S&P corta "rating" de Portugal
helderjsm Escreveu:Já hoje cobraria uma taxa de 5% sem dúvida por causa da incerteza nos mercados provocada sim pelas Agências.
Pera lá! Esquece lá as agências! Se tu acreditas na capacidade do Estado em pagar, para que é que ias exigir 5%? Os 4% não te chegam ou tens dúvidas que te paguem? Ou tás armado em usurário?

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mais_um Escreveu:podias perguntar a mim..![]()
Emprestei em Outubro a 6,1% a 10 anos. E estou a pensar emprestar este mês a 6,5%, também a 10 anos.
E?
Fonix, pá, então eu ia agora perguntar a um gajo que empresta dinheiro a mais de 6%???? Isso é usura e eu não falo com gente dessa laia





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Elias Escreveu:Helder responde-me só a isto: emprestavas dinheiro ao Estado português? Se sim, em que condições (isto é, a que taxa)?
Se fosse há uns meses 4% parecia-me bom porque seria o máximo que conseguiria numa aplicação sem risco em qualquer instituição com um mínimo de credibilidade. Já hoje cobraria uma taxa de 5% sem dúvida por causa da incerteza nos mercados provocada sim pelas Agências.
Nota: Tenho algumas obrigações no BES a 8% e se não fosse por esta tretisse toda até aceitaria por menos, porque se o banco e o estado falirem coitados de nós todos que teremos problemas bem mais sérios do que perder uma pequena parte do dinheiro.
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:29 de setembro:
Fitch: A+
10 de Outubro
Fitch: BBB-
Isso é de que ano?
Não é obvio? 2008, quando rebentou a bomba....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Flugufrelsarinn Escreveu:Conheço gente que trabalha nas novas oportunidades que não recebe desde julho
As novas oportunidades são um emprego? Pensei que fosse um programa de formação....
Ok, já percebi, presumo que seja como formadores.

Editado pela última vez por mais_um em 22/12/2010 1:24, num total de 2 vezes.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Elias Escreveu:Helder responde-me só a isto: emprestavas dinheiro ao Estado português? Se sim, em que condições (isto é, a que taxa)?
podias perguntar a mim..

Emprestei em Outubro a 6,1% a 10 anos. E estou a pensar emprestar este mês a 6,5%, também a 10 anos.
E?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Elias Escreveu:Caro Helder,
Ainda bem que não tens medo do default do teu país.
Eu quando vejo notícias como a transcrevo a seguir, nem preciso que baixem o rating para ficar preocupado e com dúvidas mais que fundamentadas sobre a capacidade de pagamento do Estado português.
Qual o comentário que fazes?Estado já deve mil milhões às farmacêuticas
17 de Setembro, 2010
sol.pt
Este mês, o valor da dívida à indústria farmacêutica (e não às farmácias, como por lapso está escrito na manchete da edição de hoje do SOL) atingiu um valor recorde. O Governo não explica como vai pagar um montante que neste momento ascende a mil milhões de euros.
Nunca o Estado deveu tanto dinheiro à indústria farmacêutica. A dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores de medicamentos dos hospitais atingiu um valor recorde este mês: mil milhões de euros. O Governo ainda não explicou o que vai fazer para impedir que esta dívida continue a crescer. Mas aprovou ontem medidas de redução do preço dos medicamentos, que vão pôr ainda mais em causa um sector que está, desde o princípio do ano, a viver uma das piores crises dos últimos anos em Portugal.
A maior parte da dívida do Estado às farmacêuticas é da responsabilidade dos hospitais EPE (864 milhões de euros) e está a ser acumulada há mais de um ano. No total de todos os hospitais, os pagamentos estão em atraso há 359 dias - mais cem dias do que em Setembro do ano passado.
Em comparação com a situação existente nesse mês, a dívida do Estado à indústria farmacêutica cresceu 67,5% no total (era de 585 milhões nessa altura) - com a situação a agravar-se sobretudo nos hospitais-empresa, onde a dívida cresceu cerca de 80% relativamente ao ano passado (era de 470 milhões em Setembro de 2009, e é de 846 milhões agora).
O esforço de pagamento pelo Estado aos fornecedores dos hospitais foi, aliás, diminuindo ao longo do ano - e, neste momento, os hospitais limitam-se a encomendar medicamentos sem se saber como é que os vão pagar. A prová-lo está o facto de a dívida com atraso superior a 90 dias ter crescido 137,5% nos hospitais EPE e, no total do SNS, 113,8%, entre Setembro do ano passado e este mês.
Conheço gente que trabalha nas novas oportunidades que não recebe desde julho
helderjsm Escreveu:Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Eu não ataco as agências de rating por causa do que dizem ou não de Portugal, eu considero-as perfeitamente desnecessárias porque o histórico não é mau, é muito mau.
Hum... e admitindo que deixava de haver agências de rating, como definias o risco da dívida? Ou não definias?
Elias quando as agências de Rating são totalmente tendenciosas, achas que precisamos delas? Gostava de saber o rating da Islândia antes de falir...
