Acordem ! A dívida de Portugal a 10 anos está altíssima
Taxa Juro a 3 meses - 3.403% Amazing!
Juros disparam e procura abranda na última emissão de 2010
Luís Leitão
15/12/10 10:40
Foi a última emissão de dívida portuguesa este ano.
Portugal pagou hoje 3,403% para colocar no mercado 500 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três meses.
O IGCP realizou hoje o último leilão de dívida do ano e pagou 3,4% para colocar no mercado 500 milhões de euros de Bilhetes do Tesouro (BT) a três meses, quase o dobro da taxa média ponderada registada no último leilão com as mesmas características realizado a 3 de Novembro, de 1,818% (ver tabela).
"Houve uma escalada muito grande, no entanto, não é novidade porque o mercado secundário já indicava estes valores", notou Filipe Silva, gestor de mercado de dívida do Banco Carregosa.
Recorde-se que ontem o preço de compra (‘Bid') da ‘yield' destes títulos, que serviu de referência para o leilão desta manhã, fechou nos 3,623% e hoje a taxa média ponderada das linhas de BT a 3 meses está a subir 5,8 pontos base para os 3,681%.
No entanto, Paulo Santos, analista da XTB, considera que esta subida "é mais grave do que numa subida da 'yield' das obrigações do Tesouro a 10 anos". A observação do especialista prende-se pelo facto de o ‘rollover' da dívida a três meses ser realizado muito mais rapidamente do que no caso dos títulos a 10 anos.
De acordo com os dados da autoridade responsável pela gestão da tesouraria e do crédito público, a procura do leilão foi 1,9 vezes superior à oferta, ficando assim abaixo da média do rácio da procura pela oferta de 2,72 vezes registada nos cinco leilões de BT a 3 meses realizados este ano.
A emissão de hoje foi mesmo a emissão a 3 meses deste ano que contou com menor procura por parte dos investidores internacionais.
Isto significa que "quem quer investir na economia nacional [por via da compra de títulos de dívida] quer um prémio muito maior e há menos interessados", ressalva Filipe Silva.
Contudo, o analista do Banco Carregosa prefere sublinhar que, "mesmo pagando caro, continuamos a emitir dívida e isso é o mais relevante: mal ou bem continuamos a ter procura para a nossa dívida."
O leilão de dívida de hoje foi realizado um dia depois de Espanha ter testado o mercado com uma emissão a 12 e 18 meses e depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter aberto os cordões à bolsa na semana passada ao comprar 2.667 milhões de euros de títulos de dívida europeia, que segundo os especialistas terá servido para "segurar" as últimas emissões de dívida até ao final do ano.
in http://economico.sapo.pt
Luís Leitão
15/12/10 10:40
Foi a última emissão de dívida portuguesa este ano.
Portugal pagou hoje 3,403% para colocar no mercado 500 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três meses.
O IGCP realizou hoje o último leilão de dívida do ano e pagou 3,4% para colocar no mercado 500 milhões de euros de Bilhetes do Tesouro (BT) a três meses, quase o dobro da taxa média ponderada registada no último leilão com as mesmas características realizado a 3 de Novembro, de 1,818% (ver tabela).
"Houve uma escalada muito grande, no entanto, não é novidade porque o mercado secundário já indicava estes valores", notou Filipe Silva, gestor de mercado de dívida do Banco Carregosa.
Recorde-se que ontem o preço de compra (‘Bid') da ‘yield' destes títulos, que serviu de referência para o leilão desta manhã, fechou nos 3,623% e hoje a taxa média ponderada das linhas de BT a 3 meses está a subir 5,8 pontos base para os 3,681%.
No entanto, Paulo Santos, analista da XTB, considera que esta subida "é mais grave do que numa subida da 'yield' das obrigações do Tesouro a 10 anos". A observação do especialista prende-se pelo facto de o ‘rollover' da dívida a três meses ser realizado muito mais rapidamente do que no caso dos títulos a 10 anos.
De acordo com os dados da autoridade responsável pela gestão da tesouraria e do crédito público, a procura do leilão foi 1,9 vezes superior à oferta, ficando assim abaixo da média do rácio da procura pela oferta de 2,72 vezes registada nos cinco leilões de BT a 3 meses realizados este ano.
A emissão de hoje foi mesmo a emissão a 3 meses deste ano que contou com menor procura por parte dos investidores internacionais.
