Comprar casa ou arrendar?
Mais arrendamento, menos endividamento
13 Janeiro 2011
Autor : Manuel Caldeira Cabral
Fonte : Negocios.pt
A revisão da lei de arrendamento deve tornar mais rápido e simples reaver os imóveis em caso de incumprimento.
Devia também estimular a que mais rendas sejam declaradas para efeitos fiscais. Em ambos os casos a intermediação bancária poderá dar uma ajuda. O funcionamento deste mercado é importante para aumentar a mobilidade dos trabalhadores, reduzir o endividamento e aumentar a competitividade das nossas cidades.
Nas 50 medidas recentemente apresentadas, o Governo comprometeu-se a apresentar até ao final do 1.º trimestre de 2011 uma proposta de lei que simplifique, torne rápidos e eficazes os procedimentos necessários para o senhorio obter a entrega do seu imóvel livre e desocupado perante o incumprimento do contrato de arrendamento.
Este é um aspecto fundamental para a melhoria do mercado de arrendamento. O tempo e os custos em que o senhorio incorre para reaver um imóvel, nos casos em que os inquilinos deixam de pagar a renda, funcionam como um forte desincentivo à colocação de casas no mercado. Em resultado desta falha, há em Portugal centenas de milhares de casas fora do mercado. São milhares de milhões de euros de capital parado.
Há também muitas pessoas a ter de arrendar imóveis em condições desfavoráveis ou a serem forçadas a comprar casa, aumentando o endividamento, mesmo quando esta não é a melhor solução.
Uma forma de simplificar seria abrir a possibilidade de em novos contratos se poder colocar, por mutuo acordo, uma entidade como árbitro, a qual garantiria a vigilância do seu cumprimento. Os novos contratos poderiam estabelecer que o pagamento da renda será efectuado num determinado dia e numa determinada conta. Para estes contratos, uma simples declaração do banco que certifique que a conta não foi creditada no montante devido em dois meses consecutivos, seria suficiente para iniciar um processo, que com a revisão da legislação leve à rápida libertação do imóvel.
Uma cláusula desta natureza permitia uma enorme simplificação do processo. Mas poderia também permitir que, no caso de incumprimento, houvesse um registo do mesmo, ajudando a evitar que os incumpridores burlem sucessivamente diferentes senhorios. Hoje, quem deixe de pagar a prestação do carro, da televisão, ou da casa fica com limitações à obtenção de novos créditos. Quem deixe de pagar renda, limita-se a fazer um contrato com o senhorio seguinte. Aumentar a responsabilização dos inquilinos relativamente aos deveres que já hoje têm, é mais importante do que limitar os seus direitos, e é essencial para por o mercado de arrendamento a funcionar.
A revisão da
legislação deve também reforçar a responsabilização dos senhorios no que toca ao cumprimento das suas obrigações fiscais. Os contratos que gozem de novos mecanismos de protecção, devem também ser declarados a entidades públicas para fins fiscais.
O não funcionamento do mercado de arrendamento é particularmente penalizador para os jovens e para quem não tem uma situação profissional estável, ou para quem não quer ficar preso a uma localização e a uma dívida por 20 ou 30 anos. No momento actual, em que as restrições ao crédito se fazem notar de forma mais forte, este problema acentua-se. Quem quer arrendar depara-se hoje com um mercado onde a oferta de imóveis de qualidade é limitada e os preços e condições são relativamente desfavoráveis. Os inquilinos cumpridores pagam um preço pela falta de segurança que dos senhorios.
Melhorar o funcionamento do mercado de arrendamento é uma reforma de grande importância, por contribuir para aumentar a mobilidade dos trabalhadores, estimular a autonomia dos jovens e diminuir a necessidade de endividamento. Pode também dar um contributo decisivo para a reabilitação dos centros urbanos e para melhorar o ajustamento entre localização da habitação e do trabalho, diminuindo as emissões e o consumo de combustíveis.
A renovação dos centros urbanos requer que também se dê atenção às rendas mais antigas. Sem a sua actualização rápida será difícil estimular a renovação de muitos imóveis nos centros históricos, onde um número importante de fracções está ainda neste regime, rendendo muito pouco aos seus proprietários.
Não podemos ignorar os problemas sociais que levanta a actualização rápida das rendas antigas. E eles devem ser avaliados. No entanto, a manutenção do benefício de uma renda baixa deverá ser sujeita a prova de condição de recursos, e o seu encargo deve progressivamente deixar de estar a cargo dos senhorios. Há muitos casos de inquilinos com rendimentos acima da média nacional, a pagar rendas extremamente baixas, o que não só é injusto, como tem contribuído para a degradação e a decadência de muitos centros históricos das cidades portuguesas.
