Tarifas só em agosto podem salvar prendas de Natal

[MiamiBlue]

Porra ... ele é empresário e rico, ele pode implementar programas de incentivo financeiro a quem não falta (combate ao absentismo), pode investir em mais qualificação para os xxmil empregados que tem, pode dar um uso mais estruturante à fundação. E pode depois disso tudo, mostrar aos outros - eu fiz assim, vejam como se faz e vejam como pode dar certo.

Em vez disso, diz aquilo que muita gente pensa e diz, e ainda por cima de forma deselegante. Se ele está desiludido com os governantes, eu estaria com empresários, que no fundo não fazem o que podem fazer.

No outro dia ouvi que a BMW ia contratar gente com mais de 55 anos. A primeira coisa que me lembrei foi - com empresas destas até fica mais fácil governar.

Concordo Pdcarrico!

Ele poderia ter utilizado as suas palavras para mostrar que:
- o seu negócio incentiva a produção nacional...
- gera empregos e cria riqueza no país...
- com a presença na Polónia poderá levar a uma maior exportação de produtos portuguêses para esse país e vice-versa...
- dá formação aos seus colaboradores procurando a eficiência...

... etc, etc....

Em vez disso faz uma critíca "feroz" ao presidente da AICEP (porque será?)...

Refere que o problema em Portugal não são os salários, mas sim na taxa de absentismo, na formação...

Mas, o que os seus empregados dirão? ... que com estes salários, às vezes nem vale a pena ir trabalhar... ou se não tiver os transportes públicos não poderei pegar um táxi...

Resumindo, ele utilizou o lado muito negativo e deselegante em vez de mostrar exemplos de liderança...

Pego na tua frase para também referír que ... enquanto a BMW apoia a geração de emprego (entre os mais velhos), vêmos por aqui que as "empresas são lares para os seus trabalhadores e que os empresários tem medo de contratar"...

É tudo uma questão de mentalidades....

Questão de mentalidades??? É verdade, mas não é a mentalidade do presidente da JM que se encontra incorrecta. Mas sim a da maioria dos portugueses!!!!!!!!!!!

Então, vamos ver, o homem criou uma empresa fantástica, este ano vai dar um bónus de 270 euros, no mínimo, aos seus funcionários, emprega milhares de pessoas, paga um balúrdio de impostos, e o problema está na mentalidade DELE??????


E o que temos dos nossos políticos? Mentiras, enganos, encobrimento, uma falta de coragem latente, uma boa parte chega sem dinheiro e partem ricos, etc..

Realmente o homem deveria ter sido brando com a nossa classe politica!!! Esses anjos!!!!! O problema é de homens como o CEO da JM!!!!!!!!!!!

A culpa é de todos nós, que somos extremamente e estupidamente brandos e mansos. Por isso, estámos no ponto em que nos encontrámos..

[bolo]

...

...

Não é novidade que as empresas devam maximizar os lucros ou que o capital não tem pátria...

Mas quando o Estado pega ao colo as empresas para internacionalizarem-se, aí está tudo bem, todos viajam juntos e todos comem juntos...

Mas quando queremos mudar a sede da empresa, aí vamos dizer que por aqui (Portugal) não temos condições...

Quando o Estado obriga-se a "pagar a horas" isso é correcto...

Mas quando estes supermercados demoram meses a pagarem aos seus forneçedores, ... aí já não são sérios...

bem alinhado. mas cada um com a sua natureza.
A primeira ilação que retiro das tuas questões, bem levantadas, e constituindo elas um potencial de desequilíbrio para o Estado, é que o Estado tem muito que fazer em sede de trabalho de casa. Para depois não dizer que foi comido por um boca-grande. A culpa não é do boca-grande que tem uma boca passível de ser utilizada e que a abre e fecha dentro das normas.

[Mares]

Porra ... ele é empresário e rico, ele pode implementar programas de incentivo financeiro a quem não falta (combate ao absentismo), pode investir em mais qualificação para os xxmil empregados que tem, pode dar um uso mais estruturante à fundação. E pode depois disso tudo, mostrar aos outros - eu fiz assim, vejam como se faz e vejam como pode dar certo.

Em vez disso, diz aquilo que muita gente pensa e diz, e ainda por cima de forma deselegante. Se ele está desiludido com os governantes, eu estaria com empresários, que no fundo não fazem o que podem fazer.

No outro dia ouvi que a BMW ia contratar gente com mais de 55 anos. A primeira coisa que me lembrei foi - com empresas destas até fica mais fácil governar.

Concordo Pdcarrico!

