CRESCE Fosso entre RICOS e pobres
Mares Escreveu:Elias Escreveu:Muffin Escreveu:O que afirmei foi que, sem ter uma ideia formada sobre se os serviços de saúde deveriam ser taxados de uma forma progressiva, o argumento que afirma que não devem ser, baseado em que os impostos cobrados (à sociedade) são progressivos, não é válido.
Não é válido de facto porque tens economia paralela e fuga ao fisco.
Elias,
poderías mostrar os gráficos que mostram a evolução da economia paralela e fuga ao fisco?
Abraço,
Mares.
Mares, sabes tão bem como eu que a economia paralela pode ser estimada mas não determinada com rigor.
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Elias Escreveu:Muffin Escreveu:O que afirmei foi que, sem ter uma ideia formada sobre se os serviços de saúde deveriam ser taxados de uma forma progressiva, o argumento que afirma que não devem ser, baseado em que os impostos cobrados (à sociedade) são progressivos, não é válido.
Não é válido de facto porque tens economia paralela e fuga ao fisco.
Elias,
poderías mostrar os gráficos que mostram a evolução da economia paralela e fuga ao fisco?
Abraço,
Mares.
Muffin Escreveu:O que afirmei foi que, sem ter uma ideia formada sobre se os serviços de saúde deveriam ser taxados de uma forma progressiva, o argumento que afirma que não devem ser, baseado em que os impostos cobrados (à sociedade) são progressivos, não é válido.
Não é válido de facto porque tens economia paralela e fuga ao fisco.
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Elias Escreveu:...No limite crias condições para teres uma data de parasitas a viver do sistema em lugar de para ele contribuir.
É nestas alturas que me lembro daquela máxima "anda metade do mundo a trabalhar para sustentar a outra metade".
Oi Elias, não estou a falar no limite.
Para entrar em argumentos demagógicos passemos ao outro limite e passamoss a não prestar serviços a quem não os possa pagar, incluíndo cuidados de saúde no pacote, ou tivesse previsto que ia necessitar de meios de solvência! Deste modo não sustentamos parasitas...

O que afirmei foi que, sem ter uma ideia formada sobre se os serviços de saúde deveriam ser taxados de uma forma progressiva, o argumento que afirma que não devem ser, baseado em que os impostos cobrados (à sociedade) são progressivos, não é válido.
Nada do teu último post (com ou sem limite) apoia ou contraria esta afirmação.
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Elias Escreveu: Olá Muffin,Muffin Escreveu:Oi Elias, sem ter opinião formada sobre se deve haver diferenciação nas taxas ao nível dos serviços de saúde permite-me recusar a ideia que a diferenciação (já) é feita ao nível dos impostos.
Concordo.Muffin Escreveu:Os impostos indirectos (e.g. IVA) não são neutros, afectando mais as classes "desfavorecidas"
Concordo.Elias Escreveu:Isto é parcialmente verdade (por isso é que os impostos indirectos são tão injustos), de qualquer forma repara que no caso do IVA há uma diferenciação, na medida em que os produtos considerados essenciais (água, electricidade, maioria dos produtos alimentares, transportes públicos) tem uma taxa de IVA reduzida a 6%, de modo a permitir que quem tenha menos posses não seja excessivamente penalizado.
Em parte. A taxa de IVA é reduzida, mas existem outras taxas o que encareçe esses bens ou então os constantes aumentos acima da inflação.Muffin Escreveu:, e os directos recaem apenas sobre os rendimentos (em que mais uma vez as quem menos tem, menos capacidade tem para "contornar" a sua base impositiva).Elias Escreveu:Quem recebe muito pouco praticamente não paga impostos.
Deveriam pagar?Muffin Escreveu:A progressividade dos Impostos directos torna-se assim apenas em parte eficaz no ajustamento das assimetrias, não servindo, a meu ver para justificar a (não) incidência sobre as taxas de saúde.
Mas uma simplificação, juntamente com o combate à fuga aos impostos poderá ser a melhor solução.Elias Escreveu:O problema, como sabemos, é a economia paralela e a fuga ao fisco. Se toda a gente pagasse os seus impostos, não eram precisos impostos indirectos - estes são apenas um atestada à incapacidade do Estado em cobrar aquilo que lhe é devido.
Quando o dinheiro cobrado não reverte em favor da população, mas é consumido/desperdiçado no próprio Estado, isso é o que está errado...