Professor no departamento de Economia da Universidade do Minho
13 Janeiro 2011
Autor : Manuel Caldeira Cabral
Fonte : Negocios.pt
A revisão da lei de arrendamento deve tornar mais rápido e simples reaver os imóveis em caso de incumprimento.
Devia também estimular a que mais rendas sejam declaradas para efeitos fiscais. Em ambos os casos a intermediação bancária poderá dar uma ajuda. O funcionamento deste mercado é importante para aumentar a mobilidade dos trabalhadores, reduzir o endividamento e aumentar a competitividade das nossas cidades.
Nas 50 medidas recentemente apresentadas, o Governo comprometeu-se a apresentar até ao final do 1.º trimestre de 2011 uma proposta de lei que simplifique, torne rápidos e eficazes os procedimentos necessários para o senhorio obter a entrega do seu imóvel livre e desocupado perante o incumprimento do contrato de arrendamento.
Este é um aspecto fundamental para a melhoria do mercado de arrendamento. O tempo e os custos em que o senhorio incorre para reaver um imóvel, nos casos em que os inquilinos deixam de pagar a renda, funcionam como um forte desincentivo à colocação de casas no mercado. Em resultado desta falha, há em Portugal centenas de milhares de casas fora do mercado. São milhares de milhões de euros de capital parado.
Há também muitas pessoas a ter de arrendar imóveis em condições desfavoráveis ou a serem forçadas a comprar casa, aumentando o endividamento, mesmo quando esta não é a melhor solução.
Uma forma de simplificar seria abrir a possibilidade de em novos contratos se poder colocar, por mutuo acordo, uma entidade como árbitro, a qual garantiria a vigilância do seu cumprimento. Os novos contratos poderiam estabelecer que o pagamento da renda será efectuado num determinado dia e numa determinada conta. Para estes contratos, uma simples declaração do banco que certifique que a conta não foi creditada no montante devido em dois meses consecutivos, seria suficiente para iniciar um processo, que com a revisão da legislação leve à rápida libertação do imóvel.
Uma cláusula desta natureza permitia uma enorme simplificação do processo. Mas poderia também permitir que, no caso de incumprimento, houvesse um registo do mesmo, ajudando a evitar que os incumpridores burlem sucessivamente diferentes senhorios. Hoje, quem deixe de pagar a prestação do carro, da televisão, ou da casa fica com limitações à obtenção de novos créditos. Quem deixe de pagar renda, limita-se a fazer um contrato com o senhorio seguinte. Aumentar a responsabilização dos inquilinos relativamente aos deveres que já hoje têm, é mais importante do que limitar os seus direitos, e é essencial para por o mercado de arrendamento a funcionar.
A revisão da
legislação deve também reforçar a responsabilização dos senhorios no que toca ao cumprimento das suas obrigações fiscais. Os contratos que gozem de novos mecanismos de protecção, devem também ser declarados a entidades públicas para fins fiscais.
O não funcionamento do mercado de arrendamento é particularmente penalizador para os jovens e para quem não tem uma situação profissional estável, ou para quem não quer ficar preso a uma localização e a uma dívida por 20 ou 30 anos. No momento actual, em que as restrições ao crédito se fazem notar de forma mais forte, este problema acentua-se. Quem quer arrendar depara-se hoje com um mercado onde a oferta de imóveis de qualidade é limitada e os preços e condições são relativamente desfavoráveis. Os inquilinos cumpridores pagam um preço pela falta de segurança que dos senhorios.
Melhorar o funcionamento do mercado de arrendamento é uma reforma de grande importância, por contribuir para aumentar a mobilidade dos trabalhadores, estimular a autonomia dos jovens e diminuir a necessidade de endividamento. Pode também dar um contributo decisivo para a reabilitação dos centros urbanos e para melhorar o ajustamento entre localização da habitação e do trabalho, diminuindo as emissões e o consumo de combustíveis.
A renovação dos centros urbanos requer que também se dê atenção às rendas mais antigas. Sem a sua actualização rápida será difícil estimular a renovação de muitos imóveis nos centros históricos, onde um número importante de fracções está ainda neste regime, rendendo muito pouco aos seus proprietários.
