Em Espanha devolver a casa é suficiente para saldar hipoteca
Eu acho que voces saltaram os pormenores mais importantes.
1º O homem hipotecou a casa em 2009.
Se hipotecou deveria valer mais . Depois foi em 2009 apos o crash imobiliario e ja com elevadas restriçoes ao credito. Por ultimo o mesmo banco que aceitou a hipoteca compra o imovel em leilao por menos 30.000! euros.
Ora eu (como devem ter feito os juizes) acho que neste caso o BBVA quer tudo para ele. calculou mal a hipoteca , ganhou nos juros e recompra a casa por menos 30.000 eur porventura nem um ano depois da hipoteca (por muito ma que fosse a casa nao vale menos 30.000 eur no espaço dum ano).
Alias acho que foi esta disparidade entre a hipoteca em 2009 em plena crise e a compra em leilao em 2010 por quase menos 50%. que levou os juizes a esta decisao
1º O homem hipotecou a casa em 2009.
Se hipotecou deveria valer mais . Depois foi em 2009 apos o crash imobiliario e ja com elevadas restriçoes ao credito. Por ultimo o mesmo banco que aceitou a hipoteca compra o imovel em leilao por menos 30.000! euros.
Ora eu (como devem ter feito os juizes) acho que neste caso o BBVA quer tudo para ele. calculou mal a hipoteca , ganhou nos juros e recompra a casa por menos 30.000 eur porventura nem um ano depois da hipoteca (por muito ma que fosse a casa nao vale menos 30.000 eur no espaço dum ano).
Alias acho que foi esta disparidade entre a hipoteca em 2009 em plena crise e a compra em leilao em 2010 por quase menos 50%. que levou os juizes a esta decisao
Editado pela última vez por Lion_Heart em 27/1/2011 20:15, num total de 1 vez.
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rmachado Escreveu:E quem culpa o Banco por excesso de avaliação?
Podemos estar a falar de uma janela temporal curta..
E casas não são acções...
Quem avalia as casas normalmente não é o banco...é uma empresa independente...
Agora imagina se as casas fossem ações...e se elas tivessem desvalorizado tanto como o bcp...

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AutoMech Escreveu:Eu não concordo. O banco até pode ter avaliado bem no momento em que concedeu o empréstimo e o imóvel ter simplesmente desvalorizado, o que pode acontecer (e acontece como se vê também por cá).
Se eu pedir emprestado para comprar acções e as der como colateral, não faz sentido tentar desligar-me do empréstimo se estas caírem.
Uma casa, apesar de ser um imóvel, deve ser entendido pelo mesmo prisma na minha opinião.
Tudo dito.
A desresponsabilização social tem um limite. As pessoas têm de ter 3 dedos de testa e não culpar sempre os outros pelos seus fracassos.
Boa Tarde a Todos,
Na minha ignorância e sobre este caso em específico o que me pareçe é que a decisão do Tribunal Constitucional Espanhol é correcta por uma razão simples. O Banco avaliando o imóvel e aceitando a hipoteca deste para cobrir o empréstimo pedido transmite ao requerente a garantia de que o imóvel é na realidade a garantia real suficiente para cobrir o risco inerente à operação de crédito em questão. Caso, o Banco tivesse pedido uma garantia pessoal para além da hipoteca habitual, ou seja, um fiador para o crédito em questão esta história não ficava por aqui....ou seja, o $$ em falta viria do fiador e isso podem ter a certeza!
É por isso que alguns de nós que têm crédito à habitação com hipoteca e fiador em simultâneo
....os empréstimos mais antigos é que dispensavam na generalidade a figura do fiador.....outros tempos em que o $$ era barato e o futuro barato.....lol
Abraço
Na minha ignorância e sobre este caso em específico o que me pareçe é que a decisão do Tribunal Constitucional Espanhol é correcta por uma razão simples. O Banco avaliando o imóvel e aceitando a hipoteca deste para cobrir o empréstimo pedido transmite ao requerente a garantia de que o imóvel é na realidade a garantia real suficiente para cobrir o risco inerente à operação de crédito em questão. Caso, o Banco tivesse pedido uma garantia pessoal para além da hipoteca habitual, ou seja, um fiador para o crédito em questão esta história não ficava por aqui....ou seja, o $$ em falta viria do fiador e isso podem ter a certeza!