Muffin Escreveu:Sim, sim, concordamos na base. É evidente que existe redistribuição no sistema contributivo.
Apenas discordamos na eficácia dessa redistribuição... e se justifica a sua extensão às despesas de saúde.
Claro que sim, e podes introduzir taxas diferenciadas para tudo:
- quem não tem recursos não paga saúde... não paga educação... não paga água... não paga electricidade (tarifa social)... não paga telefone (tarifa social)... não para IRS... não paga TSU... e se for preciso ainda recebe para não fazer nada... no limite até podes criar isenção de taxas de saneamento, taxas de portagem, isenção de pagamento de transportes públicos.
No limite crias condições para teres uma data de parasitas a viver do sistema em lugar de para ele contribuir.
É nestas alturas que me lembro daquela máxima "anda metade do mundo a trabalhar para sustentar a outra metade".
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Elias Escreveu:Olá Muffin,Muffin Escreveu:Oi Elias, sem ter opinião formada sobre se deve haver diferenciação nas taxas ao nível dos serviços de saúde permite-me recusar a ideia que a diferenciação (já) é feita ao nível dos impostos.
Os impostos indirectos (e.g. IVA) não são neutros, afectando mais as classes "desfavorecidas"
Isto é parcialmente verdade (por isso é que os impostos indirectos são tão injustos), de qualquer forma repara que no caso do IVA há uma diferenciação, na medida em que os produtos considerados essenciais (água, electricidade, maioria dos produtos alimentares, transportes públicos) tem uma taxa de IVA reduzida a 6%, de modo a permitir que quem tenha menos posses não seja excessivamente penalizado.Muffin Escreveu:, e os directos recaem apenas sobre os rendimentos (em que mais uma vez as quem menos tem, menos capacidade tem para "contornar" a sua base impositiva).
Quem recebe muito pouco praticamente não paga impostos.Muffin Escreveu:A progressividade dos Impostos directos torna-se assim apenas em parte eficaz no ajustamento das assimetrias, não servindo, a meu ver para justificar a (não) incidência sobre as taxas de saúde.
O problema, como sabemos, é a economia paralela e a fuga ao fisco. Se toda a gente pagasse os seus impostos, não eram precisos impostos indirectos - estes são apenas um atestada à incapacidade do Estado em cobrar aquilo que lhe é devido.
Sim, sim, concordamos na base. É evidente que existe redistribuição no sistema contributivo.
Apenas discordamos na eficácia dessa redistribuição... e se justifica a sua extensão às despesas de saúde.
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Olá Muffin,
Isto é parcialmente verdade (por isso é que os impostos indirectos são tão injustos), de qualquer forma repara que no caso do IVA há uma diferenciação, na medida em que os produtos considerados essenciais (água, electricidade, maioria dos produtos alimentares, transportes públicos) tem uma taxa de IVA reduzida a 6%, de modo a permitir que quem tenha menos posses não seja excessivamente penalizado.
Quem recebe muito pouco praticamente não paga impostos.
O problema, como sabemos, é a economia paralela e a fuga ao fisco. Se toda a gente pagasse os seus impostos, não eram precisos impostos indirectos - estes são apenas um atestada à incapacidade do Estado em cobrar aquilo que lhe é devido.
Muffin Escreveu:Oi Elias, sem ter opinião formada sobre se deve haver diferenciação nas taxas ao nível dos serviços de saúde permite-me recusar a ideia que a diferenciação (já) é feita ao nível dos impostos.
Os impostos indirectos (e.g. IVA) não são neutros, afectando mais as classes "desfavorecidas"
Isto é parcialmente verdade (por isso é que os impostos indirectos são tão injustos), de qualquer forma repara que no caso do IVA há uma diferenciação, na medida em que os produtos considerados essenciais (água, electricidade, maioria dos produtos alimentares, transportes públicos) tem uma taxa de IVA reduzida a 6%, de modo a permitir que quem tenha menos posses não seja excessivamente penalizado.
Muffin Escreveu:, e os directos recaem apenas sobre os rendimentos (em que mais uma vez as quem menos tem, menos capacidade tem para "contornar" a sua base impositiva).
Quem recebe muito pouco praticamente não paga impostos.
Muffin Escreveu:A progressividade dos Impostos directos torna-se assim apenas em parte eficaz no ajustamento das assimetrias, não servindo, a meu ver para justificar a (não) incidência sobre as taxas de saúde.
