No futuro todos seremos Agricultores - Revolução alimentar
Um artigo discutindo especificamente a relação de preços de energia e cereais (especificamente milho neste caso):
http://www.agmrc.org/renewable_energy/e ... dustry.cfm
Deixo só este resumo, o artigo é longo, contém gráficos etc, o melhor é lê-lo no site. O artigo advoga que a relação era ténue até ao início de 2007 mas acentuada desde então (razão principal: o facto de o milho ser actualmente uma importante fonte de produção de energia).
http://www.agmrc.org/renewable_energy/e ... dustry.cfm
This article is a companion piece to a recent article that appeared in the AgMRC Renewable Fuels Newsletter by Dr. Dan O’Brien and Dr. Mike Woolverton from Kansas State University.(1) O’Brien and Woolverton quantify the recent relationships between ethanol and motor fuel prices and confirm that the corn market is closely related to the energy sector. In this article, we look at the evolution of these relationships over time and their implications for the future of the ethanol industry.
(...)
Deixo só este resumo, o artigo é longo, contém gráficos etc, o melhor é lê-lo no site. O artigo advoga que a relação era ténue até ao início de 2007 mas acentuada desde então (razão principal: o facto de o milho ser actualmente uma importante fonte de produção de energia).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Os stocks já vêm a baixar e a atingir mínimos há algum tempo. Olha esta notícia de 2006 registando, à data, mínimos dos então últimos 30 anos:
http://ipsnews.net/news.asp?idnews=33268
Marco, não foi um só processo, mas dois. Os stocks dos cereais recuperaram em 2009.
E foi mesmo coincidência com o que aconteceu ao petróleo. Aos preços altos respondeu-se com mais investimentos nas campanhas seguintes.
Esperas 6 meses e, se não houver grandes catástrofes naturais, algures no planeta começa a colher-se uma nova campanha que vem estabilizar os mercados.
Para depois do Verão teríamos algo semelhante, não fora a seca na China, que antecipa um problema sério.
MarcoAntonio Escreveu:Em relação às relações dos preços dos cereais e do petróleo, "peak oil" versus "peak food" etc, não são invenções minhas e se pesquisares encontrarás referências.
Não conhecia o "peak food".
Vou ler e depois comento.
Antecipo contudo que uma coisa são preços, e outra são as produções. No petróleo essa relação é bem mais óbvia que nos "grains". O "peak Oil" será um momento algures no futuro próximo.
Um eventual "peak grain" parece-me perfeitamente reversível. Com as políticas adequadas.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Os stocks já vêm a baixar e a atingir mínimos há algum tempo. Olha esta notícia de 2006 registando, à data, mínimos dos então últimos 30 anos:
http://ipsnews.net/news.asp?idnews=33268
Em relação às relações dos preços dos cereais e do petróleo, "peak oil" versus "peak food" etc, não são invenções minhas e se pesquisares encontrarás referências. Parece-me natural que em sites temáticos possas encontrar os temas abordados por determinadas vertentes mas que não apresentam (nem representam) o quadro todo.
A título de exemplo e a propósito das relações de preços entre os cereais e o crude, que vem sendo notada há bastante tempo, repara nesta notícia retirada do Bloomberg:
http://www.bloomberg.com/news/2010-07-0 ... ofuel.html
Um outro exemplo, um site debatendo/advogando um cenário de peak food:
http://peakfood.co.uk/what%E2%80%99s-peak-food/
Outro, sobra a relação oil vs grain, discutindo o cenário a que chamam "peak grain" mas que é essencialmente o mesmo que eu dizia atrás:
http://www.oilempire.us/peak-grain.html
http://ipsnews.net/news.asp?idnews=33268
Em relação às relações dos preços dos cereais e do petróleo, "peak oil" versus "peak food" etc, não são invenções minhas e se pesquisares encontrarás referências. Parece-me natural que em sites temáticos possas encontrar os temas abordados por determinadas vertentes mas que não apresentam (nem representam) o quadro todo.
A título de exemplo e a propósito das relações de preços entre os cereais e o crude, que vem sendo notada há bastante tempo, repara nesta notícia retirada do Bloomberg:
http://www.bloomberg.com/news/2010-07-0 ... ofuel.html
Um outro exemplo, um site debatendo/advogando um cenário de peak food:
http://peakfood.co.uk/what%E2%80%99s-peak-food/
Outro, sobra a relação oil vs grain, discutindo o cenário a que chamam "peak grain" mas que é essencialmente o mesmo que eu dizia atrás:
http://www.oilempire.us/peak-grain.html
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Bem, mas teremos um problema, e não faltam é ideias para o atenuar.