Não podemos ignorar os problemas sociais que levanta a actualização rápida das rendas antigas. E eles devem ser avaliados. No entanto, a manutenção do benefício de uma renda baixa deverá ser sujeita a prova de condição de recursos, e o seu encargo deve progressivamente deixar de estar a cargo dos senhorios. Há muitos casos de inquilinos com rendimentos acima da média nacional, a pagar rendas extremamente baixas, o que não só é injusto, como tem contribuído para a degradação e a decadência de muitos centros históricos das cidades portuguesas.
Professor no departamento de Economia da Universidade do Minho
Ainda há pouco tempo numa edição do "Radar de Negócios" foram referidas as quotas do mercado de arrendamento em vários paises europeus.
Foi curioso notar-se que nos paises nórdicos, tidos como desenvolvidos, essas quotas rondavam os 40% a 50% enquanto nos paises do sul da Europra essas quotas rondam os 10% a 20%.
Se esses indicadores forem uma mostra do caminho que temos a percorrer podemos afirmar que estamos ainda bem longe dos nossos objectivos.
Talvez se fossem postas no mercado de arrendamento tantas dessas casas fechadas e abandonadas que por ai existem talvez indrectamente o nosso defice externo se reduzisse pois nao haveria necessidade para tanto credito à habitação.
Foi curioso notar-se que nos paises nórdicos, tidos como desenvolvidos, essas quotas rondavam os 40% a 50% enquanto nos paises do sul da Europra essas quotas rondam os 10% a 20%.
Se esses indicadores forem uma mostra do caminho que temos a percorrer podemos afirmar que estamos ainda bem longe dos nossos objectivos.
Talvez se fossem postas no mercado de arrendamento tantas dessas casas fechadas e abandonadas que por ai existem talvez indrectamente o nosso defice externo se reduzisse pois nao haveria necessidade para tanto credito à habitação.
"O imobiliário é dominado por consumidores que não fazem contas"
Ricardo Guimarães, economista, está habituado a olhar para números e a vesti-los com médias, modas, tendências e índices. Antes da Confidencial Imobiliário, que dirige há cinco anos, esteve no Instituto Nacional de Estatística, onde coordenou o lançamento das estatísticas sobre habitação, e depois na secção de economia da AICCOPN, a fazer as leituras que permitiam escrever os relatórios de conjunturas mensais. É director da Confidencial Imobiliário há cerca de cinco anos. O PÚBLICO pediu-lhe que despisse a roupagem das estatísticas e que aprofundasse a análise dos números com apreciações críticas e opiniões pessoais. A grande conclusão que retira da análise dos números é que "o imobiliário é um mercado de investimento dominado por consumidores que não fazem contas".
in Público http://economia.publico.pt/Noticia/o-im ... as_1429886
scotch Escreveu:O facto de viver em casa de familiares em regime de "fiel depositario" significa que pago todas as despesas exepto a renda.Faço uma contribuição simbolica para a prestação no valor de 100eur.A prestação da casa é de 200eur!!!
Por isso se a prestação de uma nova casa for até aos 300eur, reflecte um acrescimo de 200eur em relação à situação actual.
Para as despesas iniciais de um empréstimo à habitação, estou preparado.Também já possuo o recheio minimo de uma casa.
Já para dar uma entrada, não posso dizer a mesma coisa.No entanto tenho um fiador que é dos quadros da função publica,sem dependentes, divorciado e com uma taxa de esforço de 50%.
Por outro lado o vendedor confessou-me que à alguns meses atrás estava a pedir 100.000eur pelo mesmo apartamento.Deduzo por isso que a avaliação do apartamento será sempre superior aos 70.000eur que está a pedir agora!
Em relação às despesas mensais com a aquisição, elas são compensadas pela diferença entre o valor da prestação e da renda.Nesta situação em concreto uma renda seria sempre, significativamente superior.
Em relação ao aumento dos juros, julgo que estou preparado para um aumento de 1% ou 2%,isto porque actualmente os meus rendimentos exedem as despesas entre 30% a 40%.Com o aumento das despesas mensais na sequencia da compra de apartamento, esse exesso desce para entre 20% a 25%.
Também me pareceu que o apartamento em questão tem uma boa relação preço/caracteristicas.
Obrigado pelas respostas
Se não tiveres dinheiro para dar de entrada vai ser muito, muito dificil nesta fase..... mas o melhore é começares a caminhar para os bancos e fazer simulações.
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
O facto de viver em casa de familiares em regime de "fiel depositario" significa que pago todas as despesas exepto a renda.Faço uma contribuição simbolica para a prestação no valor de 100eur.A prestação da casa é de 200eur!!!
