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Caldeirão da Bolsa

O nosso problema são a classe trabalahdora, despedir !!!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por urukai » 4/1/2011 15:20

Como não consigo comprovar a veracidade disto não abri tópico novo e parece-me adequado colocar num tópico de despedimentos algumas perguntas que as grandes multinacionais fazem aos entrevistados para emprego:

Goldman Sachs, analista
«Se você fosse encolhido para o tamanho de um lápis e posto numa misturadora, como é que sairia?»

Aflac, parceiro de vendas
«Qual é a filosofia das Artes Marciais?»

Boston Consulting, consultor
«Explique-me o que aconteceu neste país nos últimos 10 anos»

Capital One, analista de operações
«Classifique-se a si próprio, numa escala de 1 a 10. Quão estranho é você?»

Google, analista de pessoas
«Quantas bolas de basquetebol consegue enfiar nesta sala?»

Bloomberg LP Financial, desenhador de software
«De um total de 25 cavalos, escolha os três mais rápidos. Em cada corrida, apenas cinco podem correr ao mesmo tempo. Qual é o número mínimo de corridas necessárias?»

Facebook, engenheiro de software
«Dado os números de 1 a mil, qual é o número mínimo de palpites necessário para encontrar um número específico se lhe for dada a pista do «mais alto» ou «mais baixo» de cada vez que lança um palpite?»

Epic Systems, gestor de projecto
«Uma maçã custa 20 cêntimos, uma laranja custa 40 cêntimos, e um cacho de uvas custa 60 cêntimos. Quanto custa uma pêra?»

Apple, engenheiro de software
«Há três caixas, uma contém apenas maçãs, uma contém só laranjas, e uma contém laranjas e maçãs. As caixas foram identificadas de forma incorrecta e nenhuma das etiquetas identifica correctamente o conteúdo da caixa onde se encontra. Abrindo apenas uma caixa, e sem olhar lá para dentro, tira apenas uma peça de fruta. Olhando para a fruta, como pode etiquetar imediatamente as caixas de forma correcta?»

Argus Information & Advisory Services, analista
«Quantos semáforos há em Manhattan?»

Guardsmark, escritor
«O que têm a madeira e o álcool em comum?»

New York Life, agente comercial
«Porque acha que apenas uma pequena percentagem da população ganha mais de 150 mil dólares?»

Nielsen Company, analista
«Quantas garrafas de cerveja são bebidas na cidade ao longo da semana?»

US Bank, lugar no desenvolvimento do programa de liderança
«Como são feitos os M&M's?»

Volkswagen, analista de negócio
«O que faria se herdasse uma pizzaria do seu tio?»


Por acaso em 2000 numa entrevista para uma consultora perguntaram-me quando era um 1 escudo em euros e eu baralhei-me todo e acabei por responder que era para isso que se tinham inventado as calculadoras... Naturalmente, não fui selecionado! :roll:

EDIT: por acaso agora estava a ler melhor a lista e porque raio a Guardsmark (um empresa de segurança) iria querer contratar um escritor????
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por fatimafaria » 28/12/2010 19:34

Alladin Broker Escreveu:Quando uma empresa não valoriza os seus próprios trabalhadores, então não se valoriza a si própria!!

Os trabalhadores também fazem parte do mercado. São eles que falam da empresa em primeiro lugar, eles são a imagem da empresa no exterior.

Se a empresa trata mal um trabalhador, directa ou indirectamente também o fará com clientes, fornecedores e outros agentes económicos.

A cultura de uma empresa não se impõe, respira-se e transparece-se como um organismo vivo, sujeito ao sentir do mercado.

Abraço


Concordo, o problema está se por qualquer motivo determinado funcionário já não corresponde ás exigencias da empresa, esta mesmo assim tem de o aguentar pois não poderá depedi-lo. Havendo isto como poderá a empresa valorizar o trabalhador?
 
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por Alladin Broker » 28/12/2010 18:28

Quando uma empresa não valoriza os seus próprios trabalhadores, então não se valoriza a si própria!!

Os trabalhadores também fazem parte do mercado. São eles que falam da empresa em primeiro lugar, eles são a imagem da empresa no exterior.

