Trump não prolonga prazo das tarifas além de 1 de agosto. Carta à UE enviada em 2 dias

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O facto de ter colocado o "ou não" a seguir a "off-topic" no título tem a ver com algo que depois acabei por não falar, também por falta de tempo.

Penso que o número de alunos que neste momento frequentam as escolas públicas ronda os 1,5 milhões. Penso que seria importante haver um estudo que verificasse o número de pais e/ou encarregados de educação que não acompanham (ou dão um acompanhamento manifestamente insuficiente) os seus educandos. Nas minhas turmas esse número ronda os 20% mas admito que não serão turmas referência no panorama nacional (espero que não). Assim, se assumirmos que estão nestas circunstâncias 5% dos dos alunos, estamos a falar de um universo total de 75 mil alunos. Tendo em conta que cada aluno custa cerca de 5 mil euros/ano ao estado estariamos a falar de um valor próximo dos 400 milhões de euros anuais.

A meu ver este montante é muito mal gasto, por várias razões:

1- Os interesses dos alunos em causa não são salvaguardados;
2- Estes alunos estão a contribuir decisivamente para o mau funcionamento das aulas, sem que os responsáveis pela sua educação façam absolutamente nada para alterar a situação;
3- Em muitos destes casos os pais só os matriculam nas escolas para receberem um subsídio qualquer(normalmente o RSI);
4- Estes alunos são um mau exemplo para os outros, havendo muitos que são negativa e decisivamente influenciados por estes;

Assim, aos 400 milhões (estimativa bastante falível) temos de juntar o que se gasta em subsídios a muitos dos pais destes alunos...

A questão que coloco é se estamos nós dispostos a gastar tanto dinheiro nestas situações? Será que o país pode sequer pagar isto?

Relativamente ás questões de indisciplina (as de falta de aproveitamente penso que terão de ter um tratamento completamente diferente) penso que terão de ser consideradas muitas situações, mas acho que não pode haver desculpas para que um encarregado de educação não acompanhe o seu educando. Aliás ao penalizar de alguma forma isto, estariamos a dar um sinal claro à sociedade da responsabilidade que é exigida a quem tem a seu cargo a educação de uma criança.

[Opcard]

Num mundo onde só se apregoam direitos , como fazer para os pais serem responsáveis ,este debate é velho na Europa , onde há situações dramáticas de abandono .

Recebendo os pais milhares de euros para isso basta ter feito 5 ou 6 filhos , ou ser mãe solteira dependendo do país sempre dará; 1 300 e 1 700 euros ,

O drama de bebes abandonados durante o fim de semana, essas mães como ainda são jovem precisam de se divertir e arranjar parceiro para ter novo filho antes do outro fazer 5 anos, pois muitos “direitos” terminam , levou a que algum estados tenho criado um sistema de alerta para essas crianças .


A França entrou em vigor recentemente um decreto que permite cortar abonos , não acredito que tenha efeitos práticos ,mais o PSF , já afirmou que quando chegar ao poder a primeira coisa que fará será anular este decreto


Económico
23/02/2011
"Estado deve garantir pensões de alimentos logo que os pais deixem de pagar

O Tribunal Constitucional diz que compete ao Estado pagar as pensões de alimentos devidas a menores, a partir do momento em que tal obrigação deixe de ser cumprida pelo pai ou pela mãe."

[Automech]

Sim, mais_um. Queria dizer ensinar e não educar.

[mais_um]

Mas Viegas, a função principal da escola é educar e não resolver problemas sociais.

A função principal da escola é ensinar. Educar compete aos pais.

[Automech]

Mas Viegas, a função principal da escola é educar e não resolver problemas sociais.

Quem tem como função principal tentar resolver problemas sociais são as estruturas da Seg. Social, através dos Assistentes Sociais (isto para além da necessidade que temos de que a sociedade também colabore, que haja empregos para todos etc).

A escola tem obrigação, sim, de identificar e sinalizar os problemas e trabalhar em articulação com outros, mas nunca como agente principal na resolução dos problemas sociais.

Não se pode é continuar a permitir que tudo o que não é resolvido a montante vá desembocar na escola e assistirmos passivamente ao que o Artista descreve.

Já agora qual é a tua sugestão, assumindo que não é deixar tudo como está.

[dfviegas]

Isso que dizem na teoria é tudo verdade e funcionaria se o mundo funcionasse como nós imaginamos, mas a realidade é muito diferente temos mães sozinhas com 2 filhos e elas com 20 e poucos anos andam a prostituir-se e os filhos andam na escola e tem comportamentos fora dos padrões normais, e a vossa solução qual é? multar, tirar rsi obrigar a fazer trabalho comunitário?
Não acham que são soluções demasiado simplistas para problemas muito mais graves?

Em escolas normais com crianças "normais" pode ser essa a solução mas a grande parte destes comportamentos anormais são devido a familias completamentes destruturadas em que não é a multa ou o rsi ou outra penalização qualquer que vai solucionar o problema.