Ele poderia ter utilizado as suas palavras para mostrar que:
- o seu negócio incentiva a produção nacional...
- gera empregos e cria riqueza no país...
- com a presença na Polónia poderá levar a uma maior exportação de produtos portuguêses para esse país e vice-versa...
- dá formação aos seus colaboradores procurando a eficiência...

... etc, etc....

Em vez disso faz uma critíca "feroz" ao presidente da AICEP (porque será?)...

Refere que o problema em Portugal não são os salários, mas sim na taxa de absentismo, na formação...

Mas, o que os seus empregados dirão? ... que com estes salários, às vezes nem vale a pena ir trabalhar... ou se não tiver os transportes públicos não poderei pegar um táxi...

Resumindo, ele utilizou o lado muito negativo e deselegante em vez de mostrar exemplos de liderança...

Pego na tua frase para também referír que ... enquanto a BMW apoia a geração de emprego (entre os mais velhos), vêmos por aqui que as "empresas são lares para os seus trabalhadores e que os empresários tem medo de contratar"...

É tudo uma questão de mentalidades....

[pdcarrico]

Mas Pedro, repara que ele até nem foi pelo caminho mais fácil para um empresário que é dizer que os salários são altos (que foi o que disse o presidente da CIP). Ele apontou outros problemas, que até já vem referindo há mais tempo, como por exemplo o absentismo e a educação.

Eu acho que ele está certíssimo, mas acho também estranho que queira colocar o Mário Soares ou o Cavavo de fora desse pote de maus governantes. Ora a acção governativa mais significativa do Mário Soares foi a mesma que teve o Sócrates - gestão de um País em crise orçamental sem qualquer tipo de política de fundo de longo prazo, e o Cavaco nada fez em relação aos problemas crónicos que ele (e toda a gente) fala. Foi ele mesmo que negociou aumentos do défice por aumentos na função pública e foi ele mesmo que empreendeu como prioridade ao desenvolvimento termos betão com fartura. Houve alguma coisa feita por exemplo para melhorar a qualificação ou a meritocracia no tempo do Cavaco?

O problema da educação e do absentismo, ou o da qualificação, são problemas tão estruturantes, tão desenvolvidos que, se tiverem solução, não o têm concerteza por um ou dois mandatos, e ainda por cima com Governos com tão pouco para gastar.

A mim choca-me mais que o País não tenha conseguido vencer alguns desses problemas, como o da qualificação, de 1985 até 2000, quando teve financiamento mais barato, quando tinha outros de modelos, etc... De uma certa maneira não é culpa apenas dos Governantes. Se se criar uma estrutura académica e ela não funciona, boa parte da culpa é de todos.

Mas infelizmente é a verdade Pedro. Ainda esta semana o desemprego atingiu um valor record e a conversa foi que se nota uma "desaceleração do crescimento".

Nós andamos nisto há uma série de anos e quando a paciência se esgota, provavelmente a elegância também se vai. Honestamente, ainda que possa ter sido extremada, não consigo criticar as palavras do AS

Temos que decidir o que queremos pedir ao Governo de hoje. Ou fazemos as vezes do BE e PCP, e mandamos às malvas a ideia do contenção do défice ou então se é para equilibrar as contas, e não há muito espaço de manobra.

Agora o papel de um Governante é salvaguardar um mínimo de optimismo. Não pode ser optimismo panglossiano, mas também penso que não o tenha sido até agora. É um bocado como o Benfica que está a 11 (ou 8, depende de hoje) pontos do Porto mas tem que manter o discurso de que é possível chegar ao 1º, quando sabem que a probabilidade é quase zero.

Na minha opinião o Governo teve um 1º mandato responsável e agora, como é minoritário, não está a ter um rumo claro. Mas acho que agora, por força da crise, está de novo a fazer o que a maioria lhe pede que faça, e que neste momento e mais importante - que controle o défice e que venda os nossos produtos nem que seja no Barhein.

Eu não conheço as contas Pedro e muito provavelmente tens toda a razão. Só notar que esse aumento do passivo de curto prazo, não remunerado, tem de ser sempre visto em % do volume de vendas porque, se essa % descer, ainda que o valor absoluto tenha aumentado, pode significar uma melhoria para os fornecedores. Mas repito, é apenas um comentário e não conheço as contas.

O capital circulante negativo aumentou em volume e em percentagem da facturação, ou seja a JM terá aumentado os tempos médios de pagamento. É um direito que lhe assiste como empresário, espremer os fornecedores, embora eu ache que se pode revelar um tiro no pé, se os fornecedores cairem numa situação em que têm de fechar portas.

