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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - crise no mediterrâneo/oriente médio

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por amsfsma » 25/2/2011 12:23

pmpcpinto

As pessoas não imaginam o que é possível fazer com alta tecnologia, escutas de telefones e até Walkietalks, observação noturna com infra-vermelhos, helicópteros que se movimentam silenciosamente, programas informáticos que vão acumulando informação que permite traçar padrões e advinhar comportamentos futuros, estudos antropológicos "inocentes" que permitem traçar fronteiras sociológicas entre tribos e questões fracturantes entre as mesmas que são usadas para manipular umas contra as outras, operações sob falsa bandeira, compra de líderes ou o seu assassinato.

Com tempo e uma opinião pública ocidental complacente e cúmplice é possível fazer muita coisa sem que a maioria, cá e lá, perceba realmente o que se está a passar.
 
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por pmpcpinto » 25/2/2011 9:23

Operações dessas em países como o Iraque e especialmente o Afeganistão, dificilmente terão um grande êxito, pois os movimentos são muito condicionados.

Na "Enduring Freedom" os ingleses (SAS) actuaram no Afeganistão, mas sempre acompanhados pela Aliança do Norte, pouco depois do 11 de Setembro os americados (Delta Force) foram para Tora Bora para "apanhar" Bim Laden, mas sempre acompanhados e com os movimentos muito limitados por elementos tribais locais.

http://www.cbsnews.com/stories/2008/10/02/60minutes/main4494937.shtml?tag=contentMain;contentBody


Pedro
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por amsfsma » 24/2/2011 18:18

migluso


Ainda não investiguei mas será uma operação secreta dos EUA a operar no Afeganistão (depois de operar no Iraque) cujo objectivo era eliminar os líderes dos chamados terroristas.

Não é novidade pois fizeram o mesmo com a operação condor, umas vezes directamente, outras cooperando com os regimes amigos da América do Sul, nos anos 70 e inicios de 80, para eliminar os líderes de esquerda, na clandestinidade ou não. Actualmente fazem-no na Colômbia. Nos finais dos anos 80 as FARC e o ELN coligaram-se sobre forma de partido político, sairam da clandestinidade e concorreram a eleições e logo ai foram eliminados mais de 3000 membros por "esquadrões da morte"...
 
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por migluso » 24/2/2011 18:08

A/C amsf....

Para investigação:
Task Force 373 ; Raymond Davis

8-)

EDIT: Top Secret - Level IV
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
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por amsfsma » 24/2/2011 18:00

O Kadhafi acaba de justificar a situação no país com uma argumentação que há menos de dois meses seria facilmente aceite pela comunidade internacional. Uma justificação que desde 2001 tem permitido a certos regimes eliminar fisicamente os seus opositores políticos e que tem permitido aos EUA se infiltrarem nos aparelhos securitário desses regimes (colaborando com os mesmos) bem como de vender armas e "serviços" de segurança a esses regimes.
Uma justificação que só não terá aceitação junto das chamadas opiniões públicas porque desta vez não tem o serviço de "relações públicas" que os EUA fornecem aos seus aliados; as agências noticiosas.

A inssureição na Libia tem por trás a Al-Qaida, temida pelo Ocidente, afirma Kadhafi!!!

Por acaso Derna que se situa em Benghasi (Libia)forneceu muitos forein figther`s para o Iraque e contra vontade do Kadhafi...Benghasi (Libia)que sempre deu problemas ao regime libio e que pertence a uma outra tribo que não a do Kadhafi e onde mais uma vez se iniciou uma rebelião.


Como é evidente não acredito na mão da Al-Qaida nesta história como não acreditei noutros histórias contadas pelos "nossos" líderes...Sei que se isto tivesse acontecido há dois meses o regime de Kadhafi safava-se com esta história da Al-Qaeda e que ninguém se preocuparia com os mortos que dai resultasse...afinal tratavasse da Al-Qaeda!!!

Esta história tem sido contada ao mundo pelo regime do Iemen e tem obtido credibilidade...
 