A intervenção tem de ser muito mais profunda e passa por apoiar estas familias individualmente mas isso custa dinheiro e nós não temos.

[Automech]

Eu separava o comportamento do aproveitamento escolar.

Bom aproveitamento escolar pode, de facto, ser muito difícil com determinadas condições de vida.

Já em relação ao comportamento, eu penalizava, retirando ou suspendendo prestações sociais, em casos de mau comportamento continuado ou quando os país não mostrem qualquer interesse em ir à escola, por exemplo.

Não é aceitável desculpar casos de má conduta ou indisciplina pelas más condições de vida, sob pena de passarmos a desresponsabilizar toda a gente (passaríamos a nunca prender ninguém por roubo porque, na maior partes dos casos, por detrás dum roubo haverá uma história de vida complicada).

Aos que não têm subsídios pode-se aplicar multas ou, se isso não for economicamente viável, forçar os pais a trabalho comunitário, por exemplo.

Em relação ao aproveitamento até nem me chocava que houvesse prémios para quem atinja resultados excelentes.

[artista_]

Eu até podeia concordar com estas medidas senão tivesse um colega aqui ao lado que a mulher é professora de uma escola de intervençao prioritária e conta-me histórias do arco da velha.

O que adianta castigar pais alcoolicos, drogados, etc... que o que irão fazer é punir os filhos com cargas de porrada. Acham que punir estes pais irá trazer a solução para os problemas, pais que não tem nem condições de higiene em casa, não tem roupas para vestir os filhos, por vezes são os professores que levam roupa para eles usarem, e vão-lhes tirar o RSI seja o que for.

Há uma coisa que os três estão mais ou menos enganados, ou melhor, estão a ir mais longe do que o artigo e a minha idéia sugere, pelo menos para uma fase inicial penso que isto já seria um grande avanço... a minha idéia era multar (ou encontrar uma outra forma de penalizar) os pais que não se envolvam na educação escolar dos filhos, ou seja pais que não vão à escola tratar dos assuntos dos seus educandos, nem quando convocados para tal.

As questões sugeridas pelo A-330 também são coisas que já me passaram pela cabeça, penalizar os pais pela indisciplina dos alunos, mas para já o passo anterior já seria bastante importante... há muitos alunos que não são mais ajudados simplesmente porque os pais não vão à escola nem sequer contactam com a mesma de nenhuma forma, essa desresponsabilização parece-me inaceitável numa sociedade civilizada e moderna! Há muitos documentos que têm de ser assinados pelos pais, alguns são implementados mesmo que não o sejam (Planos de Recuperação, Planos de Acompanhamento, Planos Individuais de Trabalho, etc) mas há alguns procedimentos que sem a autorização dos pais não se podem efectivar (por exemplo, é precisa autorização dos pais para que o aluno seja avaliado pelos Serviços de psicologia da escola). Para além disto, muitas estratégias podiam ser melhor ajustadas ao aluno se houvesse um melhor conhecimento do mesmo, se os pais acompanhassem mais de perto o seu processo de aprendizagem.

[TheTraveler]

Multas para pais que não se envolvam na educação dos filhos

Não são necessárias multas na maior parte dos casos. Basta retirar todos os subsídios (RSI, Abonos, escalões...) a essas crianças às quais os pais ou não querem saber do ensino, ou educam mal. O estado está a dar dinheiro aos pais para criarem uma criança (muitas vezes o RSI), se não a educam como o resto da sociedade, corta-se o subsídio.

Aplicar multas não vai servir de nada, a ciganagem vai simplesmente agarrar no papelinho e jogar pró lixo.

[dfviegas]

Eu até podeia concordar com estas medidas senão tivesse um colega aqui ao lado que a mulher é professora de uma escola de intervençao prioritária e conta-me histórias do arco da velha.

O que adianta castigar pais alcoolicos, drogados, etc... que o que irão fazer é punir os filhos com cargas de porrada. Acham que punir estes pais irá trazer a solução para os problemas, pais que não tem nem condições de higiene em casa, não tem roupas para vestir os filhos, por vezes são os professores que levam roupa para eles usarem, e vão-lhes tirar o RSI seja o que for.

[BYPASS]

No fundo é isso A330, a falta de autoridade em que colocaram os professores e as escolas.
E esses alunos não criam perfis de autoridade e respeito na cabeça para os amadurecerem e evoluirem.
A ideia de sociedade organizada e baseada em pilares não dá dinheiro imediato, como tal a educação foi atirada para o canto dos passatempos e onde os putos têm de ir durante o dia, seja para receber o RSI ou para os ter entretidos.
Acabou a Instituição que uma escola representa!

[A330-300]

Se bem aplicada está aí uma boa idéia. O problema é fazer com que a lei seja depois aplicável.À primeira vista parece tudo um bocado subjetivo.

