Fernando Nobre um bom presidente ?
Elias Escreveu:fafite Escreveu:Por isso mesmo acho que não serve para continuar como presidente
Temos de arranjar alguem que esteja limpo
Alguma sugestão em mente?
Dos candidatos actuais Fernado Nobre sem sombra de dúvida pelo menos não tem o rabo preso, politicamente falando.
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joao bravo Escreveu:No mapa coloquei a branco as auto estradas que se poderiam remover assim as que já existiam ser tornavam mais viáveis (zonas laranjas da A1 por exemplo).
A azul seriam nacionais, incluindo a futura auto-estrada a qual tenho sérias dúvidas da sua rentabilidade.
Sem querer transformar este tópico num tópico sobre auto-estradas, não resisto a perguntar-te: porque não colocas também a A2 a azul, uma vez que tem menos tráfego que a A25 e muitos troços da A23?
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Penso que a independência até pode ser uma condição necessária ou pelo menos desejável a um bom candidato a um cargo público mas não é uma condição suficiente.
Quanto a ser generoso, é sempre perigoso colocar a própria carteira nas mãos de alguém generoso e que se acha no dever moral de abrir os cordões às bolsas dos outros.
Mas penso que é aqui que começa o verdadeiro problema da candidatura de Fernando Nobre, o presidente não tem o poder executivo mas ele fala como se tivesse.
Quanto a ser generoso, é sempre perigoso colocar a própria carteira nas mãos de alguém generoso e que se acha no dever moral de abrir os cordões às bolsas dos outros.
Mas penso que é aqui que começa o verdadeiro problema da candidatura de Fernando Nobre, o presidente não tem o poder executivo mas ele fala como se tivesse.
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Não nos podemos esquecer que o essêncial de um PR é precisamente fazer a ponte entre os cidadãos e o governo, portanto o PR tem a obrigatoriedade de estar sempre em cima dos acontecimentos governativos que possam afectar negativamente os cidadão e por conclusão o país. O que me parece é que Cavaco tem se preocupado muito mais manter estabilidade governativa do que activa.
Não concordo como é óbvio que o cargo de PR seja apenas decorativo. Ele tem até bastantes poderes precisa é de ter coragem de os usar na altura certa.
Não concordo como é óbvio que o cargo de PR seja apenas decorativo. Ele tem até bastantes poderes precisa é de ter coragem de os usar na altura certa.
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Elias Escreveu:Repara, acima de tudo parece-me que o português valoriza muito o transporte individual (como forma de afirmação pessoal ou diferenciação, talvez, mas o certo é que valoriza; em muitas zonas do país, andar a pé é considerado sinal de pobreza), em detrimento do transporte público. Poucas pessoas querem andar de transportes públicos, que são vistos como transportes de pobres e imigrantes. Com esta mentalidade a prevalecer, não surpreende que o português apoie governos que lhes construam estradas para circular mais depressa, e de preferência muitas auto-estradas. Os políticos apenas mandam construir aquilo que o povo valoriza.
Tens razão, mas aí cabe aos pensadores governantes e a nós mudar essa mentalidade mas dou-te toda a razão. Eu pessoalmente uso Metro para me deslocar ao emprego.
Elias Escreveu:No que se refere às estradas nacionais, tenho "mixed feelings". É certo que nalguns casos são alternativa às auto-estradas, dispensando-se eventualmente estas últimas, mas a verdade é que neste país se conduz perigosamente (faço 35 mil km por ano - média dos últimos 10 anos - por isso esta é uma realidade que conheço bem) e as auto-estradas, quer se queira quer não, têm sido o factor que mais tem contribuído para a redução da sinistralidade nos últimos anos. Nem que seja só por isso, penso que terão valido a pena.
Concordo contigo mas para incluirmos esse tópico já teríamos ter de uma discussão de outro tipo para englobar esses aspectos. Ainda assim creio que há estradas nacionais boas com sinistralidade baixa.
Já agora auto-estradas que reduzam o trânsito podem ser bom para redução de importação de petróleo assim como as estradas nacionais nesse aspecto (se o pessoal andar mais devagar) seria benéfico.
