Ministro Fin. admite mais austeridade para cumprir o défice
AutoMech Escreveu:A propósito dos governantes, há muito o hábito de dizer que os governantes são o espelho do povo, coisa com que não concordo na nossa sociedade (estou a referir-me concretamente a Portugal que é o que me interessa).
Não concordo com essa visão weberiana que distingue entre culturas católicas e protestantes como a causa de um capitalismo mais ou menos avançado.
Japão, Hong-Kong, Singapura não são protestantes e são sociedades capitalistas.
O que está na base de um capitalismo mais ou menos avançado é o grau de liberdade e a criação de um ambiente favorável ao aparecimento de empresários, à acumulação de capital.
cumps
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habanero04 Escreveu:Elias Escreveu:habanero04 Escreveu:Até é bom para baixar o défice...
Essa tem sido a grande justificação para subir impostos.
Ajuda a baixar o défice, é verdade, mas apenas do lado da receita.
Tem que se começar por algum lado... mas do lado da despesa nesse dia de tolerância não haverá poupanças? subsidios de almoço e outros, despesas de funcionamento, por exemplo, electricidade, água, comunicações, etc...
habanero, claro que há poupanças, mas esse é um raciocínio que nos pode levar muito longe. Podíamos, por exemplo, adoptar a semana dos 4 dias de trabalho, cortando 20% nos vencimentos e nas despesas de funcionamento de uma data de serviços.
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A propósito dos governantes, há muito o hábito de dizer que os governantes são o espelho do povo, coisa com que não concordo na nossa sociedade (estou a referir-me concretamente a Portugal que é o que me interessa).
O Pedro Arroja escreveu ontem um comentário interessante no blog, que está em linha com o que penso:
O Pedro Arroja escreveu ontem um comentário interessante no blog, que está em linha com o que penso:
o fluxo das ideias
Uma das principais diferenças entre a cultura católica e a cultura protestante diz respeito à direcção do fluxo das ideias entre o povo e os governantes.
Na cultura protestante as ideias são discutidas e elaboradas pelo povo e os governantes são os seus executantes.
Daqui resulta a importãncia do debate das ideias na cultura protestante, e da formação da opinião pública. Aos governantes é deixada pouca autonomia, se é que alguma, neste domínio. Eles são supostos executarem a opinião dominante ou maioritária, tal como definida pelo povo. Nesta cultura, os governantes são o espelho do povo.
A qualidade de uma sociedade de cultura protestante depende do povo, não dos governantes.
É ao contrário na cultura católica. O povo é o espelho dos governantes. Aqui, as ideias são definidas pelos governantes e o povo segue aquilo que os governantes idealizaram para o país. O povo não possui autonomia intelectual. Olha para os governantes à espera que estes lhe digam o que deve fazer. E actua em conformidade.
A qualidade de uma sociedade de cultura católica depende da qualidade dos governantes. Se os governantes forem santos, o povo comporta-se como santo. Se, pelo contrário, os governantes forem de qualidade duvidosa, o povo comporta-se em concordância.
http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/
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Elias Escreveu:habanero04 Escreveu:Até é bom para baixar o défice...
Essa tem sido a grande justificação para subir impostos.
Ajuda a baixar o défice, é verdade, mas apenas do lado da receita.
Tem que se começar por algum lado... mas do lado da despesa nesse dia de tolerância não haverá poupanças? subsidios de almoço e outros, despesas de funcionamento, por exemplo, electricidade, água, comunicações, etc...
Elias Escreveu:habanero04 Escreveu:Para as gasolineiras, portagens, restauração e hotelaria, parece-me que seja melhor haver a tolerância na 2ª feira
Se estás a sugerir que há mais consumo de combustível por ser fim-de-semana prolongado, então lembra-te que quem ganha mais com isso não são as gasolineiras (que ganham 15 ou 16 cêntimos por litro), mas sim o Estado (que arrecada mais de 80 cêntimos por litro de gasolina e 60 cêntimos por litro de gasóleo).
