off-topic - ensino em portugal
mais_um Escreveu:
Em relação aos professores, são funcionários publicos não podes despedir, mas isso não tem a ver com autonomia.
Ai tem, tem. A lei ao proteger os FPs está indirectamente a proteger os professores maus, coisa que os privados não precisam de fazer. Eu admito que a autonomia das escolas tivesse que estar ligada a outras alterações, nomeadamente à possibilidade de despedir FPs.
Porque é que o sistema não pode despedir um mau professor ????
mais_um Escreveu:Em relação aos alunos, que limpeza é que queres fazer? Meter os maus num barco e afunda-lo ao largo?
Para os maus (em termos de aproveitamento escolar), defendo que devam chumbar.
Para os maus (em termos de comportamento) penalizá-los disciplinarmente, seja com expulsão, seja com suspensão, seja com impedimento definitivo ou temporário de se inscreverem novamente num estabelecimento de ensino público.
Mas já agora, eu não defendo isto isoladamente.
Defendo um incentivo a que estes alunos sejam encaminhados para o ensino profissional (não sei se não tem de ser compulsivo tipo ou isto ou nada, ao fim de determinadas ocorrências).
E defendo que os pais sejam penalizados onde lhes dói mais ou seja no bolso. Seja retirando / diminuindo prestações sociais, seja via coimas (mudando o necessário na lei para que isso seja possível).
Podes argumentar que há problemas sociais por trás, mas então cruzamos os braços e não fazemos nada.
Além disso no meu tempo mesmo as pessoas pobres envolviam-se mais na educação dos filhos, exigindo-lhes e castigando-os. Hoje talvez não exista esse incentivo e tem de haver.
E defendo outras coisas como o cheque estudante para que houvesse liberdade de escolas, mas isso dava para outro tópico...
mais_um Escreveu:Deixo-te uma questão, qual deve ser o objectivo de um sistema/politicas de ensino? separar os bons dos maus ou tentar dar ferramentas a TODOS os jovens para conseguirem ter uma profissão, evitar a exclusão social, etc...? Depois de responderes a esta pergunta, continuamos a conversa.![]()
Mas o sistema já dá ferramentas a TODOS !!!
Agora quem deliberadamente não as quer aproveitar não tem o direito de incomodar quem quer aprender e trabalhar.
mais_um Escreveu:Os dados mostram que as escolas privadas tem piores resultados que as publicas excepto em Lisboa e Porto e mesmo aqui nem todas. A não ser que entendas que a autonomia que falta é escolher os alunos....
Isso é uma análise envenenada à partida.
As cidades médias e pequenas não têm dimensão suficiente, em termos de volume de alunos (e em termos de riqueza), para haver uma distinção tão grande entre público e privado. Não havendo esse volume não há possibilidade para essa selecção tão apertada que existe em Lisboa e no Porto e os resultados são próximos ou são similares.
Mas já agora, no distrito de Portalegre que conheço melhor, a melhor escola em termos do ranking (se isto serve para alguma coisa) até é privada ( http://www.cm-gaviao.pt/inicio/20101029 ... _corpo.htm ).
Depende, por isso, dos casos...
AutoMech Escreveu:Bem Artista, tu estás em muito melhor posição para avaliar do que eu que sou observador. É que se os resultados tivessem piorado estariam todos a atirar as culpas evidentes para a ex-ministra.
A mim não verias com toda a certeza, ela esteve lá 4 anos, não me parece que tenha contribuido muito mas também não poderia contribuir...
AutoMech Escreveu:Assim isto foi obra do quê ? Nem pelas melhorias na economia podemos justificar a coisa.
Pode ter sido devido a muitas coisas, o "plano nacional para a matemática" (acho que é este o nome) deve ter contribuido alguma coisa mas não só... segundo a Ministra da Educação foi "mérito dos professores" (o que ela quer sei eu

Esse Plano Nacional para a Matemática talvez tenha nascido na anterior equipa ministerial, se foi o caso devemos reconhecer-lhes mérito nisso!