O problema, como sabemos, é a economia paralela e a fuga ao fisco. Se toda a gente pagasse os seus impostos, não eram precisos impostos indirectos - estes são apenas um atestada à incapacidade do Estado em cobrar aquilo que lhe é devido.
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Elias Escreveu:Mares Escreveu:Concordo com taxas na saúde, mas para quem reçeba acima de um montante mensal que se considere razoável (por exemplo: 3 salários mínimos).
Qualquer valor que coloques é discutível.
Pessoalmente acho mal esse tipo de diferenciação nas taxas em função do rendimento - tal diferenciação já é feita a nível dos impostos.
Oi Elias, sem ter opinião formada sobre se deve haver diferenciação nas taxas ao nível dos serviços de saúde permite-me recusar a ideia que a diferenciação (já) é feita ao nível dos impostos.
Os impostos indirectos (e.g. IVA) não são neutros, afectando mais as classes "desfavorecidas", e os directos recaem apenas sobre os rendimentos (em que mais uma vez as quem menos tem, menos capacidade tem para "contornar" a sua base impositiva).
A progressividade dos Impostos directos torna-se assim apenas em parte eficaz no ajustamento das assimetrias, não servindo, a meu ver para justificar a (não) incidência sobre as taxas de saúde.
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Elias Escreveu:Mares Escreveu:Concordo com taxas na saúde, mas para quem reçeba acima de um montante mensal que se considere razoável (por exemplo: 3 salários mínimos).
Qualquer valor que coloques é discutível.
Pessoalmente acho mal esse tipo de diferenciação nas taxas em função do rendimento - tal diferenciação já é feita a nível dos impostos.
Estou de acordo. É necessário simplificar os procedimentos, para que o Sistema seja "tendencialmente justo" e que todos os cidadãos tenham acesso a eles, em igualdade de circunstâncias.
Infelizmente isso não tem-se verificado pelos mais diversos motivos (crise económica, crescimento da desigualdade, políticas erradas, sociedade omissa ou permisssa a práticas menos correctas, etc, etc).
Mares Escreveu:Concordo com taxas na saúde, mas para quem reçeba acima de um montante mensal que se considere razoável (por exemplo: 3 salários mínimos).
Qualquer valor que coloques é discutível.
Pessoalmente acho mal esse tipo de diferenciação nas taxas em função do rendimento - tal diferenciação já é feita a nível dos impostos.
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Não é nenhuma beneçe um desempregado, adolescente, idoso, grávida, doente crónico,... terem acesso à saúde tendencialmente gratuita. Muito menos justifica-se que quem receba €450,00 seja uma pessoa abastada e que por isso mesmo poderá pagar taxas moderadoras.
Concordo com taxas na saúde, mas para quem reçeba acima de um montante mensal que se considere razoável (por exemplo: 3 salários mínimos).
Concordo com taxas na saúde, mas para quem reçeba acima de um montante mensal que se considere razoável (por exemplo: 3 salários mínimos).
fafite Escreveu:ok se comparares assim tens razão...
Eu estava só a fazer a comparação dentro SNS, ou seja se quem trabalha e recebe 450 euros e não tem beneçes, quem recebe mais do que isso de subsidio não tem razão para as ter.
Já começa errado para "quem trabalha e recebe 450 euros " e ter de pagar essa taxa.
Como achas que vive uma pessoa que receba €450,00 mês (mesmo que seja fruto do seu trabalho), e ter de pagar €9,50 por uma urgência (correspondendo a 2% do seu salário). Achas isso correcto?
Se a sociedade pagar isso, não achas que o retorno para a própria sociedade não será muito maior? Sabes, isso não é uma beneçe, é uma necessidade.
E quando falamos em cortar custos, porque não temos coragem para apontar onde é gasto o dinheiro?
A lista que passei, não vês aí nenhuma beneçe?
fafite Escreveu:Mares Escreveu:fafite Escreveu:Não digo que não concordo com a medida, não sei porque é uma pessoas só pelo facto de estar desempregada mas recerber um subsidio de 750 euros há-de ter essas beneces.
fatite,
identifica no texto seguinte as beneces que se "aplicam a todos":
A ADSE comparticipa, directamente ao beneficiário, mediante a apresentação dos documentos originais (recibos e, se for o caso, respectivas prescrições médicas) devidamente discriminados (cuidado de saúde recebido) e identificados com o nome e n.º do beneficiário. A comparticipação é efectuada conforme percentagens e montantes fixados nas respectivas Tabelas e regras anexas.
