Financial Times: Portugal Bailout custa 60b
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psi-20 Escreveu:Obrigado pd carriço. Pensei que os lucros (por alguma razão que eu desconhecia) não pudessem ser utilizados para esse fim.
Já agora outra pergunta, que vem mais ou menos no seguimento da anterior: no jornal de negocios saiu a notícia de que os bancos aumentaram a exposição ao BCS para 4o mil milhões, sabendo que eles emprestam a cerca de 1% e emprestam a valores mais altos isso devia ser bom para os bancos? partindo do principio que o BCE não vai fechar a torneira sem mais nem menos quais são os malefícios para os bancos de se financiarem junto do BCE??
Não sou especialista, mas não vejo maleficios...só vejo beneficios, porque o BCE empresta a 1%, e os bancos emprestam ao estado a 6% e 7%...
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Obrigado pd carriço. Pensei que os lucros (por alguma razão que eu desconhecia) não pudessem ser utilizados para esse fim.
Já agora outra pergunta, que vem mais ou menos no seguimento da anterior: no jornal de negocios saiu a notícia de que os bancos aumentaram a exposição ao BCS para 4o mil milhões, sabendo que eles emprestam a cerca de 1% e emprestam a valores mais altos isso devia ser bom para os bancos? partindo do principio que o BCE não vai fechar a torneira sem mais nem menos quais são os malefícios para os bancos de se financiarem junto do BCE??
Já agora outra pergunta, que vem mais ou menos no seguimento da anterior: no jornal de negocios saiu a notícia de que os bancos aumentaram a exposição ao BCS para 4o mil milhões, sabendo que eles emprestam a cerca de 1% e emprestam a valores mais altos isso devia ser bom para os bancos? partindo do principio que o BCE não vai fechar a torneira sem mais nem menos quais são os malefícios para os bancos de se financiarem junto do BCE??
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Re: .
psi-20 Escreveu:Posso estar a fazer uma pergunta estúpida, mas os lucros dos bancos não podem servir para reforçar a liquidez e os rácios? ou São coisas separadas?
A pergunta não é nada estúpida. O problema é que os lucros dos bancos não têm a dimensão necessária face ao gap entre crédito concedido e recursos captados nem face ao crescimento das imparidades.
Ou seja os lucros podem ajudar mas não resolvem por si os problemas.
Para já, o tal gap até tem servido para melhorar os lucros, porque os recursos que têm faltado, têm vindo do BCE, que os cede a taxa quase zero.
Por isso os bancos têm cortado no crédito. Precisam de adequar o crédito concedido a uma nova quantidade (menor) de recursos disponíveis e precisam de melhorar o crédito daí serem mais rigorosos na concessão de empréstimos.
Pedro Carriço
Re: Financial Times: Portugal Bailout custa 60b
pdcarrico Escreveu:
Ou seja a sustentabilidade só pode passar ou por superávide ou por défice curto com crescimento.
Sim, sim, isso para mim é evidente. O que achei espantoso foi os tipos andarem a falar em superavit quando é sabido que nos próximos 3 anos já é bom se a coisa ficar pelos 3% ou perto disso.
pdcarrico Escreveu:São os dois. O segundo tem sido resolvido pelo BCE e o primeiro terá que ver com crescimento transversal a toda a banca das imparidades.
São os dois de facto, mas se for 'apenas' problema de liquidez sempre é mais reconfortante porque esse resolve-se, mais ou menos, se o BCE mantiver a torneira aberta (mais ou menos por causa das garantias que ainda tiverem para apresentar).
Já se for problema de solvabilidade é muito mais grave.
A crise da liquidez decorre de uma tendência começada há uma meia dúzia de anos, de os bancos deterem um posição de crédito concedido superior a recursos captados. Até à pouco tempo viravam-se para o interbancário e resolviam o problema, agora viram-se para o BCE.
As imparidades cresceram muito desde há dois anos, quando a crise se agravou. Se as imparidades se confirmassem como incobráveis, a banca não faliria, mas as posições de capital ficariam muito mais frágeis e os lucros acabariam por um tempo.
As imparidades cresceram muito desde há dois anos, quando a crise se agravou. Se as imparidades se confirmassem como incobráveis, a banca não faliria, mas as posições de capital ficariam muito mais frágeis e os lucros acabariam por um tempo.
Pedro Carriço
Re: Financial Times: Portugal Bailout custa 60b
AutoMech Escreveu:Andamos aqui a nós a tentar reduzir o défice e estes tipos falam, como solução, em excedentes ?
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Até pode ser verdade, mas...