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por Opcard » 23/2/2011 22:40

1,5 milhões de imigrantes podem chegar à Europa
por LusaHoje

por Lusa Hoje


A agência da União Europeia para a vigilância de fronteiras, Frontex, acredita que podem chegar aos países comunitários entre 500 mil a 1,5 milhões de pessoas originárias da Líbia e do norte de África.

"Tratam-se de pessoas de origem subsaariana que trabalham na Líbia e no norte de África" e que "estão a deslocar-se principalmente para Itália, Malta e Grécia", referiram hoje fontes europeias.

A agência comunitária, que conta com recursos como helicópteros e embarcações, que são cedidos voluntariamente pelos Estados-membros, admitiu, segundo as mesmas fontes, que "tem necessidade de triplicar a sua capacidade operacional".

Os ministros do Interior dos 27 Estados-membros vão reunir-se na quinta-feira em Bruxelas para debater, pela primeira vez, as consequências e os reflexos das revoltas populares no mundo árabe e muçulmano nos ciclos de imigração.

A Comissão Europeia, a Frontex e o Governo italiano irão ainda informar os restantes Estados-membros sobre a operação intitulada "Hermes" na ilha italiana de Lampedusa, onde têm chegado vários milhares de imigrantes nos últimos dias.

"Será a primeira oportunidade dos 27 Estados-menbros para discutir em conselho a crise da imigração e avaliar os seguintes passos", declarou um porta-voz da presidência europeia rotativa húngara.
 
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por EuroVerde » 23/2/2011 21:32

Em Portugal não sei.lol Até porque tivemos eleições à pouco tempo.lol

Mas em Angola, aquele regime só dura enquanto os EUA quiserem que dure. Acredito que na Era Obama, Angola terá paz. Americanos vão lá com 10 navios de crude e só pagam 3.
Em 2017 é que se prevê (após saída de Obama da presidência) revolução e instabilidade Angolana em um país altamente corrupto, e regresso às origens de muita pessoa que para lá já foi.

Respondendo à questão que me foi colocada: os países árabes que lutam pela democracia/liberdade fazem-no porque querem melhores condições de vida e acham esta uma altura fundamental para mudar, não estarem sujeitos a repressões pelo mal que nunca fizeram.

As pessoas confundem um pouco as coisas: por um lado temos regimes árabes radicais com (des)governantes agarrados ao poder e com modos de imposição com povos fanáticos mas com a maioria a desejar mudanças.(caso Yeman, Irão, Libia, Iraque do Sadam, Afeganistan, indonésia)
Por outro temos países árabes que desejam democracia e não há que confundir com radicalismos (Barhein, Tunisia, Marrocos, Egipto, Turquia, Jordania).
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por PMACS » 23/2/2011 19:36

E na Jordânia também, segundo o site da LUSA estão marcadas manifestações para sexta-feira!Isto está-se a pôr bonito!!
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por mfsr1980 » 23/2/2011 19:36

O caso Angolano é um caso diferente. Uma revolta Angolana não deve ter adesão pois eles passaram por uma guerra que os fez passar muito mal.
De qualquer das formas, democracia ao estilo ocidental em terras de africa, é uma ilusão.
 
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por Lion_Heart » 23/2/2011 19:24

Eu disse que a revolta ia chegar a Angola, agora resta saber o que o regime autoritário de la vai fazer.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por PMACS » 23/2/2011 19:15

Angolanos ameaçam com revoltas como no Egipto

Depois das fortes contestações contra os governos dos presidentes da Tunísia, Egipto e Líbia, está a ser convocada através da internet, num email, intitulado "A Nova Revolução do Povo Angolano", uma manifestação de protesto contra o regime de Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.

Com o pseudónimo de Agostinho Jonas Roberto Dos Santos, o autor anónimo desta convocação apela a "uma manifestação a nível nacional para exigir a saída do Presidente da República, dos seus ministros e companheiros corruptos".

O secretário-geral do MPLA, Julião Mateus Paulo, diz que "não se pode confundir o que se passa nos países do Maghreb com a realidade angolana" e já preveniu que se for o caso, o regime avançará com "medidas muito sérias" contra quem eventualmente venha a fazer uma manifestação, avança o jornal Le Fígaro.