Cuidados de saúde comparticipáveis:
Consultas
Patologia clínica e anatomia patológica (análises)
Radiodiagnóstico, medicina nuclear, ecotomografia, termografia, tomografia axial computorizada e radioterapia externa
Estomatologia (actos e próteses)
Meios de correcção e compensação (excepto próteses estomatológicas)
Medicina física e de reabilitação (fisioterapia)
Internamento e ambulatório
Enfermagem
Lares e casas de repouso
Apoio domiciliário por terceira pessoa
Tratamentos termais
Transportes em Portugal
Aposentadoria
Cuidados de saúde no estrangeiro e em missão oficial"
fonte: http://www.adse.pt/page.aspx?IdCat=350&IdMasterCat=306
E? das duas uma... ou não me percebeste a mim, ou eu não te percebo a ti....
Na tua opinião, quem não paga uma taxa moderadora de 3-9 euros recebe uma beneçe, já que essa pessoa recebe já um subsídio de desemprego ou de reforma superior a 450 euros.
Na lista que coloquei acima, para aposentados que já recebem milhares de euros/mês de reformas, que beneçes tu identificas aos cuidados de saúde, em relação com os reformados do SNS, que recebem umas centenas de euros/mês?
Mares Escreveu:fafite Escreveu:Não digo que não concordo com a medida, não sei porque é uma pessoas só pelo facto de estar desempregada mas recerber um subsidio de 750 euros há-de ter essas beneces.
fatite,
identifica no texto seguinte as beneces que se "aplicam a todos":
A ADSE comparticipa, directamente ao beneficiário, mediante a apresentação dos documentos originais (recibos e, se for o caso, respectivas prescrições médicas) devidamente discriminados (cuidado de saúde recebido) e identificados com o nome e n.º do beneficiário. A comparticipação é efectuada conforme percentagens e montantes fixados nas respectivas Tabelas e regras anexas.
Cuidados de saúde comparticipáveis:
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Cuidados de saúde no estrangeiro e em missão oficial"
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E? das duas uma... ou não me percebeste a mim, ou eu não te percebo a ti....

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fafite Escreveu:Não digo que não concordo com a medida, não sei porque é uma pessoas só pelo facto de estar desempregada mas recerber um subsidio de 750 euros há-de ter essas beneces.
fatite,
identifica no texto seguinte as beneces que se "aplicam a todos":
A ADSE comparticipa, directamente ao beneficiário, mediante a apresentação dos documentos originais (recibos e, se for o caso, respectivas prescrições médicas) devidamente discriminados (cuidado de saúde recebido) e identificados com o nome e n.º do beneficiário. A comparticipação é efectuada conforme percentagens e montantes fixados nas respectivas Tabelas e regras anexas.
Cuidados de saúde comparticipáveis:
Consultas
Patologia clínica e anatomia patológica (análises)
Radiodiagnóstico, medicina nuclear, ecotomografia, termografia, tomografia axial computorizada e radioterapia externa
Estomatologia (actos e próteses)
Meios de correcção e compensação (excepto próteses estomatológicas)
Medicina física e de reabilitação (fisioterapia)
Internamento e ambulatório
Enfermagem
Lares e casas de repouso
Apoio domiciliário por terceira pessoa
Tratamentos termais
Transportes em Portugal
Aposentadoria
Cuidados de saúde no estrangeiro e em missão oficial"
fonte: http://www.adse.pt/page.aspx?IdCat=350&IdMasterCat=306
Governo corta na Saúde gratuita de pensionistas e desempregados
A chegada de 2011 vai permitir ao Governo colocar no terreno muitas das medidas orçamentais publicadas anteontem em diário da república
O Governo vai limitar o acesso gratuito de desempregados e pensionistas ao Serviço Nacional de Saúde. Desde o Verão que está definido que a isenção de taxas moderadoras passaria a depender dos rendimentos globais, mas só agora se sabe quem fica de fora.
Actualmente, todos os desempregados inscritos nos centros de emprego, bem como os seus cônjuges e filhos menores, têm direito a isenção no pagamento de taxas moderadoras. A partir de dia 1, apenas os desempregados "que recebam rendimentos não superiores ao salário mínimo nacional" (485 euros) terão acesso gratuito aos hospitais, determina a portaria ontem publicada pelo Ministério da Saúde.