Por isso se a prestação de uma nova casa for até aos 300eur, reflecte um acrescimo de 200eur em relação à situação actual.
Para as despesas iniciais de um empréstimo à habitação, estou preparado.Também já possuo o recheio minimo de uma casa.
Já para dar uma entrada, não posso dizer a mesma coisa.No entanto tenho um fiador que é dos quadros da função publica,sem dependentes, divorciado e com uma taxa de esforço de 50%.
Por outro lado o vendedor confessou-me que à alguns meses atrás estava a pedir 100.000eur pelo mesmo apartamento.Deduzo por isso que a avaliação do apartamento será sempre superior aos 70.000eur que está a pedir agora!
Em relação às despesas mensais com a aquisição, elas são compensadas pela diferença entre o valor da prestação e da renda.Nesta situação em concreto uma renda seria sempre, significativamente superior.
Em relação ao aumento dos juros, julgo que estou preparado para um aumento de 1% ou 2%,isto porque actualmente os meus rendimentos exedem as despesas entre 30% a 40%.Com o aumento das despesas mensais na sequencia da compra de apartamento, esse exesso desce para entre 20% a 25%.
Também me pareceu que o apartamento em questão tem uma boa relação preço/caracteristicas.
Obrigado pelas respostas
Por isso se a prestação de uma nova casa for até aos 300eur, reflecte um acrescimo de 200eur em relação à situação actual.
Para as despesas iniciais de um empréstimo à habitação, estou preparado.Também já possuo o recheio minimo de uma casa.
Já para dar uma entrada, não posso dizer a mesma coisa.No entanto tenho um fiador que é dos quadros da função publica,sem dependentes, divorciado e com uma taxa de esforço de 50%.
Por outro lado o vendedor confessou-me que à alguns meses atrás estava a pedir 100.000eur pelo mesmo apartamento.Deduzo por isso que a avaliação do apartamento será sempre superior aos 70.000eur que está a pedir agora!
Em relação às despesas mensais com a aquisição, elas são compensadas pela diferença entre o valor da prestação e da renda.Nesta situação em concreto uma renda seria sempre, significativamente superior.
Em relação ao aumento dos juros, julgo que estou preparado para um aumento de 1% ou 2%,isto porque actualmente os meus rendimentos exedem as despesas entre 30% a 40%.Com o aumento das despesas mensais na sequencia da compra de apartamento, esse exesso desce para entre 20% a 25%.
Também me pareceu que o apartamento em questão tem uma boa relação preço/caracteristicas.
Obrigado pelas respostas
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- Registado: 23/2/2008 0:35
Aguardo a ordem do tribunal para entrar lá com a policia.
Tenho um amigo que teve uma situação semelhante e foi acoselhado a resolver de forma diferente.
Sei que mudou a fechadura da porta e atirou as coisas do inquilino pela janela, julgo que depois de avisado. Os pormenores já não me lembro. E o problema ficou resolvido sem tribunais.
Abraço
j.pinto
No dia em que parares de avançar e disseres "até aqui já chega", estarás morto.
A melhor alternativa ee:
Alugar (arrendamento) e sub-alugar com uma margem de lucro. Ora isto nao daa chatices e rende uma pipa.
Muito praticado nos meios de imigracao e com optimos resultados.
Muito praticado nos meios de imigracao e com optimos resultados.


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- Registado: 22/4/2003 23:12
urukai Escreveu:pvg80713 Escreveu:Parece que os tribunais ate funcionam...
ja agora e para quem nao sabe, a lei do arrendamento mudou muito. ou seja é possivel fazer a penhora so por solicitadores de execução e é mais rápido...
a ideia de que os inquilinos podem la passar anos sem pagar nao me parece verdadeira. Precisas sempre de um bom advogado...
Não é bem assim...
Falo por experiência própria, se o o inquilino se recusar e desaparecer do mapa o processo pode tornar-se muito moroso e complicado. Sem entrar em pormenores, tenho um processo em tribunal há 3 anos, ou seja, estou sem pagamento há três anos.
A agua e a luz estão em teu nome?
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
pvg80713 Escreveu:Parece que os tribunais ate funcionam...
ja agora e para quem nao sabe, a lei do arrendamento mudou muito. ou seja é possivel fazer a penhora so por solicitadores de execução e é mais rápido...
a ideia de que os inquilinos podem la passar anos sem pagar nao me parece verdadeira. Precisas sempre de um bom advogado...
Não é bem assim...
