GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)
Elias Escreveu:EALM Escreveu:Já aqui disse há muito muito tempo: o que as gasolineiras portuguesas andam a fazer há muito é integração no tempo. Alisam os "vales" que deveriam existir no gráfico do preço final, mas produzem (ou transferem da refinaria) os picos no preço nas alturas mais propícias do ponto de vista de retalhista. Isto às vezes em escalas de tempo de horas ou poucos dias.
Conseguem assim lucros maiores atrasando às vezes 12H uma descida, antecipando às vezes 2H uma subida (subir às 22H da noite em vez de 0h00 como já vi). É claro que o mercado é livre, podem fazê-lo!! Eu é que noto esses detalhes e na minha opinião tem havido integração no tempo.
Depois se formos ver apenas o QUANTO desceram ou subiram até bate certo. A questão é DURANTE quanto tempo é que praticaram o preço de "vale" do gráfico, ou se inclusivamente chegaram a ir até ao vale (ter apenas 15 descidas) é um sintoma disso mesmo.
EALM, quem ler o teu post pode ficar com a ideia que as gasolineiras portuguesas têm um comportamento diferente das dos outros países.
Mas se isso fosse assim, então nos outros países ninguém teria razão para protestar sobre os preços altos, não concordas? E no entanto, o que não falta por essa Europa fora são opiniões negativas sobre os preços altos dos combustíveis...
Sinceramente não entendi o teu argumento. Consideras plausível ou não que há uma programação "inteligente" do número de subidas/ descidas e do momento em que ocorrem? Só falei disso. E falei disso porque sigo regularmente o preço das matérias primas de modo a saber quando esperar os ditos "vales" no preço e encher o depósito nessas alturas.
Eu tenho tentado fazer uma integração "ao contrário" para diminuir o meu preço médio de compra.
Não percebi onde falei de "outros países". Mas se queres a minha opinião, os "outros países" podem queixar-se do que quiserem. Eu queixo-me da realidade do sítio onde vivo. E para que fique claro, a minha opinião é que as gasolineiras são uma 2a questão, pois a primeira tem a ver com o Estado que nos cobra impostos exorbitantes por cada litro de combustível que consumimos.
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EALM Escreveu:Já aqui disse há muito muito tempo: o que as gasolineiras portuguesas andam a fazer há muito é integração no tempo. Alisam os "vales" que deveriam existir no gráfico do preço final, mas produzem (ou transferem da refinaria) os picos no preço nas alturas mais propícias do ponto de vista de retalhista. Isto às vezes em escalas de tempo de horas ou poucos dias.
Conseguem assim lucros maiores atrasando às vezes 12H uma descida, antecipando às vezes 2H uma subida (subir às 22H da noite em vez de 0h00 como já vi). É claro que o mercado é livre, podem fazê-lo!! Eu é que noto esses detalhes e na minha opinião tem havido integração no tempo.
Depois se formos ver apenas o QUANTO desceram ou subiram até bate certo. A questão é DURANTE quanto tempo é que praticaram o preço de "vale" do gráfico, ou se inclusivamente chegaram a ir até ao vale (ter apenas 15 descidas) é um sintoma disso mesmo.
EALM, quem ler o teu post pode ficar com a ideia que as gasolineiras portuguesas têm um comportamento diferente das dos outros países.
Mas se isso fosse assim, então nos outros países ninguém teria razão para protestar sobre os preços altos, não concordas? E no entanto, o que não falta por essa Europa fora são opiniões negativas sobre os preços altos dos combustíveis...
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A questão não é o valor total que as subidas provocaram ser ou não o mesmo que noutros países.
Já aqui disse há muito muito tempo: o que as gasolineiras portuguesas andam a fazer há muito é integração no tempo. Alisam os "vales" que deveriam existir no gráfico do preço final, mas produzem (ou transferem da refinaria) os picos no preço nas alturas mais propícias do ponto de vista de retalhista. Isto às vezes em escalas de tempo de horas ou poucos dias.
Conseguem assim lucros maiores atrasando às vezes 12H uma descida, antecipando às vezes 2H uma subida (subir às 22H da noite em vez de 0h00 como já vi). É claro que o mercado é livre, podem fazê-lo!! Eu é que noto esses detalhes e na minha opinião tem havido integração no tempo.