Isto significa que "quem quer investir na economia nacional [por via da compra de títulos de dívida] quer um prémio muito maior e há menos interessados", ressalva Filipe Silva.
Contudo, o analista do Banco Carregosa prefere sublinhar que, "mesmo pagando caro, continuamos a emitir dívida e isso é o mais relevante: mal ou bem continuamos a ter procura para a nossa dívida."
O leilão de dívida de hoje foi realizado um dia depois de Espanha ter testado o mercado com uma emissão a 12 e 18 meses e depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter aberto os cordões à bolsa na semana passada ao comprar 2.667 milhões de euros de títulos de dívida europeia, que segundo os especialistas terá servido para "segurar" as últimas emissões de dívida até ao final do ano.
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Lion_Heart
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Começo ter algumas duvidas em relação ao EUR. Penso que apesar de tudo vai desvalorizar bastante nos próximos meses em relação ao USD (talvez até abaixo da paridade)...
JCS
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---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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helderjsm Escreveu:Também diga-se de passagem. Já sabemos que as yelds costumam subir nos dias que antecedem as emissões. E por incrível que pareça as agências de rating mandam as suas bujardas nos dias certos.
Não quero aqui criar nenhuma teoria da conspiração, mas não acham que se o raio da notícia do corte de rating fosse anunciada ontem hoje teríamos feito a emissão com menos problemas? Por exemplo imaginemos que eu era um dos bancos que ia comprar dívida Portuguesa. Hoje de manhã saía da cama todo contente por ir fazer um bom negócio. No entanto ligo a televisão antes de sair para ver como estão os mercados e zás "Corte de rating blah blah" e penso vou mas é ficar na caminha que estou muito bem.
O eventual corte de rating é dirigido à Espanha, que vai amanhã fazer um leilão de divida de longo prazo, o que também não deixa de ser curioso o momento de divulgação das noticias referidas.
Há um conjunto de coincidências que para mim não tem nada de coincidência.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Também diga-se de passagem. Já sabemos que as yelds costumam subir nos dias que antecedem as emissões. E por incrível que pareça as agências de rating mandam as suas bujardas nos dias certos.
Não quero aqui criar nenhuma teoria da conspiração, mas não acham que se o raio da notícia do corte de rating fosse anunciada ontem hoje teríamos feito a emissão com menos problemas? Por exemplo imaginemos que eu era um dos bancos que ia comprar dívida Portuguesa. Hoje de manhã saía da cama todo contente por ir fazer um bom negócio. No entanto ligo a televisão antes de sair para ver como estão os mercados e zás "Corte de rating blah blah" e penso vou mas é ficar na caminha que estou muito bem.
Não quero aqui criar nenhuma teoria da conspiração, mas não acham que se o raio da notícia do corte de rating fosse anunciada ontem hoje teríamos feito a emissão com menos problemas? Por exemplo imaginemos que eu era um dos bancos que ia comprar dívida Portuguesa. Hoje de manhã saía da cama todo contente por ir fazer um bom negócio. No entanto ligo a televisão antes de sair para ver como estão os mercados e zás "Corte de rating blah blah" e penso vou mas é ficar na caminha que estou muito bem.
mais_um Escreveu:Resultado do leilão de hoje:
taxa: 3,403%![]()
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procura: 1,9 x
A taxa está a subir consideravelmente como esperado há muitos anos (o Medina Carreira fala disto há pelo menos 4 anos e sempre disse que era uma questão de tempo). Acho que tirando uma ou outra excepção o aumento dos juros vai ser exponencial venha o Sócrates com a conversa que quiser. O país não tem um modelo de crescimento e a despesa é insustentável há anos (só agora há a percepção porque só agora estamos perto do "acerto de contas").
Quanto à procura, ela irá desçer à medida que a taxa suba porque haverão sempre financiadores que começarão a ter a percepção que a taxa começa a ser surreal e a maioria já está exposta ao risco da grécia e Irlanda. Vão querer-se expôr ainda mais??
Veremos...
Cumprimentos
JCS
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mais_um Escreveu:urukai Escreveu:mais_um Escreveu:Resultado do leilão de hoje:
taxa: 3,403%![]()
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procura: 1,9 x
É muito elevado, certo?
Consequências imediatas?
Sim, em Abril, numa emissão identica pagamos 0,476%, na emissão anterior, em Novembro, pagamos 1,818%.