Falo por experiência própria, se o o inquilino se recusar e desaparecer do mapa o processo pode tornar-se muito moroso e complicado. Sem entrar em pormenores, tenho um processo em tribunal há 3 anos, ou seja, estou sem pagamento há três anos.
Não esquecer outras despesas que apenas ocorrem no caso da aquisição por emprestimo bancário :
- taxa avaliação ( +/- 170,00€ )
- comissão estudo processo ( +/- 250,00€ )
- imposto selo aquisição ( +/- 425,00€ )
- imposto selo comissoes ( +/- 16,00€ )
- registos provisórios ( +/- 250,00€ )
- escritura ( até 600€ através do Casa Pronta )
- I.M.T ( neste caso até +/- 80.000,00€ está isento )
- I.M.I ( +/- 180,00€ podendo estar isento por 8 anos )
Só de despesas a pagar à cabeça são no minimo 1.700,00€;
Depois temos outras despesas que agravam o orçamento mensal de um proprietário :
- seguro de vida obrigatório ( +/- 10,00€ por mês)
- seguro multi-riscos ( +/- 16,00€ por mês )
- condominio ( +/- 30,00€ )
- taxa de liquidação da prestação ( +/- 1,00€ por
mês)
Nesta parte agrava-se as despesas mensais em quase 60,00€, valor este que deve ser considerado em conjunto com a prestação do banco para avaliar se somos capazes de suportar a situação.
Eu arriscaria-me a dizer que actualmente os juros são o menor dos custos perante esta panóplia de despesas adicionais.
Se o projecto de vida nessa casa for a muito longo prazo estas despesas são diluiveis, caso contrário, cada mudança de casa agravará ainda mais o custo real da habitação.
Cada vez mais se deve olhar para a habitação como se de um serviço se tratasse, tal como a agua, a luz, o gaz, etc que todos os meses consumimos.
- taxa avaliação ( +/- 170,00€ )
- comissão estudo processo ( +/- 250,00€ )
- imposto selo aquisição ( +/- 425,00€ )
- imposto selo comissoes ( +/- 16,00€ )
- registos provisórios ( +/- 250,00€ )
- escritura ( até 600€ através do Casa Pronta )
- I.M.T ( neste caso até +/- 80.000,00€ está isento )
- I.M.I ( +/- 180,00€ podendo estar isento por 8 anos )
Só de despesas a pagar à cabeça são no minimo 1.700,00€;
Depois temos outras despesas que agravam o orçamento mensal de um proprietário :
- seguro de vida obrigatório ( +/- 10,00€ por mês)
- seguro multi-riscos ( +/- 16,00€ por mês )
- condominio ( +/- 30,00€ )
- taxa de liquidação da prestação ( +/- 1,00€ por
mês)
Nesta parte agrava-se as despesas mensais em quase 60,00€, valor este que deve ser considerado em conjunto com a prestação do banco para avaliar se somos capazes de suportar a situação.
Eu arriscaria-me a dizer que actualmente os juros são o menor dos custos perante esta panóplia de despesas adicionais.
Se o projecto de vida nessa casa for a muito longo prazo estas despesas são diluiveis, caso contrário, cada mudança de casa agravará ainda mais o custo real da habitação.
Cada vez mais se deve olhar para a habitação como se de um serviço se tratasse, tal como a agua, a luz, o gaz, etc que todos os meses consumimos.
scotch Escreveu:Este assunto é recorrente, pois sair de casa de familiares é uma decisão que tem de ser tomada com ponderação.Neste momento vivo em casa da minha mãe, mas não vivo com ela.Sou o "fiel depositário" da casa.Mas nos próximos meses esta situação vai mudar.No entanto já me habituei a viver sozinho e não me imagino a viver outra vez com a minha mãe!
À meia-dúzia de anos atrás,a compra de um apartamento foi a 1ª opção, mas depresa me apercebi que seria dificil suportar uma prestação na ordem dos 400-500 Eur.
Pensei no arrendamento, mas depresa tambem me apercebi que os valores não eram diferentes, com a agravante de os apartamentos para arrendar estarem em geral em muito mau estado de conservação.
Com este tópico tomei consciencia dos prós do arrendamento.Exige menos compromissos, oferece mais liberdade,etc.
No entanto dos apartamentos para arrendar, nas zonas de Queluz e Amadora, que visitei nenhum reunia o minimo das minhas expectativas: boa localização, prédio/apartamento bem conservado, até 350 eur.
Por esta razão foquei as minhas atenções na compra.
Recentemente encontrei um apartamento T1, em Queluz, c\ 70 m2 de 1999, a cerca de 10 min da estação da CP por 70.000 Eur.