Num cenário de recessão económica, e mesmo havendo ligeira inflação, qualquer défice aumenta o rácio Dívida/PIB. Se pelo menos o PIB crescesse, um mesmo montante de dívida seria menos representativo e mais sustentável.
Ou seja a sustentabilidade só pode passar ou por superávide ou por défice curto com crescimento.
Mas não há milagres. O rácio dívida/PIB vai mesmo aumentar, ainda que tudo corra bem. Mas se as metas de execução orçamental forem cumpridas, e com crescimento lá para 2012, talvez a coisa comece a melhorar.
AutoMech Escreveu:Basically, is it solvency or liquidity that the Portuguese banks have a problem with?
Ainda há dias falava nisto com um amigo meu. No meio do ruído não sei o que pensar. Se for o primeiro é muito mais preocupante que o segundo.
São os dois. O segundo tem sido resolvido pelo BCE e o primeiro terá que ver com crescimento transversal a toda a banca das imparidades.
Pedro Carriço
AutoMech Escreveu:É por isso que o BCE não se atreve (espero eu) a fechar a torneira.
Penso que a banca enfrenta problemas estruturais... O MF ontem falou em refundar o BPN, eu penso que se deve começar a refundar o modelo de negócio da banca.
Paralelamente, devem-se manter as linhas de apoio do BCE mas SEMPRE acompanhadas de medidas de fundo de parte da banca sendo estas medidas de backup enquanto se procede à reestruturação.
O problema é que a economia real vai-se ressentir desta "banda gástrica".
Mas paralelamente, não podemos estar obcecados apenas com o crescimento económico alavancado no crédito à economia, mas temos que começar a lidar seriamente, com um crescimento consubstanciado no aumento da produtividade do trabalho, na aposta nos bens transaccionáveis, na I&D, nos sectores tecnológicos, nos sectores de elevado valor acrescentado, etc.
Ao longo dos últimos anos financiaram-se projectos de dúbio valor e adiou-se o seu fim…
Editado pela última vez por am6903 em 12/1/2011 12:47, num total de 1 vez.
Cumprimentos
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Re: Financial Times: Portugal Bailout custa 60b
Ainda há dias falava nisto com um amigo meu. No meio do ruído não sei o que pensar. Se for o primeiro é muito mais preocupante que o segundo.
O segundo pode transformar-se no 1º rapidamente.
Cumprimentos
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Re: Financial Times: Portugal Bailout custa 60b
An actual surplus of one or two per cent of GDP may be Portugal’s only realistic baseline for debt sustainability (2010’s deficit target, which was met, amounted to a deficit of 7.3 per cent.)


Até pode ser verdade, mas...
Basically, is it solvency or liquidity that the Portuguese banks have a problem with?
Ainda há dias falava nisto com um amigo meu. No meio do ruído não sei o que pensar. Se for o primeiro é muito mais preocupante que o segundo.
Financial Times: Portugal Bailout custa 60b
Portugal’s bailout numbers…
With that background in mind, it’s almost… easy to work out what kind of bailout funding Portugal would need.
Assuming that Portugal is best off with some sort of bailout (you could argue that coming off the market for years and then eventually refinancing the bailout loans will do more harm than good), we like the look of these numbers from Valli and Bucco.
Writing ahead of a critical pair of auctions of Portuguese debt on Wednesday, they note this:
Regardless of the auctions’ outcome, we see little scope for Portuguese spreads to narrow substantially from the current levels (which we deem as unsustainable), making it more likely than not that Portugal will eventually be forced to seek external assistance. In this case, we estimate that the total size of the rescue package could be around EUR 60bn (with the usual 1/3 split between EFSM, EFSF, IMF), sufficient to cover bond redemptions and the expected budget deficit for the next three years, as well as providing EUR 10bn for the stabilization of the banking sector – which however is not in a critical situation.
Numbers which make sense if you assume Portugal will issue around €20bn of government bonds per year in 2012 and 2013, as in 2011. Of course, a lot depends on what deficit target Portugal is given. An actual surplus of one or two per cent of GDP may be Portugal’s only realistic baseline for debt sustainability (2010’s deficit target, which was met, amounted to a deficit of 7.3 per cent.)
At any rate, €10bn for Portuguese banks roughly corresponds to their refinancing needs in 2011 but you may see some debate over whether this should be equity for recapitalisation or just the limit on a funding guarantee. Basically, is it solvency or liquidity that the Portuguese banks have a problem with?
Those are the Portuguese numbers, and they’re pretty cut-and-dried compared to the absolute abyss of potential losses Irish banks had left for Ireland’s bailout in November 2010.
http://ftalphaville.ft.com/blog/2011/01 ... -together/
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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