29 de setembro:
Fitch: A+
10 de Outubro
Fitch: BBB-
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Eu não ataco as agências de rating por causa do que dizem ou não de Portugal, eu considero-as perfeitamente desnecessárias porque o histórico não é mau, é muito mau.
Hum... e admitindo que deixava de haver agências de rating, como definias o risco da dívida? Ou não definias?
Elias quando as agências de Rating são totalmente tendenciosas, achas que precisamos delas? Gostava de saber o rating da Islândia antes de falir...
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Eu não ataco as agências de rating por causa do que dizem ou não de Portugal, eu considero-as perfeitamente desnecessárias porque o histórico não é mau, é muito mau.
Hum... e admitindo que deixava de haver agências de rating, como definias o risco da dívida? Ou não definias?
garantidamente que as metedologias utilizadas pelas agências de rating não produzem os efeitos desejados, que é caracterizar um risco de uma forma eficaz. Como tal não são necessárias já que a informação produzida vale quase zero, para mim são como os price targets das acções.
Como eram definidos os riscos antes de existir agências de rating?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Elias Escreveu:Caro Helder,
Ainda bem que não tens medo do default do teu país.
Eu quando vejo notícias como a transcrevo a seguir, nem preciso que baixem o rating para ficar preocupado e com dúvidas mais que fundamentadas sobre a capacidade de pagamento do Estado português.
Qual o comentário que fazes?Estado já deve mil milhões às farmacêuticas
17 de Setembro, 2010
sol.pt
Este mês, o valor da dívida à indústria farmacêutica (e não às farmácias, como por lapso está escrito na manchete da edição de hoje do SOL) atingiu um valor recorde. O Governo não explica como vai pagar um montante que neste momento ascende a mil milhões de euros.
Nunca o Estado deveu tanto dinheiro à indústria farmacêutica. A dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores de medicamentos dos hospitais atingiu um valor recorde este mês: mil milhões de euros. O Governo ainda não explicou o que vai fazer para impedir que esta dívida continue a crescer. Mas aprovou ontem medidas de redução do preço dos medicamentos, que vão pôr ainda mais em causa um sector que está, desde o princípio do ano, a viver uma das piores crises dos últimos anos em Portugal.
A maior parte da dívida do Estado às farmacêuticas é da responsabilidade dos hospitais EPE (864 milhões de euros) e está a ser acumulada há mais de um ano. No total de todos os hospitais, os pagamentos estão em atraso há 359 dias - mais cem dias do que em Setembro do ano passado.
Em comparação com a situação existente nesse mês, a dívida do Estado à indústria farmacêutica cresceu 67,5% no total (era de 585 milhões nessa altura) - com a situação a agravar-se sobretudo nos hospitais-empresa, onde a dívida cresceu cerca de 80% relativamente ao ano passado (era de 470 milhões em Setembro de 2009, e é de 846 milhões agora).
O esforço de pagamento pelo Estado aos fornecedores dos hospitais foi, aliás, diminuindo ao longo do ano - e, neste momento, os hospitais limitam-se a encomendar medicamentos sem se saber como é que os vão pagar. A prová-lo está o facto de a dívida com atraso superior a 90 dias ter crescido 137,5% nos hospitais EPE e, no total do SNS, 113,8%, entre Setembro do ano passado e este mês.
Tantos anos que devemos dinheiro. A nossa dívida deteriorou-se aquando desta crise mundial. E de repente a nossa dívida é lixo e já não a podemos pagar? Já agora a título de curiosidade gostava de saber os ratings dos States durante o decorrer da crise do sub prime (se alguém souber fica o desafio de colocar aqui neste tópico).
Para além disso não consigo entender porque os States continuam com Aaa então. Ou este site está completamente off: http://www.usdebtclock.org/ ?
Mas a questão continua a não ser essa. Como já disse no Post anterior o que me chateia é uma agência de Rating vir dizer que pode vir a cortar o rating por consequência de acções próprias.
mais_um Escreveu:Eu não ataco as agências de rating por causa do que dizem ou não de Portugal, eu considero-as perfeitamente desnecessárias porque o histórico não é mau, é muito mau.
Hum... e admitindo que deixava de haver agências de rating, como definias o risco da dívida? Ou não definias?
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Elias Escreveu:latrinaxxl Escreveu:Quando vejo alguém defender as agências de rating, só me apetece perguntar: para qual trabalhas?
Caro Latrina,
Para que fique claro: eu não defendo as agências de rating (não trabalho nem nunca trabalhei para nenhuma, nem tenho quaisquer interesses em nenhuma dessas agências), apenas considero injustos os ataques não fundamentados que surgem de todas as direcções.
O pessoal ataca as agências de rating porque não gosta que alguém aponte o dedo ao país, alertando para a falta de capacidade de pagamento, mas eu gostaria que alguém me demonstrasse que as agências de rating estão erradas e que não há motivos para preocupação. Ênfase na palavra "demonstrasse" (diferente de "afirmasse").
Ver notícia que coloquei no post anterior a este.