A prestação para este valor fica entre os 280eur e os 300eur.Uma renda para o mesmo apartamento ficaria entre os 400 e 450!Uma diferença superior a 100eur/mês.
Mesmo com as despesas de condominio, saneamento e o imposto municipal. Julgo que a despesa mensal média para a compra fica inferior ao valor de arrendamento para o mesmo apartamento.
O que vos parece o valor para este apartamento?
Parece-me bem.
Tens é que ver se tens rendimento para esse tipo de despesas, mas suponho que tendo vivido bastante tempo a expensas de outrém tenhas poupança que te permita pagar ou uma entrada superior ao um eventual aumento da taxa de juro.
The market gives; The market takes.
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scotch Escreveu:Este assunto é recorrente, pois sair de casa de familiares é uma decisão que tem de ser tomada com ponderação.Neste momento vivo em casa da minha mãe, mas não vivo com ela.Sou o "fiel depositário" da casa.Mas nos próximos meses esta situação vai mudar.No entanto já me habituei a viver sozinho e não me imagino a viver outra vez com a minha mãe!
À meia-dúzia de anos atrás,a compra de um apartamento foi a 1ª opção, mas depresa me apercebi que seria dificil suportar uma prestação na ordem dos 400-500 Eur.
Pensei no arrendamento, mas depresa tambem me apercebi que os valores não eram diferentes, com a agravante de os apartamentos para arrendar estarem em geral em muito mau estado de conservação.
Com este tópico tomei consciencia dos prós do arrendamento.Exige menos compromissos, oferece mais liberdade,etc.
No entanto dos apartamentos para arrendar, nas zonas de Queluz e Amadora, que visitei nenhum reunia o minimo das minhas expectativas: boa localização, prédio/apartamento bem conservado, até 350 eur.
Por esta razão foquei as minhas atenções na compra.
Recentemente encontrei um apartamento T1, em Queluz, c\ 70 m2 de 1999, a cerca de 10 min da estação da CP por 70.000 Eur.
A prestação para este valor fica entre os 280eur e os 300eur.Uma renda para o mesmo apartamento ficaria entre os 400 e 450!Uma diferença superior a 100eur/mês.
Mesmo com as despesas de condominio, saneamento e o imposto municipal. Julgo que a despesa mensal média para a compra fica inferior ao valor de arrendamento para o mesmo apartamento.
O que vos parece o valor para este apartamento?
Atenção que essa prestacção não vai ser sempre assim, pois a taxa de juro deverá ter tendencia em subir, no entanto para os valores que falas será preferivel a comprar.
Na compra tens de ter em atenção que deves ter que dar uma entrada inicial e/ou arranjar fiador, é um caso de pedires simulações e ver as condições!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
Este assunto é recorrente, pois sair de casa de familiares é uma decisão que tem de ser tomada com ponderação.Neste momento vivo em casa da minha mãe, mas não vivo com ela.Sou o "fiel depositário" da casa.Mas nos próximos meses esta situação vai mudar.No entanto já me habituei a viver sozinho e não me imagino a viver outra vez com a minha mãe!
À meia-dúzia de anos atrás,a compra de um apartamento foi a 1ª opção, mas depresa me apercebi que seria dificil suportar uma prestação na ordem dos 400-500 Eur.
Pensei no arrendamento, mas depresa tambem me apercebi que os valores não eram diferentes, com a agravante de os apartamentos para arrendar estarem em geral em muito mau estado de conservação.
Com este tópico tomei consciencia dos prós do arrendamento.Exige menos compromissos, oferece mais liberdade,etc.
No entanto dos apartamentos para arrendar, nas zonas de Queluz e Amadora, que visitei nenhum reunia o minimo das minhas expectativas: boa localização, prédio/apartamento bem conservado, até 350 eur.
Por esta razão foquei as minhas atenções na compra.
Recentemente encontrei um apartamento T1, em Queluz, c\ 70 m2 de 1999, a cerca de 10 min da estação da CP por 70.000 Eur.
A prestação para este valor fica entre os 280eur e os 300eur.Uma renda para o mesmo apartamento ficaria entre os 400 e 450!Uma diferença superior a 100eur/mês.
Mesmo com as despesas de condominio, saneamento e o imposto municipal. Julgo que a despesa mensal média para a compra fica inferior ao valor de arrendamento para o mesmo apartamento.
O que vos parece o valor para este apartamento?