Recorde-se que na semana passada a polícia nacional em Cabinda desfez uma manifestação de jovens que queriam saudar a independência do sul do Sudão. Antes foi interrompida outra manifestação protagonizada por ex-trabalhadores angolanos na antiga RDA. E no Huambo, um forte contingente policial inviabilizou uma manifestação convocada pela UNITA, na semana passada.
Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/angol ... 11836.html
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por rmachado » 23/2/2011 19:10

E já agora uma coisa interessante vinda da BBC:

One British expat told the BBC that Portuguese diplomats arranged her flight out of the country: "There's no communication, there's no telephones and there is no guarantee that you've got any support at all from the British Embassy. The help we needed was to know when you got to the airport there would be a British ambassador there, like there was for Portuguese."


Até parece mentira...
 
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por Opcard » 23/2/2011 16:26

A Líbia é accionista com o Libyan Investment Authority:

7,582% do UniCredit.
2,01% do Finmeccanica.
0,5% na ENI.
7,5% da Juventus
 
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por Opcard » 23/2/2011 16:16

Em caso de guerra civil na Líbia, bem possível, uns falam de 300 000 outro 500 000 que rumarão a Europa .

A Itália tinha investido 3 600 000 000 euros a Eni vai ter pressa na venda da Galp
 
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por amsfsma » 23/2/2011 15:59

É o problema das generalizações, é um problema de percepção.

Uns só vêem jovens modernos utilizadores da internet, outros fundamentalistas islâmicos.

Há quem tenha visto o triunfo da democracia no Egito quando o que aconteceu foi um golpe militar feito nos bastidores para salvar as élites do regime.

Outros neste momento só vêem a Libia e o Kadafhy e não percebem que este pelos anti-corpos que tem na chamada comunidade internacional está a servir de cortina de fumo à contestação aos regimes do Iemen, Argélia, Jordánia, Marrocos, Bahrem, etc...

Cada um vê o que quer e há quem dê uma ajudinha para que isso assim seja...

Curiosamente quando o mesmo acontece no mundo ocidental só vêem anarquistas e criminosos...

Em Los Angeles, 1992,em 4 dias morreram c/ de 60 pessoas em distúrbios...
 
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por pvg80713 » 23/2/2011 13:08

EuroVerde Escreveu:mais_um vou ver se arranjo o livro.

para quê os iranianos avançam com isso?

Vamo ver guerras civis no bloco árabe em luta pela democracia?
Vamos ver os paises arabes radicais a pressionarem os que querem liberdade e a impedir esta? dando origem a 3ªGG?
Vamos assistir à queda de vários governantes árabes a bem e felizes com a vida sem haver guerras?


Euroverde,

porque diz que os povos árabes estão em luta pela democracia ?

vou só relembrar a todos o que aconteceu na Argélia, a para ai 20 anos...
houve "democracia", eleições livres ! e ganhou com ampla maioria a Frente Islamica de Salvação... que ia tornar a Argélia numa Republica Islâmica... o que aconteceu ? os militares tomaram o poder e decretara lei Marcial que só foi levantada esta semana... isto aconteceu com o apoio do Ocidente ! EUA e França totalmente empenhados !

esqueça a democracia, está em curso um movimento de expansão Xiita ! a democracia será a Charia.

E os Iranianos só estarão a ajudar os seus irmãos...


A CNN, os EUA e etc não percebem nada do que vêm !

Olhem para as imagens (sem ser da CNN), não há mulheres ! As poucas que os reporteres tentam filmar estão sempre com Abaya vestida...

E os homens grtiam Allahu Akbar ! Allahu Akbar !

Isto são movimentos Islâmicos!
 
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por EuroVerde » 23/2/2011 12:33

mais_um vou ver se arranjo o livro.

para quê os iranianos avançam com isso?