É um pouco como o jogo que a Portucel sempre fez com os produtores florestais - durante anos importaram pequenas quantidades de madeira cara, para fazer baixar os preços em Portugal. Os produtores pequenos viam o preço ir abaixo e comiam calado. Mas o resultado é que muitos deixaram de plantar e agora a oferta de madeira é perigosamente baixa e ameaça o futuro das celuloses...

Se não se preocupasse eu penso que nem se dava ao trabalho de arranjar inimigos (mais vale ficar na sombra). O que ele não tem, na minha opinião, é medo do governo, dada a sua 'independência' em relação ao estado português, que absorve 50% do PIB nacional e, esse sim, tem uma enorme posição dominante.

Outros haveriam, acredito, que gostariam de dizer o mesmo mas que infelizmente não podem.

Se ele precisasse do Governo provavelmente não falaria assim, concordo. Mas nem sempre uma voz livre fala o que é certo.

A Fundação está mais orientada para o projecto Pordata.

Eu penso que a beneficência é feita através da JM ( http://www.jeronimomartins.pt/pt/grupo/ ... ocial.html ).

Agora se é muita ou pouca, não faço a mais pequena ideia.

Tive um Professor, por acaso ligado ao PSD, que sempre nos lembrava uma máxima extraordinária - não perguntes o que o País pode fazer por ti, mas pergunta o que podes fazer por ele.

Porra ... ele é empresário e rico, ele pode implementar programas de incentivo financeiro a quem não falta (combate ao absentismo), pode investir em mais qualificação para os xxmil empregados que tem, pode dar um uso mais estruturante à fundação. E pode depois disso tudo, mostrar aos outros - eu fiz assim, vejam como se faz e vejam como pode dar certo.

Em vez disso, diz aquilo que muita gente pensa e diz, e ainda por cima de forma deselegante. Se ele está desiludido com os governantes, eu estaria com empresários, que no fundo não fazem o que podem fazer.

No outro dia ouvi que a BMW ia contratar gente com mais de 55 anos. A primeira coisa que me lembrei foi - com empresas destas até fica mais fácil governar.

[Mares]

Achei muito deselegante a atitude deste senhor em imiscuir-se em questões político-partidárias, já que o seu foco está no mundo empresarial. Para o presidente de um grupo, em que investe maioritariamente no estrangeiro, também podería vir um membro do governo, com um discurso reacionário, dizer que Alexandre Soares dos Santos é um anti-patriotico...

O que este senhor iria responder?

Uma empresa deve procurar maximizar a sua eficiência, não tem que ser em Portugal.

Se quisermos falar em patriotismo, o governo é que o deve ter. Devemos ser livre para is viver para onde queiramos, desde que sejamos aceites e contribuamos para a ordem do sítio onde estamos.

Como em qualquer outra coisa, também aos empresários, que pretende ganhar dinheiro com a sua actividade, só lhes é exigida uma coisa: valores válidos. Cá dentro ou lá fora, tanto faz, porque prender as pessoas cá ou avaliá-las pelo sítio onde elas estão esta errado. isso não muda nada. uns vão para fora, uns vêm para dentro, e outros regressam, melhores quem sabe. e se mesmo de fora, tiverem valores e ideias válidas para nos mostrarem ainda melhor.

Não é novidade que as empresas devam maximizar os lucros ou que o capital não tem pátria...

Mas quando o Estado pega ao colo as empresas para internacionalizarem-se, aí está tudo bem, todos viajam juntos e todos comem juntos...

Mas quando queremos mudar a sede da empresa, aí vamos dizer que por aqui (Portugal) não temos condições...

Quando o Estado obriga-se a "pagar a horas" isso é correcto...

Mas quando estes supermercados demoram meses a pagarem aos seus forneçedores, ... aí já não são sérios...

[JMHP]

A verdade sempre incomoda.E sempre haverá alguém para por paninhos quentes. Para tapar o sol com a peneira.È por esses brandos costumes que estamos como estamos.A verdade às vezes é assim mesmo. Dura como as palavras deste senhor.Custa-me ver que as pessoas aceitam melhor uma mentira vinda de um vigarista educado do que as duras e verdadeiras palavras de um empresário e trabalhador que ainda por cima tem razão.