À meia-dúzia de anos atrás,a compra de um apartamento foi a 1ª opção, mas depresa me apercebi que seria dificil suportar uma prestação na ordem dos 400-500 Eur.
Pensei no arrendamento, mas depresa tambem me apercebi que os valores não eram diferentes, com a agravante de os apartamentos para arrendar estarem em geral em muito mau estado de conservação.
Com este tópico tomei consciencia dos prós do arrendamento.Exige menos compromissos, oferece mais liberdade,etc.
No entanto dos apartamentos para arrendar, nas zonas de Queluz e Amadora, que visitei nenhum reunia o minimo das minhas expectativas: boa localização, prédio/apartamento bem conservado, até 350 eur.
Por esta razão foquei as minhas atenções na compra.
Recentemente encontrei um apartamento T1, em Queluz, c\ 70 m2 de 1999, a cerca de 10 min da estação da CP por 70.000 Eur.
A prestação para este valor fica entre os 280eur e os 300eur.Uma renda para o mesmo apartamento ficaria entre os 400 e 450!Uma diferença superior a 100eur/mês.
Mesmo com as despesas de condominio, saneamento e o imposto municipal. Julgo que a despesa mensal média para a compra fica inferior ao valor de arrendamento para o mesmo apartamento.
O que vos parece o valor para este apartamento?
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so para informar que a casa que eu tinha arrendada e que a senhora nao pagava a renda a seis meses me devolveu hoje a casa impecavel.
o ordenado esta a ser penhorado bem como o do fiador...
e percebeu que ia mesmo ter que pagar ou que ia mesmo para a rua em pouco tempo.
Parece que os tribunais ate funcionam...
ja agora e para quem nao sabe, a lei do arrendamento mudou muito. ou seja é possivel fazer a penhora so por solicitadores de execução e é mais rápido...
a ideia de que os inquilinos podem la passar anos sem pagar nao me parece verdadeira. Precisas sempre de um bom advogado...
o ordenado esta a ser penhorado bem como o do fiador...
e percebeu que ia mesmo ter que pagar ou que ia mesmo para a rua em pouco tempo.
Parece que os tribunais ate funcionam...
ja agora e para quem nao sabe, a lei do arrendamento mudou muito. ou seja é possivel fazer a penhora so por solicitadores de execução e é mais rápido...
a ideia de que os inquilinos podem la passar anos sem pagar nao me parece verdadeira. Precisas sempre de um bom advogado...
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- Registado: 19/4/2005 11:11
Gonçalo, ninguém está a comparar um imóvel a uma acção. Estes activos são, obviamente, muito diferentes.
Aliás, antes do tu vires anunciar algumas das características do imobiliário já eu tinha dito que o facto de não haver dois imóveis iguais é uma das principais, senão mesmo a principal, particularidade do mercado imobiliário.
Queres mercado com menos liquidez que o imobiliário? Deve ser quase impossível. Não tem nada a ver com os mercados financeiros onde os activos transaccionados são uniformizados.
Gonçalo, para mim qualquer transacção faz parte do mercado. Não tem que arrastar ou deixar de arrastar absolutamente nada! Faz o mercado a cada momento, a cada transacção.
Uma vez mais repito tudo o que escrevi na minha mensagem anterior e dou por terminada a minha participação neste debate por não ter mais nada a acrescentar e por já me começar a repetir.
Um abraço,
Tiago
Aliás, antes do tu vires anunciar algumas das características do imobiliário já eu tinha dito que o facto de não haver dois imóveis iguais é uma das principais, senão mesmo a principal, particularidade do mercado imobiliário.
Queres mercado com menos liquidez que o imobiliário? Deve ser quase impossível. Não tem nada a ver com os mercados financeiros onde os activos transaccionados são uniformizados.
Gonçalo, para mim qualquer transacção faz parte do mercado. Não tem que arrastar ou deixar de arrastar absolutamente nada! Faz o mercado a cada momento, a cada transacção.
Uma vez mais repito tudo o que escrevi na minha mensagem anterior e dou por terminada a minha participação neste debate por não ter mais nada a acrescentar e por já me começar a repetir.

Um abraço,
Tiago
tmms Escreveu:Ah, acho que agora ficou tudo muito mais claro.
E é precisamente por isso (informação assimétrica) que eu defendo que o valor de mercado de um imóvel deve ser encontrado da forma que defendi anteriormente. A tal forma que tu consideras não ser a mais adequada à nossa realidade.