Se a empresa trata mal um trabalhador, directa ou indirectamente também o fará com clientes, fornecedores e outros agentes económicos.

A cultura de uma empresa não se impõe, respira-se e transparece-se como um organismo vivo, sujeito ao sentir do mercado.

Abraço
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Bem, vamos laa pensar devagar...

por bboniek33 » 28/12/2010 15:55

o que os pobres (poliiticamente correcto designados como "menos favorecidos") nao percebem ee o esforc,o que estaa por traas do investimento, a noc,ao do Risco, enfim, a mentalidade do Empresaario.

Com instruc,ao acadeemica limitada, recursos culturais muito ataavicamente ligados aas crenc,as e costumes, os pobres nao podem perceber aquilo que nunca viram e nao lhes foi explicado por quem o podia (e devia) fazer.

Assim, a mentalidade "mainstream" ee a de, nao sendo rico (favorecido) pelo menos parecer, se nao pode ter "yacht" pelo menos daa ao filho uma Playsation, se nao pode ter Volvo... tem um utilitaario.

Ee esta a mentalidade do pobre. E isto falando do "pobre" que tem um vencimento ou um salaario. Se formos para os "outcasted" os desmembrados sociais ("Lumpen"), aqueles que teem as casas a 12 graus centigrados nestes Invernos menos temperados, esses... encontramos a classes envergonhada mas revoltada ou resignada (qual destes sentimentos o pior ?), os incapazes, os marginais (no sentido social de "outsider" - nao integraavel), e nao no sentido criminal do termo.

Mas os pobres sao um problema tao grande como sao os ricos. Por isso as sociedades em que o desniivel se acentua, e Portugal prima por uma obscena desigualdade entre uns e outros, estao condenadas a ser sociedades Atrasadas: socialmente, claro, mas tambem retardadas no desenvolvimento e potencial de vencer os obstaaculos econoomicos acidentais.

Portugal estaa, portanto, condenado: por um lado tem uma classe rica igualmente pouco instruiida e socialmente hostil aos princiipios de civilidade, por outro, uma classe de pobres revoltados e/ou resignados que tornam o relacionamento social mesquinho, prenhe de invejas pessoais.

Acrescentando a estes factores uma desilusao brutal pela falencia dos desiignios de Abril (74), pelo descalabro da Justic,a e a degradac,ao do sistema de ensino que nao resistiu aa massificac,ao subjacente aa implementc,ao dum Estado Democraatico, isto tudo conjugado a uma lideranc,a incapaz, com vistas curtas de objectivos eleitorais, ao despoletar de uma poliitica de incentivos ao consumo (incluindo habitac,ao "proopria" - vai entre aspas porque pertence aa entidade credora e nao ao "prooprio"), Portugal foi conduzido por uma poliitica catastroofica de irresponsabilidade, impunidade, omissao e demissao, uma aberrante falta de participac,ao ciivica.

Eis o colapso.

Vem nos livros.
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por Cardeal » 28/12/2010 14:27

fafite Escreveu:
Cardeal Escreveu:
fafite Escreveu:Além de que um salário minímo cria a maior fonte de injustiça entre os próprios trabalhadores, porque obriga a que todos recebam o mesmo, mesmo que a sua produção/rentabilidade sejam diferentes. Daí muitas vezes certos trabalhadores que até podiam ser bem mais produtivos acabam por não o ser porque no fundo se sentem injustiçados " para quê esforçar-me se ele não se esforça e ganha tanto como eu?


Será assim tão simples? E as crianças?

Porque carga d'água, é que o filho do rico há-de ter uma mesa mais farta e uma cama mais fofa que o filho do pobre?

Se o pai é malandro, deixa-se morrer o filho à fome?

Fala-se aqui de mínimos, fala-se de sobrevivência.


Cardeal, não podemos misturar as coisas
Estamos a discutir o salário minimo em relação é economia/produtividade.

E não sejamos tão naifes, todos nós sabemos que as criancinhas não são razão de desculpa para nada.