Em um forum onde as pessoas negociam os seus ativos ao cêntimo , e às vezes à décima, vem dizer que acham mal o homem espremer os fornecedores. Ora , se os fornecedores não estão satisfeitos em negociar com o pingo doce , que vão fornecer ao Modelo , continente , jumbo ,makro , etc.Há opções.
Se um fornecedor sai prejudicado ao negociar com o Pingo Doce , outro haverá que ficará satisfeitíssimo por ter conseguido um cliente como o Pingo Doce.A vida é assim. Cada vez mais a excelência administrativa é requerida.Os concorrentes do Pingo Doce também espremerão os seus fornecedores.Não pensem que se chega a um patamar como o que a JM chegou com a inocência de um menino do coro.
Aliás , não me lembro de ninguém aqui a queixar-se das políticas com os fornecedores enquanto estiveram a lucrar com as ações da JMT o ano passado.

Quanto à deslocalização fiscal da empresa que aqui foi citada.Meus amigos , a empresa não pode perder terreno porque o governo não faz a parte dele. Eu como acionista da JMT não espero outra coisa.

As pessoas gostam muito de fazer caridade com dinheiro alheio.Isso é que é.

A330

Completamente de acordo. Na minha opinião as criticas ao grupo JM relativamente ás queixas dos fornecedores não tem fundamento embora não me surpreendam, dado que a esmagadora maioria das empresas nacionais não tem espírito e mentalidade competitiva de mercado.

É um problema de cultura do nosso país que durante décadas viveu virado para dentro habituado a depender do Estado e de um mercado pequeno, pouco exigente e pouco dinâmico.

Agora que a solução do país e de muitas empresas passa pela exportação, a competitividade será elevada e só as empresas mais fortes e melhor preparadas sobreviverão.

Lá fora, não existem segundas oportunidades....

[A330-300]

A verdade sempre incomoda.E sempre haverá alguém para por paninhos quentes. Para tapar o sol com a peneira.È por esses brandos costumes que estamos como estamos.A verdade às vezes é assim mesmo. Dura como as palavras deste senhor.Custa-me ver que as pessoas aceitam melhor uma mentira vinda de um vigarista educado do que as duras e verdadeiras palavras de um empresário e trabalhador que ainda por cima tem razão.

Em um forum onde as pessoas negociam os seus ativos ao cêntimo , e às vezes à décima, vem dizer que acham mal o homem espremer os fornecedores. Ora , se os fornecedores não estão satisfeitos em negociar com o pingo doce , que vão fornecer ao Modelo , continente , jumbo ,makro , etc.Há opções.
Se um fornecedor sai prejudicado ao negociar com o Pingo Doce , outro haverá que ficará satisfeitíssimo por ter conseguido um cliente como o Pingo Doce.A vida é assim. Cada vez mais a excelência administrativa é requerida.Os concorrentes do Pingo Doce também espremerão os seus fornecedores.Não pensem que se chega a um patamar como o que a JM chegou com a inocência de um menino do coro.
Aliás , não me lembro de ninguém aqui a queixar-se das políticas com os fornecedores enquanto estiveram a lucrar com as ações da JMT o ano passado.

Quanto à deslocalização fiscal da empresa que aqui foi citada.Meus amigos , a empresa não pode perder terreno porque o governo não faz a parte dele. Eu como acionista da JMT não espero outra coisa.

Chega-se ao cumulo de dizer que a fundação tem que fazer isto ou aquilo e que devia ajudar mais e não sei o que.
Mas TEM???? DEVIA??? Muita sorte já estarem a fazer o que fazem seja muito ou pouco. Há muitos outros que não fazem nada. Se calhar quem critica a parte beneficente da JM é um dos que gosta de criticar , mas que não faz nada.
As pessoas gostam muito de criticar e fazer caridade com bolso alheio.Isso é que é.

Aliás, na atual situação deste país a mim me parece que ao ser um administrador sério e competente é por si só já suficiente para ajudar muita gente na forma de empregos.Segundo o que alguém escreveu aqui , os funcionários nem estão assim tão insatisfeitos.Antes pelo contrário.

Para concluir e bem espremido este tópico, do ponto de vista de alguns ,parece que se pode concluir que o homem é um mal-educado , mentiroso , mau cliente e não ajuda quem mais precisa.
Bom mesmo é o governo que temos.

A330

[bolo]

É verdade, com efeito, podemos sempre dizer: o que dizes é verdadeiro, mas como tu és pecador, está calado porque, se tu és, também os outros podem e devem ser, nem que seja só por isso. Também passaram a estar isentos de moral, uma vez que há defensores da moral que não a têm!

Querem algo mais bonito do que a relatividade? Sim? Lamentamos, mas não há!

[Automech]

Automech,
Eu acho que ele tem o direito de fazer as críticas que entende justas. Eu diria é que se o propósito dele é fazer alguma coisa para que as coisas melhorem, não terá ido pelo melhor caminho, na minha opinião pelo menos.