Vamo ver guerras civis no bloco árabe em luta pela democracia?
Vamos ver os paises arabes radicais a pressionarem os que querem liberdade e a impedir esta? dando origem a 3ªGG?
Vamos assistir à queda de vários governantes árabes a bem e felizes com a vida sem haver guerras?
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por mais_um » 23/2/2011 12:20

pvg80713 Escreveu:pergunta :

Os dois barcos de guerra do Irão, já estão no Mediterrâneo ?

parece-me que o Irão viu bem o que está a acontecer...


Aparentemente sim:

The ships entered the canal at 5.45 a.m. (0345 GMT) on Tuesday and passed into the Mediterranean at 3.30 p.m. (1330 GMT), the Suez Canal Authority source told Reuters. "Their return is expected to be on March 3," the source said

http://www.alarabiya.net/articles/2011/ ... 38683.html
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por pvg80713 » 23/2/2011 11:19

pergunta :

Os dois barcos de guerra do Irão, já estão no Mediterrâneo ?

parece-me que o Irão viu bem o que está a acontecer...
 
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por Opcard » 23/2/2011 10:54

"....Quem estiver disposto a perceber o que se passa deve começar por desligar a televisão e aceitar que a "democracia" não chegará ao mundo árabe como os frangos ao supermercado: previamente acondicionada e pronta a cozinhar de acordo com a receita na embalagem..."


Não é um frango

23/02/11 00:02 | Fernando Gabriel

.Enquanto procuro uma inteligibilidade intrínseca nas revoltas árabes, que me permita compreender por que é que aconteceu “isto” e não “aquilo”, os traficantes de sociologismos já instituíram a doutrina do “despertar democrático do homem árabe”.

À personagem mítica que virou a esquina da história e entrou decidido a fazer a revolução na praça Tahrir falta-lhe a confiança do "homem universal", mas compensa essa insuficiência com a bondade "natural" que um certo pensamento filosófico oitocentista legou em perpetuidade aos "povos" não corrompidos pela civilização europeia.

Além disso, as televisões e o YouTube deram ao "homem árabe" aquilo que nem Jacques-Louis David nem Eugène Delacroix puderam oferecer aos esboços do "homem universal" -o de 1789 e o de 1848, que animou a "Primavera dos povos": uma narrativa construída em tempo real, dinâmica e com uma aparência de autenticidade.

Não seria desavisado tratar essa narrativa com cepticismo: como recordou a historiadora Anne Applebaum, a televisão cria uma estória linear que pouco mais é do que ficção. Por exemplo, os acontecimentos no Bahrain são inteligíveis como o despertar da longa noite da autocracia, ou trata-se de mais um episódio do sectarismo religioso islâmico, num país-ilha com uma população maioritariamente xiita governada por uma monarquia sunita? Um eventual sucesso dos xiitas é um triunfo da "democracia" ou uma extensão geográfica do poder iraniano?

Não é difícil encontrar nas ocorrências dos últimos meses sinais inconsistentes com o mito da ascensão democrática, que sugerem um conflito entre duas doutrinas políticas. Uma corresponde não ao estertor final do pan-arabismo mas ao seu impulso renovado pelo derrube daqueles que "corromperam" o plano intimado no socialismo de Gamal Nasser, trocando o ideal de unidade árabe pela fragmentação despótica.

A inconsciência americana iniciou o movimento com o derrube de Saddam no Iraque; agora o Egipto, brevemente a Líbia, eventualmente os alauitas sírios. A outra é representada pelo islamismo, historicamente definido por oposição ao socialismo árabe, cuja doutrina assenta na "complementaridade" definida por Ayman Zawahiri entre o "inimigo próximo", os regimes corruptos, e o "inimigo distante", os EUA. Do confronto entre estas posições resultará a forma de governação dos países árabes.

Quando Mubarak abandonou o poder, tinha um livro de Raymond Aron sobre a mesa de trabalho, do qual traduzo um excerto: "não é o sufrágio universal, esse instituto político discutível e ulterior, nem o sistema parlamentar, que é um procedimento democrático entre outros, mas a liberdade, cujas condições históricas foram a dualidade dos poderes espiritual e temporal, a limitação da autoridade do Estado e a autonomia de instituições como as universidades".