Depois se formos ver apenas o QUANTO desceram ou subiram até bate certo. A questão é DURANTE quanto tempo é que praticaram o preço de "vale" do gráfico, ou se inclusivamente chegaram a ir até ao vale (ter apenas 15 descidas) é um sintoma disso mesmo.
Já aqui disse há muito muito tempo: o que as gasolineiras portuguesas andam a fazer há muito é integração no tempo. Alisam os "vales" que deveriam existir no gráfico do preço final, mas produzem (ou transferem da refinaria) os picos no preço nas alturas mais propícias do ponto de vista de retalhista. Isto às vezes em escalas de tempo de horas ou poucos dias.
Conseguem assim lucros maiores atrasando às vezes 12H uma descida, antecipando às vezes 2H uma subida (subir às 22H da noite em vez de 0h00 como já vi). É claro que o mercado é livre, podem fazê-lo!! Eu é que noto esses detalhes e na minha opinião tem havido integração no tempo.
Depois se formos ver apenas o QUANTO desceram ou subiram até bate certo. A questão é DURANTE quanto tempo é que praticaram o preço de "vale" do gráfico, ou se inclusivamente chegaram a ir até ao vale (ter apenas 15 descidas) é um sintoma disso mesmo.
Editado pela última vez por EALM em 22/12/2010 15:47, num total de 1 vez.
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rmachado Escreveu:Não Elias.. mas não há correspondência entre o número de subidas nas refinarias e ao consumidor (e vice versa), e um dos factores apontado pelas gasolineiras para o preço é... o preço da máteria na refinaria.
O que eu quero dizer é que o mercado embora "aberto" não o é e se a nossa AdC não consegue olhar para os dados e ver que estão a abusar da posição dominante então devemos recorrer a um AdC Europeia.
Eu nem estou a falar do preço, estou a falar da disparidade de subidas e descidas entre a refinaria e o consumidor quando esse factor é um dos motivos para o preço e é dado como desculpa.
rmachado, os meios de comunicação social arranjam todos os pretextos e mais algum para atacar as gasolineiras.
A última é esta do número de subidas que em Portugal foi, alegadamente, superior ao da média europeia.
Mais uma vez, desinforma-se em vez de informar e confunde-se em vez de esclarecer. E eu pergunto: o MONTANTE das subidas foi superior em Portugal? Ou, pelo contrário, em Portugal houve mais subidas mas de menor dimensão?
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Não Elias.. mas não há correspondência entre o número de subidas nas refinarias e ao consumidor (e vice versa), e um dos factores apontado pelas gasolineiras para o preço é... o preço da máteria na refinaria.
O que eu quero dizer é que o mercado embora "aberto" não o é e se a nossa AdC não consegue olhar para os dados e ver que estão a abusar da posição dominante então devemos recorrer a um AdC Europeia.
Eu nem estou a falar do preço, estou a falar da disparidade de subidas e descidas entre a refinaria e o consumidor quando esse factor é um dos motivos para o preço e é dado como desculpa.
O que eu quero dizer é que o mercado embora "aberto" não o é e se a nossa AdC não consegue olhar para os dados e ver que estão a abusar da posição dominante então devemos recorrer a um AdC Europeia.
Eu nem estou a falar do preço, estou a falar da disparidade de subidas e descidas entre a refinaria e o consumidor quando esse factor é um dos motivos para o preço e é dado como desculpa.
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rmachado Escreveu:Elias Escreveu:Então e em que medida é que "uma Agência Europeia de controle de preços antes de impostos?" iria contribuir para melhorar a situação?
Pelo menos estaria atenta a estas diferenças..
É que 22 subidas nas refinarias mas depois tens paises que sobem 25 vezes... parece-me enfim uma diferença que irá contra as regras da concorrência.
É que para a nossa AdC está tudo bem... logo teremos que ir para a AdC da Europa para ver se eles fazem alguma coisa. (era mais neste sentido que eu referia o controle de preços, talvez me tenha explicado mal)
Epá, não percebo bem o que defendes. Então tu achas que as refinarias devem subir todas os preços ao mesmo tempo, é isso?
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Elias Escreveu:Então e em que medida é que "uma Agência Europeia de controle de preços antes de impostos?" iria contribuir para melhorar a situação?
Pelo menos estaria atenta a estas diferenças..
É que 22 subidas nas refinarias mas depois tens paises que sobem 25 vezes... parece-me enfim uma diferença que irá contra as regras da concorrência.