Se queres saber existem muitos pais que se estão a borrifar para as necessidades dos filhos. Muitas as vezes preferem gastar o dinheiro em tabaco, café e cervejas do que por uma mesa farta aos filhos.

É melhor não irmos por aí, até porque disvirtuariamos o tema do tópico

Um abraço


...........................................................................................................................

Um abraço também. Um 2011, "à maneira"!
 
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por fatimafaria » 28/12/2010 13:52

Cardeal Escreveu:
fafite Escreveu:Além de que um salário minímo cria a maior fonte de injustiça entre os próprios trabalhadores, porque obriga a que todos recebam o mesmo, mesmo que a sua produção/rentabilidade sejam diferentes. Daí muitas vezes certos trabalhadores que até podiam ser bem mais produtivos acabam por não o ser porque no fundo se sentem injustiçados " para quê esforçar-me se ele não se esforça e ganha tanto como eu?


Será assim tão simples? E as crianças?

Porque carga d'água, é que o filho do rico há-de ter uma mesa mais farta e uma cama mais fofa que o filho do pobre?

Se o pai é malandro, deixa-se morrer o filho à fome?

Fala-se aqui de mínimos, fala-se de sobrevivência.


Cardeal, não podemos misturar as coisas
Estamos a discutir o salário minimo em relação é economia/produtividade.

E não sejamos tão naifes, todos nós sabemos que as criancinhas não são razão de desculpa para nada.

Se queres saber existem muitos pais que se estão a borrifar para as necessidades dos filhos. Muitas as vezes preferem gastar o dinheiro em tabaco, café e cervejas do que por uma mesa farta aos filhos.

É melhor não irmos por aí, até porque disvirtuariamos o tema do tópico

Um abraço
 
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por Cardeal » 28/12/2010 13:17

fafite Escreveu:Além de que um salário minímo cria a maior fonte de injustiça entre os próprios trabalhadores, porque obriga a que todos recebam o mesmo, mesmo que a sua produção/rentabilidade sejam diferentes. Daí muitas vezes certos trabalhadores que até podiam ser bem mais produtivos acabam por não o ser porque no fundo se sentem injustiçados " para quê esforçar-me se ele não se esforça e ganha tanto como eu?


Será assim tão simples? E as crianças?

Porque carga d'água, é que o filho do rico há-de ter uma mesa mais farta e uma cama mais fofa que o filho do pobre?

Se o pai é malandro, deixa-se morrer o filho à fome?

Fala-se aqui de mínimos, fala-se de sobrevivência.
 
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por fatimafaria » 27/12/2010 23:08

Além de que um salário minímo cria a maior fonte de injustiça entre os próprios trabalhadores, porque obriga a que todos recebam o mesmo, mesmo que a sua produção/rentabilidade sejam diferentes. Daí muitas vezes certos trabalhadores que até podiam ser bem mais produtivos acabam por não o ser porque no fundo se sentem injustiçados " para quê esforçar-me se ele não se esforça e ganha tanto como eu?
 
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por LTCM » 27/12/2010 20:38

Elias Escreveu: entre outros.


Podemos também acrescentar a Àustria, a Inglaterra e os EUA.

Só que: Esses países têm sistemas de protecção social anteriores à invenção do salário mínimo, que depois evoluíram. O Estado garante um rendimento mínimo, de tal forma que as pessoas não aceitam salários abaixo de um determinado valor.

Eles (os ricos do Norte) não têm salário mínimo nacional mas têm fixados salários mínimos por ramo de actividade e devidamente controlado por uma entidade reguladora.
Curiosamente foi nos países anglo-saxonicos que a ideia do salario mínimo surgiu. Aliás, quer os EUA quer o UK aplicam, ainda hoje, diferentes formas de salário mínimo.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Elias » 27/12/2010 19:41

LTCM Escreveu:
Elias Escreveu:
LTCM Escreveu:
Elias Escreveu: mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...


E quais são esses países?


Norte da Europa, principalmente


Suécia, a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega?


entre outros.

artista Escreveu:Mas esses países não têm salário mínimo?!


não
 
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por Crómio » 27/12/2010 19:38

There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

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por artista_ » 27/12/2010 19:29

LTCM Escreveu:
Elias Escreveu:
LTCM Escreveu:
Elias Escreveu: mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...