É realmente muito elevado, consequências praticas de imediato não me parece que haja, mas é mais um passo em direcção a um pedido de ajuda à UE/FMI.
Ainda ontem o nosso 1º Ministro José Socrates dizia: «Os mercados estão “a começar a reconhecer” as reformas do Governo»....

É caso para dizer que quando, José Sócrates fala sobre economia a seguir o país treme e sofre um abalo....

urukai Escreveu:mais_um Escreveu:Resultado do leilão de hoje:
taxa: 3,403%![]()
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procura: 1,9 x
É muito elevado, certo?
Consequências imediatas?
Sim, em Abril, numa emissão identica pagamos 0,476%, na emissão anterior, em Novembro, pagamos 1,818%.
É realmente muito elevado, consequências praticas de imediato não me parece que haja, mas é mais um passo em direcção a um pedido de ajuda à UE/FMI.
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Portugal paga juro de 3,403% para colocar dívida a três meses
15 Dezembro 2010 | 10:43
O IGCP conseguiu colocar a totalidade do montante previsto, 500 milhões de euros, mas teve que suportar uma forte subida dos juros no leilão de bilhetes do Tesouro realizado há minutos.
O Estado português suportou um juro de 3,403% para colocar 500 milhões de euros em dívida a três meses.
A taxa média quase duplicou face aos custos suportados no último leilão comparável, no início de Novembro. Na altura, para colocar dívida a três meses, Portugal aceitou pagar um juro de 1,818%.
A procura superou a oferta em 1,9 vezes, comparável ao rácio “bid-to-cover” de 2,2 vezes no anterior leilão comparável.
Com esta emissão de dívida de curto prazo está agora o programa de financiamento de 2010.
Os juros da dívida portuguesa ascendem 6,8 pontos base para 6,446% na maturidade a 10 anos. Uma subida que é a oitava consecutiva e que se salda num agravamento de 51,5 pontos base nos juros das obrigações nacionais a 10 anos. O prémio de risco que os investidores exigem para deter dívida portuguesa em vez da equivalente alemã é, hoje, de 339,9 pontos base.
A Moody’s disse esta manhã que colocou a dívida de Espanha sob revisão para uma possível redução da classificação de crédito do país. A agência de notação poderá reduzir a classificação de “Aa1” que atribui actualmente à maior economia ibérica por crer que este está sujeito a pressões no financiamento e por recear que Espanha necessite de recapitalizar o seu sistema bancário.
15 Dezembro 2010 | 10:43
O IGCP conseguiu colocar a totalidade do montante previsto, 500 milhões de euros, mas teve que suportar uma forte subida dos juros no leilão de bilhetes do Tesouro realizado há minutos.
O Estado português suportou um juro de 3,403% para colocar 500 milhões de euros em dívida a três meses.
A taxa média quase duplicou face aos custos suportados no último leilão comparável, no início de Novembro. Na altura, para colocar dívida a três meses, Portugal aceitou pagar um juro de 1,818%.
A procura superou a oferta em 1,9 vezes, comparável ao rácio “bid-to-cover” de 2,2 vezes no anterior leilão comparável.
Com esta emissão de dívida de curto prazo está agora o programa de financiamento de 2010.
Os juros da dívida portuguesa ascendem 6,8 pontos base para 6,446% na maturidade a 10 anos. Uma subida que é a oitava consecutiva e que se salda num agravamento de 51,5 pontos base nos juros das obrigações nacionais a 10 anos. O prémio de risco que os investidores exigem para deter dívida portuguesa em vez da equivalente alemã é, hoje, de 339,9 pontos base.
A Moody’s disse esta manhã que colocou a dívida de Espanha sob revisão para uma possível redução da classificação de crédito do país. A agência de notação poderá reduzir a classificação de “Aa1” que atribui actualmente à maior economia ibérica por crer que este está sujeito a pressões no financiamento e por recear que Espanha necessite de recapitalizar o seu sistema bancário.
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mais_um Escreveu:Hoje (dia 15), pelas 10:30 temos leilão da divida publica, BT a 3 meses, 500 milhões.
No ultimo leilão realizado para a mesma maturidade, em 3 de Novembro de 2010, a taxa foi de 1,818%, com a procura a ser 2,2x superior. Nessa altura as taxas a 10 anos estavam muito identicas às actuais.