AutoMech Escreveu:Porque aquilo que eu vi foi uma enorme turbulência naquele tempo, grande contestação, mas resta saber se justificada ou meramente manipulada por um sindicato oportunista.
Isso já foi aqui várias vezes falado, a contestação teve a ver sobretudo com a carradas de regalias que foram sendo retiradas à classe e sobretudo com o primeiro modelo de avaliação que era impraticável e absurdo... mas acho que não vale a pena falar mais disto!
AutoMech Escreveu:Foi um acaso ?
Espero que não...
AutoMech Escreveu:Não quer dizer que algumas das medidas não tenham sido más mas as aulas de substituição e o estudo acompanhado, por exemplo não foi implementado por ela ?
O Estudo acompanhado penso que foi antes dela, e isso sim contibuiu certamente para estes resultados, sem dados para o afirmar, empiricamente, diria que terá sido o maior contributo!
AutoMech Escreveu:E o combate ao absentismo, se bem me lembro, também certo ?
Esse combate ao absentismo sempre foi feito, as estratégias que se usam é que têm vindo a mudar...
AutoMech Escreveu:E vi colegas ficarem para trás com 3 negativas e não foi isso que os/as impediu de se fazerem homens e mulheres (o Cavaco até é um caso paradigmático).
O Cavaco "chumbou" alguma vez?


AutoMech Escreveu:Eu não defendo que se ande à porrada aos miúdos.
Foi apenas para ilustrar a diferença de pensamento porque agora esta teoria cada vez mais enraizada do menino, coitadinho, que não pode ser contrariado nem chumbar porque senão fica traumatizado, ajudou muito a esta indisciplina..
O grande problema é que se passou de um extremo ao outro em pouco tempo... eu próprio ainda levei umas reguadas na primária e quando comecei a leccionar, menos de 20 anos depois, já isto estava tudo ao contrário!
AutoMech Escreveu:Nas escolas privadas também há mas é mais facilmente controlada com a ameaça de expulsão sem ter uma resma de papeis para preencher.
Ameaça que muitas vezes passa à prática, eu conheço algunas casos... e os alunos expulsos vêm depois aumentar a indisciplina nas escolas públicas!
Também não tenho dados sobre isto mas duvido que, na generalidade, a qualidade do acompanhamento dos pais dos alunos que andam no privado seja comparável com o público! Este ano sou director de duas turmas (este é um assunto que não abona em nada à gestão da escola onde fui colocado, mas não será agora que vou aqui falar disto), uma de 7º ano outra de 8º, o acompanhamento dos pais é incrivel, a miséria social (ás vezes, mas nem sempre, associada à financeira) é lamentável, a grande maioria dos Encarregados de Educação (EE) não faz (por vezes com algumas razões justificáveis, dentro daquilo que se pode considerar justificável) o acompanhamento que seria minimamente exigivel, as escolas obviamente não podem fazer tudo... eu bem gostava mas não sou o super-homem! Posso dizer-te que, entre muitas outras coisas, desde o início do ano, já enviei mais de 30 cartas a EE, já fiz mais 30 telefonemas, já fiz quatro relatórios para sinalizar outros tantos alunos à CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e jovens) por abandono escolar. Nas duas reuniões que tive com Encarregados de Educação, numa turma apareceram 45%, na outra 30%... enfim, podia continuar aqui a debitar dados mas acho que por agora já me chega o desabafo!

Não sei se alguém viu o discurso da Ministra da Educação na abertura do ano lectivo?! Não acho que tenha feito mal, o que prejudique o que quer que seja, mas sinceramente, para quem conhece bem a realidade das escolas, aquilo soa a ridiculo, eu corei de vergonha, imaginando-me na posição dela... o que me preocupa sobretudo é se ela tem noção disso, ou se aquele discurso é mais uma prova de que o poder político está completamente afastado da realidade do país?!
abraços
artista
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AutoMech Escreveu:mais_um Escreveu:As escolas publicas em Portugal tem bastante autonomia,
Mas se calhar não a suficiente (ou pelo menos de forma flexível) para fazer a limpeza dos professores e dos alunos Mais_um.