Elias Escreveu:Por fim uma nota sobre os transportes públicos: eu sou (sempre fui) forte adepto do transporte público e uso-o sempre que tenho oportunidade, por isso vejo com apreensão o progressivo encerramento e desmantelamento da nossa infra-estrutura ferroviária. Mas tenho de reconhecer que não faz sentido manter uma infra-estrutura e um serviço que poucos valorizam e quase nenhuns usam. O pessoal quer andar de popó e está disposto a pagar por isso.
Concordo contigo e também sou e assusta-me o TGV. Mas também manutenção de auto-estradas que pouca gente usa também é discutível.
Elias Escreveu:Termino com uma pergunta: quando escreves "O corte de algumas auto-estradas viabilizavam outras." podes elaborar?
No mapa coloquei a branco as auto estradas que se poderiam remover assim as que já existiam ser tornavam mais viáveis (zonas laranjas da A1 por exemplo).
A azul seriam nacionais, incluindo a futura auto-estrada a qual tenho sérias dúvidas da sua rentabilidade.
Abraços
João
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joao bravo Escreveu:Já agora mais uma vez te peço para emitires uma opinião tua sobre todos estes assuntos aqui falados.
Repara, acima de tudo parece-me que o português valoriza muito o transporte individual (como forma de afirmação pessoal ou diferenciação, talvez, mas o certo é que valoriza; em muitas zonas do país, andar a pé é considerado sinal de pobreza), em detrimento do transporte público. Poucas pessoas querem andar de transportes públicos, que são vistos como transportes de pobres e imigrantes. Com esta mentalidade a prevalecer, não surpreende que o português apoie governos que lhes construam estradas para circular mais depressa, e de preferência muitas auto-estradas. Os políticos apenas mandam construir aquilo que o povo valoriza.
No que se refere às estradas nacionais, tenho "mixed feelings". É certo que nalguns casos são alternativa às auto-estradas, dispensando-se eventualmente estas últimas, mas a verdade é que neste país se conduz perigosamente (faço 35 mil km por ano - média dos últimos 10 anos - por isso esta é uma realidade que conheço bem) e as auto-estradas, quer se queira quer não, têm sido o factor que mais tem contribuído para a redução da sinistralidade nos últimos anos. Nem que seja só por isso, penso que terão valido a pena.
Por fim uma nota sobre os transportes públicos: eu sou (sempre fui) forte adepto do transporte público e uso-o sempre que tenho oportunidade, por isso vejo com apreensão o progressivo encerramento e desmantelamento da nossa infra-estrutura ferroviária. Mas tenho de reconhecer que não faz sentido manter uma infra-estrutura e um serviço que poucos valorizam e quase nenhuns usam. O pessoal quer andar de popó e está disposto a pagar por isso.
Termino com uma pergunta: quando escreves "O corte de algumas auto-estradas viabilizavam outras." podes elaborar?
1 abraço,
Elias
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Tu tens piada
.
O corte de algumas auto-estradas viabilizavam outras.
Eu também não estou a querer ser radical como agora estás a insinuar, simplesmente não concordo com a gestão e o investimento feito, era possível ter feito melhor.
Claro que o pessoal do interior não iria gostar muito da minha opinião hihihi. Já agora mais uma vez te peço para emitires uma opinião tua sobre todos estes assuntos aqui falados.
Abraços BN

O corte de algumas auto-estradas viabilizavam outras.
Eu também não estou a querer ser radical como agora estás a insinuar, simplesmente não concordo com a gestão e o investimento feito, era possível ter feito melhor.
Claro que o pessoal do interior não iria gostar muito da minha opinião hihihi. Já agora mais uma vez te peço para emitires uma opinião tua sobre todos estes assuntos aqui falados.
Abraços BN
joao bravo Escreveu:Vê-se nesse relatório que a verde temos auto-estradas praticamente sem tráfego como a A6 que vai passar ao lado do futuro TGV. Tenho sérias dúvidas que (correcção:) A23 e aquelas auto-estradas ali para o Norte se justifique o investimento continuo a achar estradas nacionais como melhor opção.