É que para a nossa AdC está tudo bem... logo teremos que ir para a AdC da Europa para ver se eles fazem alguma coisa. (era mais neste sentido que eu referia o controle de preços, talvez me tenha explicado mal)
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Marco e Elias (e demais caldeireiros)
Viram a noticia do estudo da AdC que circula hoje? (vi na TV)
Ao que parece a o número de subidas na refinaria foi de 22 e as descidas 17.
Em Espanha o número foi igual e a média europeia é 23 nas subidas e o tb 17 nas descidas (se me estou a lembrar correctamente.
Em Portugal... foram 25 subidas e 15 descidas...
Embora em termos de valor a coisa seja mais ou menos directa como demostrado aqui pelo Marco.
Curiosamente tb dizem que parte da culpa é de sermos um pais periférico... mas a refinação é feita cá.
Enfim, cada um vai arranjando as desculpas que mais lhe convém.
Para quando uma Agência Europeia de controle de preços antes de impostos?
Viram a noticia do estudo da AdC que circula hoje? (vi na TV)
Ao que parece a o número de subidas na refinaria foi de 22 e as descidas 17.
Em Espanha o número foi igual e a média europeia é 23 nas subidas e o tb 17 nas descidas (se me estou a lembrar correctamente.
Em Portugal... foram 25 subidas e 15 descidas...
Embora em termos de valor a coisa seja mais ou menos directa como demostrado aqui pelo Marco.
Curiosamente tb dizem que parte da culpa é de sermos um pais periférico... mas a refinação é feita cá.

Enfim, cada um vai arranjando as desculpas que mais lhe convém.
Para quando uma Agência Europeia de controle de preços antes de impostos?
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Esta notícia (do dia 16) deixou-me com uma dúvida: será que nos Açores o preço da gasolina é fixado pelo governo regional?
Açores: Combustíveis sobem dois cêntimos por litro
quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 | 11:46
Os preços dos combustíveis aumentam dois cêntimos por litro nos Açores a partir das 00:00 de sexta-feira, anunciou hoje o governo regional, alegando com as alterações na cotação do petróleo n internacionais.
A gasolina super de 95 octanas passa a ser vendida a 1,30 euros o litro, enquanto a de 98 octanas sobe para 1,36 euros por litro.
O novo preço do gasóleo rodoviário foi fixado em 1,11 euros por litro, subindo o gás butano para 1,11 o quilograma, em botijas de 26 litros, e para 1,23 euros por quilograma, em garrafas de 24 litros.
Diário Digital / Lusa
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Os anos vão passando e os preços cada vez diferem mais.
Contudo esse discurso é sempre igual. Exactamente em que ponto (se é que existe algum) ficariam satisfeitos com as condições de concorrência?
Contudo esse discurso é sempre igual. Exactamente em que ponto (se é que existe algum) ficariam satisfeitos com as condições de concorrência?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Excerto de uma entrevista a Carlos Barbosa, presidente do ACP:
P – Qual é o ponto da situação da “batalha dos combustíveis”? Receia retaliações pelas atitudes que assumiu? O que espera obter com as posições que tem vindo a defender?
R – De todo. Se a ideia era intimidar ou retaliar, só posso dizer que estão a perder tempo. O ACP, muitos parecem não saber, é uma associação de defesa do consumidor e, ao abrigo desse estatuto, tem o dever e o direito de questionar tudo aquilo que entende ser lesivo dos interesses dos automobilistas. No caso dos combustíveis, a nossa posição foi sempre muito clara: pagamos preços excessivos, existem indícios de concertação dos preços e a Autoridade da Concorrência, a quem compete assegurar o bom funcionamento do mercado, nada faz. Limita-se a redigir relatórios de mil páginas para mostrar serviço, mas que na realidade não vão nem de perto nem de longe ao cerne da questão. A Galp pôs-nos um processo ridículo. A “guerra” não é contra a Galp ou alguma gasolineira! A “guerra” é que haja condições de mercado para que os combustíveis baixem. É fundamental que as nomeações para a Autoridade da Concorrência saiam da esfera do governo e passem para a Assembleia da República.
http://www.asbeiras.pt/2010/12/16620/
P – Qual é o ponto da situação da “batalha dos combustíveis”? Receia retaliações pelas atitudes que assumiu? O que espera obter com as posições que tem vindo a defender?