Em relação aos professores, são funcionários publicos não podes despedir, mas isso não tem a ver com autonomia. Em relação aos alunos, que limpeza é que queres fazer? Meter os maus num barco e afunda-lo ao largo?
Deixo-te uma questão, qual deve ser o objectivo de um sistema/politicas de ensino? separar os bons dos maus ou tentar dar ferramentas a TODOS os jovens para conseguirem ter uma profissão, evitar a exclusão social, etc...? Depois de responderes a esta pergunta, continuamos a conversa.

AutoMech Escreveu:Eu concordo com a Pata em relação à falta de autonomia. Não me parece ser a suficiente e acho que o ministério se assemelha a uma espécie de economia de planeamento centralizado (em tempos até li um artigo interessante sobre isso mas não o consegui encontrar)
Os dados mostram que as escolas privadas tem piores resultados que as publicas excepto em Lisboa e Porto e mesmo aqui nem todas. A não ser que entendas que a autonomia que falta é escolher os alunos....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:É certo que são os ministros que dão a cara pelas leis e reformas, mas muitas vezes eles não tem nada a ver com assunto a não ser defender a ideia publicamente.
Eu não estou a defender a ministra, até porque no que considero importante eu penso que ela fez pouco (disciplina, revisão de programas, exigência, desburocratização, etc.) mas aqui neste ponto discordo de ti.
Um ministro funciona mais ou menos como um director ou administrador duma empresa (depende da dimensão). Ainda que a execução não seja dele (e não é na maioria das vezes) ele tem de controlar e acompanhar a equipa para se assegurar que aquilo que lhe foi atribuído (ou aquilo que se propôs fazer) aconteça realmente.
Não posso aceitar que um ministro não tenha nada a ver com o assunto

AutoMech Escreveu: as aulas de substituição e o estudo acompanhado, por exemplo não foi implementado por ela ?
E o combate ao absentismo, se bem me lembro, também certo ?
As aulas de substituição e o combate ao absentismo foi por ela, o estudo acompanhado vem de 2001.
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artista Escreveu:Posso ser suspeito mas duvido que essa senhora tenha muito a ver com esta melhoria... ela mexeu sobretudo na avaliação, progressão e organização do trabalho dos professores.
Sim, tu és suspeito!



Houve mais medidas importantes, aulas de substituição, estabilidade do corpo docente (concursos para 3 anos se não estou em erro), o ensino profissional a nivel do secundário, as actividades de enriquecimento curricular, etc...
Algumas medidas:
Reforma do primeiro ciclo do ensino básico
No primeiro ciclo do ensino básico, foi introduzido o ensino do inglês e generalizada a escola a tempo inteiro com oferta de actividades de enriquecimento curricular, como a música e a actividade física. Em colaboração com as câmaras municipais, e com o alargamento das suas competências no domínio da educação[3], foram elaboradas cartas educativas, encerradas as escolas com menos de dez alunos e apoiada a construção de mais de 400 novos centros escolares.
Novo estatuto do aluno
Foi aprovado um novo estatuto do aluno, que pôs termo às reprovações por faltas injustificadas, em linha com os estudos que comprovam que as reprovações por faltas não só não promovem o sucesso escolar, como acabam por provocar a saída precoce dos alunos do sistema de ensino[4]. O estatuto foi alvo de críticas por parte de sindicatos e de partidos da oposição, por alegadamente favorecer o facilitismo e a indisciplina nas escolas[5][6]. Após o seu mandato, o XVIII Governo Constitucional submeteu à Assembleia da República uma proposta de lei com ajustamentos ao estatuto do aluno.