Eu não ataco as agências de rating por causa do que dizem ou não de Portugal, eu considero-as perfeitamente desnecessárias porque o histórico não é mau, é muito mau.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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latrinaxxl Escreveu:Quando vejo alguém defender as agências de rating, só me apetece perguntar: para qual trabalhas?
Caro Latrina,
Para que fique claro: eu não defendo as agências de rating (não trabalho nem nunca trabalhei para nenhuma, nem tenho quaisquer interesses em nenhuma dessas agências), apenas considero injustos os ataques não fundamentados que surgem de todas as direcções.
O pessoal ataca as agências de rating porque não gosta que alguém aponte o dedo ao país, alertando para a falta de capacidade de pagamento, mas eu gostaria que alguém me demonstrasse que as agências de rating estão erradas e que não há motivos para preocupação. Ênfase na palavra "demonstrasse" (diferente de "afirmasse").
Ver notícia que coloquei no post anterior a este.
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Caro Helder,
Ainda bem que não tens medo do default do teu país.
Eu quando vejo notícias como a transcrevo a seguir, nem preciso que baixem o rating para ficar preocupado e com dúvidas mais que fundamentadas sobre a capacidade de pagamento do Estado português.
Qual o comentário que fazes?
Ainda bem que não tens medo do default do teu país.
Eu quando vejo notícias como a transcrevo a seguir, nem preciso que baixem o rating para ficar preocupado e com dúvidas mais que fundamentadas sobre a capacidade de pagamento do Estado português.
Qual o comentário que fazes?
Estado já deve mil milhões às farmacêuticas
17 de Setembro, 2010
sol.pt
Este mês, o valor da dívida à indústria farmacêutica (e não às farmácias, como por lapso está escrito na manchete da edição de hoje do SOL) atingiu um valor recorde. O Governo não explica como vai pagar um montante que neste momento ascende a mil milhões de euros.
Nunca o Estado deveu tanto dinheiro à indústria farmacêutica. A dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores de medicamentos dos hospitais atingiu um valor recorde este mês: mil milhões de euros. O Governo ainda não explicou o que vai fazer para impedir que esta dívida continue a crescer. Mas aprovou ontem medidas de redução do preço dos medicamentos, que vão pôr ainda mais em causa um sector que está, desde o princípio do ano, a viver uma das piores crises dos últimos anos em Portugal.
A maior parte da dívida do Estado às farmacêuticas é da responsabilidade dos hospitais EPE (864 milhões de euros) e está a ser acumulada há mais de um ano. No total de todos os hospitais, os pagamentos estão em atraso há 359 dias - mais cem dias do que em Setembro do ano passado.
Em comparação com a situação existente nesse mês, a dívida do Estado à indústria farmacêutica cresceu 67,5% no total (era de 585 milhões nessa altura) - com a situação a agravar-se sobretudo nos hospitais-empresa, onde a dívida cresceu cerca de 80% relativamente ao ano passado (era de 470 milhões em Setembro de 2009, e é de 846 milhões agora).
O esforço de pagamento pelo Estado aos fornecedores dos hospitais foi, aliás, diminuindo ao longo do ano - e, neste momento, os hospitais limitam-se a encomendar medicamentos sem se saber como é que os vão pagar. A prová-lo está o facto de a dívida com atraso superior a 90 dias ter crescido 137,5% nos hospitais EPE e, no total do SNS, 113,8%, entre Setembro do ano passado e este mês.
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Elias Escreveu:Helder, em tua opinião qual é o risco de Portugal?
Elias nem se põe em questão a minha opinião. Eu como Português tenho menos medo de um default do meu país. Agora claro que investidores estrangeiros que vêm o que se passa neste país apenas pelas notícias é óbvio que vão pedir um prémio maior.
A questão para mim é esta:
Ponto 1 - Um país deve dinheiro e lá o vai pagando
Ponto 2 - Agência de rating diz olha a dívida do país não é grande coisa.
Ponto 3 - Agência de rating diz. Olha a dívida agora está pior porque já não emprestam tanto dinheiro ao país.
Ponto 4 - A dívida está pior porque no ponto 3 a agência disse que a dívida está pior pelo facto do ponto 2 se ter processado.
Mas que bola de neve. E agora onde pára? Ou seja a agência de rating amanhã vem dizer que a dívida está ainda pior porque piorou depois de no ponto 4 ter dito que estava pior por causa do ponto 3.
É caso para dizer: "É preciso ter lata".
Elias Escreveu:[size=18]A segunda preocupação assinalada pela Moody’s diz respeito à capacidade de Portugal aceder ao mercado de capitais a um preço “sustentável”. A agência de notação financeira alerta para o custo que o Governo pode ter que pagar para se financiar nos mercados ao longo dos próximos anos.
Que por sinal quem provocou esse aumento no custo de financiamento foram elas próprias (as agências de rating). Que hipocrisia a destas agências. Até aqui não havia problema com as dívidas mesmo durante o pior período da crise mundial. De repente a dívida de alguns países passa a valer lixo.
Cada vez mais sou a favor da criação de uma agência de rating europeia.
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