R – De todo. Se a ideia era intimidar ou retaliar, só posso dizer que estão a perder tempo. O ACP, muitos parecem não saber, é uma associação de defesa do consumidor e, ao abrigo desse estatuto, tem o dever e o direito de questionar tudo aquilo que entende ser lesivo dos interesses dos automobilistas. No caso dos combustíveis, a nossa posição foi sempre muito clara: pagamos preços excessivos, existem indícios de concertação dos preços e a Autoridade da Concorrência, a quem compete assegurar o bom funcionamento do mercado, nada faz. Limita-se a redigir relatórios de mil páginas para mostrar serviço, mas que na realidade não vão nem de perto nem de longe ao cerne da questão. A Galp pôs-nos um processo ridículo. A “guerra” não é contra a Galp ou alguma gasolineira! A “guerra” é que haja condições de mercado para que os combustíveis baixem. É fundamental que as nomeações para a Autoridade da Concorrência saiam da esfera do governo e passem para a Assembleia da República.
http://www.asbeiras.pt/2010/12/16620/
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Gasóleo vai subir quatro cêntimos no início de Janeiro
dn.pt
21 de Dezembro
Combustíveis ficam mais caros logo no dia 1 por efeito do aumento do IVA, mas o gasóleo sofre ainda o agravamento do fim da isenção fiscal do biodiesel
O gasóleo vai subir cerca de quatro cêntimos logo nos primeiros dias do novo ano. Este é o resultado do agravamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), de dois pontos percentuais, que se reflecte numa subida do preço dos combustíveis em geral na ordem dos dois cêntimos por litro. Mas os portugueses vão ter ainda de acomodar um outro aumento, que se prende com o fim da isenção fiscal parcial de imposto sobre produtos petrolíferos para o biocombustível incorporado no gasóleo rodoviário, além da subida do petróleo no mercado internacional.
Atendendo a que, por lei, 7% do volume de gasóleo rodoviário tem obrigatoriamente de ser biodiesel (no âmbito da directiva comunitária que pretende substituir combustíveis fosséis por energiais renováveis e estabelece que, até 2020, 10% das energias usadas no sistema de transportes europeu seja de origem renovável) e que, aos preços actuais, refere António Comprido, director-geral da Associação Portuguesas das Empresas Petrolíferas (APETRO), "o biodiesel é mais caro do que o gasóleo", o resultado expectável do fim da isenção parcial do ISP sobre este produto "terá impacto no encarecimento do preço ao consumo".
António Comprido admite que o fim desta isenção parcial implica um agravamento do preço da ordem, também, dos dois cêntimos por litros de gasóleo. No entanto, refere que "caberá a cada empresa petrolífera decidir se vai, ou não, reflectir totalmente esse aumento na venda ao público". "Isso, depois, é o mercado a funcionar", sublinha. No limite, reconhece, "poderemos estar a falar de um aumento de três a quatro cêntimos no gasóleo, por via do efeito conjugado destes dois factores", frisa.
A questão é que o gasóleo rodoviário representa dois terços do mercado de combustíveis em Portugal, e estes são aumentos de preços garantidos por factos e independentes da evolução das cotações do barril do petróleo nos mercados internacionais, cujo "comportamento" os especialistas do sector se recusam a tentar adivinhar, atendendo à volatidade que caracteriza as commodities (matérias-primas), mas que só este ano já dispararam 18,48% desde o início do ano. Portugal está neste momento com os combustíveis aos níveis de Setembro de 2008, altura em que o litro de gasolina 95 sem chumbo custava 1,45 euros e o gasóleo era pago a 1,29 euros o litro. Segundos os dados da Direcção Geral de Energia, na semana de 13 de Dezembro, o preço em Portugal dos combustíveis atingiu os 1,44 euros na gasolina 95 e os 1,22 euros no gasóleo.
Se lhe juntarmos os quatro cêntimos de aumento previsível nos primeiros dias de 2011, e sem ter em conta o evoluir do preço do crude, Portugal tornar-se-á um dos países europeus com o gasóleo mais caro, a par da Irlanda (1,261 euros o litro), República Checa, Dinamarca, Itália e Holanda, só superado pela Suécia (1,362 euros), Grécia (1,364 euros) e Reino Unido (1,490 euros).