Mas Pedro, repara que ele até nem foi pelo caminho mais fácil para um empresário que é dizer que os salários são altos (que foi o que disse o presidente da CIP). Ele apontou outros problemas, que até já vem referindo há mais tempo, como por exemplo o absentismo e a educação.

Eu acho que alertar para a existência de uma crise é abonatório. Lembrar que o PM é o mestre dos truques já me parece muito deselegante,

Mas infelizmente é a verdade Pedro. Ainda esta semana o desemprego atingiu um valor record e a conversa foi que se nota uma "desaceleração do crescimento".

Nós andamos nisto há uma série de anos e quando a paciência se esgota, provavelmente a elegância também se vai. Honestamente, ainda que possa ter sido extremada, não consigo criticar as palavras do AS

Em relação ao Soares dos Santos e ao grupo, de facto tens razão em relação à liberdade contratual. Mas se numa altura de crise ele retira dos fornecedores 1,5 mil milhões de euros (ainda que apenas metade seja em Portugal), e quando há problemas evidentes de liquidez e de financiamento, ele terá alguma contribuição na insolvência ou pelo menos na gestão deficiente de tesouraria de muitas PME's, que tentam sobreviver através do canal Pingo Doce. E se ele tem alguma influência na pouca saúde de fornecedores, deveria pelo menos falar menos.

Eu não conheço as contas Pedro e muito provavelmente tens toda a razão. Só notar que esse aumento do passivo de curto prazo, não remunerado, tem de ser sempre visto em % do volume de vendas porque, se essa % descer, ainda que o valor absoluto tenha aumentado, pode significar uma melhoria para os fornecedores. Mas repito, é apenas um comentário e não conheço as contas.

Mas acho que ele já fala como alguém que pouco se importa com Portugal. Não por acaso é a Polónia já responsável por 90% da valuation de todo o grupo. E não por acaso já deu a entender que admite mudar a residência fiscal do grupo.

Se não se preocupasse eu penso que nem se dava ao trabalho de arranjar inimigos (mais vale ficar na sombra). O que ele não tem, na minha opinião, é medo do governo, dada a sua 'independência' em relação ao estado português, que absorve 50% do PIB nacional e, esse sim, tem uma enorme posição dominante.

Outros haveriam, acredito, que gostariam de dizer o mesmo mas que infelizmente não podem.

Eu daria mais valor a quem procurásse fazer um pouco mais e falar um pouco menos. Preferia por exemplo que a fundação que a família Soares dos Santos criou fizésse alguma coisa nesta altura difícil para todos.

A Fundação está mais orientada para o projecto Pordata.

Eu penso que a beneficência é feita através da JM ( http://www.jeronimomartins.pt/pt/grupo/ ... ocial.html ).

Agora se é muita ou pouca, não faço a mais pequena ideia.

[pdcarrico]

Automech,

Só complementado - quando a fundação da família tiver feito pelo País uma pequeniníssima percentagem do que fizeram outras extraordinárias como a Gulbenkian ou a FLAD, eu diria que ele terá crédito para falar muito mais. Afinal de contas, não penso que seja pedir muito - pelo valor de bolsa da JM, já devem estar de volta ao grupo das grandes fortunas.

Como segundo complemento, diria que muitas vezes discordo do que defendes, mas sempre me agrada e muito debater contigo!

Grande abraço!

[pdcarrico]

Automech,

Eu acho que ele tem o direito de fazer as críticas que entende justas. Eu diria é que se o propósito dele é fazer alguma coisa para que as coisas melhorem, não terá ido pelo melhor caminho, na minha opinião pelo menos.

A nossa governação sempre foi feita com concessões a grupos de interesse. E mesmo na época de Cavaco, que o Soares dos Santos parece pôr de parte, não foi excepção. Em nome da governabilidade sempre de compraram pactos com grupos corporativos. Ou com grupos profissionais ou com grupos de interesses económico. Está na altura de pagarmos a factura que viria independentemente de termos o Sócrates ou o PPC como PM.

Eu acho que alertar para a existência de uma crise é abonatório. Lembrar que o PM é o mestre dos truques já me parece muito deselegante, e em particular numa altura onde deveria haver mobilização a favor das medidas que a elite económica deve considerar importantes para que tenhamos sustentabilidade fiscal. Ou então ele que fale no que se pode fazer de concreto de alternativo para corrigir o problema das finanças públicas. Criticar o Governo numa altura em que este corta despesa ou aumenta receita é o mesmo que falar da previsibilidade da crise em 2009 - é inútil.