Acontece que o conceito de "rendimento" é agora mais alargado, tendo como referência toda a família e englobando apoios como o subsídio de desemprego, por exemplo, pelo que a alteração deverá afectar dezenas de milhares de pessoas.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=460529
A chegada de 2011 vai permitir ao Governo colocar no terreno muitas das medidas orçamentais publicadas anteontem em diário da república
O Governo vai limitar o acesso gratuito de desempregados e pensionistas ao Serviço Nacional de Saúde. Desde o Verão que está definido que a isenção de taxas moderadoras passaria a depender dos rendimentos globais, mas só agora se sabe quem fica de fora.
Actualmente, todos os desempregados inscritos nos centros de emprego, bem como os seus cônjuges e filhos menores, têm direito a isenção no pagamento de taxas moderadoras. A partir de dia 1, apenas os desempregados "que recebam rendimentos não superiores ao salário mínimo nacional" (485 euros) terão acesso gratuito aos hospitais, determina a portaria ontem publicada pelo Ministério da Saúde.
Acontece que o conceito de "rendimento" é agora mais alargado, tendo como referência toda a família e englobando apoios como o subsídio de desemprego, por exemplo, pelo que a alteração deverá afectar dezenas de milhares de pessoas.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=460529
Jerónimo de Sousa chocado ao ouvir Cavaco Silva e Sócrates falar da pobreza em Portugal
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje ser “chocante” e prova de “cinismo” ouvir o Presidente da República e o primeiro-ministro falarem de pobreza em Portugal, atribuindo-lhes a responsabilidade pelo aumento deste flagelo.
Jerónimo acusou Cavaco de ter ajudado a aprovar o Orçamento de 2011 (Pedro Cunha/ arquivo)
“Nós consideramos que é chocante ouvir, por exemplo, o actual Presidente da República a ter pena dos pobres e ter vergonha da pobreza em Portugal e ouvir Sócrates dizer que não se deve especular sobre a pobreza e devemos ser discretos a resolver ou a apoiar os pobres. Tanto cinismo”, afirmou Jerónimo de Sousa num almoço de apoio ao candidato presidencial Francisco Lopes.
O líder do PCP justificou-se com o Orçamento do Estado que, segundo disse, vai fazer com que a pobreza aumente em Portugal e cuja aprovação teve o “patrocínio” de Cavaco Silva.
“Limitaram-se a aprovar o Orçamento do Estado, a fazer um negócio, um acordo entre PS e PSD, com a bênção, o patrocínio, o apadrinhamento do Presidente da República”, acusou.
Jerónimo de Sousa disse ainda ser “falsa” a posição assumida por Cavaco Silva de não interferir na política do Governo. “É falsa aquela posição de que não se mete na política e está acima dos partidos. Ele teve um papel próprio neste processo de discussão e votação do Orçamento do Estado que acabou por convergir na sua aprovação”, sustentou.
“Inquietações e incertezas”
O secretário-geral do PCP fez ainda uma análise ao actual quadro económico, social e político do país, considerando que o ano de 2010 termina com “profundas inquietações e incertezas”.
Por isso, Jerónimo de Sousa apelou a uma ruptura e mudança que deverá começar com as eleições presidenciais, nomeadamente com a candidatura de Francisco Lopes, “o único que não está comprometido com qualquer política de direita”.
“Só há uma candidatura de oposição à política de direita, que é a de Francisco Lopes, porque todas as outras estão mais ou menos comprometidas com esta política e com este orçamento que foi aprovado recentemente”, concluiu Jerónimo de Sousa, elogiando ainda a prestação do candidato comunista nos debates presidenciais que se têm realizado.
O líder comunista discursou perante dezenas de militantes do seu partido, num almoço de apoio ao candidato presidencial Francisco Lopes, organizado pela concelhia do PCP de Cascais e que se realizou na freguesia da Parede.
fonte:http://www.publico.pt/Política/jeronimo-de-sousa-chocado-ao-ouvir-cavaco-silva-e-socrates-falar-da-pobreza-em-portugal_1471696
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje ser “chocante” e prova de “cinismo” ouvir o Presidente da República e o primeiro-ministro falarem de pobreza em Portugal, atribuindo-lhes a responsabilidade pelo aumento deste flagelo.