Resumindo, por mais voltas que se dê vamos sempre chegar à mesma conclusão. Temos visões diametralmente opostas da forma como deve ser encontrado o valor de mercado de um imóvel. Veremos qual das duas tenderá a prevalecer num mundo em pleno processo acelerado de globalização e de acesso horizontal à informação.
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:Certo, estou de acordo. Foi isso mesmo que disse e mantenho.
Mas sabendo alguma informação como sei (...) parece-me que não é a regra do mercado.
Será que me consegui explicar?
Ah, acho que agora ficou tudo muito mais claro.
E é precisamente por isso (informação assimétrica) que eu defendo que o valor de mercado de um imóvel deve ser encontrado da forma que defendi anteriormente.
A tal forma que tu consideras não ser a mais adequada à nossa realidade.
Resumindo, por mais voltas que se dê vamos sempre chegar à mesma conclusão. Temos visões diametralmente opostas da forma como deve ser encontrado o valor de mercado de um imóvel. Veremos qual das duas tenderá a prevalecer num mundo em pleno processo acelerado de globalização e de acesso horizontal à informação.
Abraço,
Tiago
Estás a teimar numa discussão que já terminou há muito e continuas sem responder se uma transacção imobiliária originada por pressão pode fazer o mercado, pode arrastar todo o mercado.
E não queiram, por favor, que um imóvel seja igual a uma acção. Pode ser analisada e tratada como tal mas deixem que guarde as suas diferenças, senão isto perde a piada toda

goncalonr Escreveu:Certo, estou de acordo. Foi isso mesmo que disse e mantenho.
Mas sabendo alguma informação como sei (...) parece-me que não é a regra do mercado.
Será que me consegui explicar?
Ah, acho que agora ficou tudo muito mais claro.
E é precisamente por isso (informação assimétrica) que eu defendo que o valor de mercado de um imóvel deve ser encontrado da forma que defendi anteriormente.
A tal forma que tu consideras não ser a mais adequada à nossa realidade.
Resumindo, por mais voltas que se dê vamos sempre chegar à mesma conclusão. Temos visões diametralmente opostas da forma como deve ser encontrado o valor de mercado de um imóvel. Veremos qual das duas tenderá a prevalecer num mundo em pleno processo acelerado de globalização e de acesso horizontal à informação.
Abraço,
Tiago
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:Achas que estas transacções são generalizadas ao ponto de formar um valor médio de mercado?
O que achas tu? E com base em que informação?
É que pegando nas tuas próprias palavras uma das características que define o mercado imobiliário é o facto deste "Gozar de informação imperfeita. O fluxo de informação é escasso e os preços não são públicos;"
Abraço,
Tiago
Certo, estou de acordo. Foi isso mesmo que disse e mantenho.
Mas sabendo alguma informação como sei, e que existem casos em que a descida relativamente ao asking price excede mesmo os 25%, parece-me que não é a regra do mercado.
São casos isolados, de pessoas que estão mesmo necessitadas. É aquilo a que usualmente se chama de distressed sale. E isto não me parece que esteja a constituir a regra no mercado ao ponto de, em média, o mercado vir a baixar mais de 25%.
Obviamente, posso sempre socorrer-me as estatísticas e olhar, por exemplo, para o Valor Médio de Avaliação Bancária. Aí, se calhar, até posso encontrar alguns casos isolados, nos 5% inferiores, mas a média andará a oscilar, mais coisa, menos coisa, 5% a 10%.
Será que me consegui explicar?
goncalonr Escreveu:Achas que estas transacções são generalizadas ao ponto de formar um valor médio de mercado?
O que achas tu? E com base em que informação?
É que pegando nas tuas próprias palavras uma das características que define o mercado imobiliário é o facto deste "Gozar de informação imperfeita. O fluxo de informação é escasso e os preços não são públicos;"
Abraço,
Tiago
tmms Escreveu:Gonçalo, um mercado é feito por todas as transacções que nele ocorrem!
Quais são os critérios que sugeres aplicar para excluir uma parte das transacções?
Um abraço,
Tiago
Acho que não me estou a conseguir explicar.
Achas que estas transacções são generalizadas ao ponto de formar um valor médio de mercado?
O que estou a tentar dizer é que estas transacções acontecem mas não vão ser em volume suficiente para formar um valor médio. Serão casos esporádicos que não constituirão uma tendência nem um valor de referência. Constituirão, sim, excelentes oportunidades!
Se quisesses fazer uma análise estatística, estes valores caberiam em percentis baixos e até provavelmente poderemos vir a ter uma elevada curtose numa hipotética distribuição normal do mercado de habitação.
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