Em relação ao Soares dos Santos e ao grupo, de facto tens razão em relação à liberdade contratual. Mas se numa altura de crise ele retira dos fornecedores 1,5 mil milhões de euros (ainda que apenas metade seja em Portugal), e quando há problemas evidentes de liquidez e de financiamento, ele terá alguma contribuição na insolvência ou pelo menos na gestão deficiente de tesouraria de muitas PME's, que tentam sobreviver através do canal Pingo Doce. E se ele tem alguma influência na pouca saúde de fornecedores, deveria pelo menos falar menos.

Mas acho que ele já fala como alguém que pouco se importa com Portugal. Não por acaso é a Polónia já responsável por 90% da valuation de todo o grupo. E não por acaso já deu a entender que admite mudar a residência fiscal do grupo.

Eu daria mais valor a quem procurásse fazer um pouco mais e falar um pouco menos. Preferia por exemplo que a fundação que a família Soares dos Santos criou fizésse alguma coisa nesta altura difícil para todos.

[Automech]

Mas Pedro, a comunicação social reproduziu estas declarações por serem duríssimas, mas estas foram enquadradas numa entrevista e não palavras soltas.

Ele falou muito mais do que está no video que eu deixei. Aqui identifica outros problemas.

E se há pessoa que neste país tem apontado os problemas, identificando-os com precisão, honra seja feita ao Soares dos Santos.

Tens outra (muito longa) entrevista ao ASS aqui em que faz um diagnóstico muito acertado dos problemas.

O próprio governador do Banco de Portugal, presumo que insuspeito, também teve declarações pouco abonatórias na semana passada e foi logo corrido à pedrada.

Em relação à questão do passivo, entramos sempre na questão da liberdade de relações económicas entre empresas, se há posições dominantes ou não, porque é que os fornecedores iniciam relações com os grandes grupos da distribuição, etc. Isso dava pano para mangas.

[pdcarrico]

O que este senhor não disse porque não lhe interessava é que a publicidade "o aumento do iva aqui não entra" está a causar mais despedimento. Pois o dito senhor impôs esse ónos ás empresas fornecedoras. Tenho um familiar "gestora" numa multinacional fornecedora dos pingo-doce que anda apavorada, porque segundo afirma já viu sair borda fora quadros fixos da empresa sob essa alegação. E segundo diz o ditado: Qundo vires as barbas do vizinho arder!... põe as tuas em molho...

Bem visto. Não deixa de ser interessante que em período de profunda crise, mas com uma situação financeira bastante boa, a JM, tenha aumentado o valor do passivo não remunerado de curto prazo. Possivelmente consegue isso negociando com fornecedores prazos de pagamento mais altos. Ou seja são esses fornecedores que, passando as "passas dos algarves", financiam boa parte do crescimento da JM.

Ele é livre de dizer o que quer. Mas o que ele diz é profundamente inconsequente e não tem nenhuma correlação com uma necessidade específica que a empresa, ou outros empresários, tenham. Ou então, ele que venha dizer que preferia, em nome de uma não recessão, que não aparecessem estas medidas de austeridade fiscal.

Para mim, e por muito que eu possa criticar o governo e a falta recente de rumo do Sócrates, diria que ele perdeu uma boa oportunidade de ficar calado.

[Gioes]

O que este senhor não disse porque não lhe interessava é que a publicidade "o aumento do iva aqui não entra" está a causar mais despedimento. Pois o dito senhor impôs esse ónos ás empresas fornecedoras. Tenho um familiar "gestora" numa multinacional fornecedora dos pingo-doce que anda apavorada, porque segundo afirma já viu sair borda fora quadros fixos da empresa sob essa alegação. E segundo diz o ditado: Qundo vires as barbas do vizinho arder!... põe as tuas em molho...

[bolo]

Achei muito deselegante a atitude deste senhor em imiscuir-se em questões político-partidárias, já que o seu foco está no mundo empresarial. Para o presidente de um grupo, em que investe maioritariamente no estrangeiro, também podería vir um membro do governo, com um discurso reacionário, dizer que Alexandre Soares dos Santos é um anti-patriotico...

O que este senhor iria responder?

Uma empresa deve procurar maximizar a sua eficiência, não tem que ser em Portugal.

Se quisermos falar em patriotismo, o governo é que o deve ter. Devemos ser livre para is viver para onde queiramos, desde que sejamos aceites e contribuamos para a ordem do sítio onde estamos.