É por isso que alguns de nós que têm crédito à habitação com hipoteca e fiador em simultâneo


Abraço
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aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu tambem era a favor...mas em contra partida na vez de levar um spreed de 0.5 ou 1.00%...aplicava um spreed de 5%...
Esse spreed de 5%, de pouco lhe vale, se o cliente lhe entregar a casa.
Mas pagavam uns para os outros...
Isso se não for mais caro do que alugar.
Mas se os bancos ficassem com as casas...eles puderiam passar a ser os senhorios...
Claro. Até podiam emprestar a 5% para pagar a renda.

pocoyo Escreveu:aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu tambem era a favor...mas em contra partida na vez de levar um spreed de 0.5 ou 1.00%...aplicava um spreed de 5%...
Esse spreed de 5%, de pouco lhe vale, se o cliente lhe entregar a casa.
Mas pagavam uns para os outros...
Isso se não for mais caro do que alugar.
Mas se os bancos ficassem com as casas...eles puderiam passar a ser os senhorios...

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aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu tambem era a favor...mas em contra partida na vez de levar um spreed de 0.5 ou 1.00%...aplicava um spreed de 5%...
Esse spreed de 5%, de pouco lhe vale, se o cliente lhe entregar a casa.
Mas pagavam uns para os outros...
Isso se não for mais caro do que alugar.