Até é bom para baixar o défice...
Pensando bem, acho que se gasta mais combustível em dias de trabalho no para-arranca nas cidades do que em viagens de fim-de-semana.
Tridion Escreveu:PequenoInvest Escreveu:Acho bem. Ainda me sobram uns trocos no final do mês e ainda tenho margem para que me subam os impostos.
Consigo sobreviver com pão e água e um pouco de leitinho. 75 € chega-me para isso tudo.
Venham de lá mais impostos
Eu vou cortar 50% no tabaco...vou passar a fumar um cigarro por dia.
Olha, comecei a fumar tabaco de enrolar e a minha mulher do normal, as vezes fumo também do normal.
Sente-se na poupança
habanero04 Escreveu:Para as gasolineiras, portagens, restauração e hotelaria, parece-me que seja melhor haver a tolerância na 2ª feira
Se estás a sugerir que há mais consumo de combustível por ser fim-de-semana prolongado, então lembra-te que quem ganha mais com isso não são as gasolineiras (que ganham 15 ou 16 cêntimos por litro), mas sim o Estado (que arrecada mais de 80 cêntimos por litro de gasolina e 60 cêntimos por litro de gasóleo).
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Elias Escreveu:habanero04 Escreveu:Há que manter a malta contente... e vendo bem os vários carnavais pelo país fora também contribuem para a economia...
habanero, sem dúvida que contribuem, pelo menos a nível local, mas não podemos cair na demagogia de justificar a tolerância com os ganhos económicos potenciais, sem quantificar as perdas daí resultantes.
Qualquer das situações tem prós e contras. Como é um fim-de-semana grande o pessoal vai passear, outros vão para as terras ou fazem um fim-de-semana prolongado fora. Para as gasolineiras, portagens, restauração e hotelaria, parece-me que seja melhor haver a tolerância na 2ª feira, para as entidades empregadoras dependerá do tipo de negócio, aliás até há certos custos que deixam de ter com os empregados fora e a casa fechada.
AutoMech Escreveu:jcldsm Escreveu:Por muito que me custe dizê-lo penso que o tipo tem inteira razão. Este governo só tem uma maneira de aprender: levar nas orelhas. No fundo somos nós todos que pagamos mas a responsabilidade 1a nisto tudo foi de quem o elegeu.
E se um partido apresentar um programa de governo e depois não o cumprir ? Também é culpa de quem o elegeu ? Culpa de quem foi ingénuo e acreditou ?
Já na campanha de 2009 se via que este governo era só propaganda e mentiras, AutoMech.
Não faltou gente a pedir uma política de "Verdade". Eu não fui enganado e não dispunha de mais dados do que a maioria da população.
A verdade é que os tugas quiseram ser enganados.
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Lion_Heart Escreveu:Sempre que este Sr. incompetente aparece a dar uma entrevista não posso deixar de me rir.
Alias deveriam mudar o titulo do Sr. de Ministro das Finanças para Ministro dos Impostos.
Ja aqui provamos que se não fossem os impostos o corte da despesa? subia!.
Tomei a liberdade de colocar a bold umas frases que acho interessantes , em especial a : "não há prosperidade sustentável assente no endividamento". Ora este Sr. que ja anda aqui como ministro faz muito tempo não tem feito precisamento isso? aumentar o endividamento!
Este incompetente foi o mesmo que em 2009 em plena crise mundial (ano eleitoral) resolveu subir os salários da função publica em 3% dando um sinal contrário e desajustado da situação real económica.
Mas em 2009 o povo elegeu novamente estes incompetentes e ignorando os alertas de uma velha candidata que teimava em ser pessimista e cruel. Grande parte da situação actual do país pertence ao povo que elegeu os políticos incompetentes no passado e presente. Sinal evidente que o povo é incompetente e acumudado.