No 1º leilão deste ano, nesta maturidade, realizado em Abril , a taxa foi de 0,476%.
Cá aguardamos o relato

Os bancos agora em Dezembro andam (muito) mais agressivos na captação. Vamos ver.
Hoje (dia 15), pelas 10:30 temos leilão da divida publica, BT a 3 meses, 500 milhões.
No ultimo leilão realizado para a mesma maturidade, em 3 de Novembro de 2010, a taxa foi de 1,818%, com a procura a ser 2,2x superior. Nessa altura as taxas a 10 anos estavam muito identicas às actuais.
No 1º leilão deste ano, nesta maturidade, realizado em Abril , a taxa foi de 0,476%.
No ultimo leilão realizado para a mesma maturidade, em 3 de Novembro de 2010, a taxa foi de 1,818%, com a procura a ser 2,2x superior. Nessa altura as taxas a 10 anos estavam muito identicas às actuais.
No 1º leilão deste ano, nesta maturidade, realizado em Abril , a taxa foi de 0,476%.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Juros da dívida portuguesa abaixo dos 6% com BCE activo no mercado (act.)
03 Dezembro 2010 | 10:11
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
As obrigações do tesouro portuguesas estão em forte alta pela terceira sessão consecutiva, com os juros que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa a 10 anos a descer abaixo dos 6%. O BCE está hoje de novo activo na compra de obrigações portuguesas e irlandesas.
A “yield” a 10 anos está a cair 33 pontos base para 5,813%, estreitando a margem de risco contra as obrigações alemãs para 300 pontos base, com notícias de que o BCE está neste momento a adquirir títulos de dívida de Portugal e Irlanda no mercado.
A informação está a ser avançada pela agência Bloomberg, que cita operadores de mercado que pediram para não serem identificados.
Os outros países que têm estado sob maior pressão nos mercados estão também a sentir um alívio, mas mais moderado. Os juros de Espanha estão a cair oito pontos base para abaixo dos 5%.
Nas últimas três sessões, o juro associado à negociação de dívida portuguesa a 10 anos desceu cerca de 1,15 pontos percentuais, estando agora em mínimos desde 27 de Outubro.
Nos prazos mais curtos a descida é também intensa. A "yield" das obrigações a dois anos recua 31 pontos base para 3,75%, quando na terça-feira os investidores exigiam uma taxa de 4,82% para comprar dívida portugeusa com esta maturidade.
A percepção de risco sobre Portugal está a atenuar-se também a julgar pelo custo de fazer um seguro contra incumprimento em dívida portuguesa. Os “credit default swaps” sobre títulos a cinco anos estão a descer oito pontos base para 330 pontos base.
Os mercados continuam a ser animados pela promessa de Jean-Claude Trichet e do Banco Central Europeu de manter as ajudas ao sector bancário nos próximos meses e de continuar a comprar títulos de dívida no mercado.
Ontem os juros da dívida portuguesa a 10 anos desceram mais de 40 pontos base, depois do BCE ter comprado obrigações portuguesas de forma mais agressiva.
A prática que tem gerado controvérsia dentro do BCE vai manter-se, assim como o debate dentro da instituição. É que a decisão do Conselho e Governadores não foi unanime, mas apenas apoiada por uma "larga maioria" dos governadores do BCE, afirmou Trichet. É conhecido que o alemão Axel Weber, tido como o sucessor de Trichet ao leme do BCE, é contrário a esta medida.
Com a confirmação de que as ajudas se vão manter "foi ultrapassado um obstáculo importante, mas o mercado vai continuar muito vulnerável", antecipa Michael Leister, um analista do WestLB, ao Negócios, que avisa: "um corte de 'rating' ou alguma declaração política menos sensata" são alguns acontecimentos capazes de "voltar a abanar o barco".
03 Dezembro 2010 | 10:11
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
As obrigações do tesouro portuguesas estão em forte alta pela terceira sessão consecutiva, com os juros que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa a 10 anos a descer abaixo dos 6%. O BCE está hoje de novo activo na compra de obrigações portuguesas e irlandesas.
A “yield” a 10 anos está a cair 33 pontos base para 5,813%, estreitando a margem de risco contra as obrigações alemãs para 300 pontos base, com notícias de que o BCE está neste momento a adquirir títulos de dívida de Portugal e Irlanda no mercado.