Suponho então que também defendes o mesmo relativamente à auto-estrada que liga Lisboa ao Algarve (A2), pois excepto em Julho e Agosto, de Grândola para baixo o tráfego é menor que o da A23

E já nem vou falar da A3 entre Braga e Valença, que essa então é das que menos tráfego tem.
E claro que o IP5 actual A25 segue idêntico raciocínio, pois aliás já lá havia um IP.
Em suma, bastava-nos a A1, a A2 até Setúbal, a A5, a A4 até Amarante e a A3 até Braga. Voltamos até aos anos 80

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Elias Escreveu:Então e querias que fizessem o quê? Defendessem a saída do euro?
Não! Queria que tivessem uma posição mais firme relativamente aos desafios que aí se avizinhavam!
Vê-se nesse relatório que a verde temos auto-estradas praticamente sem tráfego como a A6 que vai passar ao lado do futuro TGV. Tenho sérias dúvidas que (correcção:) A23 e aquelas auto-estradas ali para o Norte se justifique o investimento continuo a achar estradas nacionais como melhor opção.
Aquelas auto-estradas a amarelo também tem uma gama tão lata que tenho sérias dúvidas.
joao bravo Escreveu:Certo mas a questão é que agora tem sido nos últimos anos Cavaco e os outros PR também os meto no mesmo saco nada fizeram.
Então e querias que fizessem o quê? Defendessem a saída do euro?
joao bravo Escreveu:Esqueci-me de referir que estava a falar de auto-estradas de 2 faixas de rodagem com os dois sentidos perfazem 4.
Já agora se tiveres valores disponíveis até poderíamos aprofundar mais as questões. De qualquer maneira na zona interior do país com o custo de auto-estrada consegues fazer várias estradas nacionais deixando toda a gente na sua globalidade mais bem servido.
Tens aqui a informação solicitada, para todos os troços de todas as auto-estradas.
Nota que os valores indicados são diários.
http://www.inir.pt/portal/LinkClick.asp ... uage=pt-PT
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Esqueci-me de referir que estava a falar de auto-estradas de 2 faixas de rodagem com os dois sentidos perfazem 4.
Já agora se tiveres valores disponíveis até poderíamos aprofundar mais as questões. De qualquer maneira na zona interior do país com o custo de auto-estrada consegues fazer várias estradas nacionais deixando toda a gente na sua globalidade mais bem servido.
Já agora se tiveres valores disponíveis até poderíamos aprofundar mais as questões. De qualquer maneira na zona interior do país com o custo de auto-estrada consegues fazer várias estradas nacionais deixando toda a gente na sua globalidade mais bem servido.
Elias Escreveu:joao bravo Escreveu:A nossa dívida externa já estava em crescente e a nossa economia não acompanhava o crescimento isto já antes da entrada da moeda única.
A adesão à moeda única tinha como pressuposto que o nosso país se tornaria competitivo o que não aconteceu e Cavaco sabia disso.
De acordo, mas aquando da adesão o PR era o Jorge Sampaio e o PM era o Guterres.joao bravo Escreveu:Se há auto-estradas nas quais circulam poucos veículos coloca-se a questão se não seria melhor melhorar ou construir uma estrada nacional, deixando a auto-estrada se se vier a verificar que o fluxo de veículos a justifica.
O que são poucos veículos? E qual o fluxo de veículos que, em tua opinião, justifica uma auto-estrada?
Eu dou uma ajuda: uma auto-estrada em que passe um milhão de veículos por ano, achas que se justifica ou não? E se forem dois milhões?
Certo mas a questão é que agora tem sido nos últimos anos Cavaco e os outros PR também os meto no mesmo saco nada fizeram.
Milhões veículos/ano não diz nada. O que interessa é saber em cada troço da auto-estrada (entrada-saída) qual é a sua utilização. Mas ordens de grandeza mais perto dos 10 milhões / ano já seria bastante bom. 1 milhão de veículos /ano era uma boa aposta para estrada nacional.
É preciso ter em conta também as variações de tráfego ao longo do dia, mas esquecendo esses aspectos.
joao bravo Escreveu:A nossa dívida externa já estava em crescente e a nossa economia não acompanhava o crescimento isto já antes da entrada da moeda única.