Olha já aqui uma bem "barata"
rrrrrr...
Pode parecer nojento, mas é um tema que se está a investigar e vai colocar-se mais cedo ou mais tarde. (mais tarde... ) Na comida processada, a origem das proteínas não se traduz necessariamente em nenhum paladar especial. É uma questão apenas psicológica, que em tempos de crise facilmente se ultrapassa.
Eu já vi (com estes olhinhos míopes que as minhocas comerão) revistas científicas com fotos de pizza com proteína de gafanhoto ma listagem de ingredientes...
Olha já aqui uma bem "barata"

Bugs can solve food crisis
A tropical entomologist argues that edible insects offer a sustainable alternative for conventional meat
(...)An advantage of insects compared to conventional meat is that they are cold-blooded and do not use energy to maintain a constant high body temperature. For that reason, they convert feed more efficiently to body mass. To produce one kilogram of meat, a cricket needs 1.7 kilogram of feed -- significantly less than a chicken (2.2), pig (3.6), sheep (6.3), and cow (7.7). Additionally, the edible proportion after processing is much higher for insects -- it's 80 percent in crickets -- than for pork (70 percent), chicken (65 percent), beef (55 percent), and lamb (35 percent).
(...)
http://www.the-scientist.com/news/display/57729/
rrrrrr...
Pode parecer nojento, mas é um tema que se está a investigar e vai colocar-se mais cedo ou mais tarde. (mais tarde... ) Na comida processada, a origem das proteínas não se traduz necessariamente em nenhum paladar especial. É uma questão apenas psicológica, que em tempos de crise facilmente se ultrapassa.
Eu já vi (com estes olhinhos míopes que as minhocas comerão) revistas científicas com fotos de pizza com proteína de gafanhoto ma listagem de ingredientes...
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"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Não contesto nada disso. Continuará a haver alguma relação entre os preços dos cereais (e de quase tudo o resto) e da energia, embora a energia para a agricultura será mais fácil de substituir que para a indústria ou transportes ( digo eu... ).
Também não sei quantificar qual é o peso dessa componente mas vou tentar investigar.
Mas se reparares nas análises que se fazem para explicar as subidas actuais dos preços, não se fala da energia. Fala-se dos stocks, como já referi em posts anteriores. E poderia acrescentar muitos mais. (ex: http://www.agrimoney.com/news/world-gra ... -2824.html)
É a realidade das análises, mas francamente parece-me uma linha de raciocínio insuficiente. Porque diabo haveriam os cereais todos de baixar em 2008 e subir agora?
Também não sei quantificar qual é o peso dessa componente mas vou tentar investigar.
Mas se reparares nas análises que se fazem para explicar as subidas actuais dos preços, não se fala da energia. Fala-se dos stocks, como já referi em posts anteriores. E poderia acrescentar muitos mais. (ex: http://www.agrimoney.com/news/world-gra ... -2824.html)
É a realidade das análises, mas francamente parece-me uma linha de raciocínio insuficiente. Porque diabo haveriam os cereais todos de baixar em 2008 e subir agora?
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
QuimPorta Escreveu:MarcoAntonio Escreveu: "peak oil" poderá/deverá implicar igualmente um "peak food".
... se andarmos todos a dormir
O petróleo é um recurso não renovável, coisa que não acontece com os cereais. Se os pedirmos à natureza (com tempo) ela dá...
Há contudo dois problemas:
- Faltando energia, faltam-te os meios para produzir massivamente e distribuir rapida e eficientemente a produção.
- Actualmente, uma parte significativa da produção de cereais já se destina à produção de energia. A retracção da extracção/produção de petróleo tenderá a agravar a tendência.
Portanto, o "peak oil" tenderá a implicar um "peak food" também, que só será evitado se tivermos energia alternativa para colmatar o petróleo (e a produção de energia a partir de cereais) que sirva quer a produção quer o transporte.
O problema é mais complexo do que termos meramente terra para semear... não chega se a terra para semear não estiver à mão de semear e não tivermos financeira/tecnicamente os recursos energéticos para produzir massivamente tão pouco.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu: "peak oil" poderá/deverá implicar igualmente um "peak food".