E quais são esses países?


Norte da Europa, principalmente


Suécia, a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega?


Mas esses países não têm salário mínimo?!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
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por LTCM » 27/12/2010 18:27

Elias Escreveu:
LTCM Escreveu:
Elias Escreveu: mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...


E quais são esses países?


Norte da Europa, principalmente


Suécia, a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega?
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Elias » 27/12/2010 18:18

LTCM Escreveu:
Elias Escreveu: mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...


E quais são esses países?


Norte da Europa, principalmente
 
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por LTCM » 27/12/2010 18:17

Elias Escreveu: mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...


E quais são esses países?
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por ferradura » 14/12/2010 0:08

O que querem os patroes:

-não haver salário minimo
-Poder despedir livremente
-Não pagar indmenizações

Colaboradores:

-Ganhar o mais possível
-Ter sempre bons aumentos
-Ser quase impossivel o despedimento e se o for com grandes indmenizações.

É este equilibrio que se deve jogar.Não se pode astender apenas a uma parte.
NEste momento, os aumentos estão congelados e os salários tem estado em queda.

Poder despedir livremente e ou pagar indmenizações baixas seria causra um grande desiqulibrio no sistema.

Nos EUA existe essa politica (despedir com mais facilidade), e no entanto não estão melhores.

Alias em todos os paises do euro, em nenhum deles existe a liberdade de despedimento.
Embora possa haver indemenizações mais "baixas", os ordenados são maiores, o que faz com que o trabalhador possa ter tido a oportuunidade de ter acumulado alguma riqueza, e poder-se sustentar.

Portugal não pode ter salário baixos, com custo de vida dos paises do Euro e não ter elevadas protecções sociais e garantias de dinheiro em caso de despedimento e dificuldade no mesmo.

Temos de escolher, ou não temos protecções sociais e livres despedimentos, mas os salários são mais altos, ou então o contrário (como até aqui).

Não pode haver o melhor de 2 mundos...para os patroes, claro.
 
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por nunofaustino » 13/12/2010 16:34

A reforma laboral necessária em Portugal seria facilitar o despedimento dos maus funcionários públicos. Isso seria 10x mais importante do que mexer na legislação laboral dos privados que já permite despedir (há algumas restrições que podem ser minoradas, mas sou contra a diminuição do montante a pagar em caso de despedimento).

Um abraço
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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Reformas na Suiça

por zguibz » 13/12/2010 16:15

Não sei se este é o tópico certo para colocar uma noticia destas, mas como não encontrei outro mais adequado cá vai.

Confesso que é uma noticia que me passou ao lado, cujo link me foi enviado por mail; mas depois de a ouvir fiquei a pensar se esta não seria uma boa medida para ser adoptada em Portugal...

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Reformas- ... 90426&tm=7
O caminho para cima e o caminho para baixo, são um único caminho!
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por Automech » 1/12/2010 22:23

djovarius Escreveu:
Quanto a recusar trabalhar por X ou Y, isso tem a ver com a divisao do trabalho como bem explicou Ludwig Von Mises. Se o meu trabalho ee mal pago num local A eu desloco-me naturalmente para o local B onde pagam mais. E isso pode implicar emigrar.


Deslocas-te geograficamente ou "deslocas-te" para outras funções Djovarius.

Sempre assim foi na história. O que não faz sentido é a legislação proteger profissões que se tornam obsoletas ou pessoas que acham que devem ganhar mais e preferem exigir isso do que deslocar-se.
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por Azul10 » 1/12/2010 19:52

Elias Escreveu:É claro que há aqui um outro factor mais difícil de quantificar: muitas pessoas recusarião um trabalho que consideram pouco prestigiante numa zona onde são conhecidas, mas estarão dispostas a aceitá-lo onde ninguém as conheça (por exemplo no estrangeiro).


Aqui está uma grande verdade.