Jerónimo acusou Cavaco de ter ajudado a aprovar o Orçamento de 2011 (Pedro Cunha/ arquivo)
“Nós consideramos que é chocante ouvir, por exemplo, o actual Presidente da República a ter pena dos pobres e ter vergonha da pobreza em Portugal e ouvir Sócrates dizer que não se deve especular sobre a pobreza e devemos ser discretos a resolver ou a apoiar os pobres. Tanto cinismo”, afirmou Jerónimo de Sousa num almoço de apoio ao candidato presidencial Francisco Lopes.
O líder do PCP justificou-se com o Orçamento do Estado que, segundo disse, vai fazer com que a pobreza aumente em Portugal e cuja aprovação teve o “patrocínio” de Cavaco Silva.
“Limitaram-se a aprovar o Orçamento do Estado, a fazer um negócio, um acordo entre PS e PSD, com a bênção, o patrocínio, o apadrinhamento do Presidente da República”, acusou.
Jerónimo de Sousa disse ainda ser “falsa” a posição assumida por Cavaco Silva de não interferir na política do Governo. “É falsa aquela posição de que não se mete na política e está acima dos partidos. Ele teve um papel próprio neste processo de discussão e votação do Orçamento do Estado que acabou por convergir na sua aprovação”, sustentou.
“Inquietações e incertezas”
O secretário-geral do PCP fez ainda uma análise ao actual quadro económico, social e político do país, considerando que o ano de 2010 termina com “profundas inquietações e incertezas”.
Por isso, Jerónimo de Sousa apelou a uma ruptura e mudança que deverá começar com as eleições presidenciais, nomeadamente com a candidatura de Francisco Lopes, “o único que não está comprometido com qualquer política de direita”.
“Só há uma candidatura de oposição à política de direita, que é a de Francisco Lopes, porque todas as outras estão mais ou menos comprometidas com esta política e com este orçamento que foi aprovado recentemente”, concluiu Jerónimo de Sousa, elogiando ainda a prestação do candidato comunista nos debates presidenciais que se têm realizado.
O líder comunista discursou perante dezenas de militantes do seu partido, num almoço de apoio ao candidato presidencial Francisco Lopes, organizado pela concelhia do PCP de Cascais e que se realizou na freguesia da Parede.
fonte:http://www.publico.pt/Política/jeronimo-de-sousa-chocado-ao-ouvir-cavaco-silva-e-socrates-falar-da-pobreza-em-portugal_1471696
Novas regras levam ao corte ou redução de 58 mil apoios sociais
As novas regras de atribuição e manutenção dos apoios sociais, que passam a considerar um leque mais alargado de rendimentos, levaram ao corte ou à redução de mais de 58 mil prestações sociais no processamento relativo a Dezembro, revelam dados oficiais.
Mas nem todos saíram a perder: o valor do rendimento social de inserção subiu em quase 11 mil casos. Em causa está a nova lei da condição de recursos, em vigor desde Agosto, que determina uma nova fórmula de consideração do rendimento de cada um dos elementos da família, ao mesmo tempo que alarga o tipo de rendimentos considerados.
As regras aprovadas no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento abrangem uma série de prestações não contributivas - entre as quais se inclui o abono de família - mas o balanço do Ministério do Trabalho centra-se apenas no impacto sobre o subsídio social de desemprego e o rendimento social de inserção, com base nas provas de condição de recursos já entregues na Segurança Social.
Os dados revelam que o impacto foi significativo: 10.291 pessoas perderam o subsídio social de desemprego, o equivalente a 15% dos requerimentos analisados.
Já no caso do rendimento social de inserção, 47.764 prestações foram cortadas ou reduzidas, o equivalente a 37% do total.
Dos 124.478 mil processos analisados, foram cortadas 8.321 prestações. Noutros casos, foi apenas ajustado o montante, o que implicou a redução do valor de 39.443 prestações e o aumento em 10.994 casos.
Com o processo de reavaliação, o Governo espera poupar 33 milhões de euros no subsídio social de desemprego (nos próximos anos) e 20,4 milhões de euros no rendimento social de inserção (em 2011).
Quem não apresentar prova até 31 de Dezembro pode perder os apoios
Os beneficiários que ainda não entregaram a prova da condição de recursos - ou seja, que não prestaram a informação sobre os rendimentos da sua família à Segurança Social - têm até 31 de Dezembro para o fazer. Quem não o fizer, arrisca perder o apoio, diz o Ministério do Trabalho.
Os dados divulgados pelo Governo ao Negócios não permitem concluir, com precisão, quantas pessoas correm esse risco. Hoje, será lançada uma campanha de divulgação.