... se andarmos todos a dormir

O petróleo é um recurso não renovável, coisa que não acontece com os cereais. Se os pedirmos à natureza (com tempo) ela dá...
O petróleo vai acabar (o barato) sem que haja tempo de ter implementada uma alternativa. Com os recursos alimentares tem havido muito tempo para reagir.
A nível de UE (e Portugal) há uma debilidade no petróleo, que é inultrapassável. Com os cereais não percebo o que se espera para apostar claramente em precaver este problema.
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QuimPorta Escreveu:Marco... é certo, mas eu creio que a origem de ambos os processos (cereais, petróleo) é que é comum...
Claro que sim, numa óptica de longo-prazo.
Mas não era o que estava em causa ali: as flutuações com recuos e avanços de curto-prazo como as ocorridas de 2008 para agora nada têm que ver com o crescimento populacional (ao contrário da tendência de longo-prazo) e nessas flutuações os cereais tendem igualmente a seguir o petróleo pelas razões que apontei...
Já agora, mesmo numa óptica de longo-prazo também convém assinalar que o preço dos alimentos poderá estar ainda igualmente intimamente ligado ao preço do petróleo e a relação ir para lá do mero aumento populacional uma vez que um possível "peak oil" poderá/deverá implicar igualmente um "peak food".
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:QuimPorta Escreveu:Resulta claramente que há um processo de subida que se retoma, após a interrupção de meados de 2008, seguramente não-alheia à crise financeira. Com o petróleo passa-se algo muito semelhante.
Convém assinalar que os preços do petróleo e dos cereais estão interrelacionados, não só porque parte da produção dos cereais destina-se à produção de energia como também pelo facto do custo da energia interferir nos custos de produção e transporte dos cereais.
Marco... é certo, mas eu creio que a origem de ambos os processos (cereais, petróleo) é que é comum...
É a curva de crescimento exponencial da população + consumo médio que coloca a questão da sustentabilidade dos recursos do planeta.
http://www.worldbank.org/depweb/english ... beg_03.pdf
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QuimPorta Escreveu:Resulta claramente que há um processo de subida que se retoma, após a interrupção de meados de 2008, seguramente não-alheia à crise financeira. Com o petróleo passa-se algo muito semelhante.
Convém assinalar que os preços do petróleo e dos cereais estão interrelacionados, não só porque parte da produção dos cereais destina-se à produção de energia como também pelo facto do custo da energia interferir nos custos de produção e transporte dos cereais.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 16/2/2011 0:26, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
mais_um Escreveu:A mão de obra palestiniana é mais barata que a israelita, não há volta a dar.
Continuo sem perceber onde é que os paletinianos aparecem neste filme, mas adiante...
Marco António Escreveu:"A subida dos preços dos alimentos está a deixar milhões de pessoas na pobreza e a colocar sob pressão os mais vulneráveis, ou seja, os que gastam mais de metade do seu rendimento em alimentação", acrescentou o responsável do Banco Mundial em comunicado.
Ficam os gráficos do trigo, milho e soja.
Resulta claramente que há um processo de subida que se retoma, após a interrupção de meados de 2008, seguramente não-alheia à crise financeira. Com o petróleo passa-se algo muito semelhante.
Como não há nenhuma bolha aí para rebentar (espera-se...) não estou a ver o que poderá interromper agora esta cavalgada, potencialmente catastrófica. Volta a falá-se de milhões de pessoas atiradas para a fome, como se de uma estatística se tratasse...
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"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
QuimPorta Escreveu:mais_um Escreveu:Um dos segredos para o sucesso é a mão de obra barata, palestinianos.
ooohhh mais_um, não venhas transformar isto noutro conflito Israelo-Palestiniano
Claro que não quero!

Sei perfeitamente como funciona, em tempos estive 2 meses a trabalhar numa quinta em Inglaterra e ganhava metade do que ganhava um trabalhador inglês.
Assim como os estrangeiros que vêm para apanha da pera no Bombarral ganham menos que os portugueses.
A mão de obra palestiniana é mais barata que a israelita, não há volta a dar.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Weed...
LTCM Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Eu gostaria muito de saber mais sobre a agricultura em Israel. O pouco que sei é que de um terreno desértico, conseguem cultivar tudo e mais alguma coisa, com custo suficientemente baixo para nós, por exemplo, importarmos de lá. O pouco que sei faz-me achar que esse caminho é o futuro.hidroponia é a ciência de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta.