Já algumas semanas para cá é notório as mudanças de discurso do governo sobre a capacidade de Portugal resolver a sua situação sem necessidade de ajuda externa. Na minha opinião é evidente de que os nossos governantes estão a preparar-se para o inevitável e que durante tanto tempo procuraram disfarçar e iludir o povo, nomeadamente aqueles que ainda teimam em ignorar os problemas e a necessidade das reformas estruturais e de mentalidade.
Mais um vez a realidade dos factos demonstra que temos aquilo que merecemos e só nos podemos queixar de nós próprios.
habanero04 Escreveu:Há que manter a malta contente... e vendo bem os vários carnavais pelo país fora também contribuem para a economia...
habanero, sem dúvida que contribuem, pelo menos a nível local, mas não podemos cair na demagogia de justificar a tolerância com os ganhos económicos potenciais, sem quantificar as perdas daí resultantes.
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Elias Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Tanta austeridade e foi aprovada a tolerância de ponto para o Carnaval..
Não há coragem.
lol, realmente é bem visto. Havia um tópico qualquer a falar de tolerâncias, vou ver se o recupero.
Há que manter a malta contente... e vendo bem os vários carnavais pelo país fora também contribuem para a economia...
jcldsm Escreveu:Por muito que me custe dizê-lo penso que o tipo tem inteira razão. Este governo só tem uma maneira de aprender: levar nas orelhas. No fundo somos nós todos que pagamos mas a responsabilidade 1a nisto tudo foi de quem o elegeu.
E se um partido apresentar um programa de governo e depois não o cumprir ? Também é culpa de quem o elegeu ? Culpa de quem foi ingénuo e acreditou ?
rufa Escreveu:Uma observação deste senhor deixou-me a pensar! Os Juros da Grécia e Irlanda não baixaram com o resgate. Já não percebo se tem alguma vantagem a vinda do FMI![]()
Há medidas que nenhum partido terá coragem para tomar, tenha ou não maioria absoluta ou não. O FMI dá resposta a essa falta de 'bolas' e permite que se atire as culpas para alguém sem rosto. Essa é a grande vantagem de vir o FMI (não é pelos juros).
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Ricardo Salgado...
Uma observação deste senhor deixou-me a pensar! Os Juros da Grécia e Irlanda não baixaram com o resgate. Já não percebo se tem alguma vantagem a vinda do FMI
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ferreira10 Escreveu:É impressionante.Tanto infantilismo, quando as coisas afinal são tão sérias.Ou melhor, "cobardia" de não tomar as medidas acertadas nos timings acertados.
Concordo a 100. Contudo, é muito mais fácil cortar aos que não têm poder. E essa é a máxima dio actual Governo..
Está por dias o PEC4...
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ferreira10 Escreveu:É impressionante.Tanto infantilismo, quando as coisas afinal são tão sérias.Ou melhor, "cobardia" de não tomar as medidas acertadas nos timings acertados.Tivesse-o feito, e estaríamos, agora, como está a Espanha.Só que a demagogia e a caça a votos fala mais alto.
Hoje, em resposta a um previsível pedido do novo governo Irlandês, que vai no sentido de que se abrande um pouco o esforço dos países resgatados, o ministro das finanças Alemão, refere que os juros pagos pelos países resgatados deveriam, isso sim, ser ainda maiores.
Ou seja, os países resgatados são tratados como se fossem crianças.Temos que fazê-los passar por um mau bocado, de outro modo, não aprendem, e podem ver os juros baixos, como um estimulo para continuarem a fazer as mesmas asneiras.Que é como quem diz; continuarem na senda do populismo.Então, em boa verdade, temos que lhes aplicar um "correctivo" versus "castigo".
Em algumas pessoas isto pode-lhes causar alguma celeuma.Mas afinal, não é de gente pouco séria que estamos a falar?Gente que não diz a verdade aos Portugueses; gente que para se manter no poder não faz reformas na administração publica, de outro modo, dá-se cabo da base eleitoral que os elege? O que é isto senão infantilismo?E o infantilismo resolve-se com o quê? Com a forma de aprendizagem designada como "condicionamento clássico.(castigo)
Valha-nos São Jericó!