pocoyo Escreveu:aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu tambem era a favor...mas em contra partida na vez de levar um spreed de 0.5 ou 1.00%...aplicava um spreed de 5%...
Esse spreed de 5%, de pouco lhe vale, se o cliente lhe entregar a casa.
Mas pagavam uns para os outros...
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aaugustobb Escreveu:pocoyo Escreveu:Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu tambem era a favor...mas em contra partida na vez de levar um spreed de 0.5 ou 1.00%...aplicava um spreed de 5%...
Esse spreed de 5%, de pouco lhe vale, se o cliente lhe entregar a casa.
pocoyo Escreveu:Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu tambem era a favor...mas em contra partida na vez de levar um spreed de 0.5 ou 1.00%...aplicava um spreed de 5%...
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Um juízo faz jurisprudência mas não significa que possa ser aplicado em qualquer caso. Há particularidades deste caso que talvez não existam em outros.
Eu tenho opinião de que por princípio a dívida seriam os 78 mil euros, mas também acho que os bancos devem seguir critérios sustentáveis na concessão do crédito. Sendo que também é responsabilidade deles o financiamento do projecto. E num caso em que financiam a 100% um projecto, seja porque têm liquidez disponível ou porque não queriam perder o cliente para a concorrência, têm naturalmente riscos que não teriam se fossem menos gananciosos.
Lembro-me um amigo meu que teve um crédito à habitação superior em 20 mil euros ao valor da casa para dessa forma poder ter dinheiro para comprar um carro. Naturalmente que a avaliação foi arbitrária e acima do preço que ele pagou. Se um dia esse meu amigo falhar, seria muito bem feito para o banco ter um default nessa dívida.
Eu tenho opinião de que por princípio a dívida seriam os 78 mil euros, mas também acho que os bancos devem seguir critérios sustentáveis na concessão do crédito. Sendo que também é responsabilidade deles o financiamento do projecto. E num caso em que financiam a 100% um projecto, seja porque têm liquidez disponível ou porque não queriam perder o cliente para a concorrência, têm naturalmente riscos que não teriam se fossem menos gananciosos.
Lembro-me um amigo meu que teve um crédito à habitação superior em 20 mil euros ao valor da casa para dessa forma poder ter dinheiro para comprar um carro. Naturalmente que a avaliação foi arbitrária e acima do preço que ele pagou. Se um dia esse meu amigo falhar, seria muito bem feito para o banco ter um default nessa dívida.
Pedro Carriço
Eu concordo.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Assim passas parte do risco do negocio para a banca. O banco que empreste menos. O banco é profissional, logo tem a obrigação de "prever" possiveis riscos.
Reparem neste exemplo:
Vou comprar uma casa por um valor alto ou num mau sitio e tenho poucos rendimentos mas apresento um fiador com capacidade. O banco perante isto empresta o dinheiro (mesmo sabendo que eu se calhar não vou pagar).
Com esta lei pensa duas vezes.
Eu não concordo. O banco até pode ter avaliado bem no momento em que concedeu o empréstimo e o imóvel ter simplesmente desvalorizado, o que pode acontecer (e acontece como se vê também por cá).
Se eu pedir emprestado para comprar acções e as der como colateral, não faz sentido tentar desligar-me do empréstimo se estas caírem.
Uma casa, apesar de ser um imóvel, deve ser entendido pelo mesmo prisma na minha opinião.
Se eu pedir emprestado para comprar acções e as der como colateral, não faz sentido tentar desligar-me do empréstimo se estas caírem.
Uma casa, apesar de ser um imóvel, deve ser entendido pelo mesmo prisma na minha opinião.
Em Espanha devolver a casa é suficiente para saldar hipoteca
Em Espanha devolver a casa é suficiente para saldar hipoteca
27 Janeiro 2011 | 10:19
Lusa
O Tribunal considerou suficiente a devolução da propriedade para cancelar as dívidas contraídas com o banco, uma decisão que pode ter grande impacto numa altura em que dezenas de milhares de espanhóis vivem situações idênticas.
Um tribunal de recurso de Navarra (Espanha) considerou, numa decisão sem precedentes, que devolver uma casa ao banco é suficiente para saldar a hipoteca, mesmo que o valor do imóvel tenha diminuído devido à crise.
A decisão foi tomada pela Audiência Provincial de Navarra que apoia assim a decisão de um tribunal de primeira instância, rejeitando um recurso apresentado pelo segundo maior banco espanhol, o BBVA, a quem o tribunal condenou também a pagar os custos do processo.
Em causa está um processo que remonta a 2009 quando um homem hipotecou a sua casa por um valor de 79 mil euros. Depois de vários meses sem pagar a hipoteca activou-se o sistema normal de execução da garantia do empréstimo.
O BBVA acabou por ficar com o imóvel, através de um leilão, por apenas 48 mil euros, ou seja, por menos 30 mil euros do que o valor da hipoteca.
Fazendo cumprir a lei hipotecária, o BBVA activou a segunda fase da execução, invocando a garantia pessoal do hipotecado e reclamando outros bens para pagar a dívida.
O homem levou o caso ao tribunal e um juiz de primeira instância deu-lhe razão considerando que, como foi o banco a avaliar inicialmente o imóvel -- em 78 mil euros --, a responsabilidade sobre a perda de valor é da própria entidade.
Assim os juízes consideram suficiente a devolução da propriedade para cancelar as dívidas contraídas com o banco, uma decisão que pode ter grande impacto numa altura em que dezenas de milhares de espanhóis vivem situações idênticas.
O BBVA anunciou já que apresentará um recurso que, no caso, terá que ser junto do Tribunal Constitucional, por considerar que a sentença vulnera o princípio constitucional de "tutela judicial eficaz", contradizendo a própria lei em vigor.
Especialistas judiciais sugerem que a sentença é pioneira porque põe em dúvida "toda a lei hipotecária espanhola", o que afectará directamente as entidades financeiras especialmente vulneráveis ao impacto da crise imobiliária e ao largo volume de hipotecas por pagar.
in Negocios.pt
27 Janeiro 2011 | 10:19
Lusa
O Tribunal considerou suficiente a devolução da propriedade para cancelar as dívidas contraídas com o banco, uma decisão que pode ter grande impacto numa altura em que dezenas de milhares de espanhóis vivem situações idênticas.
Um tribunal de recurso de Navarra (Espanha) considerou, numa decisão sem precedentes, que devolver uma casa ao banco é suficiente para saldar a hipoteca, mesmo que o valor do imóvel tenha diminuído devido à crise.
A decisão foi tomada pela Audiência Provincial de Navarra que apoia assim a decisão de um tribunal de primeira instância, rejeitando um recurso apresentado pelo segundo maior banco espanhol, o BBVA, a quem o tribunal condenou também a pagar os custos do processo.
Em causa está um processo que remonta a 2009 quando um homem hipotecou a sua casa por um valor de 79 mil euros. Depois de vários meses sem pagar a hipoteca activou-se o sistema normal de execução da garantia do empréstimo.
O BBVA acabou por ficar com o imóvel, através de um leilão, por apenas 48 mil euros, ou seja, por menos 30 mil euros do que o valor da hipoteca.
Fazendo cumprir a lei hipotecária, o BBVA activou a segunda fase da execução, invocando a garantia pessoal do hipotecado e reclamando outros bens para pagar a dívida.
O homem levou o caso ao tribunal e um juiz de primeira instância deu-lhe razão considerando que, como foi o banco a avaliar inicialmente o imóvel -- em 78 mil euros --, a responsabilidade sobre a perda de valor é da própria entidade.
Assim os juízes consideram suficiente a devolução da propriedade para cancelar as dívidas contraídas com o banco, uma decisão que pode ter grande impacto numa altura em que dezenas de milhares de espanhóis vivem situações idênticas.
O BBVA anunciou já que apresentará um recurso que, no caso, terá que ser junto do Tribunal Constitucional, por considerar que a sentença vulnera o princípio constitucional de "tutela judicial eficaz", contradizendo a própria lei em vigor.
Especialistas judiciais sugerem que a sentença é pioneira porque põe em dúvida "toda a lei hipotecária espanhola", o que afectará directamente as entidades financeiras especialmente vulneráveis ao impacto da crise imobiliária e ao largo volume de hipotecas por pagar.
in Negocios.pt
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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