Na hidroponia as raízes podem estar suspensas em meio liquido (NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada por exemplo).
Os sistemas hidropônicos podem ser classificados quanto a movimentação da solução nutritiva em estáticos ou dinâmicos. Outra classificação, se o sistema é aberto ou fechado.
No SISTEMA DE GOTEJAMENTO, as plantas são irrigadas gota a gota. Os dispositivos chamados gotejadores ficam na superfície do substrato, junto ao pé da planta. Um temporizador aciona o sistema de irrigação de forma intermitente, podendo ser 2 a 3 vezes ao dia. Em Israel , é o sistema mais utilizado, onde o próprio deserto é o substrato de cultivo (há casos em que o substrato é um solo fraco, daí não é um cultivo sem solo ou hidroponia, trata-se de uma ferti-irrigação).
Ouve lá: já alguma vez viste uma série chamada "Weed" ou "Erva" em português....?
Experimenta, vai abrir-te os horizontes duma maneira bestial....

Uma alternativa um pouco mais cara é ires à Holanda e arranjares uns amigos "certos"...será uma verdadeira missão cientifica, acredita...
“Buy high, sell higher...”.
Subida dos preços dos alimentos deixa mais 44 milhões de pessoas na pobreza
15 Fevereiro 2011 | 18:18
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
Desde o passado mês de Junho, a subida dos preços dos alimentos, em especial do trigo e do milho, deixou mais 44 milhões de pessoas na pobreza.
"Os preços dos alimentos estão a atingir níveis perigosos e a ameaçar dezenas de milhões de pessoas pobres em todo o mundo", afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick.
"A subida dos preços dos alimentos está a deixar milhões de pessoas na pobreza e a colocar sob pressão os mais vulneráveis, ou seja, os que gastam mais de metade do seu rendimento em alimentação", acrescentou o responsável do Banco Mundial em comunicado.
De acordo com a última edição do Food Price Watch, o índice de preços dos alimentos, elaborado pelo Banco Mundial, subiu 15% entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2011. O índice está assim 29% acima do nível registado um ano antes e apenas 3% abaixo dos máximos registado em 2008.
A maior subida foi registada nos preço do trigo, que mais do que duplicaram entre Junho de 2010 e Janeiro de 2011. Já os preços do milho estão 73% mais elevados.
O Banco Mundial destaca, ainda assim, que o preço do arroz – essencialmente na alimentação de muitas populações – subiu a uma taxa mais lenta do que o preço de outros alimentos.
Este factor evitou, de acordo com o Banco Mundial, que mais pessoas fossem atiradas para a pobreza. Outro dos factores foi as boas colheitas em vários países africanos.
O Banco Mundial propõe várias medidas para lidar com a subida dos preços dos alimentos. Entre elas, a criação de programas de segurança e nutrição em países onde os preços estão a subir rapidamente; evitar restrições às exportações de alimentos e melhorar a informação sobre os "stocks" alimentares.
São ainda necessários mais investimentos na agricultura e na adaptação às alterações climáticas, defende o Banco Mundial.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pata-Hari Escreveu:Eu gostaria muito de saber mais sobre a agricultura em Israel. O pouco que sei é que de um terreno desértico, conseguem cultivar tudo e mais alguma coisa, com custo suficientemente baixo para nós, por exemplo, importarmos de lá. O pouco que sei faz-me achar que esse caminho é o futuro.
Olá Pata.
Há uns meses tive acesso às conclusões de uma "missão" de produtores a Israel, e em resumo o que se dizia é que hoje em dia o que se faz lá faz-se por todo o lado. A cultura hidropónica que fala o LTCM também já se pratica cá. A diferença é a escala. E as boas práticas de gestão. Lá voltamos ao mesmo do costume. A fantástica capacidade de inovação é uma característica que resulta da ligação com a investigação científica, onde os Israelitas são os que mais investem no mundo.
E é verdade que nem todo o território é desértico, e é certamente daí que resultam as maiores produtividades. O famoso sistema de irrigação iniciado nos anos 50 teve o mérito de garantir a agricultura de sobrevivência, mas acredito que "milagres" sirvam para desenrascar quando tens um faraó egípcio a perseguir-te, mas para sustentar um negócio a longo prazo é preciso mais do que isso.

Transportar água paga-se.