Só um tonto não reconhece a inexistência de condições históricas de liberdade nos países árabes; só um tonto perigoso pode supor que organizações como a Irmandade Islâmica, que se propõe "islamizar o conhecimento", oferecem garantias de manutenção de uma pax dei não segregadora. Quem estiver disposto a perceber o que se passa deve começar por desligar a televisão e aceitar que a "democracia" não chegará ao mundo árabe como os frangos ao supermercado: previamente acondicionada e pronta a cozinhar de acordo com a receita na embalagem.

Fernando Gabriel, Investigador universitário
 
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por FilRib » 23/2/2011 10:31

EuroVerde Escreveu:É que as pessoas nem lhes passam pela cabeça o que aí vem.
Eu vejo a 3ªGG. (duração 2 anos e meio)

Vai criar-se conflito entre os países árabes radicais e os que desejam democracia.
Israel vai tentar acalmar isso, e será logo logo atacada.
EUA vem em seu auxilio. A Europa também pode ser surpreendida e bombardeada com mísseis de longo alcance.

Antes da paz e da democracia os sobreviventes vão passar pela guerra.


Caramba! Preves esta catástrofe toda EuroVerde?
 
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por pmpcpinto » 23/2/2011 9:23

Xitonhane Escreveu:
pmpcpinto Escreveu:A Al-Qaeda tem a sua base e apoio no Afeganistão e no Paquistão, e provavelmente no Iemen, nos outros países tem seguidores.

Não sei se o que se está a passar será do interesse da Al-Qaeda ou de alguém, o futuro dirá.

Pessoalmente, acho difícil gorvernar "democraticamente" pessoas que estam prontas a materem-se umas às outras.

Lamento ainda, que um continente com o potencial de África, não consiga ultrapassar essas guerrilhas internas.

Pedro


Desculpa, mas há quantos séculos existem as fronteiras na Europa?ainda hoje estão em transformação, imagina agora um continente feito com regra e esquadro na Alemanha, pelos países colonizadores, e que são independentes à menos de um século...ainda muito sangue vai-se derramar e as fronteiras terão que ser obrigatóriamente redefinidas...



Desculpa não concordar, mas acho difícil redefinir fronteiras entre países que não se podem ver, ou em países pequenos que têm dezenas de etnias que se odeiam.

Penso que neste meio século de idependência de muitos países africanos, podia-se ter feito muito mais, poís são raros os casos de "sucesso", pelo contrário vimos países com grande potencial mergulhados na pobreza, com a expecção dos seus lideres.

Os culpados disto?

Provavelmente, quem colonizou e não soube fazer essa transição...

Penso que o Senegal é a prova que todos podiam ter feito muito mais.

No entanto, infelizmente concordo que muito sangue se irá derramar.

Pedro
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por mais_um » 23/2/2011 2:05

EuroVerde Escreveu:É que as pessoas nem lhes passam pela cabeça o que aí vem.
Eu vejo a 3ªGG. (duração 2 anos e meio)

Vai criar-se conflito entre os países árabes radicais e os que desejam democracia.
Israel vai tentar acalmar isso, e será logo logo atacada.
EUA vem em seu auxilio. A Europa também pode ser surpreendida e bombardeada com mísseis de longo alcance.

Antes da paz e da democracia os sobreviventes vão passar pela guerra.


Quando tiveres tempo lê um livro muito interessante, Diplomacy, do Henry Kissinger. Vais perceber melhor as relações entre Estados.
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por Las_Vegas » 23/2/2011 1:38

EuroVerde Escreveu:É que as pessoas nem lhes passam pela cabeça o que aí vem.
Eu vejo a 3ªGG. (duração 2 anos e meio)

Vai criar-se conflito entre os países árabes radicais e os que desejam democracia.
Israel vai tentar acalmar isso, e será logo logo atacada.
EUA vem em seu auxilio. A Europa também pode ser surpreendida e bombardeada com mísseis de longo alcance.