Uma análise que, apesar de tudo, António Comprido não valida totalmente. "Esta decisão do Governo português insere-se na política energética e resulta da obrigação de transpôr a directiva comunitária. É certo que cada país decide o percurso que faz para chegar a 2020 e atingir a meta estipulada. Não tenho o quadro completo, não sei o que acontecerá aos outros países europeus, se vão ou não mexer nos preços do seu gasóleo por essa via", frisou, em declarações ao DN.
Preocupada com a "escalada do preço do petróleo, favorecida pela desvalorização constante do euro face ao dólar", está a direcção da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec). Isto a par de uma acentuada retracção no consumo, quer das famílias, quer das empresas, que Virgílio Constantino estima ascender a 8%, e que faz temer pelo futuro de 60 mil postos de trabalho, directos e indirectos, que o sector assegura.
dn.pt
21 de Dezembro
Combustíveis ficam mais caros logo no dia 1 por efeito do aumento do IVA, mas o gasóleo sofre ainda o agravamento do fim da isenção fiscal do biodiesel
O gasóleo vai subir cerca de quatro cêntimos logo nos primeiros dias do novo ano. Este é o resultado do agravamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), de dois pontos percentuais, que se reflecte numa subida do preço dos combustíveis em geral na ordem dos dois cêntimos por litro. Mas os portugueses vão ter ainda de acomodar um outro aumento, que se prende com o fim da isenção fiscal parcial de imposto sobre produtos petrolíferos para o biocombustível incorporado no gasóleo rodoviário, além da subida do petróleo no mercado internacional.
Atendendo a que, por lei, 7% do volume de gasóleo rodoviário tem obrigatoriamente de ser biodiesel (no âmbito da directiva comunitária que pretende substituir combustíveis fosséis por energiais renováveis e estabelece que, até 2020, 10% das energias usadas no sistema de transportes europeu seja de origem renovável) e que, aos preços actuais, refere António Comprido, director-geral da Associação Portuguesas das Empresas Petrolíferas (APETRO), "o biodiesel é mais caro do que o gasóleo", o resultado expectável do fim da isenção parcial do ISP sobre este produto "terá impacto no encarecimento do preço ao consumo".
António Comprido admite que o fim desta isenção parcial implica um agravamento do preço da ordem, também, dos dois cêntimos por litros de gasóleo. No entanto, refere que "caberá a cada empresa petrolífera decidir se vai, ou não, reflectir totalmente esse aumento na venda ao público". "Isso, depois, é o mercado a funcionar", sublinha. No limite, reconhece, "poderemos estar a falar de um aumento de três a quatro cêntimos no gasóleo, por via do efeito conjugado destes dois factores", frisa.
A questão é que o gasóleo rodoviário representa dois terços do mercado de combustíveis em Portugal, e estes são aumentos de preços garantidos por factos e independentes da evolução das cotações do barril do petróleo nos mercados internacionais, cujo "comportamento" os especialistas do sector se recusam a tentar adivinhar, atendendo à volatidade que caracteriza as commodities (matérias-primas), mas que só este ano já dispararam 18,48% desde o início do ano. Portugal está neste momento com os combustíveis aos níveis de Setembro de 2008, altura em que o litro de gasolina 95 sem chumbo custava 1,45 euros e o gasóleo era pago a 1,29 euros o litro. Segundos os dados da Direcção Geral de Energia, na semana de 13 de Dezembro, o preço em Portugal dos combustíveis atingiu os 1,44 euros na gasolina 95 e os 1,22 euros no gasóleo.
Se lhe juntarmos os quatro cêntimos de aumento previsível nos primeiros dias de 2011, e sem ter em conta o evoluir do preço do crude, Portugal tornar-se-á um dos países europeus com o gasóleo mais caro, a par da Irlanda (1,261 euros o litro), República Checa, Dinamarca, Itália e Holanda, só superado pela Suécia (1,362 euros), Grécia (1,364 euros) e Reino Unido (1,490 euros).
Uma análise que, apesar de tudo, António Comprido não valida totalmente. "Esta decisão do Governo português insere-se na política energética e resulta da obrigação de transpôr a directiva comunitária. É certo que cada país decide o percurso que faz para chegar a 2020 e atingir a meta estipulada. Não tenho o quadro completo, não sei o que acontecerá aos outros países europeus, se vão ou não mexer nos preços do seu gasóleo por essa via", frisou, em declarações ao DN.