Como em qualquer outra coisa, também aos empresários, que pretende ganhar dinheiro com a sua actividade, só lhes é exigida uma coisa: valores válidos. Cá dentro ou lá fora, tanto faz, porque prender as pessoas cá ou avaliá-las pelo sítio onde elas estão esta errado. isso não muda nada. uns vão para fora, uns vêm para dentro, e outros regressam, melhores quem sabe. e se mesmo de fora, tiverem valores e ideias válidas para nos mostrarem ainda melhor.

[A330-300]

As pessoas todas gostam de dizer que são muito diretas e frontais , gostam de sinceridade , etc , mas , quando aparece alguém a dizer uma verdade indiscutível é logo taxado de mal-educado , incoveniente ,etc.

Segundo consta , vivemos em democracia , e ainda nos é facultada a liberdade de expressão. Então , por que é que não pode este senhor vir para a televisão dizer o que quer e lhe apetece? Eu e qualquer um daqui do caldeirão pode. Por que é que ele não? Até paga mais impostos que nós todos!

Alguém disse que se está a imiscuir com a política.Não é a fazer discursos destes que ele vai fazer amigos no meio político.O que significa que com certeza não vai beneficiar de favores e negociatas. Tenho mais medo dos caladinhos.

Só fala assim quem não deve e não teme.Na verdade quem devia ficar caladinho era o nosso PM , sim aquele que já tanto mentiu. Aquele do diploma ao domingo. Do freeport. Esse é que devia ficar caladinho.Aliás tem tanto ou tão pouco discernimento que nem se deu conta que o homem nem foi mal-educado.Disse que se anda a mentir.Não chamou ninguém de mentiroso.A mim parece é que o PM vestiu a carapuça.

È incrível também notar como sempre que alguém diz a verdade neste país , se levantam tantas vozes contra quem diz a verdade. Não sei mais o que será preciso que aconteça neste país para que as pessoas começem a acreditar em quem realmente diz a verdade .

Quanto ao fato de a empresa dele ter negócios fora. Não é fantástico que uma empresa portuguesa tenha projeção internacional?

A330

[e-finance]

Eu no lugar dele já tinha abandonado o barco, percebo o que ele sente porque sinto o mesmo, pagar impostos para manter um bando de boys, vê-los gastar os recursos em empreitadas para amigos. E mentir descaradamente ao povo.

Cumps.

[Automech]

eles critícam o que lhes interessa e esqueçem o que não lhes interessa.

Bem, depois de ouvirem o Sócrates durante 6 anos, alguma coisa devem ter aprendido.

Mas ele espera que o PM vá para a TV dizer... "isto é um país falído, sem futuro,.... bla, bla, bla...¨"?

Se com o video não compreendeste, lê o que escreveu o PSG:

E José Sócrates, que nos jornais estrangeiros vai sendo a face da nossa figura ridícula, fará como Mubarak: na véspera de tudo correr mal, continuará a dizer que tudo corre bem.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=469229

E se não chegar vai a http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &js_link=1

Tenham sído quaisquer os motivos, continuo achando que foi deselegante e despropositado.

Também acho. O que vale é que o nosso PM não foi em conversas e deu uma resposta duma extrema elegância.

Polónia vai ser o centro da actividade da Jerónimo Martins, diz presidente

Ainda bem mares. A malta não quer cá tipos destes, críticos deselegantes e despropositados e muito menos anti-patrióticos. Se a JM quer vir, que venha, mas como multinacional Polaca.

[varus]

Admiro a coragem , que outros empresários embora tenham a mesma opinião , não têm a frontalidade de dizer o abertamente na comunicação social.

[Mares]

AutoMech,

eles critícam o que lhes interessa e esqueçem o que não lhes interessa. Isso é natural de quem gere para os lucros.

O que ele falou na entrevista foram banalidades, tal como assumíu "...isso apareçe nas notícias e todos sabem da crise...".

Mas ele espera que o PM vá para a TV dizer... "isto é um país falído, sem futuro,.... bla, bla, bla...¨"?

Ou foi para justificar as decisões da JMT, conforme apareçe no final do post?

Tenham sído quaisquer os motivos, continuo achando que foi deselegante e despropositado.

Achei muito deselegante a atitude deste senhor em imiscuir-se em questões político-partidárias, já que o seu foco está no mundo empresarial.

Bem visto Mares. Os empresários não devem comentar o que seja porque isso, em ultima instância, cai na alçada politica.

Por isso, se um empresário disser que os impostos são altos, está a imiscuir-se na politica.

Se disser que o tribunal não resolve os casos de dívida, está a imiscuir-se na politica.