Também é necessário que estas mudanças venham desacompanhadas de burocracias e longos processos.O professor é autoridade última a julgar se um comportamento é aceitável ou não e com pena imediata, se aplicável.E já agora , cada vez que um aluno é suspenso das aulas uma multa para os pais.E quando tiverem que ser expulsos , uma multa ainda maior.Agressão? Processo duplo contra os pais como se fossem eles a terem agredido e por não terem educado os seus filhos corretamente.

Alguns poderão dizer que podem ser cometidos exageros.Mas como eu não acredito mesmo nada que alguém vá castigar um aluno sem razão, isto fará com que eles se mantenham fora de problemas e longe deles quando os houver com colegas.

O que definitivamente é absolutamente inaceitável é fazer dos professores fantoches de miúdos mal-educados.

Esta medida , senão vier acompanhada de meias medidas como é costume neste país , até contribuirá para a melhora na qualidade do ensino. Tenho certeza que muitos professores hoje para não se chatearem permitem que os alunos façam o que querem e lhes apeteça , prejudicando outros que querem aprender ,apenas para não terem além das atribuições normais ,que se chatear.O que eu até entendo.

Infelizmente , não me parece mesmo nada que este governo da treta dê plenos poderes a um professor , já que os objetivos políticos em relação à educação é aprovar qualquer porcaria de aluno, para que isso depois conste nos números e estatísticas que serão usados para as eleições.

Já que isto não está ainda aprovado , resta a esperança de que se faça alguma coisa bem .

A330

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Multas para pais que não se envolvam na educação dos filhos

A nova secretária regional da Educação do Governo Regional dos Açores, Cláudia Cardoso, pretende dar mais autoridade aos professores para que possam aplicar coimas aos pais que não se envolvam na educação dos filhos.

A decisão foi avançada no plenário da Assembleia Legislativa Regional durante a questão do Governo sobre educação promovida por Paulo Estêvão, deputado regional do Partido Popular Monárquico (PPM) de forma a debater os problemas escolares nos Açores, refere a Lusa.

Cláudia Cardoso frisou que é necessário um «reforço urgente da autoridade do pessoal docente, dentro e fora da sala de aulas» e é importante que se dê aos professores o estatuto de «autoridade pública». A secretária afirma ainda que «as situações de agressões» devem ser consideradas «como situações de crime público».

A secretária que pretende criminalizar os maus comportamentos escolares através de «profundas alterações» no Estatuto do Aluno, no Regulamento de Gestão Administrativa e Pedagógica dos Alunos e no Regulamento de Autonomia e Gestão das Escolas pretende também que os pais sejam mais assíduos no acompanhamento dos alunos, e admite que sejam aplicadas «coimas» e «perda de direitos sociais» aos pais não interessados.

O líder parlamentar do CDS/PP, Artur Lima, disse à Lusa que a proposta apresentada já tinha sido defendida por sindicatos de alguns paridos da oposição e considerou que se trata de uma «viragem no discurso da Educação nos Açores».

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/acore ... -4071.html

Não sei se a resposta é esta, mas alguma coisa terá de ser feita para mudar isto. Os pais não se podem demitir de educar os filhos, como infelizmente muitos fazem...

Este ano tenho muito mais consciência do problema, só uma vez (há muitos anos) tinha sido director de turma, este ano voltei a ser, não de uma, mas de duas!

Tenho 45 alunos nas duas turmas, estamos em Fevereiro e não só não conheço alguns dos encarregados de educação de bastantes alunos (talvez uns 15), como tenho até casos em que não consegui ainda falar com eles, nem por telefone. Obviamente estes alunos estão no grupo dos alunos com problemas (assiduidade, comportamento, aproveitamento, etc). Como é possível dar uma resposta minimamente capaz aos problemas destes alunos quando os pais nem à escola vão, não respondem a telefonemas, não respondem a cartas, não se interessam absolutamente nada, muitos deles sei que estão matriculados apenas para os pais poderem receber o RSI!

E depois, muitos destes alunos, acabam por degradar por completo as aulas com atitudes e comportamentos completamente desajustados. Quase todos os dias, tenho participações disciplinares na bolsa de uma das turmas (7º ano). Nesta turma faltam regularmente a todas as aulas entre 7 e 11 alunos (a turma tem 25), o que me dá imenso trabalho não só a marcar as faltas no programa como a gerir todos os processos decorrentes dessas mesmas faltas (avisos aos pais, Planos individuais de trabalho, etc), por outro lado sei que se fossem todos ás aulas as participações duplicariam e seria ainda mais difícil ensinar alguma coisa aos que estão lá realmente para aprender. Já sinalizei 6 alunos para a CPCJ(Comissão de Protecção de Crianças e Jovens) e tenho mais 2 alunos que já tinham sinalizações anteriores. Uma das alunas matriculou-se na última semana do primeiro período, tem 17 anos e foi tratar da matricula com uma filha de 5 dias ao colo, nunca apareceu numa única aula! Quem é que faz isto? só alguém que precisa da matricula para receber um subsídio qualquer