Reforma da educação e formação de adultos
Em articulação com o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, foi lançada em 2006 a iniciativa Novas Oportunidades, na qual se inscreveram, até Novembro de 2009, mais de um milhão de adultos. No mesmo período, concluíram o seu processo de certificação escolar cerca de 300.000 adultos. O cepticismo de partidos da oposição e de algumas personalidades, como Henrique Medina Carreira, que acusou o programa de promover o facilitismo na obtenção de diplomas sem efectivos ganhos em conhecimentos e em competências[7][8][9], contrasta com o reconhecimento manifestado por diversos quadros do partido socialista como António Firmino da Costa [10], Domingos Fernandes [11], António Nóvoa [12], Eduardo Marçal Grilo [13], David Justino [14], Guilherme d'Oliveira Martins [15], Joaquim Azevedo [16] ou Júlio Pedrosa [17]. A avaliação externa da iniciativa, da responsabilidade de Roberto Carneiro, está disponível na página da Agência Nacional para a Qualificação[18].
Reformas curriculares
No ensino secundário, foi reintroduzido de modo generalizado o ensino profissional nas escolas públicas. Entre 2005 e 2009, o número de alunos a frequentar cursos profissionais passou de cerca de 30.000 para mais de 126.000. No ensino básico, foi reforçado o ensino e aprendizagem das disciplinas nucleares do currículo com a criação, em 2006, do Plano da Acção para a Matemática e do Plano Nacional de Leitura[19].
Modernização das escolas
Em 2007, foi criada a empresa Parque Escolar e lançado o Programa de Requalificação das Escolas Secundárias[20], abrangendo mais de 200 das cerca de 400 escolas existentes. O programa foi objecto de uma avaliação realizada pela OCDE[21]. Também em 2007, foi lançado o Plano Tecnológico da Educação[22] visando a modernização das escolas básicas e secundárias, nomeadamente dotando-as de recursos informáticos. Em resultado do Plano, o número de alunos por computador passou de 18, em 2005, para cinco, em 2009. É neste quadro que se concretiza o programa de distribuição do Portátil Magalhães, objecto de reconhecimento internacional.
A modernização das escolas incluiu ainda a alteração do seu modelo de gestão. O novo modelo, criticado pelo PCP[23], criou o cargo de director de escola.
Se quiseres saber em detalhe as medidas podes comprar:
“A Escola Pública pode fazer a Diferença” é o título do livro, em cuja sessão de apresentação está igualmente prevista a presença do médico e investigador Manuel Sobrinho Simões para uma intervenção.
A ex-titular da pasta da Educação faz nesta obra um retrato das medidas ao longo dos quatro anos em que esteve à frente do ministério.
O livro integra uma sistematização das principais políticas educativas entre 2005 e 2009, apresentando-se como uma “prestação de contas” do trabalho realizado.
No livro é recordado o enquadramento histórico de cada uma das medidas e respetivo diagnóstico, explicando os contornos e resultados de cada ação da ministra que mais tempo esteve à frente do Ministério da Educação desde o 25 de abril de 1974.
O livro, que apresenta 24 medidas, está dividido em três partes: equidade e diminuição das desigualdades, qualidade e eficiência e modernização.
artista Escreveu:
Embora uma autonomia total tenha alguns riscos (Eu sei bem do que estou a falar porque já dei aulas em mais escolas do que o número de anos que estou no ensino, mas é difícil falar aqui disso, e penso que agora também não interessa muito) penso que sem dúvida será por aí que passa a melhoria da qualidade do ensino. Penso também que já se poderiam ter dado passos mais largos nesse sentido no ensino público!
Mas que mais autonomia é que tu consideras que as escolas publicas precisam? Os resultados estão à mostra, tirando alguns colegios/externatos em Lisboa e Porto, as escolas publicas tem melhores resultados que as escolas privadas.
artista Escreveu:
Surpreende-me que os professores de matemática não tenham falado fim do "Estudo Acompanhado", previsto para o próximo ano lectivo! Ou haverá algo que compense isso ou os resultados da matemática dificilmente não serão piores no futuro!
O estudo acompanhado não acaba, vai continuar para os alunos que tenham dificuldades, o que me parece até mais eficaz do que o modelo actual.
Um abraço,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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AutoMech Escreveu:1. Os resultados melhoraram (ou acreditamos que são verdadeiros ou não vale a pena discutir).
É verdade, o que é certo é que desde 2000 tem vindo a melhorar mas de uma forma pouco expressiva, temos que esperar pelo PISA 2012 para verificar se foi pontual ou se há continuidade.