Se disser que o código do trabalho não sei quê, está a imiscuir-se na politica.

Bico calado, portanto.

Para o presidente de um grupo, em que investe maioritariamente no estrangeiro, também podería vir um membro do governo, com um discurso reacionário, dizer que Alexandre Soares dos Santos é um anti-patriotico...

Buuuuuuu, abaixo os empresários que vão para fora fazer negócios. Bandidos da PT que andaram lá para o Brasil a fazer não sei quê com a Vivo. E os tipos da Galp idem. Canalhas anti-patrióticos.

Ah, espera. O Alexandre Santos podia era mudar a sede para a Polónia. Assim já passava a ser uma empresa Polaca e já não era anti-patriótico ter o negócio da Polónia. Ah, mas espera, aí passava a ser uma multinacional exploradora em Portugal a sugar os Portugueses com o Pingo Doce.

Segue a notícia....


Polónia vai ser o centro da actividade da Jerónimo Martins, diz presidente

Ressalvando que a empresa deverá crescer este ano em Portugal, Alexandre Soares dos Santos tornou claro que o mercado nacional não é uma aposta da empresa. "Mudar a sede para Varsóvia, eu não gostava, até porque sou português, mas a Polónia vai ser o centro da actividade da Jerónimo Martins", afirmou Alexandre Soares dos Santos.



Recusando a possibilidade de dispersar o capital social do grupo, tornando independente o negócio Biedronka, o presidente não afastou no entanto a possibilidade de o título deixar de ser cotado na praça lisboeta. "O que pode acontecer é sairmos da Bolsa de Lisboa e irmos para outra praça", disse Alexandre Soares dos Santos, justificando que "a iniciativa privada é bem recebida na Polónia", mostrando assim que o mesmo não se passa em Portugal.

fonte: http://www.oje.pt//noticias/negocios/po ... presidente

[super_fm]

Mas se o Pingo Doce continuasse a ter os preços mais baixos na loja toda o ano inteiro nao havia problema algum! Continuariamos a ter zero de incerteza, zero de preocupaçao!

[jeso]

Mares
Assim não tens lugar a ponta-de-lança, mandas as bolas todas à trave
Votos de mais pontaria nos negócios

[artista_]

Buuuuuuu, abaixo os empresários que vão para fora fazer negócios. Bandidos da PT que andaram lá para o Brasil a fazer não sei quê com a Vivo. E os tipos da Galp idem. Canalhas anti-patrióticos.

Ah, espera. O Alexandre Santos podia era mudar a sede para a Polónia. Assim já passava a ser uma empresa Polaca e já não era anti-patriótico ter o negócio da Polónia. Ah, mas espera, aí passava a ser uma multinacional exploradora em Portugal a sugar os Portugueses com o Pingo Doce.

Realmente, é de tipos como este que Portugal não precisa, só andam cá a ganhar milhões à custa dos portugueses! Bandidos

[Automech]

Achei muito deselegante a atitude deste senhor em imiscuir-se em questões político-partidárias, já que o seu foco está no mundo empresarial.

Bem visto Mares. Os empresários não devem comentar o que seja porque isso, em ultima instância, cai na alçada politica.

Por isso, se um empresário disser que os impostos são altos, está a imiscuir-se na politica.

Se disser que o tribunal não resolve os casos de dívida, está a imiscuir-se na politica.

Se disser que o código do trabalho não sei quê, está a imiscuir-se na politica.

Bico calado, portanto.

Para o presidente de um grupo, em que investe maioritariamente no estrangeiro, também podería vir um membro do governo, com um discurso reacionário, dizer que Alexandre Soares dos Santos é um anti-patriotico...

Buuuuuuu, abaixo os empresários que vão para fora fazer negócios. Bandidos da PT que andaram lá para o Brasil a fazer não sei quê com a Vivo. E os tipos da Galp idem. Canalhas anti-patrióticos.

Ah, espera. O Alexandre Santos podia era mudar a sede para a Polónia. Assim já passava a ser uma empresa Polaca e já não era anti-patriótico ter o negócio da Polónia. Ah, mas espera, aí passava a ser uma multinacional exploradora em Portugal a sugar os Portugueses com o Pingo Doce.

[Mares]

Achei muito deselegante a atitude deste senhor em imiscuir-se em questões político-partidárias, já que o seu foco está no mundo empresarial. Para o presidente de um grupo, em que investe maioritariamente no estrangeiro, também podería vir um membro do governo, com um discurso reacionário, dizer que Alexandre Soares dos Santos é um anti-patriotico...

O que este senhor iria responder?