma oportunidade de ouro para reverter a tendência de alta nas taxas de juro recorde a que tem sido alvo nos mercados financeiros, pelo menos até à Cimeira Europeia de 24 e 25 de Março, altura em que se esperam alterações importantes ao fundo de resgate europeu, e a fundação de um Governo económico do euro.

Ai sim? qual é a estratégia...? bonita frase.
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por mais_um » 2/3/2011 7:29

Merkel dá apoio político a Sócrates
Luís Rego em Bruxelas
02/03/11 00:05


--------------------------------------------------------------------------------

José Sócrates vai encontrar-se hoje, em Berlim, com Angela Merkel.
No mesmo dia em que Portugal volta ao mercado para emitir dívida, a líder alemã recebe José Sócrates em Berlim.

O primeiro-ministro José Sócrates vai hoje a Berlim receber um apoio político de grande peso na sua ‘guerra' pela credibilidade do País nos mercados financeiros, mas também na sua ‘guerra' interna para sobreviver às ameaças de uma crise política. A chanceler alemã Angela Merkel deverá hoje dar uma mensagem de "apreço aos esforços do Governo português nos últimos meses para consolidar as finanças públicas e melhorar as perspectivas de crescimento", confirmou ontem um porta-voz da chefe de Governo alemã.

A ideia é que um apoio público e inequívoco possa acalmar os mercados, à semelhança do que Merkel fez com a sua visita a Madrid há um mês. Só que em vez de uma cimeira bilateral entre dois governos, o encontro de hoje reúne líderes e ministros de Finanças, com a duração prevista de apenas meia hora: pouco tempo para substância, mas o bastante para a imagem.

Para Portugal, esta imagem é uma oportunidade de ouro para reverter a tendência de alta nas taxas de juro recorde a que tem sido alvo nos mercados financeiros, pelo menos até à Cimeira Europeia de 24 e 25 de Março, altura em que se esperam alterações importantes ao fundo de resgate europeu, e a fundação de um Governo económico do euro.

http://economico.sapo.pt/noticias/merke ... 12397.html

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por Automech » 2/3/2011 4:05

Há sempre uma forma positiva de ver o assunto.

Por um lado a dívida Grega está em cerca de 150% do PIB, contra os nossos 85%, o que é uma diferença significativa.

Por outro lado o défice deles em 2010 andou pelos 9.4% e em 2011 prevêm 7.4%, ao passo que nós tivemos 7% em 2010 e estimamos 4.6% para este ano. Ou seja, em matéria de défice eles andam 'atrasados' um ano.

Agora ficam sempre interrogações:

1. Será a nossa dívida publica verdadeira, uma vez que exclui o Sector Empresarial do Estado, as regiões autónomas e as empresas municipais ? Haverá coisas debaixo do tapete, como descontrolo do SNS, etc. ?

2. O défice teve a contribuição do fundo da PT e da venda dos edifícios do estado ao próprio estado, que são receitas extraordinárias.

3. Exactamente o que é que vem aí de PPPs ?

São este tipo de dúvidas sobre as nossa "habilidades" que não ajudam à credibilidade, por muito que os números indiquem o contrário e que o Sócrates se esforce por mostrar que somos diferentes dos Gregos.

E depois episódios como hoje não há TGV, amanhã já há, depois já não há, no dia seguinte já há concurso, etc. também revelam algum desnorte.

Já diz o ditado "À mulher de César não basta ser séria ...."
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por BYPASS » 2/3/2011 1:40

Estamos neste momento como os gregos estiveram e em 2013-2014 também vamos, como eles, voltar a ter grandes contas a acertar.
Ao menos eles estão na frente, a mostrar como o futuro vai ser, agora e nos próximos anos.
 
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por artista_ » 2/3/2011 1:33

mais_um Escreveu:Depois de analisar a evolução das yields das OT gregas (está quase a fazer um ano que a Grécia pediu apoio à UE/FMI), chego à conclusão que o problema mantem-se, ou agravou-se já que as yields em todos os prazos (2,3 5 e 10 anos) mantem-se nos mesmos valores ou subiram, o que quer dizer que em 2013, quando terminar o pacote de ajuda actual, vamos ver-nos gregos novamente com os gregos! :roll:

A não ser que a UE abra a pestana e desde já mate o problema extendendo o plano de ajuda, senão provelmente poderemos ter default na Grécia.

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB10YR:IND

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB5YR:IND

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB3YR:IND

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB2YR:IND


Mas nada nos diz que as taxas não teriam subido muito mais se a intervenção não tem ocorrido... acho que não só teriam subido ainda mais, como há muito que a Grécia teria deixado de conseguir financiar-se por falta de procura da sua dívida!

Ou seja, embora continuem mal a intervenção era inevitável... eventualmente poderia haver outra forma de intervir, mas isso já é algo que me ultrapassa, não faço a mínima idéia. Neste momento estamos na mesma situação que os gregos estavam e só uma mudança de estratégia da UE (ou da Alemanha) nos poderá salvar da ajuda externa, ou melhor, a ajuda terá de existir, a forma como se efectivará é que pode variar!
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por mais_um » 2/3/2011 1:26

Depois de analisar a evolução das yields das OT gregas (está quase a fazer um ano que a Grécia pediu apoio à UE/FMI), chego à conclusão que o problema mantem-se, ou agravou-se já que as yields em todos os prazos (2,3 5 e 10 anos) mantem-se nos mesmos valores ou subiram, o que quer dizer que em 2013, quando terminar o pacote de ajuda actual, vamos ver-nos gregos novamente com os gregos! :roll:

A não ser que a UE abra a pestana e desde já mate o problema extendendo o plano de ajuda, senão provelmente poderemos ter default na Grécia.

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB10YR:IND

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB5YR:IND

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB3YR:IND

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB2YR:IND
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por mais_um » 2/3/2011 1:17

Eurocrise: Sócrates e Merkel levam ministros das Finanças à reunião
por Agência Lusa, Publicado em 01 de Março de 2011

O primeiro-ministro português estará na quarta-feira em Berlim com Angela Merkel acompanhado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus Pedro Lourtie, disse à Lusa fonte do gabinete de José Sócrates.

Na reunião, que terá como temas centrais a preparação do Conselho Europeu extraordinário de 11 de março e o Conselho Europeu de 24 e 25 de março, a chanceler alemã estará acompanhada pelo seu ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro não quis pormenorizar os temas da reunião, referindo que se realiza a convite de Angela Merkel no âmbito de uma série de encontros que a chanceler tem promovido com chefes de Estado e de Governo europeus, estando em análise sobretudo o fundo de estabilização financeira e o modelo de organização económica europeu.

http://www.ionline.pt/conteudo/107809-e ... s--reuniao

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por pvg80713 » 5/2/2011 11:36

E a capa do Expresso diz :

O FMI já não vem !


e agora ? o que vai acontecer de novo ? é a pergunta que deixo...
 
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