A campanha informa que a prova de recursos é obrigatória nos casos do rendimento social de inserção, subsídio de desemprego e abono de família. Deve ser feita através da internet, pelo site www.seg-social.pt. Os beneficiários podem esclarecer as dúvidas através do número 808200230, disponível nos dias úteis das 9 às 18 horas.
As novas regras de atribuição e manutenção dos apoios sociais, que passam a considerar um leque mais alargado de rendimentos, levaram ao corte ou à redução de mais de 58 mil prestações sociais no processamento relativo a Dezembro, revelam dados oficiais.
Mas nem todos saíram a perder: o valor do rendimento social de inserção subiu em quase 11 mil casos. Em causa está a nova lei da condição de recursos, em vigor desde Agosto, que determina uma nova fórmula de consideração do rendimento de cada um dos elementos da família, ao mesmo tempo que alarga o tipo de rendimentos considerados.
As regras aprovadas no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento abrangem uma série de prestações não contributivas - entre as quais se inclui o abono de família - mas o balanço do Ministério do Trabalho centra-se apenas no impacto sobre o subsídio social de desemprego e o rendimento social de inserção, com base nas provas de condição de recursos já entregues na Segurança Social.
Os dados revelam que o impacto foi significativo: 10.291 pessoas perderam o subsídio social de desemprego, o equivalente a 15% dos requerimentos analisados.
Já no caso do rendimento social de inserção, 47.764 prestações foram cortadas ou reduzidas, o equivalente a 37% do total.
Dos 124.478 mil processos analisados, foram cortadas 8.321 prestações. Noutros casos, foi apenas ajustado o montante, o que implicou a redução do valor de 39.443 prestações e o aumento em 10.994 casos.
Com o processo de reavaliação, o Governo espera poupar 33 milhões de euros no subsídio social de desemprego (nos próximos anos) e 20,4 milhões de euros no rendimento social de inserção (em 2011).
Quem não apresentar prova até 31 de Dezembro pode perder os apoios
Os beneficiários que ainda não entregaram a prova da condição de recursos - ou seja, que não prestaram a informação sobre os rendimentos da sua família à Segurança Social - têm até 31 de Dezembro para o fazer. Quem não o fizer, arrisca perder o apoio, diz o Ministério do Trabalho.
Os dados divulgados pelo Governo ao Negócios não permitem concluir, com precisão, quantas pessoas correm esse risco. Hoje, será lançada uma campanha de divulgação.
A campanha informa que a prova de recursos é obrigatória nos casos do rendimento social de inserção, subsídio de desemprego e abono de família. Deve ser feita através da internet, pelo site www.seg-social.pt. Os beneficiários podem esclarecer as dúvidas através do número 808200230, disponível nos dias úteis das 9 às 18 horas.
Atomez Escreveu:A riqueza não se distribui. Cria-se.
Também há quem defenda que a economia é um jogo de soma nula, o que significa que quando alguém cria, o faz pela destruição de riqueza de outro. Ou seja falamos sempre de distribuição, mas por norma de distribuição de quem tem menos para quem tem mais. Tradicionalmente a Europa e EUA enriqueceram porque conseguiam o controlo de todos os recursos de todo o planeta (impérios serviam para alguma coisa!!). Agora que já não é assim, e aos poucos perdem riqueza para outros.
A China está mais rica à custa do défice americano e de muitos Países Europeus. Estão a ficar mais ricos à custa do nosso empobrecimento.
Claro que a coisa não é rigorosamente assim. Afinal a descoberta de um recurso, antes escondido, cria riqueza sem aparentemente criar perdedores, mas mesmo isso é relativo, porque nessa óptica o recurso torna-se mais comum, mais barato e provocará maior pobreza aos antigos donos do recurso.
Mas filosofias à parte ... o tópico era sobre pobreza e miséria ... falar em criação de riqueza para um segmento da população que às vezes nem tem o que comer parece um pouquinho desenquadrado.
Pedro Carriço
Lion_Heart Escreveu:Criar uma empresa.
Ou tens capital ou algum familiar te empresta ou então é muito dificil.
Em Portugal não tens business angels nem capital de risco para te ajudar.
Concordo e discordo.
É certo que com conhecimentos e cunhas tens mais facilidade em arranjar capital de risco. Mas existem alguns programas para financiamento... Poucos e mais para objectivos de crescimento que surgimento mas sempre vão existindo...
Quem está ligado:
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