Preocupada com a "escalada do preço do petróleo, favorecida pela desvalorização constante do euro face ao dólar", está a direcção da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec). Isto a par de uma acentuada retracção no consumo, quer das famílias, quer das empresas, que Virgílio Constantino estima ascender a 8%, e que faz temer pelo futuro de 60 mil postos de trabalho, directos e indirectos, que o sector assegura.
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Preço do gasóleo vai voltar a subir
2010-12-21 13:45
Agência Financeira
No dia 1 de Janeiro, o preço do gasóleo vai voltar a subir. A Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (APETRO) acredita que o aumento pode chegar aos 4 cêntimos por litro.
Segundo disse António Comprido à TVI, uma das razões do aumento é «a passagem da taxa de IVA de 20 para 21%, que equivale, no caso do gasóleo, a 2 cêntimos e no caso da gasolina ligeiramente mais que 2 cêntimos».
«No caso especial do gasóleo temos a entrada em vigor de uma directiva comunitária e que vai acabar com a isenção fiscal que era dada ao biodiesel, que é adicionado ao gasóleo. Nós estimamos que o fim da isenção se traduz mais ou menos aos preços do mercado na ordem dos 2 cêntimos por litro», acrescentou.
Note-se que a transposição desta directiva comunitária é obrigatória apenas em 2020 e por isso caberá a cada petrolífera decidir se sobe agora estes dois cêntimos.
Estes aumentos não reflectem também a oscilação normal do preço do barril de petróleo. Note-se que o gasóleo representa mais de 67% do mercado nacional e é o combustível que mais tem sofrido aumento.
2010-12-21 13:45
Agência Financeira
No dia 1 de Janeiro, o preço do gasóleo vai voltar a subir. A Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (APETRO) acredita que o aumento pode chegar aos 4 cêntimos por litro.
Segundo disse António Comprido à TVI, uma das razões do aumento é «a passagem da taxa de IVA de 20 para 21%, que equivale, no caso do gasóleo, a 2 cêntimos e no caso da gasolina ligeiramente mais que 2 cêntimos».
«No caso especial do gasóleo temos a entrada em vigor de uma directiva comunitária e que vai acabar com a isenção fiscal que era dada ao biodiesel, que é adicionado ao gasóleo. Nós estimamos que o fim da isenção se traduz mais ou menos aos preços do mercado na ordem dos 2 cêntimos por litro», acrescentou.
Note-se que a transposição desta directiva comunitária é obrigatória apenas em 2020 e por isso caberá a cada petrolífera decidir se sobe agora estes dois cêntimos.
Estes aumentos não reflectem também a oscilação normal do preço do barril de petróleo. Note-se que o gasóleo representa mais de 67% do mercado nacional e é o combustível que mais tem sofrido aumento.
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Elias Escreveu:
Os máximos registados em 2008 foram de 1,525 na gasolina e 1,428 no gasóleo (fonte: DGGE).
Curioso, tinha ideia que chegou uma vez a 1.60. Afinal esteve relativamente longe.
Eu não tenho acompanhado este tópico por isso desculpem a pergunta noob, mas qual é a vossa estimativa em termos de preço do crude para termos a gasolina a 1.6 ?
Decidi repetir a análise mas desta vez considerando TODAS as bombas do distrito (apenas excluí as poucas que estão em auto-estrada e as que têm preços de Novembro ou anteriores).
Curiosamente, quando consideramos todas as bombas o Porto aparece mais barato que a média do distrito
Curiosamente, quando consideramos todas as bombas o Porto aparece mais barato que a média do distrito

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Eu não disse que isso demonstrava o que quer que seja.
O que estou a mostrar é que os valores médios dos municípios podem afastar-se consideravelmente do preço médio da Galp em particular (naquele caso, até só existe um posto Galp).
Eu não preciso de fazer "cherry picking" porque mesmo com grandes limitações, os dados já vão no sentido do que eu costumo dizer e não no sentido oposto...
lol
O que estou a mostrar é que os valores médios dos municípios podem afastar-se consideravelmente do preço médio da Galp em particular (naquele caso, até só existe um posto Galp).
Eu não preciso de fazer "cherry picking" porque mesmo com grandes limitações, os dados já vão no sentido do que eu costumo dizer e não no sentido oposto...
lol
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Nem eu estou contra ela, Elias. Só estou a alertar e a dar um exemplo do que pode acontecer...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Quem está ligado: