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Caldeirão da Bolsa

Crise: Portugueses andam mais de transportes

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 3/2/2011 20:14

artista Escreveu:No seguimento dos meus comentários, talvez assim se perceba melhor... culpar os funcinários públicos pela má gestão do país é o mesmo que culpar os funcinários do BPN pela gestão criminosa do banco. E, já agora, atribuir-lhes também a culpa da ruinosa intervenção que o governo fez no banco, ruinosa para os cofres do estado, ou seja, com o dinheiro de nós todos...

E o problema está sobretudo aqui, gestão ruinosa das finanças públicas... agora quem paga somos todos nós, trabalhem no público ou no privado!

Estive aqui a fazer umas contas de algibeira... os 5 mil milhões de euros que este governo já teve de aplicar no BPN davam para pagar 10 anos de vencimentos aos 30 mil professores que vão ser dispensados!!! Não é minha intenção sustentar que se devia trocar uma coisa pela outra, já defendi aqui que em todos os sectores, a educação não é exceção, se devem fazer alguns cortes. Com este exercício quero apenas chamar a atenção para a dimensão destas coisas, sustentando o que já defendi anteriormente, que se está a cortar mais do que aquilo que se devia e se vai cortar de forma abrupta quando o poderíamos ter feito de forma bem mais gradual

Agora cada um que some todos os outros excessos (submarinos, Scut's, RSI, TGV, etc) e ficamos a perceber porque é que temos de apertar o cinto... e a questão mais dramática será a de estarmos a comprometer irremediavelmente as gerações futuras!


O caro colega tem rzão em algumas coisas mas mistura tudo de novo.

Eu estou a vontade porque desde o dia 1 disse que o bpn não devia ter sido resgatado. Falia e os depositantes receberiam os 100.000 eur por pessoa. O resto ardia.

Os f. publicos são mais que as maes , eles não são os culpados mas vão ter que pagar por serem demasiados. E quando falo em f. publicos incluo todos , admnistraçao local, central , regional, ppp , empresas municipais e por ai fora.

Sobre regalias nem vale a pena falar, assuntos ja por demais discutidos.

Ja aqui disse que sou aepto do Minarquismo, Estado gordo e grande so favorece a malandragem.

Eu nao comparo investimentos ruinosos com gordura a mais, mas por mim nao existiam uns nem outros.

E muitos ainda querem a regionalizaçao , porque sera?
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por Xitonhane » 3/2/2011 19:28

Voltando ao tópico, existe sempre um lado positivo nas coisas, neste caso, é a diminuição da poluição e quem sabe cria-se um hábito de utilizar os transportes públicos, coisa que a maioria da população não tem...
 
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por artista_ » 3/2/2011 12:37

No seguimento dos meus comentários, talvez assim se perceba melhor... culpar os funcinários públicos pela má gestão do país é o mesmo que culpar os funcinários do BPN pela gestão criminosa do banco. E, já agora, atribuir-lhes também a culpa da ruinosa intervenção que o governo fez no banco, ruinosa para os cofres do estado, ou seja, com o dinheiro de nós todos...

E o problema está sobretudo aqui, gestão ruinosa das finanças públicas... agora quem paga somos todos nós, trabalhem no público ou no privado!

Estive aqui a fazer umas contas de algibeira... os 5 mil milhões de euros que este governo já teve de aplicar no BPN davam para pagar 10 anos de vencimentos aos 30 mil professores que vão ser dispensados!!! Não é minha intenção sustentar que se devia trocar uma coisa pela outra, já defendi aqui que em todos os sectores, a educação não é exceção, se devem fazer alguns cortes. Com este exercício quero apenas chamar a atenção para a dimensão destas coisas, sustentando o que já defendi anteriormente, que se está a cortar mais do que aquilo que se devia e se vai cortar de forma abrupta quando o poderíamos ter feito de forma bem mais gradual

Agora cada um que some todos os outros excessos (submarinos, Scut's, RSI, TGV, etc) e ficamos a perceber porque é que temos de apertar o cinto... e a questão mais dramática será a de estarmos a comprometer irremediavelmente as gerações futuras!
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por artista_ » 2/2/2011 15:52

JMHP Escreveu:Regalias e progressões nas carreiras são mordomias que o sector privado não tem e jamais poderá ambicionar porque são insustentáveis a nível financeiro e da produtividade do trabalho!


Bom, não sei do que estás a falar, eu conheço muita gente que está no privado que tem subido (muito mais que eu) na carreira, tem ganho muitas regalias (algumas delas são aumentos de ordenado disfarçados), por exemplo um plafond mensal para gastos de combustível... queres que te diga o nome das empresas?

JMHP Escreveu:Talvez não?!... É evidente que essa é a maior regalia e mais valia que alguém pode ambicionar hoje no mercado de trabalho nas condições extremas actuais. Esta é uma das evidências que a crise veio colocar a descoberto e à vista de todos, que na nossa sociedade existem duas classes e que ao longo dos anos se tornaram distintas uma da outra.
Relativamente à situação dos professores, dado que é uma classe fortemente sindicalizada é evidente que os professores fazem parte do problema e são também responsáveis pela sua condição actual e das dificuldades que atravessam, que na minha opinião não são nada de extraordinário em comparação com os restantes trabalhadores portugueses.


Não é só nos professores, eu falei dessa classe porque a conheço bem... e comprendo o teu comentário final, com o mal dos outros podemos nós bem! :)

JMHP Escreveu:De maneira nenhuma pretendi atacar-te ou ofender, nem mesmo os FP..


Olha que não pareceu...

JMHP Escreveu: Isto não é assunto pessoal, particularmente exclusivo de apenas de uma classe, mas algo que diz respeito a todos nós, agora muito mais do que anteriormente.
No entanto para mim é claro que as dificuldades de hoje e os desafios ainda maiores que nos reserva o futuro a médio/longo-prazo vai provocar forçosamente uma mudança de mentalidades nos portugueses. A mudança e as reformas que hoje ainda uma maioria recusa aceitar será concerteza uma garantia no nosso futuro.


Essa mudança de mentalidades está muito longe de se restringir ás reformas que terão de ser operadas no estado...


JMHP Escreveu:Contratos a prazo são uma realidade há muitos anos no sector privado, algo que um profissional vive habituado e sem medo, porque acreditando em si próprio e lutando por mais, sabe que a única coisa que pode temer é a deterioração do mercado a quem ninguém (excepção dos FP por enquanto..) está imune.


Estás-me a dizer que é normal e legal uma empresa prvada fazer contratos anuais com um trabalhador desde 1995/2000?! Conheces algum caso? Eu não conheço e tenho a certeza que isso até há poucos anos atrás não era sequer legal... agora mudou tanta coisa que já não tenho a certeza, mas também ainda ninguém aqui me disse que era legal!

JMHP Escreveu:Quadro ou contratados não tem em comum o mesmo financiador... O Estado?!
Empresas publicas, publica/privada ou empresas privadas subcontratadas e dependentes, não tem em comum o mesmo financiador... O Estado?!
Independentemente do ponto de vista e do interesse, todos tem em comum o mesmo interesse... O Estado, que tem de financiar, proteger e assumir os custos. Não admira pois, a situação a que o país chegou. Admiro-me ou talvez não, de ver os mesmos de sempre a exigir as mesmas soluções sempre para os mesmos problemas cada vez de maior dimensão, quando é tão evidente hoje que isso já não é mais sustentável e é obviamente irracional..


Realmente é tudo financiado pelo estado, mas as regalias são completamente diferentes, como te demonstrei, em muitos casos as regalias são piores do que as oferecidas no privado... afinal estás tão preocupado com as diferenças entre os que trabalham para o estado e os do privado mas nem tu te importa em fazer qualquer destinção, mestes tudo no mesmo "saco"...

Eu gostava era de vos ver a defender que o estado oferece mais serviços do que aqueles que devia. Pelo menos assim teriam um raciocínio coerente... agora defender que o estado gasta muito e que a situaão é insustentável, mas querer continuar a usufruir dos mesmos serviços de saúde, educação, segurança, etc, é que não me parece lógico!


JMHP Escreveu:De facto o Estado chegou hoje a uma dimensão e influencia tão grande e forte na nossa sociedade que na minha opinião já ameaça a democracia e a própria liberdade de acção e expressão. O pensamento único quando ganha ou aproxima-se à dimensão de uma maioria torna-se numa ameaça à liberdade dentro de uma democracia.


Enfim, concordo com a generalidade embora acho que estejas a exagerar no que se refere a estar em causa a própria Democracia...

JMHP Escreveu:Da minha vida percebo eu, felizmente que dependo de mim próprio, pago os meus impostos e pouco ou nada usufruo dos serviços básicos do Estado.
A educação e formação que recebi foi no sentido de lutar e viver independente o mais possível, não pedir mais do que aquilo que recebo, agir antes de lamentar, procurar antes de sentir perdido, ajudar sempre que considerar justo... E será essa a base da educação que transmitirei aos meus.


Eu diria que não será muito diferente de muitos portugueses...
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Os transportes puublicos cheiram mal !

por bboniek33 » 2/2/2011 13:29

O pagode nao se lava e aquilo ee um cheirete dum catano.

Eu ando de transporte particular ! Aquilo ee uma cartenancia: musica esteereo, GPS, apito, bancos aquecidos, AC, etc, etc.

Nos transportes puublicos o pessoal vai pendurado que atee me fazem lembrar os macacos (com o devido respeito !), e depois ha aqueles que se "descuidam" e emtao torna-se um tormento estar 15 ou 20 segundos sem respirar... ele ha quem nao tenha pulmao para tanto e acaba por aspirar aqueles hidrocarbonetos !

Mas acho bem ! Se andassem todos de automovel privado o transito seria caootico. Ee urgente re-educar as massas para partilhar os transportes puublicos.

Atee porque existe uma forte contracc,ao econoomica e nao pdemos andar todos a gastar os tao caros e escassos combustiiveis.

Em conclusao: acho bem !

Assim ee que deve ser, como os escandinavos que vao para o trabalho de fat-e-gravata momtados em bicicletas. Aquilo ee que ee Qualidade de Vida.

Disse.
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por JMHP » 2/2/2011 13:17

artista Escreveu:Eu não serei a pessoa mais indicada para os enunciar todos, conheço relativamente bem os dos professores. No caso destes houve muitas alterações que exigiram mais deles (mais horas de trabalho nas escolas, mais exigência em relação ao cumprimento do serviço, etc) e lhes deram menos regalias. Para além disto as progressões nas carreiras estiveram muitos anos congeladas, assim como os aumentos salariais... mas a grande diferença esteve no congelamento de acesso à carreira que faz com que, neste momento, 1/4 dos docentes do ensino público sejam contratados, com condições muito mais desvantajosas, tanto que teria de passar aqui umas horas só para poder descrever aquelas que conheço!


Regalias e progressões nas carreiras são mordomias que o sector privado não tem e jamais poderá ambicionar porque são insustentáveis a nível financeiro e da produtividade do trabalho.


artista Escreveu:Talvez não, isso terá de mudar mas na última década já mudou bastante... de qualquer forma eu tenho insistido sobretudo no facto de a culpa não ser dos FP, a culpa é de quem gere que lhes oferece esse tipo de contratos, para o bem e para o mal, as coisas funcionaram assim, que culpa têm eles, sobretudo que culpa têm aqueles que são cumpridores?!


Talvez não?!... É evidente que essa é a maior regalia e mais valia que alguém pode ambicionar hoje no mercado de trabalho nas condições extremas actuais. Esta é uma das evidências que a crise veio colocar a descoberto e à vista de todos, que na nossa sociedade existem duas classes e que ao longo dos anos se tornaram distintas uma da outra.
Relativamente à situação dos professores, dado que é uma classe fortemente sindicalizada é evidente que os professores fazem parte do problema e são também responsáveis pela sua condição actual e das dificuldades que atravessam, que na minha opinião não são nada de extraordinário em comparação com os restantes trabalhadores portugueses.

artista Escreveu:O comentário sobre a ignorância penso que só te fica mal, nem percebi se me estás directa ou indirectamente a chamar ignorante?! Como, neste mesmo tópico, já fiz a distinção entre um FP e um trabalhador do estado não percebo porque escreveste isso?!... se o objectivo era atacar-me desculpa mas não me sinto minimamente atacado!


De maneira nenhuma pretendi atacar-te ou ofender, nem mesmo os FP. Isto não é assunto pessoal, particularmente exclusivo de apenas de uma classe, mas algo que diz respeito a todos nós, agora muito mais do que anteriormente.
No entanto para mim é claro que as dificuldades de hoje e os desafios ainda maiores que nos reserva o futuro a médio/longo-prazo vai provocar forçosamente uma mudança de mentalidades nos portugueses. A mudança e as reformas que hoje ainda uma maioria recusa aceitar será concerteza uma garantia no nosso futuro.


artista Escreveu:Eu tenho falado destes contratados sobretudo porque penso que uma empresa não poderia manter funcionários 5 ou 10 anos a fazer-lhe contratos anuais, acho que isso não seria legal (se for alguém que me diga porque já abordei isso em alguns tópicos e nunca ninguém me disse o contrário). Se eu estiver correcto, o que pretendo demonstrar com isto é que o estado até tem muitos funcionários a quem dá piores condições do que estes teriam no privado...


Contratos a prazo são uma realidade há muitos anos no sector privado, algo que um profissional vive habituado e sem medo, porque acreditando em si próprio e lutando por mais, sabe que a única coisa que pode temer é a deterioração do mercado a quem ninguém (excepção dos FP por enquanto..) está imune.
A tendência ascendente dos contratos a prazo e dos recibos verde já é de longo-prazo e esse desenvolvimento tem sido suportado pela lei do código laboral que hoje não corresponde ás necessidades do mercado, das empresas e até mesmo dos trabalhadores.
Sem reformas e com leis rígidas (despedimento individual e indemnizações elevadas) essa tendência ascendente não terá fim, a que nem o próprio Estado escapa.

artista Escreveu:Por outro lado, muitas das pessoas, inclusivé muitas que aqui escrevem, falam dos FP como um todo, por exemplo, os professores das escolas públicas são todos FP, não fazem qualquer distinção (nem sabem que elas existem) entre os que são do quadro e os contratados... para muitos, são todos professores, há quem diga até que "ganham balúrdios", e eu fico sem saber do quê e de quem é que estão a falar!?


Quadro ou contratados não tem em comum o mesmo financiador... O Estado?!
Empresas publicas, publica/privada ou empresas privadas subcontratadas e dependentes, não tem em comum o mesmo financiador... O Estado?!
Independentemente do ponto de vista e do interesse, todos tem em comum o mesmo interesse... O Estado, que tem de financiar, proteger e assumir os custos. Não admira pois, a situação a que o país chegou. Admiro-me ou talvez não, de ver os mesmos de sempre a exigir as mesmas soluções sempre para os mesmos problemas cada vez de maior dimensão, quando é tão evidente hoje que isso já não é mais sustentável e é obviamente irracional.


artista Escreveu:Pois... não estarás tu também confundido? Eu sinceramente não tenho certezas sobre onde ele começa e onde acaba! Feliz ou infelizmente tu parece que sabes isso tudo muito bem!


De facto o Estado chegou hoje a uma dimensão e influencia tão grande e forte na nossa sociedade que na minha opinião já ameaça a democracia e a própria liberdade de acção e expressão. O pensamento único quando ganha ou aproxima-se à dimensão de uma maioria torna-se numa ameaça à liberdade dentro de uma democracia.

Da minha vida percebo eu, felizmente que dependo de mim próprio, pago os meus impostos e pouco ou nada usufruo dos serviços básicos do Estado.
A educação e formação que recebi foi no sentido de lutar e viver independente o mais possível, não pedir mais do que aquilo que recebo, agir antes de lamentar, procurar antes de sentir perdido, ajudar sempre que considerar justo... E será essa a base da educação que transmitirei aos meus.
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por artista_ » 2/2/2011 0:40

JMHP Escreveu:
Artista, duas questões e uma observação:

- Quais são as perdas de regalias que os FP perderam na ultima década?!


Eu não serei a pessoa mais indicada para os enunciar todos, conheço relativamente bem os dos professores. No caso destes houve muitas alterações que exigiram mais deles (mais horas de trabalho nas escolas, mais exigência em relação ao cumprimento do serviço, etc) e lhes deram menos regalias. Para além disto as progressões nas carreiras estiveram muitos anos congeladas, assim como os aumentos salariais... mas a grande diferença esteve no congelamento de acesso à carreira que faz com que, neste momento, 1/4 dos docentes do ensino público sejam contratados, com condições muito mais desvantajosas, tanto que teria de passar aqui umas horas só para poder descrever aquelas que conheço!

JMHP Escreveu:- Existe maior regalia, direito ou protecção social do que a garantia de emprego vitalício suportado por uma lei que impede o despedimento?! .... Será possível calcular o valor dessa garantia?!


Talvez não, isso terá de mudar mas na última década já mudou bastante... de qualquer forma eu tenho insistido sobretudo no facto de a culpa não ser dos FP, a culpa é de quem gere que lhes oferece esse tipo de contratos, para o bem e para o mal, as coisas funcionaram assim, que culpa têm eles, sobretudo que culpa têm aqueles que são cumpridores?!

JMHP Escreveu:- Os professores contratados nos últimos 10~15 anos como tu referes, não são FP, são colaboradores contratados a prazo como acontece no sector privado. Se alguém nessas condições se julga um FP como um funcionário da administração e serviços internos, então nem deveria ser professor dada a ignorância sobre a sua situação contractual.


O comentário sobre a ignorância penso que só te fica mal, nem percebi se me estás directa ou indirectamente a chamar ignorante?! Como, neste mesmo tópico, já fiz a distinção entre um FP e um trabalhador do estado não percebo porque escreveste isso?!... se o objectivo era atacar-me desculpa mas não me sinto minimamente atacado!

Eu tenho falado destes contratados sobretudo porque penso que uma empresa não poderia manter funcionários 5 ou 10 anos a fazer-lhe contratos anuais, acho que isso não seria legal (se for alguém que me diga porque já abordei isso em alguns tópicos e nunca ninguém me disse o contrário). Se eu estiver correcto, o que pretendo demonstrar com isto é que o estado até tem muitos funcionários a quem dá piores condições do que estes teriam no privado...

Por outro lado, muitas das pessoas, inclusivé muitas que aqui escrevem, falam dos FP como um todo, por exemplo, os professores das escolas públicas são todos FP, não fazem qualquer distinção (nem sabem que elas existem) entre os que são do quadro e os contratados... para muitos, são todos professores, há quem diga até que "ganham balúrdios", e eu fico sem saber do quê e de quem é que estão a falar!?

JMHP Escreveu:Todos nós sabemos bem como funciona o país... 36 anos de democracia a viver de ilusões em torno da protecção do Estado leva muitos de nós a confundir aonde começa e termina o "Polvo".


Pois... não estarás tu também confundido? Eu sinceramente não tenho certezas sobre onde ele começa e onde acaba! Feliz ou infelizmente tu parece que sabes isso tudo muito bem!
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por JMHP » 1/2/2011 23:43

MarcoAntonio Escreveu:Já agora:

JMHP Escreveu:A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!


A actual é a terceira república.


Já sabemos:

defst0ned Escreveu:para todos os efeitos, esta é a 3ª republica e não a 2ª..

:)


artista Escreveu:
JMHP Escreveu:Não, não estou a referir-me somente à classe politica, mas sobretudo aos funcionários públicos e dos privados que vivem dependentes e ligados ao Estado.


OK!

JMHP Escreveu:De um modo geral somos todos culpados. Os FP porque ao longo dos anos opuseram-se durante décadas(ainda continuam) ás reformas do Estado e lutam continuamente por novos direitos e mais regalias, independentemente das condições económicas e financeiras do país. Os privados também porque foram coniventes e acumudados com a degradação do Estado e das suas condições como cidadão perante a cada vez maior desigualdade social em comparação com os FP e o seu crescimento desmesurado.


Enfim, aqui concordo parcialmente, a desigualdade social só se setiu em alguns sectores, talvez a maioria, mas que se tem esbatido nos últimos anos (sobretudo na última década)... por outro lado não me parece que se possam culpar os FP por quererem manter regalias (penso que é sobretudo isso que está em causa), alguém fica contente ou sequer aceita facilmente a perda de regalias?! Mas isso não os torna culpados, o facto de não gostarem e protestarem, não inviabiliza que lhes cortem direitos como têm sido cortado na última década...

JMHP Escreveu:E aqui chegamos à nossa loucura e delírio de uma sociedade que durante décadas acreditou ser possível viver acima das possibilidades, recebeu direitos e melhores condições de vida sem verdadeiramente discutir e questionar o preço a pagar no futuro e quais as consequências de delegar o poder e o destino do país a políticos que todos consideramos incompetentes e pouco ou nada credíveis, que no entanto nunca deixaram de nos adoçar o nosso apetite e comudismo...


Inteiramente de acordo, mas não compete ao cidadão comum perceber de assuntos económicos, trabalhe ele para o estado ou para o privado, ou até para os dois... em última análise quem decide são so governos e a eles é que compete definir as políticas do país, neste caso não só cometeram muitos erros na gestão dos dinheiros públicos, como ainda deram sinais errados aos cidadãos, fazendo-os crer, até há bem pouco tempo, que o país estava tão bem que nem era preciso aumentar impostos! :shock:

JMHP Escreveu:É verdade, que hoje os FP tem uma protecção e regalias que os privados não podem de maneira racional ambicionar.


É aqui que discordamos... se te estás a referir estritamente a Funcionários Públicos condordo contigo embora, mesmo estes, tenham perdido bastantes regalias nos últimos anos! Acontece que desde há alguns anos para cá o estado tem acumulado funcionários que trabalham para o estado e que têm tantas ou menos regalias que a generalidade dos funcionários do privado... um exemplo disto são os cerca de 35 mil professores contratados que trabalham para o estado, alguns há mais de 10 anos. Os seus vencimentos são inferiores e as regalias são infinitamente menores! Piores até que a da grande maioria dos trabalhadores do sector privado!

JMHP Escreveu:Hoje em dia no sector privado as vagas de emprego são escassas e muito competitivas obrigando os trabalhadores a organizar a sua vida pessoal em torno da sua profissão. Não existe emprego algum que seja garantido ou assegurado, os contractos a prazo são cada vez mais recorrentes sem garantias de renovação (porque num mercado aberto e competitivo nada é garantido), não se criam empresas ou empregos do nada por decreto...


Pois, e pensas que o estado, na grande maioria dos casos anda a fazer o quê? Basta veres o exemplo que te dei lá atrás, todos os professores que entraram para o ensino há 10/15 anos (dependendo dos grupos de recrutamento) estão a trabalhar com contratos anuais, quando chegar ao final deste ano lectivo os que não tiverem horário simplesmente ficam sem emprego, sem direito sequer a qualquer indemnização! Os grande maioria dos auxiliares de educação e outros profissionais que trabalham nas escolas (por exemplo psicólogos) sei que também são contratados nestas condições... duvido que seja só no sector da educação que isto esteja a acontecer na última década!?

JMHP Escreveu:Com as condições do crédito ás empresas a deteriorar e naturalmente cada vez mais restrito, adivinha-se a breve-prazo nova vaga de empresas (mais frágeis financeiramente) a fechar e aumento de desemprego no sector privado.

Não tenho duvidas que em Portugal existe hoje duas classes na sociedade e com actual politica de reformas também ela nada condizente com a situação real do país, creio que se está a formar outra divisão na sociedade, entre novos e velhos com condições bem distintas.

Em relação à ultima questão das reformas, a questão fundamental na minha opinião é saber se os jovens deste país estão dispostos a pagar as reformas e mordomias das gerações mais velhas que lhes entregam um país quase sem horizonte e futuro..?!


Pois, neste momento já acho extremamente injusto as reformas que quase todos têm que foram atribuídas com regras que pressupunham um cenário manifestamente otimista que não tem correspondência com a realidade actual... acho incrivel que se tenham reduzido os salários dos que actualmente produzem e não os dos pensionistas!

E não vale a pena dizerem-me que eles descontaram e ganharam o direito a essas reformas, os que actualmente estão no activo vão ganhar menos trabalhar mais e nunca terão direito a uma reforma comparável ás que eles têm neste momento!


Artista, duas questões e uma observação:

- Quais são as perdas de regalias que os FP perderam na ultima década?!

- Existe maior regalia, direito ou protecção social do que a garantia de emprego vitalício suportado por uma lei que impede o despedimento?! .... Será possível calcular o valor dessa garantia?!

- Os professores contratados nos últimos 10~15 anos como tu referes, não são FP, são colaboradores contratados a prazo como acontece no sector privado. Se alguém nessas condições se julga um FP como um funcionário da administração e serviços internos, então nem deveria ser professor dada a ignorância sobre a sua situação contractual.

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por MarcoAntonio » 1/2/2011 22:34

Já agora:

JMHP Escreveu:A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!


A actual é a terceira república.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por artista_ » 1/2/2011 22:33

MarcoAntonio Escreveu:Então este tópico era sobre a utilização dos transportes (públicos) e já se transformou noutro tópico sobre funcionários públicos?

:shock:


Há pessoal que lê a palavra "público" e começa a salivar... e ai vai de "malhar" no FP! :lol:
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por MarcoAntonio » 1/2/2011 22:27

Então este tópico era sobre a utilização dos transportes (públicos) e já se transformou noutro tópico sobre funcionários públicos?

:shock:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por artista_ » 1/2/2011 22:19

JMHP Escreveu:Não, não estou a referir-me somente à classe politica, mas sobretudo aos funcionários públicos e dos privados que vivem dependentes e ligados ao Estado.


OK!

JMHP Escreveu:De um modo geral somos todos culpados. Os FP porque ao longo dos anos opuseram-se durante décadas(ainda continuam) ás reformas do Estado e lutam continuamente por novos direitos e mais regalias, independentemente das condições económicas e financeiras do país. Os privados também porque foram coniventes e acumudados com a degradação do Estado e das suas condições como cidadão perante a cada vez maior desigualdade social em comparação com os FP e o seu crescimento desmesurado.


Enfim, aqui concordo parcialmente, a desigualdade social só se setiu em alguns sectores, talvez a maioria, mas que se tem esbatido nos últimos anos (sobretudo na última década)... por outro lado não me parece que se possam culpar os FP por quererem manter regalias (penso que é sobretudo isso que está em causa), alguém fica contente ou sequer aceita facilmente a perda de regalias?! Mas isso não os torna culpados, o facto de não gostarem e protestarem, não inviabiliza que lhes cortem direitos como têm sido cortado na última década...

JMHP Escreveu:E aqui chegamos à nossa loucura e delírio de uma sociedade que durante décadas acreditou ser possível viver acima das possibilidades, recebeu direitos e melhores condições de vida sem verdadeiramente discutir e questionar o preço a pagar no futuro e quais as consequências de delegar o poder e o destino do país a políticos que todos consideramos incompetentes e pouco ou nada credíveis, que no entanto nunca deixaram de nos adoçar o nosso apetite e comudismo...


Inteiramente de acordo, mas não compete ao cidadão comum perceber de assuntos económicos, trabalhe ele para o estado ou para o privado, ou até para os dois... em última análise quem decide são so governos e a eles é que compete definir as políticas do país, neste caso não só cometeram muitos erros na gestão dos dinheiros públicos, como ainda deram sinais errados aos cidadãos, fazendo-os crer, até há bem pouco tempo, que o país estava tão bem que nem era preciso aumentar impostos! :shock:

JMHP Escreveu:É verdade, que hoje os FP tem uma protecção e regalias que os privados não podem de maneira racional ambicionar.


É aqui que discordamos... se te estás a referir estritamente a Funcionários Públicos condordo contigo embora, mesmo estes, tenham perdido bastantes regalias nos últimos anos! Acontece que desde há alguns anos para cá o estado tem acumulado funcionários que trabalham para o estado e que têm tantas ou menos regalias que a generalidade dos funcionários do privado... um exemplo disto são os cerca de 35 mil professores contratados que trabalham para o estado, alguns há mais de 10 anos. Os seus vencimentos são inferiores e as regalias são infinitamente menores! Piores até que a da grande maioria dos trabalhadores do sector privado!

JMHP Escreveu:Hoje em dia no sector privado as vagas de emprego são escassas e muito competitivas obrigando os trabalhadores a organizar a sua vida pessoal em torno da sua profissão. Não existe emprego algum que seja garantido ou assegurado, os contractos a prazo são cada vez mais recorrentes sem garantias de renovação (porque num mercado aberto e competitivo nada é garantido), não se criam empresas ou empregos do nada por decreto...


Pois, e pensas que o estado, na grande maioria dos casos anda a fazer o quê? Basta veres o exemplo que te dei lá atrás, todos os professores que entraram para o ensino há 10/15 anos (dependendo dos grupos de recrutamento) estão a trabalhar com contratos anuais, quando chegar ao final deste ano lectivo os que não tiverem horário simplesmente ficam sem emprego, sem direito sequer a qualquer indemnização! Os grande maioria dos auxiliares de educação e outros profissionais que trabalham nas escolas (por exemplo psicólogos) sei que também são contratados nestas condições... duvido que seja só no sector da educação que isto esteja a acontecer na última década!?

JMHP Escreveu:Com as condições do crédito ás empresas a deteriorar e naturalmente cada vez mais restrito, adivinha-se a breve-prazo nova vaga de empresas (mais frágeis financeiramente) a fechar e aumento de desemprego no sector privado.

Não tenho duvidas que em Portugal existe hoje duas classes na sociedade e com actual politica de reformas também ela nada condizente com a situação real do país, creio que se está a formar outra divisão na sociedade, entre novos e velhos com condições bem distintas.

Em relação à ultima questão das reformas, a questão fundamental na minha opinião é saber se os jovens deste país estão dispostos a pagar as reformas e mordomias das gerações mais velhas que lhes entregam um país quase sem horizonte e futuro..?!


Pois, neste momento já acho extremamente injusto as reformas que quase todos têm que foram atribuídas com regras que pressupunham um cenário manifestamente otimista que não tem correspondência com a realidade actual... acho incrivel que se tenham reduzido os salários dos que actualmente produzem e não os dos pensionistas!

E não vale a pena dizerem-me que eles descontaram e ganharam o direito a essas reformas, os que actualmente estão no activo vão ganhar menos trabalhar mais e nunca terão direito a uma reforma comparável ás que eles têm neste momento!
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por Mares » 1/2/2011 20:20

JMHP Escreveu:
artista Escreveu:
JMHP Escreveu:É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.


Aqui discordamos um bocado, acho que estás sobretudo a referir-te à classe política, essa sim vive debaixo da protecção, não do estado, mas dos governos e dos poderes que comandam o país...


Não, não estou a referir-me somente à classe politica, mas sobretudo aos funcionários públicos e dos privados que vivem dependentes e ligados ao Estado.

De um modo geral somos todos culpados. Os FP porque ao longo dos anos opuseram-se durante décadas(ainda continuam) ás reformas do Estado e lutam continuamente por novos direitos e mais regalias, independentemente das condições económicas e financeiras do país. Os privados também porque foram coniventes e acumudados com a degradação do Estado e das suas condições como cidadão perante a cada vez maior desigualdade social em comparação com os FP e o seu crescimento desmesurado.

E aqui chegamos à nossa loucura e delírio de uma sociedade que durante décadas acreditou ser possível viver acima das possibilidades, recebeu direitos e melhores condições de vida sem verdadeiramente discutir e questionar o preço a pagar no futuro e quais as consequências de delegar o poder e o destino do país a políticos que todos consideramos incompetentes e pouco ou nada credíveis, que no entanto nunca deixaram de nos adoçar o nosso apetite e comudismo.

É verdade, que hoje os FP tem uma protecção e regalias que os privados não podem de maneira racional ambicionar.
Hoje em dia no sector privado as vagas de emprego são escassas e muito competitivas obrigando os trabalhadores a organizar a sua vida pessoal em torno da sua profissão. Não existe emprego algum que seja garantido ou assegurado, os contractos a prazo são cada vez mais recorrentes sem garantias de renovação (porque num mercado aberto e competitivo nada é garantido), não se criam empresas ou empregos do nada por decreto.
Com as condições do crédito ás empresas a deteriorar e naturalmente cada vez mais restrito, adivinha-se a breve-prazo nova vaga de empresas (mais frágeis financeiramente) a fechar e aumento de desemprego no sector privado.

Não tenho duvidas que em Portugal existe hoje duas classes na sociedade e com actual politica de reformas também ela nada condizente com a situação real do país, creio que se está a formar outra divisão na sociedade, entre novos e velhos com condições bem distintas.

Em relação à ultima questão das reformas, a questão fundamental na minha opinião é saber se os jovens deste país estão dispostos a pagar as reformas e mordomias das gerações mais velhas que lhes entregam um país quase sem horizonte e futuro..?!


JMHP,

o teu post é bastante esclarecedor e preciso. Os meus parabéns!

Para chegar às mesmas conclusões, que apresentas aqui, eu também fui procurar saber as razões que levou o país a esta situação.

Deixei em vários "posts" onde é que deu-se essa ruptura, como isso está levando o país para um buraco sem fundo. Também acredito que já existe uma clara cisão dentro da sociedade (entre os que estão bem e uma maioria que vive com muito pouco).

Terá de haver muita vontade política para voltar-se a repôr a verdade e que o país possa saír deste buraco.

Mesmo depois das reformas feitas, vamos precisar mais de uma década para recuperar tudo o que foi destruído.

Abraço,

Mares.
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por JMHP » 1/2/2011 19:40

artista Escreveu:
JMHP Escreveu:É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.


Aqui discordamos um bocado, acho que estás sobretudo a referir-te à classe política, essa sim vive debaixo da protecção, não do estado, mas dos governos e dos poderes que comandam o país...


Não, não estou a referir-me somente à classe politica, mas sobretudo aos funcionários públicos e dos privados que vivem dependentes e ligados ao Estado.

De um modo geral somos todos culpados. Os FP porque ao longo dos anos opuseram-se durante décadas(ainda continuam) ás reformas do Estado e lutam continuamente por novos direitos e mais regalias, independentemente das condições económicas e financeiras do país. Os privados também porque foram coniventes e acumudados com a degradação do Estado e das suas condições como cidadão perante a cada vez maior desigualdade social em comparação com os FP e o seu crescimento desmesurado.

E aqui chegamos à nossa loucura e delírio de uma sociedade que durante décadas acreditou ser possível viver acima das possibilidades, recebeu direitos e melhores condições de vida sem verdadeiramente discutir e questionar o preço a pagar no futuro e quais as consequências de delegar o poder e o destino do país a políticos que todos consideramos incompetentes e pouco ou nada credíveis, que no entanto nunca deixaram de nos adoçar o nosso apetite e comudismo.

É verdade, que hoje os FP tem uma protecção e regalias que os privados não podem de maneira racional ambicionar.
Hoje em dia no sector privado as vagas de emprego são escassas e muito competitivas obrigando os trabalhadores a organizar a sua vida pessoal em torno da sua profissão. Não existe emprego algum que seja garantido ou assegurado, os contractos a prazo são cada vez mais recorrentes sem garantias de renovação (porque num mercado aberto e competitivo nada é garantido), não se criam empresas ou empregos do nada por decreto.
Com as condições do crédito ás empresas a deteriorar e naturalmente cada vez mais restrito, adivinha-se a breve-prazo nova vaga de empresas (mais frágeis financeiramente) a fechar e aumento de desemprego no sector privado.

Não tenho duvidas que em Portugal existe hoje duas classes na sociedade e com actual politica de reformas também ela nada condizente com a situação real do país, creio que se está a formar outra divisão na sociedade, entre novos e velhos com condições bem distintas.

Em relação à ultima questão das reformas, a questão fundamental na minha opinião é saber se os jovens deste país estão dispostos a pagar as reformas e mordomias das gerações mais velhas que lhes entregam um país quase sem horizonte e futuro..?!
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por artista_ » 1/2/2011 15:41

JMHP Escreveu:Sim, o estado somos todos nós e são TODOS os portugueses culpados pela situação actual miserável do país ao fim de 36 anos de democracia.

Mas este Estado falido e viciado a qual pertencemos ainda é defendido por uma maioria de portugueses que vivem na ilusão de que algo ou alguém vai resolver os problemas económicos e financeiros por eles, que os "sacrifícios" mesmo sem reformas de hoje são suficientes para continuar viver esta ilusão de um país sem crescimento económico e com desenvolvimento social com base em divida sobre divida.

É o mesmo Estado que quer sacrificar os jovens a pagar os vícios, as reformas e mordomias das gerações mais velhas que ao longo de 36 anos não conseguiram encontrar um rumo de crescimento e desenvolvimento sustentado.


Até aqui estamos 100% de acordo, eu não tenho dito outra coisa!

JMHP Escreveu:É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.


Aqui discordamos um bocado, acho que estás sobretudo a referir-te à classe política, essa sim vive debaixo da protecção, não do estado, mas dos governos e dos poderes que comandam o país...

JMHP Escreveu:A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!.


100% de acordo...

JMHP Escreveu:Curioso embora não sendo novidade por cá, sempre que alguém, politico ou personagem destacada, arrisca ou tenta apontar novos caminhos para as reformas fundamentais para a sobrevivência da nossa soberania e nosso desenvolvimento, é quase sempre apontado e acusado como louco ou de demagogo, sobretudo por aqueles que cegamente acreditam na manutenção deste Estado falido.

Mais impressionante ainda é observar um grande parte dos portugueses que acusam os políticos de responsáveis pelo estado miserável do país, mas quando estes ou outros falam nas reformas e nas grandes mudanças a fazer, são os mesmos que acusam os políticos de pretenderam fazer de mais.


E... 100% de acordo!!! Afinal parece que estamos de acordo em praticamente tudo, aliás não escrevi eu nada que contrário a isto! (exceptuando aquele pormenor do meio do teu texto!

O que critiquei lá atrás não foi nada do que escreveste agora... podes ir lá ler se quiseres! :wink:
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por Automech » 1/2/2011 14:43

JMHP Escreveu:“A dívida externa é a dívida para a qual pouca gente está a olhar. Ninguém está a reconhecer a existência deste problema”, disse hoje Vítor Bento, durante a conferência “Portugal 2011: vir o Fundo ou ir ao fundo”, que está a decorrer na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.



Entre outros, o Risco Calculado está aqui farto de bater nesse ponto. O ultimo post dele no tópico da Bélgica é excelente para explicar a situação (até por comparação com a Bélgica que tem uma dívida altíssima).

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... highlight=
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por PJBM2 » 1/2/2011 13:26

Mares Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
JMHP Escreveu:
artista Escreveu:O estado somos todos nós, se está falido somos nós que estamos todos falidos... não estou a ver porque é que são os do privado que pagam?! Eu no privado pago menos impostos do que no público, por outro lado pago impostos sempre que faço compras, quando pago pago os impostos relativos aos meus bens imobiliários, quando pago água, luz, gás, telefone cá em casa, etc...

Por outro lado, são privados ou públicos os que estão a receber subsídio de desemprego? ou RSI? ou os que não pagam nas Scut's? os que vão aos hospitais ou centros de saúde? ou quem beneficia dos serviços garantidos pelas forças de segurança?!

É um facto que o estado está gordo, mas também o está porque o país não cresce economicamente, e o país somos todos nós. O estado tem de fazer cortes, todos já percebemos isso, mas querer fazer crer que são os privados é que pagam as gorduras do estado parece-me uma idéia completamente desprovida de fundamento!

O estado somos todos nós, todos nós temos de pagar os serviços que ele oferece, da mesma forma que somos nós todos que temos de pagar os excessos que foram cometidos... de uma ou de outra forma! Ou só pagam os aumenos de impostos alguns?


Sim, o estado somos todos nós e são TODOS os portugueses culpados pela situação actual miserável do país ao fim de 36 anos de democracia.

Mas este Estado falido e viciado a qual pertencemos ainda é defendido por uma maioria de portugueses que vivem na ilusão de que algo ou alguém vai resolver os problemas económicos e financeiros por eles, que os "sacrifícios" mesmo sem reformas de hoje são suficientes para continuar viver esta ilusão de um país sem crescimento económico e com desenvolvimento social com base em divida sobre divida.

É o mesmo Estado que quer sacrificar os jovens a pagar os vícios, as reformas e mordomias das gerações mais velhas que ao longo de 36 anos não conseguiram encontrar um rumo de crescimento e desenvolvimento sustentado.

É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.

A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!


:clap: :clap:



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Caramba! :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :mrgreen:
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por Mares » 1/2/2011 12:55

Lion_Heart Escreveu:
JMHP Escreveu:
artista Escreveu:O estado somos todos nós, se está falido somos nós que estamos todos falidos... não estou a ver porque é que são os do privado que pagam?! Eu no privado pago menos impostos do que no público, por outro lado pago impostos sempre que faço compras, quando pago pago os impostos relativos aos meus bens imobiliários, quando pago água, luz, gás, telefone cá em casa, etc...

Por outro lado, são privados ou públicos os que estão a receber subsídio de desemprego? ou RSI? ou os que não pagam nas Scut's? os que vão aos hospitais ou centros de saúde? ou quem beneficia dos serviços garantidos pelas forças de segurança?!

É um facto que o estado está gordo, mas também o está porque o país não cresce economicamente, e o país somos todos nós. O estado tem de fazer cortes, todos já percebemos isso, mas querer fazer crer que são os privados é que pagam as gorduras do estado parece-me uma idéia completamente desprovida de fundamento!

O estado somos todos nós, todos nós temos de pagar os serviços que ele oferece, da mesma forma que somos nós todos que temos de pagar os excessos que foram cometidos... de uma ou de outra forma! Ou só pagam os aumenos de impostos alguns?


Sim, o estado somos todos nós e são TODOS os portugueses culpados pela situação actual miserável do país ao fim de 36 anos de democracia.

Mas este Estado falido e viciado a qual pertencemos ainda é defendido por uma maioria de portugueses que vivem na ilusão de que algo ou alguém vai resolver os problemas económicos e financeiros por eles, que os "sacrifícios" mesmo sem reformas de hoje são suficientes para continuar viver esta ilusão de um país sem crescimento económico e com desenvolvimento social com base em divida sobre divida.

É o mesmo Estado que quer sacrificar os jovens a pagar os vícios, as reformas e mordomias das gerações mais velhas que ao longo de 36 anos não conseguiram encontrar um rumo de crescimento e desenvolvimento sustentado.

É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.

A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!


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por JMHP » 1/2/2011 12:43

Os alertas são mais do que muitos.... Não há buracos suficientes para enfiar 10 milhões de "cabeças" e nem todos conseguem viver num país "faz-de-conta"!



Vítor Bento: “Ninguém está a reconhecer” o problema da dívida externa

O economista Vítor Bento criticou hoje o facto de Portugal e da zona euro estarem apenas a olhar para dívida pública, não reconhecendo o principal problema: a dívida externa.

“A dívida externa é a dívida para a qual pouca gente está a olhar. Ninguém está a reconhecer a existência deste problema”, disse hoje Vítor Bento, durante a conferência “Portugal 2011: vir o Fundo ou ir ao fundo”, que está a decorrer na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

De acordo com o actual presidente das SIBS, a dívida externa bruta nacional ronda actualmente os 230 por cento do PIB, enquanto a dívida líquida anda pelos 110 por cento. “É a mais alta da União Europeia e uma das mais altas do mundo desenvolvido”, afirma, acrescentando que é a insustentabilidade desta dívida que expõe países como Portugal às dificuldades de financiamento que tem.

“É por causa da dívida externa que Portugal tem mais dificuldades em se financiar do que a Itália ou a Bélgica, apesar de estas terem níveis de dívida pública mais elevados”, explica o economista.

Vítor Bento destaca ainda que, desde 1960, o défice da balança comercial nacional nunca ficou abaixo dos cinco por cento do PIB, pelo que “o esforço que hoje temos de fazer é inaudito, porque nunca foi conseguido”.

Crédito bancário vai diminuir

De acordo com o economista, para manter a solvabilidade da economia, esta teria de crescer sempre dois pontos percentuais acima das taxas de juro, o que não é possível.

Portugal só tem, por isso, três opções. Em primeiro lugar, reduzir o stock da dívida, vendendo activos que o país tem no exterior para pagar parte da dívida. Em segundo, vender activos das empresas nacionais ao estrangeiro. Em terceiro, proceder a uma contracção muito grande do défice primário.

Vítor Bento considera que a economia portuguesa acabará por ter de tomar todas estas medidas, mas o reequilíbrio virá essencialmente da terceira via. E graças a um fenómeno: “a regressão do crédito bancário”. “Os bancos estão mais expostos a este processo de desalavancagem da economia e vão ter de reduzir o crédito, o que terá consequências sérias no funcionamento da economia”, avisa Vítor Bento.
http://economia.publico.pt/noticia/vito ... na_1477936



Administradora do Banco de Portugal diz que “temos de mudar de vida”

A administradora do Banco de Portugal, Teodora Cardoso, defendeu hoje que Portugal tem de mudar de vida. A economia já não se pode endividar mais, tem de proceder às reformas estruturais que devia ter feito há décadas e evitar a fuga de jovens qualificados.

Para a economista, o problema de Portugal não é só orçamental e não pode ser comparado à situação pela qual o país passou nos anos 80, em que foi necessário recorrer à intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Nos anos 80, tivemos transitoriamente de mostrar que éramos capazes de nos endividar mais. Agora já não nos podemos endividar mais”
, afirmou hoje Teodora Cardoso, durante a conferência “Portugal 2011: vir o Fundo ou ir ao fundo”, que está a decorrer na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Para a administradora do Banco de Portugal, a única hipótese é Portugal levar a sério a mudança estrutural que deveria ter começado a fazer nos anos 80. “Fomos adiando e adiando, agora temos de mudar de vida”, conclui.

De acordo com Teodora Cardoso, “os programas de medidas atribuídas à pressão de entidade externas podem, como sucedeu com os programas de estabilização do FMI, resolver crises de financiamento no curto prazo”, mas não os problemas actuais, que combinam a “necessidade de reduzir o endividamento de todos os sectores da economia – não apenas do Estado – e fomentar o crescimento sustentado”.

A economista destaca ainda que um dos maiores riscos que Portugal corre é o de “desmotivar os jovens que andou a educar para tornar o país mais moderno e competitivo”. Para Teodora Cardoso, a fuga de jovens portugueses para o estrangeiro seria “a maior tragédia, pior que a da dívida externa”.
http://economia.publico.pt/noticia/admi ... da_1477982



Silva Lopes: Portugal vai precisar de ajuda externa

Portugal vai precisar de ajuda do exterior para resolver os problemas, pois a pressão dos mercados “é muito forte”, afirmou hoje o economista Silva Lopes, antigo ministro das Finanças.

Estou convencido de que sem ajuda externa Portugal não consegue resolver os seus problemas”, disse o economista, que falava à margem da conferência “Portugal 2011: Vir o Fundo ou Ir ao Fundo?”, a decorrer em Lisboa.

Segundo Silva Lopes, a reacção dos mercados “é de tal maneira violenta” em relação a Portugal e a outros mercados vulneráveis, que “só com auxílio oficial é que poderemos escapar”.

O economista questionou se Portugal conseguirá financiar a sua dívida, “nos moldes actuais”, com a continuação do apoio do Banco Central Europeu (BCE), através do seu programa de compra de títulos de dívida soberana no mercado secundário. “É insustentável o nível dos juros e não sabemos quem está a comprar”, salientou.

Actualmente, Portugal está a colocar as suas obrigações a dez anos no mercado secundário com juros próximos dos sete por cento, quando os da Grécia estão em 12 por cento e os Irlanda na casa dos 10 por cento, lembrou ex-governador do Banco de Portugal. No entanto, estes países não se financiam nos mercados a este prazo, após terem recebido ajuda externa.
http://economia.publico.pt/noticia/silv ... na_1477935
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Re: Crise: Portugueses andam mais de transportes

por poseidon635 » 1/2/2011 12:16

Tenho um carro e uma carrinha. Trabalho (Porto) a cerca de 25 km do meu local de residência . Há 5 anos que venho de Metro (felizmente sempre tive a possibilidade - se quisesse - de vir de carro; tinha inclusivé parque pago perto do centro do porto e do local de trabalho), não tendo esperado pela implementação das portagens na A28 e subida dos combustíveis que entretanto se verificou.

Se muitas pessoas deixassem de ser comodistas passavam a utilizar os transp. públicos (sempre que possível claro),.

Nessa altura, já gastava menos de metade no Metro relativamente ao transporte próprio.

Cada vez mais tenho a sensação que muitas pessoas poupam apensa nos momentos de crise e não no tempo de "vacas gordas", quando deveria ser precisamente o contrário.

Sempre que possível as pessoas deveriam usar os transporte públicos e não apenas quando estão "mais pertadas" [assim como poupar quando há muito e não quando estamos em tempo de cortes e "vacas magras"]

BN.

Elias Escreveu:Crise: Portugueses andam mais de transportes
Por Frederico Pinheiro
sol.pt
25 de Julho

Dificuldades económicas obrigam portugueses a deixarem os carros em casa. Metro, autocarro, barco e comboio da ponte 25 de Abril são cada vez mais procurados. Mas os comboios da CP estão mais vazios

Existem cada vez mais portugueses a trocarem as viagens de carro pela utilização dos transportes públicos, nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa. Do comboio ao autocarro, passando pelo metro e pelo barco, as empresas de transportes públicos registam aumentos que chegam aos 2,9% no número de passageiros e de passes vendidos (ver caixa ao lado), no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009.

«É a crise», resume o professor catedrático, especialista em transportes, Fernando Nunes da Silva. «As pessoas não têm dinheiro para se deslocarem e deixam os carros em casa, em favor da utilização dos transportes públicos».

A Fertagus, operadora do comboio Lisboa-Setúbal, teve uma subida de 2,9% no número de passes mensais vendidos na primeira metade de 2010 – mais 280 mil passes para 10,1 milhões – o maior aumento entre todas as empresas de transportes públicos. É a primeira vez que a Fertagus vende mais de 10 milhões de passes em meio ano.

Desde 2005, a empresa registou um aumento de 1,31 milhões de passes vendidos nos primeiros semestres de cada ano, o que demonstra que a fidelização dos passageiros do chamado ‘comboio da ponte’ é cada vez maior.

«Está previsto que, a partir de 2011, a empresa possa atingir o equilíbrio financeiro e tornar-se autónoma do Estado, não recebendo compensações pelo serviço público efectuado», disse fonte oficial da empresa. Em 2009 a Fertagus recebeu 10,47 milhões de euros de compensações indemnizatórias, tendo devolvido ao Estado 1,92 milhões.



Carris recupera
A primeira metade do ano vem confirmar a recuperação do número de passageiros fidelizados também para a Carris, empresa responsável pelos autocarros da capital portuguesa. Após um período de queda que durou até 2008, a Carris aumentou a venda de passes em 0,81%, isto é, um crescimento de cerca de 18 mil títulos mensais em relação a igual período do ano passado, para um total de 2,1 milhões de passes.

Contudo, estes resultados não são suficientes para a empresa recuperar do prejuízo superior a 40 milhões de euros, registado em 2009. «Se tivermos em conta de que a receita do serviço público representa apenas 51,8% dos custos operacionais da empresa, constatamos que não poderá ser apenas o crescimento das vendas que permitirá equilibrar as contas», refere a empresa.



Comboios mais vazios
De acordo com os dados do Eurostat, e apesar do crescimento da Fertagus (responsável pelo comboio da Ponte 25 de Abril), a excepção à regra tem sido o transporte ferroviário. No ano passado, no qual grande parte do debate político se centrou na construção ou não da alta-velocidade ferroviária, o número de passageiros caiu 2,9% para 153,8 milhões, face aos anteriores 158,46 milhões em 2008.