A adesão à moeda única tinha como pressuposto que o nosso país se tornaria competitivo o que não aconteceu e Cavaco sabia disso.
De acordo, mas aquando da adesão o PR era o Jorge Sampaio e o PM era o Guterres.
joao bravo Escreveu:Se há auto-estradas nas quais circulam poucos veículos coloca-se a questão se não seria melhor melhorar ou construir uma estrada nacional, deixando a auto-estrada se se vier a verificar que o fluxo de veículos a justifica.
O que são poucos veículos? E qual o fluxo de veículos que, em tua opinião, justifica uma auto-estrada?
Eu dou uma ajuda: uma auto-estrada em que passe um milhão de veículos por ano, achas que se justifica ou não? E se forem dois milhões?
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Elias Escreveu:Para não tornar o debate muito complexo selecciono dois excertos:joao bravo Escreveu:Não ! A situação das finanças têm se vindo a deteriorar e este cenário já era previsível muito antes de 2008.
Hum... em que te baseias para escrever isso?joao bravo Escreveu:Eu conheço bem as auto-estradas portuguesas e sei que algumas estão desertas.
Não sei o que entendes por auto-estradas desertas, mas qual é para ti o volume de tráfego mínimo para justificar uma auto-estrada?
A nossa dívida externa já estava em crescente e a nossa economia não acompanhava o crescimento isto já antes da entrada da moeda única.
A adesão à moeda única tinha como pressuposto que o nosso país se tornaria competitivo o que não aconteceu e Cavaco sabia disso.
Relativamente à questão das auto-estradas é preciso analisar as motivações que devem estar por detrás da construção da mesma que resumidamente são:
- rapidez de acesso
- resolução de elevado tráfego
P.S.: Repara se uma auto-estrada na qual apenas é utilizada tipicamente uma faixa de rodagem já considero uma utilização pouco eficiente e o que acontece é bem pior (diversas vezes tenho o meu veículo a circular sem ver veículo algum na retaguarda ou à minha frente).
Se há auto-estradas nas quais circulam poucos veículos coloca-se a questão se não seria melhor melhorar ou construir uma estrada nacional, deixando a auto-estrada se se vier a verificar que o fluxo de veículos a justifica.
Eu diria que parte das motivações, neste país, para a construção de grandes obras são as construtoras e toda a promiscuidade envolvida com as mesmas.
Para não tornar o debate muito complexo selecciono dois excertos:
Hum... em que te baseias para escrever isso?
Não sei o que entendes por auto-estradas desertas, mas qual é para ti o volume de tráfego mínimo para justificar uma auto-estrada?
joao bravo Escreveu:Não ! A situação das finanças têm se vindo a deteriorar e este cenário já era previsível muito antes de 2008.
Hum... em que te baseias para escrever isso?
joao bravo Escreveu:Eu conheço bem as auto-estradas portuguesas e sei que algumas estão desertas.
Não sei o que entendes por auto-estradas desertas, mas qual é para ti o volume de tráfego mínimo para justificar uma auto-estrada?
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Elias Escreveu:
As finanças só se descontrolaram em 2008-2009, certo?
Quando exactamente é que achas que o Cavaco devia ter alertado para o problema?
Elias Escreveu:retomo a pergunta anterior: quando é que achas que ele devia ter levantado a questão das finanças públicas?
Não ! A situação das finanças têm se vindo a deteriorar e este cenário já era previsível muito antes de 2008. Cavaco já quando era PM deveria estar atento a esse problema quanto mais quando assumiu PR, alertaria logo nessa altura.
Elias Escreveu:Não é essa a função do PR. A quem compete comentar e debater o orçamento é à Assembleia da República, como aliás aconteceu.
Tens toda a razão no aspecto governativo ele não tem que se envolver, como cidadão e PR pode sim comentar o orçamento. É sabido que durante a elaboração do mesmo o PR mantinha vincando contacto com o governo portanto mantenho a mesma posição o PR não governa mas podia alertar desde muito cedo que o conteúdo do orçamento não era o adequado.
Elias Escreveu:Essa parte é discutível. Porque é que as auto-estradas são dinheiro mal gasto?