Também problemas não faltam. O transvase de águas do Rio Jordão pode simplesmente fazê-lo secar em breve.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/4337341.stm
mais_um Escreveu:Um dos segredos para o sucesso é a mão de obra barata, palestinianos.
ooohhh mais_um, não venhas transformar isto noutro conflito Israelo-Palestiniano

Tenho a certeza que sabes o que são os kibutz, e ainda que já não funcionem como na origem (os jovens que só pensam em curtir e não querem trabalhar..., cenas dessas), não cresceram à custa de palestinianos.
As principais culturas de Israel nem são de mão-de-obra intensiva.
Que achas que os torna dos maiores na produção de flores, em concorrência com os Holandeses, esses sub-sub-nutridos?!
O espírito do regresso da Diáspora (goste-se ou não) ajudou a vencer imensas dificuldades na afirmação do País com a força que tem. Mas não espero grandes segredos. A receita deve ser mesmo ter boas políticas, à escala das empresas e do Estado.
___
O aumento da população e a escassez de alimentos vai requerer imaginação.
A agricultura terá o seu papel, e muito em breve vão acabar as resistências aos trangénicos, não tenho dúvidas.
Mas uma das questões é o balanço energético da produção de alimentos. Basicamente com energia suficiente e barata tudo se faz. E onde é que haverá disso? por uns tempos, provavelmente, deixará de haver pelo que exigem-se novas ideias. Uma delas é a Entomofagia.
Conto voltar ao tema depois de jantar... é melhor...
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Em Israel , é o sistema mais utilizado, onde o próprio deserto é o substrato de cultivo (há casos em que o substrato é um solo fraco, daí não é um cultivo sem solo ou hidroponia, trata-se de uma ferti-irrigação).
Tenho duvidas quanto as consequências a longo prazo em termos de poluição dos solos e das aguas.

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Pata-Hari Escreveu:Eu gostaria muito de saber mais sobre a agricultura em Israel. O pouco que sei é que de um terreno desértico, conseguem cultivar tudo e mais alguma coisa, com custo suficientemente baixo para nós, por exemplo, importarmos de lá. O pouco que sei faz-me achar que esse caminho é o futuro.
hidroponia é a ciência de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta.
Na hidroponia as raízes podem estar suspensas em meio liquido (NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada por exemplo).
Os sistemas hidropônicos podem ser classificados quanto a movimentação da solução nutritiva em estáticos ou dinâmicos. Outra classificação, se o sistema é aberto ou fechado.
No SISTEMA DE GOTEJAMENTO, as plantas são irrigadas gota a gota. Os dispositivos chamados gotejadores ficam na superfície do substrato, junto ao pé da planta. Um temporizador aciona o sistema de irrigação de forma intermitente, podendo ser 2 a 3 vezes ao dia. Em Israel , é o sistema mais utilizado, onde o próprio deserto é o substrato de cultivo (há casos em que o substrato é um solo fraco, daí não é um cultivo sem solo ou hidroponia, trata-se de uma ferti-irrigação).
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Pata-Hari Escreveu:Eu gostaria muito de saber mais sobre a agricultura em Israel. O pouco que sei é que de um terreno desértico, conseguem cultivar tudo e mais alguma coisa, com custo suficientemente baixo para nós, por exemplo, importarmos de lá. O pouco que sei faz-me achar que esse caminho é o futuro.
e o outro é a velha história de que "uma mentira contada muitas vezes acaba tornando-se verdade"...
já pensaste que os ditos terrenos deserticos se calhar não eram tão deserticos assim?
já pensaste que os israelitas sumos senhores de muitos meios de comunicação tiveram uma facilidade diabólica em passar essas histórias e em omitir outras tantas?
“Buy high, sell higher...”.
Pata-Hari Escreveu:Eu gostaria muito de saber mais sobre a agricultura em Israel. O pouco que sei é que de um terreno desértico, conseguem cultivar tudo e mais alguma coisa, com custo suficientemente baixo para nós, por exemplo, importarmos de lá. O pouco que sei faz-me achar que esse caminho é o futuro.
Um dos segredos para o sucesso é a mão de obra barata, palestinianos.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
oh quim eu tenho uma pequena quinta que e o meu hobby tudo o que sai de la custa uma fortuna desde tractor a fertilizantes ,estrumes,etc. nem imaginas. Digo tudo o que tiro da terra daquela terra sabe muito melhor que qualquer outra
Mas experimenta cultivar algo ou criar um porco ou ovelha e depois diz-me algo

Mas experimenta cultivar algo ou criar um porco ou ovelha e depois diz-me algo
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A propósito dos ditos malvados especuladores...