O tombo no tráfego da CP - Comboios de Portugal é o principal motivo destes dados negativos: dos 4,7 milhões de passageiros perdidos o ano passado, 4,2 milhões eram passageiros da empresa pública. «O problema reside no facto de o comboio não ter um sistema tarifário único e, por outro lado, a distribuição da linha não é a mais conveniente para os passageiros», diz Nunes da Silva.

Um problema para ser resolvido pelo novo presidente da CP – Comboios de Portugal, José Benoliel, juntamente com o objectivo de melhorar os prejuízos superiores a 200 milhões de euros, registados no ano passado.

O SOL contactou a CP, mas não obteve respostas até ao fecho da edição.

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por Lion_Heart » 1/2/2011 12:10

JMHP Escreveu:
artista Escreveu:O estado somos todos nós, se está falido somos nós que estamos todos falidos... não estou a ver porque é que são os do privado que pagam?! Eu no privado pago menos impostos do que no público, por outro lado pago impostos sempre que faço compras, quando pago pago os impostos relativos aos meus bens imobiliários, quando pago água, luz, gás, telefone cá em casa, etc...

Por outro lado, são privados ou públicos os que estão a receber subsídio de desemprego? ou RSI? ou os que não pagam nas Scut's? os que vão aos hospitais ou centros de saúde? ou quem beneficia dos serviços garantidos pelas forças de segurança?!

É um facto que o estado está gordo, mas também o está porque o país não cresce economicamente, e o país somos todos nós. O estado tem de fazer cortes, todos já percebemos isso, mas querer fazer crer que são os privados é que pagam as gorduras do estado parece-me uma idéia completamente desprovida de fundamento!

O estado somos todos nós, todos nós temos de pagar os serviços que ele oferece, da mesma forma que somos nós todos que temos de pagar os excessos que foram cometidos... de uma ou de outra forma! Ou só pagam os aumenos de impostos alguns?


Sim, o estado somos todos nós e são TODOS os portugueses culpados pela situação actual miserável do país ao fim de 36 anos de democracia.

Mas este Estado falido e viciado a qual pertencemos ainda é defendido por uma maioria de portugueses que vivem na ilusão de que algo ou alguém vai resolver os problemas económicos e financeiros por eles, que os "sacrifícios" mesmo sem reformas de hoje são suficientes para continuar viver esta ilusão de um país sem crescimento económico e com desenvolvimento social com base em divida sobre divida.

É o mesmo Estado que quer sacrificar os jovens a pagar os vícios, as reformas e mordomias das gerações mais velhas que ao longo de 36 anos não conseguiram encontrar um rumo de crescimento e desenvolvimento sustentado.

É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.

A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!


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por defst0ned » 1/2/2011 12:06

para todos os efeitos, esta é a 3ª republica e não a 2ª..
 
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por JMHP » 1/2/2011 11:57

artista Escreveu:O estado somos todos nós, se está falido somos nós que estamos todos falidos... não estou a ver porque é que são os do privado que pagam?! Eu no privado pago menos impostos do que no público, por outro lado pago impostos sempre que faço compras, quando pago pago os impostos relativos aos meus bens imobiliários, quando pago água, luz, gás, telefone cá em casa, etc...

Por outro lado, são privados ou públicos os que estão a receber subsídio de desemprego? ou RSI? ou os que não pagam nas Scut's? os que vão aos hospitais ou centros de saúde? ou quem beneficia dos serviços garantidos pelas forças de segurança?!

É um facto que o estado está gordo, mas também o está porque o país não cresce economicamente, e o país somos todos nós. O estado tem de fazer cortes, todos já percebemos isso, mas querer fazer crer que são os privados é que pagam as gorduras do estado parece-me uma idéia completamente desprovida de fundamento!

O estado somos todos nós, todos nós temos de pagar os serviços que ele oferece, da mesma forma que somos nós todos que temos de pagar os excessos que foram cometidos... de uma ou de outra forma! Ou só pagam os aumenos de impostos alguns?


Sim, o estado somos todos nós e são TODOS os portugueses culpados pela situação actual miserável do país ao fim de 36 anos de democracia.

Mas este Estado falido e viciado a qual pertencemos ainda é defendido por uma maioria de portugueses que vivem na ilusão de que algo ou alguém vai resolver os problemas económicos e financeiros por eles, que os "sacrifícios" mesmo sem reformas de hoje são suficientes para continuar viver esta ilusão de um país sem crescimento económico e com desenvolvimento social com base em divida sobre divida.

É o mesmo Estado que quer sacrificar os jovens a pagar os vícios, as reformas e mordomias das gerações mais velhas que ao longo de 36 anos não conseguiram encontrar um rumo de crescimento e desenvolvimento sustentado.

É o mesmo estado que moldou a sociedade em duas partes distintas, a função publica e os privados. Em que uma parte vive debaixo da protecção e segurança do Estado e a outra parte que vive de acordo com sua capacidade e da sua vontade de luta.

A monarquia sucumbiu, depois a 1ª republica sucumbiu, mais tarde o estado novo sucumbiu e agora ao fim de 1 século que destino aguarda esta 2ª republica que se encontra novamente à beira do colapso social com o povo adormecido e que vive com a ilusão de que tudo pode melhorar mexendo em quase nada?!

Curioso embora não sendo novidade por cá, sempre que alguém, politico ou personagem destacada, arrisca ou tenta apontar novos caminhos para as reformas fundamentais para a sobrevivência da nossa soberania e nosso desenvolvimento, é quase sempre apontado e acusado como louco ou de demagogo, sobretudo por aqueles que cegamente acreditam na manutenção deste Estado falido.

Mais impressionante ainda é observar um grande parte dos portugueses que acusam os políticos de responsáveis pelo estado miserável do país, mas quando estes ou outros falam nas reformas e nas grandes mudanças a fazer, são os mesmos que acusam os políticos de pretenderam fazer de mais.
Editado pela última vez por JMHP em 1/2/2011 12:15, num total de 1 vez.
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por pdcarrico » 1/2/2011 4:33

A-330 Escreveu:Por fim ,Mares , eu gostaria de lhe fazer uma pergunta:Qual é a sua idade? È que isso vai me ajudar entender melhor aquilo que escreve.Visto não ser mulher, acredito que não terá problemas em dizer.

A330


Caro A330,

Antes de mais queria só lembrar-lhe um pequeno parágrafo escrito pelo moderador Ulisses Pereira no ponto inamovível das regras:

Ulisses Pereira Escreveu:
- Mensagens cujo objectivo é a provocação não são bem vindas.. Aqui queremos um debate descontraído sobre os mercados.



Diria, depois de lhe lembrar desse tópico tão importante, que me parece desnecessária e recorrente a sua postura tão agressiva e arrogante. Se acha que a opinião de outro participante é pouco válida, talvez o melhor seja não discutir com ele, pois provavelmente não encontrará grande sentido em trocar ideias com alguém que tem opinião que você não considera nem útil nem importante.

Agora a forma como você se dirige a outro, sendo recorrente, quer-me fazer parecer que você entenderá que o caldeirão é o recreio da escola, onde poderá exercitar um espécie de bullying virtual.

Deixe-se disso ... assim é você que vai parecer criança.
Pedro Carriço
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por Lion_Heart » 1/2/2011 4:19

Uns fazem revoltas os outros ficam a espera que allguem as faça por eles.
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