Na empresa onde trabalho um dos nosso maiores clientes tem uma empresa de construção civil. Um funcionário de uma das empresa que era sua cliente e que faliu é um amigo da família do nosso cliente, um dia apareceu o nosso cliente com esse senhor para dizer que o queria admitir na empresa como aprendiz de trolha que estava sem emprego e não sei quê.

Recolhemos os dados do senhor e dissemos para eles acertarem os detalhes e o tempo do contrato para fazermos o contrato de trabalho.

Passou-se uma semana e como o nosso cliente não dizia nada ligamos a lembrar para ele passar pelo escritório que a situação estava pendente. Ele só nos respondeu "Esse gajo afinal não quer trabalhar cá. Ia mandá-lo para umas vivendas que estou a construir a 50 metros de casa dele mas ele não quis. Preferiu ir trabalhar a trolha para Espanha com o cunhado."

Não sei os valores que a outra empresa lhe irá pagar nem as condições do contrato (se o houver). Aqui, a julgar pelos salários que o nosso cliente paga iria ganhar à volta de 500€, mais as horas pagas por fora, e trabalhar "à porta de casa" que seria por pelo menos uns 3 anos que a obra está nos inícios.

Como este há seguramente muitos.
 
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por djovarius » 1/12/2010 19:42

Olha que nome que tem este topico !!

O problema ee a classe trabalhadora ?????????

O segredo para o sucesso ee trabalhar, poupar e investir.

O resto sao palavras que o vento leva.

Quanto a recusar trabalhar por X ou Y, isso tem a ver com a divisao do trabalho como bem explicou Ludwig Von Mises. Se o meu trabalho ee mal pago num local A eu desloco-me naturalmente para o local B onde pagam mais. E isso pode implicar emigrar.

Por exemplo, se eu quisesse hoje trabalhar num "call center" aqui na Alemanha, pagavam-me 50 euros (apos impostos) por 5 horas de trabalho. Com isso, podia arranjar outro trabalho, em part-time).

Muitas pessoas teem dois empregos por conta destas facilidades, senao ninguem aguentava. Mau, so o frio de gelar :( :(

Abraco

dj
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por Elias » 1/12/2010 19:32

É claro que há aqui um outro factor mais difícil de quantificar: muitas pessoas recusarião um trabalho que consideram pouco prestigiante numa zona onde são conhecidas, mas estarão dispostas a aceitá-lo onde ninguém as conheça (por exemplo no estrangeiro).
 
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por Pata-Hari » 1/12/2010 19:28

Exacto, Elias. E essas mesmas pessoas até estão dispostas a fazer esse trabalho por menos. Esse é exactamente o tema. A escolha é de cada um. Se o português acha que não deve trabalhar por 350 euros, é livre de o (não) fazer.

(já nos estamos a desviar do tema que deveria seguir provavelmente para as questões do estado social poder garantir rendimentos mínimos, de como o fazer e deveriamos voltar ao tema inicil da questão de não haver nem estado nem social se não houver riqueza para distribuir).

(editei os meus posts acrescentando algumas coisas, já não estão exactamente como os leste inicialmente)
Editado pela última vez por Pata-Hari em 1/12/2010 19:33, num total de 1 vez.
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por Elias » 1/12/2010 19:26

Pata-Hari Escreveu:O facto é que existem relativamente poucas pessoas dispostas a fazer o trabalho que esta pessoa faz, com o cuidado e a atenção que o faz e sabendo que a perspectiva de carreira é "nenhuma".


Pata, só concordo em parte. É tudo uma questão do valor pago. Repara que tens imensos estrangeiros (uma boa parte licenciados) dispostos a fazer esse trabalho, que os portugueses parecem recusar.
 
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por Pata-Hari » 1/12/2010 19:24

Elias, a conclusão foi tirada no post e no contexto devido. O contexto era:

E nota que o mercado muito facilmente valoriza um bom empregado


mas pode ser usado para a tua conclusão, sim:

O mercado adapta o ordenado à procura e à oferta de mercado, independentemente de haver ou não um ordenado mínimo. O facto é que existem relativamente poucas pessoas dispostas a fazer o trabalho que esta pessoa faz, com o cuidado e a atenção que o faz e sabendo que a perspectiva de carreira é "nenhuma".
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