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Caldeirão da Bolsa

Manuel Alegre e Pacheco fizeram publicidade ao BPP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 5/1/2011 23:34

Não estou a ver a importância desta notícia, o que é que interessa quem fez publicidade a um banco, ou a uma outra empresa qualquer?! O facto de esse banco ter falido depois disso associa-o de alguma forma ao mesmo?! acho que não...

abraços

artista
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por Pata-Hari » 5/1/2011 23:32

Não acham que isto é um exagero....??? nenhuma das pessoas em causa teria que ter poderes e capacidades maiores do que as do próprio supervisor para avaliar perfeitamente a instituição em causa. Se o supervisor foi totalmente iludido :roll: , porque não o poderiam ser os participantes na publicidade? Se o supervisor do sistema bancário não é posto em causa, porque carga de água seriam personalidades que fizeram publicidade a um banco?

Cito o Fernando Ulrich ainda hoje:

Ulrich
Falta de fiscalização no BPN "torna o Dr. Oliveira e Costa um génio do mal"
05 Janeiro 2011 | 00:04
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
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Fernando Ulrich ironiza face à falha de fiscalização no BPN, "o que torna o Dr. Oliveira e Costa um génio do mal"
Num comentário na SIC Notícias ontem à noite, o presidente executivo do BPI comentou o “caso BPN”, que ganhou uma nova polémica durante a actual campanha eleitoral para as presidenciais, separando o passado do presente.

Antes da nacionalização, “houve uma gestão inacreditável do banco que está, e muito bem , a ser investigada pela justiça”, disse Ulrich, que foi coordenador-convidado ontem à noite na SIC Notícias, numa acção no âmbito das comemorações da estação.

“Foi pena que os organismos de fiscalização interna do banco não tivessem detectado nada” e que “os externos não tenho sido capazes de detectar nada, o que torna o Dr. Oliveira e Costa um génio do mal”. Ulrich não precisou a que instituições se referia: se ao Banco de Portugal, aos auditores ou à CMVM.

Foi “uma gestão inacreditável e criminosa, como tem sido dito”, concluiu Fernando Ulrich.

Recorde-se que a campanha para as eleições presidenciais, que estão agendadas para o dia 23 de Janeiro, têm sido marcadas nos últimos dias pela polémica do BPN, com candidatos de esquerda a pedirem explicações a Cavaco Silva pelo seu envolvimento passado no capital do banco e este candidato a criticar a actual gestão do Banco Português de Negócios.

Fernando Ulrich é membro da Comissão de Honra da candidatura de Cavaco Silva.

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por radiohead » 5/1/2011 23:08

Será que Alegre agora vai aparecer de dedo em riste a dizer "Tem que esclarecer, tem que responder?" :twisted:
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Manuel Alegre e Pacheco fizeram publicidade ao BPP

por JMHP » 5/1/2011 22:44

Campanha. Um texto de Manuel Alegre fez parte da campanha do Banco Privado. Depois das suas críticas à intervenção do Estado no BPP, o famoso texto voltou a ser recordado. Alegre justifica que quando soube que o texto estava associado ao BPP mandou suspender a iniciativa e devolveu o cheque.

O que têm em comum o ex-candidato presidencial Manuel Alegre, o social-democrata José Pacheco Pereira, o general Vasco Rocha Vieira (ex--governador de Macau), a jornalista Maria João Avillez, o escultor João Cutileiro, o advogado Proença de Carvalho, o pintor Julião Sarmento, o músico Pedro Abrunhosa e o director das Produções Fictícias (e moderador do programa "O Eixo do Mal", da SIC Notícias)? Todos fizeram publicidade ao Banco Privado Português.

A agência de publicidade BBDO, que concebeu a campanha para o BPP, pediu a inúmeros representantes da elite nacional um texto sobre a sua relação com o dinheiro, que depois foi publicado em duas páginas de publicidade na revista do Expresso, a "Única".

Manuel Alegre - que ainda este fim-de-semana fez críticas violentas à intervenção do Estado no Banco Privado - recorda ao DN que, quando escreveu o texto, desconhecia que iria ser utilizado numa campanha publicitária a um banco. Pediu a suspensão da campanha e devolveu o cheque correspondente ao pagamento do texto: 1500 euros. Mas ainda ontem, no site oficial da BBDO, o nome do poeta apareceu como participante na campanha.

Está lá escrito: "Em 2005/06, o BPP contou com textos elaborados por algumas das personalidades mais marcantes da sociedade portuguesa actual, como Miguel Esteves Cardoso, Manuel Alegre, Clara Ferreira Alves, Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Agustina Bessa-Luís, Pedrito de Portugal, Ana Salazar, Maria de Lourdes Modesto, entre outros." Ali também é explicado que o Banco Privado é cliente da agência desde 1999, "altura em que foi criada a campanha 'Livro', que se mantém desde então" e que a campanha "foi considerada pela revista Campaign como uma das dez melhores campanhas de imprensa do mundo em 2001".
No sábado passado, no seu discurso na Aula Magna, Alegre criticou a intervenção do Estado no Banco Privado Português: "Os explorados, os oprimidos, os deserdados da vida foram e são a razão de ser da esquerda. É por eles que estamos aqui, não pelas grandes fortunas, desculpem-me a insistência, do Banco Privado Português."

O texto utilizado na campanha publicitária do Banco Privado Português foi, então, argumento para um ataque ao ex-candidato presidencial no blogue "Câmara Corporativa", assumidamente pró-governamental.
"Quem diria que o insuspeito homem de esquerda - da verdadeira, a da Bayer -, sempre pronto a atacar qualquer suposto desvio à linha justa e a fazer uma ampla coligação com os órfãos de Trotsky, Brejnev e Enver Hoxha, seria capaz de acreditar no capital financeiro? Ai o maroto, ainda por cima precisamente em relação ao "banco das grandes fortunas"?, escreve o blogger Miguel Abrantes, o mais inflamado defensor das posições do PS e do Governo em toda a blogosfera nacional.

"Pois é, de Manuel Alegre seria de esperar tudo - menos isto. Cantar Che Guevara em poesia, desancar o PS, caçar perdizes ou coelhos em ambiente bucólico, declamar com voz grave Os Lusíadas, etc., etc., etc., é habitual e ninguém se surpreende. Mas, no meio de tudo isto, Manuel Alegre ainda ter tempo para nos alertar para os perigos de salvar bancos, quando por 'um par de Purdeys' (as Roll-Royce das espingardas) andou a cantar loas ao banco de João Rendeiro, mostra um amor desmesurado pela caça - e uma profunda convicção de que em política não há memória."

O texto de Manuel Alegre sobre o dinheiro evocava a caça e o desejo impossível de comprar "um par de Purdeys", espingardas caríssimas praticamente inacessíveis.

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx? ... id=1137722
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