Ainda que a especulação possa ter um papel pontual em alguns mercados, no caso das matérias-primas alimentares há de facto uma prolongada situação de stocks baixos.
Veja-se:
* Em 2007–08, secas na Austrália afectaram o trigo
* Em 2009, secas na Argentina afectaram a soja
* Em 2010, secas na Rússia e inundações na Austrália afectam o trigo.
( http://blogs.forbes.com/greatspeculatio ... s-of-2011/ )
Para 2011 estão de novo previstas secas, desta vez na China, com consequências agora realmente mesmo muito preocupantes.
( http://www.ft.com/cms/s/0/9f1ee7fc-381b ... z1Dwb6wQYK )
Veremos...
Ainda assim muita gente se vira para os abutres dos especuladores, esses necrófilos que se atiram a tudo que é podre.
Sobre isso há um post no blog do Nobel Krugman, que chama a atenção para um aspecto simples desta coisa de especular através dos futuros: é que a cada compra (que pressiona a "procura") se sucederá uma correspondente venda (que pressionará a "oferta").
Parece de facto simples de explicar...
Ainda que a especulação possa ter um papel pontual em alguns mercados, no caso das matérias-primas alimentares há de facto uma prolongada situação de stocks baixos.
Veja-se:
* Em 2007–08, secas na Austrália afectaram o trigo
* Em 2009, secas na Argentina afectaram a soja
* Em 2010, secas na Rússia e inundações na Austrália afectam o trigo.
( http://blogs.forbes.com/greatspeculatio ... s-of-2011/ )
Para 2011 estão de novo previstas secas, desta vez na China, com consequências agora realmente mesmo muito preocupantes.
( http://www.ft.com/cms/s/0/9f1ee7fc-381b ... z1Dwb6wQYK )
Veremos...
Ainda assim muita gente se vira para os abutres dos especuladores, esses necrófilos que se atiram a tudo que é podre.
Sobre isso há um post no blog do Nobel Krugman, que chama a atenção para um aspecto simples desta coisa de especular através dos futuros: é que a cada compra (que pressiona a "procura") se sucederá uma correspondente venda (que pressionará a "oferta").
Parece de facto simples de explicar...
Signatures of Speculation
February 7, 2011, 8:48 AM
With food prices on the table again, we’re going to have another debate about the role of speculators. Yves Smith will no doubt be on the attack again, which is fine. But let me restate my basic position on all this.
First of all, I don’t have any particular faith that markets necessarily get things right. (...).
So this isn’t about a priori belief in markets; it’s about whether we see the “signature” of a speculation-driven price surge. (...)
OK, how can speculation affect this picture? The answer is, it has to work through accumulation of inventories — physical inventories. If high futures prices induce increased storage, this reduces the quantity available to consumers, and it can raise the price. And you can, in fact, argue that something like this has been happening for cotton and copper, where there are apparently large and growing inventories.
But for food, it’s just not happening: stocks are low and falling.
My experience in these debates is that the response consists of a blizzard of statistics about the size of forward positions, etc.. But remember, every purchase of a futures contract is also a sale — there’s someone on the other side. And neither the purchase nor the sale changes the physical quantity of the commodity available to the market.
So if and when I see signs that speculation is really driving up prices, I’ll say so. But the signature just isn’t there right now.
http://krugman.blogs.nytimes.com/2011/0 ... eculation/
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Recolho outros tópicos (ex. os mais “regulares”) que encontrei sobre energia e commodities alimentares, e actualizarei com outros links que forem sendo identificados.
Açúcar: Açúcar
Arroz: Arroz perto de registar a maior queda semanal desde 2004
Clima: Off-topic - An Inconvinient Lie
Energia: Energia Nuclear
Especulação: Preços dos alimentos / Ética dos especuladores em bolsa
Milho:Milho - Bate records
Petróleo:
GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)
Petróleo...
The Mecanic : (uma "sub-espécie" em si próprio ...) Era uma vez…
Trigo: Trigo - o novo alimento dos touros







GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)
Petróleo...


Editado pela última vez por Quimporta em 28/2/2011 1:09, num total de 1 vez.
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