A informação está a ser avançada pela agência Bloomberg, que cita operadores de mercado que pediram para não serem identificados.
Os outros países que têm estado sob maior pressão nos mercados estão também a sentir um alívio, mas mais moderado. Os juros de Espanha estão a cair oito pontos base para abaixo dos 5%.
Nas últimas três sessões, o juro associado à negociação de dívida portuguesa a 10 anos desceu cerca de 1,15 pontos percentuais, estando agora em mínimos desde 27 de Outubro.
Nos prazos mais curtos a descida é também intensa. A "yield" das obrigações a dois anos recua 31 pontos base para 3,75%, quando na terça-feira os investidores exigiam uma taxa de 4,82% para comprar dívida portugeusa com esta maturidade.
A percepção de risco sobre Portugal está a atenuar-se também a julgar pelo custo de fazer um seguro contra incumprimento em dívida portuguesa. Os “credit default swaps” sobre títulos a cinco anos estão a descer oito pontos base para 330 pontos base.
Os mercados continuam a ser animados pela promessa de Jean-Claude Trichet e do Banco Central Europeu de manter as ajudas ao sector bancário nos próximos meses e de continuar a comprar títulos de dívida no mercado.
Ontem os juros da dívida portuguesa a 10 anos desceram mais de 40 pontos base, depois do BCE ter comprado obrigações portuguesas de forma mais agressiva.
A prática que tem gerado controvérsia dentro do BCE vai manter-se, assim como o debate dentro da instituição. É que a decisão do Conselho e Governadores não foi unanime, mas apenas apoiada por uma "larga maioria" dos governadores do BCE, afirmou Trichet. É conhecido que o alemão Axel Weber, tido como o sucessor de Trichet ao leme do BCE, é contrário a esta medida.
Com a confirmação de que as ajudas se vão manter "foi ultrapassado um obstáculo importante, mas o mercado vai continuar muito vulnerável", antecipa Michael Leister, um analista do WestLB, ao Negócios, que avisa: "um corte de 'rating' ou alguma declaração política menos sensata" são alguns acontecimentos capazes de "voltar a abanar o barco".
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pvg80713 Escreveu:mais_um Escreveu:pvg80713 Escreveu:espectacular : 5,9% ! ! ! !
aguardo agora comentários mais detalhados sobre o que se poderá seguir !
abraço a todos
Como já referi várias vezes há demasiado histerismo com as yields das nossas OT. Quer nas subidas quer nas descidas! Os fundamentos da nosssa economia não pioraram no ultimo mês assim como não melhoraram ontem e hoje!
Dos paises do Euro, Portugal é o país com menos liquidez nas OT, logo qualquer "pequena" intervenção do BCE no mercado tem efeitos imediatos, o que não acontece com a Espanha.
Devido à baixa liquidez das nossas OT, é facil provocar grandes subidas e grandes descidas.
Para o publico em geral, podemos tirar partido dsa subidas, com os CT, como é o caso em Dezembro.
mais_um,
se tivesses razão........ então não eram necessárias as medidas adicionais do governo... que tanta gente vai sofrer na pele...
bastava... fazer isto que está a acontecer agora.
As medidas deste OE, foram anunciadas no fim de Setembro, no dia 29 se não estou em erro, nestes 2 meses os graficos das yields das nossas OT parecem uma montanha russa. Como vês as yields não tem sido influenciadas pelas medidas, por muito que os comentadores e OCS o digam.
Mas não quero convencer ninguém, é apenas a minha opinião fundamentada nos factos que referi.
Um abraço,
Alexandre Santos
Editado pela última vez por mais_um em 3/12/2010 11:53, num total de 1 vez.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Continuo sem perceber a quem se aplicam as medidas de austeridade!
Governo regional dos Açores compensa cortes a funcionários públicos com subsídios
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=235259
Governo regional dos Açores compensa cortes a funcionários públicos com subsídios
O presidente do Governo regional dos Açores decidiu atribuir um subsídio aos funcionários públicos que ganham entre 1500 e 2000 euros para compensar os cortes de 5 por cento nos salários.
Assim, de acordo com o semanário Sol, esses funcionários vão receber uma compensação de valor igual ao do corte sofrido no ordenado, fazendo com que os funcionários públicos açorianos não sofram qualquer alteração no vencimento base em 2011.