Antes da paz e da democracia os sobreviventes vão passar pela guerra.


Pois eu cá acho que não se vai passar nada.

O Kadhafi mete baixa psiquiátrica e fica a dito pelo não dito.

Aquela história de ser mártir e que o avõ dele era o maior da aldeia e mais não sei o quê já deve fazer parte da estratégia de simulação de loucura.
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por mais_um » 23/2/2011 1:27

Atomez Escreveu:
mais_um Escreveu:
Atomez Escreveu:Desculpa lá, essa história é muito mal contada! Em 1956 a URSS ainda não tinha grandes meios nucleares e não ameaçou um ataque nuclear coisa nenhuma!



Em 1955 200 ogivas nucleares era coisa pouca... :roll: :roll:

Fonte: http://noticias.terra.com.br/interna/0, ... 88,00.html


A "Spiegel Online" reuniu uma cronologia dos eventos-chave da Guerra Fria.

1956: De 29 de outubro a 6 de novembro, ocorre a crise do Suez. Após as tentativas do Egito de nacionalizar o Canal de Suez, Israel, França e Reino Unido ocupam a zona do canal e bombardeiam os campos aéreos egípcios. O líder soviético Nikita Kruschev ameaça Londres e Paris com guerra nuclear


Para além de ter ogivas nucleares, é preciso ter meios para as lançar. O Sputnik foi lançado em 1957. Quando muito isso foi um mero bluff.

Os americanos é que tiraram o tapete a ingleses e franceses.

Suez Crisis

Motivation of the involved states

The interests of the parties were various. Britain was anxious lest it lose efficient access to the remains of its empire. Both the French and the British felt that Nasser should be removed from power. The French "held the Egyptian president responsible for assisting the anticolonial rebellion in Algeria.[29] France was nervous about the growing influence that Nasser exerted on its North African colonies and protectorates. Both Britain and France were eager that the canal should remain open as an important conduit of oil. Israel wanted to reopen the Straits of Tiran leading to the Gulf of Eilat to Israeli shipping, and saw the opportunity to strengthen its southern border and to weaken what it saw as a dangerous and hostile state. The Israelis were also deeply troubled by Egypt’s procurement of large amounts of Soviet weaponry that included 530 armored vehicles, of which 230 were tanks; 500 guns; 150 MiG 15 jet fighters; 50 Iluyshin-28 bombers; submarines and other naval craft. The influx of this advanced weaponry altered an already shaky balance of power.[30]

Washington disagreed with Paris and London on whether to use force to resolve the crisis. The United States worked hard through diplomatic channels to resolve the crisis without resorting to conflict. "The British and French reluctantly agreed to pursue the diplomatic avenue but viewed it as merely an attempt to buy time, during which they continued their military preparations."[31] The British, Washington's closest ally, "felt abandoned by the American government."[32] Prior to the operation, London deliberately neglected to consult the Americans, trusting instead that Nasser's engagement with communist states would persuade the Americans to accept British and French actions if they were presented as a fait accompli. This proved to be a critical miscalculation.


Para alcançar Paris e Londres não era preciso ICMB´s aliás nos primeiros tempos as forças nucleares dos EUA e da URSS eram baseadas em aviões e não em ICMB.

O teu comentário não altera nada do que eu afirmei sobre o assunto desde o inicio, pelo contrario:

escrito em 22/2/2011 0:40
Estás a substimar o poder nuclear, na guerra de 1956, a França, Inglaterra e Israel invadiram o Egipto para ocuparem o canal do Suez que tinha sido nacionalizado pelos egipcios. Apesar de derrotarem militarmente os egipcios tiveram que retirar porque a URSS ameaçou com um ataque nuclear e os EUA não se chegaram à frente e tiraram o tapete aos seus aliados.


O nosso unico desentendimento, é que eu afirmo (e provei) que os Russos ameaçaram Paris e Londres de um ataque nuclear e tu afirmas que isso não é verdade, no resto estamos de acordo.

Já agora, os Russos foram os primeiros a terem um ICMB operacional.
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