Quem se pronuncia sobre se o dinheiro foi bem gasto ou não, são os eleitores, na hora de votar. Se reelegeram o governo, é porque entendem que o governo geriu bem as contas públicas, acho que todos nós devemos respeitar esse voto.
Elias os leitores também se pronunciam mas é só na altura das eleições. E esse aspecto é fugir as questões aqui debatidas.
Nós temos o maior número de kmAutoEstrada/habit da Europa. Eu conheço bem as auto-estradas portuguesas e sei que algumas estão desertas. Mantenho ainda assim a minha posição quem é eleito deve defender os interesses nacionais coisa que eu não acho que Cavaco tenha feito verdadeiramente.
Elias Escreveu:Eu concordo que se valorize o mérito, mas não vejo que isso mude só porque temos um PR que pensa assim. Enquanto as mentalidades do compadrio e do favor forem prevalecentes neste país, não há PR que valha.
Sim essa mudança cultural e social vai demorar o seu tempo, mas deve-se começar por algum lado. Cada oportunidade vale o que vale. Mas sim concordo com o que dizes não chega.
Elias Escreveu:Entendo a tua preocupação, mas tu achas mesmo que o PR se deve pronunciar sobre toda e qualquer obra pública?
Obras de elevada contaminação orçamental e num contexto de sérias dúvidas e questões sim acho que se deve pronunciar e muito!
Elias Escreveu:Bem, e ele ia convocar uma AR extraordinária para pedir o quê?
P.R.: "Olha meus queridos isto anda uma bandalheira vamos lá por as coisas a andar mais rápido ! "
Sim acho que fomos e ainda somos muito lentos a actuar no contexto em que estávamos e ainda estamos inseridos!
Abraços
João Bravo
@joao bravo: tinha prometido que comentava este post.
As finanças só se descontrolaram em 2008-2009, certo?
Quando exactamente é que achas que o Cavaco devia ter alertado para o problema?
Não é essa a função do PR. A quem compete comentar e debater o orçamento é à Assembleia da República, como aliás aconteceu.
retomo a pergunta anterior: quando é que achas que ele devia ter levantado a questão das finanças públicas?
Essa parte é discutível. Porque é que as auto-estradas são dinheiro mal gasto?
Quem se pronuncia sobre se o dinheiro foi bem gasto ou não, são os eleitores, na hora de votar. Se reelegeram o governo, é porque entendem que o governo geriu bem as contas públicas, acho que todos nós devemos respeitar esse voto.
Eu concordo que se valorize o mérito, mas não vejo que isso mude só porque temos um PR que pensa assim. Enquanto as mentalidades do compadrio e do favor forem prevalecentes neste país, não há PR que valha.
Entendo a tua preocupação, mas tu achas mesmo que o PR se deve pronunciar sobre toda e qualquer obra pública?
Eu penso que o PR defende os seus ideais quando promulga ou veta legislação (ou quando a envia para o TC).
Bem, e ele ia convocar uma AR extraordinária para pedir o quê?
A isto não sei responder. É uma afirmação demasiado genérica para eu poder concordar ou discordar.
1 abraço,
Elias
joao bravo Escreveu:Baseado no que afirmei atrás ora vejamos:
Concretizando exemplos concretos daquilo que acredito que Cavaco e outros falharam e que os futuro PR deveriam fazer:
A nível da economia eu pergunto se o actual PR não notou no descontrolo se tinha vindo a verificar nas nossas finanças ao longo do seu mandato, eu tenho a certeza que poderia ter um papel muito mais activo indicando e alertando para a gravidade da situação com fortes recomendações para o governo e se for caso vir a público expor a situação e até convocar conforme pode assembleia extraordinária ou recorrer ao concelho de estado.
As finanças só se descontrolaram em 2008-2009, certo?
Quando exactamente é que achas que o Cavaco devia ter alertado para o problema?
joao bravo Escreveu:Mas não ! Optou pelo silêncio e depois surge como o salvador com a história da aprovação de um orçamento que ele próprio não considera grande coisa, então não podia ter vindo a público muito antes comentar os aspectos do orçamento ? Ah não sabia !? Não sabia!! Por favor sabia sim até porque está consagrado o tal contacto com o PM e ele próprio esteve no poder.