Isto significa ainda que enquanto no resto do país os cortes salariais se aplicam aos funcionários com vencimentos acima dos 1500 euros, nos Açores estas reduções só se aplicam aos que ganham mais de dois mil euros. O Governo regional vai suportar este encargo através da dotação provisional, normalmente utilizada para fazer face a despesas imprevistas.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=235259
Afinal a quem é que vão ser aplicadas as medidas de austeridade????
Ministério das Finanças abre excepção nos cortes aos hospitais de gestão empresarial
http://www.publico.pt/Sociedade/ministerio-das-financas-abre-excepcao-nos-cortes-aos-hospitais-de-gestao-empresarial_1469260
Ministério das Finanças abre excepção nos cortes aos hospitais de gestão empresarial
As medidas de austeridade aplicadas pelo Governo às empresas e institutos públicos, afinal, contemplam uma excepção: os hospitais com gestão pública empresarial (EPE). Um despacho conjunto dos secretários de Estado do Tesouro e das Finanças e da Saúde, com data de 30 de Novembro, deixa de fora os hospitais EPE, que já não vão sofrer um corte de 15 por cento nos custos operacionais no próximo ano, conforme determinava o Ministério das Finanças. A medida gerou um coro de protestos por parte dos administradores hospitalares, que avisaram que os hospitais públicos "entrariam em colapso", caso se mantivesse a orientação de Teixeira dos Santos.
"Com este despacho conjunto, o Governo acabou por reconhecer que os hospitais, sendo do sector empresarial do Estado, são empresas específicas. O fato que o Ministério das Finanças queria que os hospitais vestissem, à semelhança da CGD, TAP, Refer, CP ou do Metro, não nos assentava bem", declarou o presidente do conselho de administração do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, João Correia da Cunha.
Em declarações ontem ao PÚBLICO, Correia da Cunha referiu que o despacho diz explicitamente que "a redução da despesa prevista para 2011 nos hospitais EPE não deve pôr em causa o nível de serviços de saúde prestados aos cidadãos". "Até terça-feira, havia uma dificuldade de integrarmos as orientações porque havia um despacho do Ministério das Finanças e um despacho do Ministério da Saúde e agora existe um despacho conjunto dos dois ministérios que nos dá as linhas orientadoras sobre as quais vamos fazer o trabalho que se segue até ao fim do ano", disse o administrador, frisando que o despacho atende "às especificidades dos hospitais".
http://www.publico.pt/Sociedade/ministerio-das-financas-abre-excepcao-nos-cortes-aos-hospitais-de-gestao-empresarial_1469260
mais_um Escreveu:pvg80713 Escreveu:espectacular : 5,9% ! ! ! !
aguardo agora comentários mais detalhados sobre o que se poderá seguir !
abraço a todos
Como já referi várias vezes há demasiado histerismo com as yields das nossas OT. Quer nas subidas quer nas descidas! Os fundamentos da nosssa economia não pioraram no ultimo mês assim como não melhoraram ontem e hoje!
Dos paises do Euro, Portugal é o país com menos liquidez nas OT, logo qualquer "pequena" intervenção do BCE no mercado tem efeitos imediatos, o que não acontece com a Espanha.
Devido à baixa liquidez das nossas OT, é facil provocar grandes subidas e grandes descidas.
Para o publico em geral, podemos tirar partido dsa subidas, com os CT, como é o caso em Dezembro.
mais_um,
se tivesses razão........ então não eram necessárias as medidas adicionais do governo... que tanta gente vai sofrer na pele...
bastava... fazer isto que está a acontecer agora.
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pvg80713 Escreveu:espectacular : 5,9% ! ! ! !
aguardo agora comentários mais detalhados sobre o que se poderá seguir !
abraço a todos
Como já referi várias vezes há demasiado histerismo com as yields das nossas OT. Quer nas subidas quer nas descidas! Os fundamentos da nosssa economia não pioraram no ultimo mês assim como não melhoraram ontem e hoje!
Dos paises do Euro, Portugal é o país com menos liquidez nas OT, logo qualquer "pequena" intervenção do BCE no mercado tem efeitos imediatos, o que não acontece com a Espanha.
Devido à baixa liquidez das nossas OT, é facil provocar grandes subidas e grandes descidas.
Para o publico em geral, podemos tirar partido dsa subidas, com os CT, como é o caso em Dezembro.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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