Por muito que me custe dizê-lo penso que o tipo tem inteira razão. Este governo só tem uma maneira de aprender: levar nas orelhas. No fundo somos nós todos que pagamos mas a responsabilidade 1a nisto tudo foi de quem o elegeu.
Acredito também que esta declaração faz parte de uma estratégia alemã de encostar à parede o Sócrates antes da reunião de 4a feira. Aí o Sócrates só poderá ceder e a grande discussão será a de saber como os alemães e o Socrates vão vender a coisa aos eleitores.
É impressionante.Tanto infantilismo, quando as coisas afinal são tão sérias.Ou melhor, "cobardia" de não tomar as medidas acertadas nos timings acertados.Tivesse-o feito, e estaríamos, agora, como está a Espanha.Só que a demagogia e a caça a votos fala mais alto.
Hoje, em resposta a um previsível pedido do novo governo Irlandês, que vai no sentido de que se abrande um pouco o esforço dos países resgatados, o ministro das finanças Alemão, refere que os juros pagos pelos países resgatados deveriam, isso sim, ser ainda maiores.
Ou seja, os países resgatados são tratados como se fossem crianças.Temos que fazê-los passar por um mau bocado, de outro modo, não aprendem, e podem ver os juros baixos, como um estimulo para continuarem a fazer as mesmas asneiras.Que é como quem diz; continuarem na senda do populismo.Então, em boa verdade, temos que lhes aplicar um "correctivo" versus "castigo".
Em algumas pessoas isto pode-lhes causar alguma celeuma.Mas afinal, não é de gente pouco séria que estamos a falar?Gente que não diz a verdade aos Portugueses; gente que para se manter no poder não faz reformas na administração publica, de outro modo, dá-se cabo da base eleitoral que os elege? O que é isto senão infantilismo?E o infantilismo resolve-se com o quê? Com a forma de aprendizagem designada como "condicionamento clássico.(castigo)
Valha-nos São Jericó!
Hoje, em resposta a um previsível pedido do novo governo Irlandês, que vai no sentido de que se abrande um pouco o esforço dos países resgatados, o ministro das finanças Alemão, refere que os juros pagos pelos países resgatados deveriam, isso sim, ser ainda maiores.
Ou seja, os países resgatados são tratados como se fossem crianças.Temos que fazê-los passar por um mau bocado, de outro modo, não aprendem, e podem ver os juros baixos, como um estimulo para continuarem a fazer as mesmas asneiras.Que é como quem diz; continuarem na senda do populismo.Então, em boa verdade, temos que lhes aplicar um "correctivo" versus "castigo".
Em algumas pessoas isto pode-lhes causar alguma celeuma.Mas afinal, não é de gente pouco séria que estamos a falar?Gente que não diz a verdade aos Portugueses; gente que para se manter no poder não faz reformas na administração publica, de outro modo, dá-se cabo da base eleitoral que os elege? O que é isto senão infantilismo?E o infantilismo resolve-se com o quê? Com a forma de aprendizagem designada como "condicionamento clássico.(castigo)
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“Successful trading is really very simple. Buy a stock at the right time and sell it at
the right time.”«Mel Raiman»
the right time.”«Mel Raiman»
Elias Escreveu:o ministro garantiu que "aconteça o que acontecer, não nos desviaremos dos objectivos".
Interessante expressão, o ministro já a usou quando houve a crise financeira para dizer que as poupanças dos portugueses estavam garantidas
Bem lembrado Elias.....usou, e o resultado, para alguns, esteve à vista

Se dissessem que iam aliviar as medidas de austeridade é que era noticia. Assim é só mais um bocado daquilo que ouvimos e lemos há quase 30 anos.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh
* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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