Não é essa a função do PR. A quem compete comentar e debater o orçamento é à Assembleia da República, como aliás aconteceu.
joao bravo Escreveu:Não tem desculpa. Só agora que as coisas se tornaram complicadas é que veio falar da economia do mar e das exportações, então ?!, então?! Não teve 5 anos para o fazer.
retomo a pergunta anterior: quando é que achas que ele devia ter levantado a questão das finanças públicas?
joao bravo Escreveu:As grandes obras públicas (estádios, auto-estradas e todo uma carrada de dinheiro mal gasto) eu pergunto o PR não tem nada a dizer ? Eu penso que sim que tem nem que seja como cidadão.
Essa parte é discutível. Porque é que as auto-estradas são dinheiro mal gasto?
Quem se pronuncia sobre se o dinheiro foi bem gasto ou não, são os eleitores, na hora de votar. Se reelegeram o governo, é porque entendem que o governo geriu bem as contas públicas, acho que todos nós devemos respeitar esse voto.
joao bravo Escreveu:Mais com um PR como Nobre e com o seu significado poderíamos começar a criar um tecido de honestidade e credibilidade com forte empurrão contra a corrupção e creio eu que é por aí que se tem que começar para que cada vez haja mais ascensão por mérito e competência e honestidade e não porque é da JSD ou PS ou o que for.
Eu concordo que se valorize o mérito, mas não vejo que isso mude só porque temos um PR que pensa assim. Enquanto as mentalidades do compadrio e do favor forem prevalecentes neste país, não há PR que valha.
joao bravo Escreveu:Até posso contar a minha própria experiência eu e um grupo de moradores que éramos a favor de um projecto alternativo da IC17 na Falagueira, projecto esse afirmado por todos os engenheiro (eu próprio engenheiro) com quem discutimos a questão como sendo o mais barato, mais correcto do ponto de vista de segurança, mais correcto do ponto de vista de poluição sonora e ambiental etc. o PR foi informado e preferiu ignorar-nos. Porquê ? Será porque chocava com interesses imobiliários nas futuras urbanizações da Falagueira? http://www.cril-segura.com/ (para quem se interessar)
Entendo a tua preocupação, mas tu achas mesmo que o PR se deve pronunciar sobre toda e qualquer obra pública?
joao bravo Escreveu:Quando Cavaco afirma que não pode comentar aquele ou outro partido que seria acusado de tomar partes, eu pergunto à partida não é o PR totalmente antipartidário? Não faz sentido nenhum, que alguém o acuse, seja o de for desde que haja congruência no seu discurso é mais uma falsa questão. Portanto o PR pode e deve chamar a atenção das coisas independentemente daquele ou do outro partido ! E o ser mediador não é de todo tomar uma pose passiva (visão completamente limitativa) pelo contrário é defender os seus ideais e aquilo que acha o melhor para o país ele é acima de tudo cidadão e se não quer falar como PR fale como cidadão mas não se cale!
Eu penso que o PR defende os seus ideais quando promulga ou veta legislação (ou quando a envia para o TC).
joao bravo Escreveu:Nunca vi Cavaco preocupado em convocar uma assembleia da republica extraordinária! Não o Fez nunca em situações que merecem pela gravidade como é o estado das nossas finanças!
Bem, e ele ia convocar uma AR extraordinária para pedir o quê?
joao bravo Escreveu:Cavaco tal como os outros PR desvalorizam e sempre desvalorizam os seus poderosos poderes servindo de tal como capa de protecção como intocáveis.
A isto não sei responder. É uma afirmação demasiado genérica para eu poder concordar ou discordar.
1 abraço,
Elias
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e-finance Escreveu:Para mim F. Nobre é o melhor candidato por duas razões.
1-É um homem competente e tem provas dadas.
2-Não é politico profissional.
Cumps.
O presidente não devia ser FN nem ninguém porque simplesmente o cargo não serve para nada a não ser para consumo de recursos que não temos.
Tenho votado em branco nas ultimas eleições mas nestas nem sequer vou votar!
Nem as moscas mudam...
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