AutoMech Escreveu:
2. A Maria de Lurdes Rodrigues foi ministra entre 2005 e 2009
Os alunos sujeitos aos testes entraram no ensino em 2000 e/ou 2001 e os ultimos 3 anos (7 ao 9 ) coincide com a ministra, mas parece-me exagerado dizer que é merito dela, assim como me parecia exagerado dizer o oposto, caso os resultados fossem maus ou menos bons.
É certo que são os ministros que dão a cara pelas leis e reformas, mas muitas vezes eles não tem nada a ver com assunto a não ser defender a ideia publicamente.
Posso estar a ser injusto mas o mandato dela ficou marcado pela a avaliação dos professores, será sempre por isso que ela será recordada, independentemente de coisas boas que foram feitas durante o mandato dela.
AutoMech Escreveu:
Era interessante saber o que pensam os professores e os sindicatos disto (já sei que é polémico, mas como eu não penso pela televisão...)
Dos professores já sabemso alguma coisa, dos sindicatos andam calados, mas se fosse mau já andariam ai a dizer que culpa é das politcas...


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:
Não é necessário ter um "canudo" para ser bom profissional, há muitos casos de sucesso de pessoas que não tem "canudo" e são melhores profissionais do que as pessoas que tem "canudo"
100% de acordo. Nem sempre um aluno brilhante tem capacidade de comunicação. E é pena que não se enfrente este problema de vez. Há pessoas que simplesmente não servem para professores.
Acho que todos nós, ao longo do percurso escolar, lembramos-nos de meia dúzia de professores super estrelas, de uma esmagadora maioria normal e de meia dúzia de tipos que eram horríveis e deviam ser expurgados do sistema.
Eu o melhor professor que tive até ao 12º ano foi um que veio dos mini concursos, que tinha um curso de engenharia a meio e que tinha zero de habilitações pedagógicas. Só que era um comunicador nato (talvez não alheio o facto de trabalhar em rádio).
O meu filho nunca gostou particularmente de história. Este ano é a disciplina favorita. Diz que a professora é espectacular...
mais_um Escreveu:As escolas publicas em Portugal tem bastante autonomia,
Mas se calhar não a suficiente (ou pelo menos de forma flexível) para fazer a limpeza dos professores e dos alunos Mais_um.
Num colégio privado um professor que não preste vai andando, coisa que é difícil (para não dizer impossível) numa escola pública.
O mesmo para um aluno indisciplinado. As escolas públicas também o podem fazer mas é ridículo o trabalho que têm. Nas privadas é só informar que não precisa de renovar a matrícula ou em casos mais extremos expulsar imediatamente.
Eu concordo com a Pata em relação à falta de autonomia. Não me parece ser a suficiente e acho que o ministério se assemelha a uma espécie de economia de planeamento centralizado (em tempos até li um artigo interessante sobre isso mas não o consegui encontrar)
artista Escreveu:
Posso ser suspeito mas duvido que essa senhora tenha muito a ver com esta melhoria... ela mexeu sobretudo na avaliação, progressão e organização do trabalho dos professores. Podem dizer-me que isso é uma forma de melhorar o trabalho destes, que se reflectirá nas aprendizagens dos alunos, mas no caso das alterações introduzidas por ela duvido que isso tenha acontecido... mas é apenas a minha opinião!
Bem Artista, tu estás em muito melhor posição para avaliar do que eu que sou observador. É que se os resultados tivessem piorado estariam todos a atirar as culpas evidentes para a ex-ministra.
Assim isto foi obra do quê ? Nem pelas melhorias na economia podemos justificar a coisa.
Porque aquilo que eu vi foi uma enorme turbulência naquele tempo, grande contestação, mas resta saber se justificada ou meramente manipulada por um sindicato oportunista.
Foi um acaso ?
Não quer dizer que algumas das medidas não tenham sido más mas as aulas de substituição e o estudo acompanhado, por exemplo não foi implementado por ela ?
E o combate ao absentismo, se bem me lembro, também certo ?
artista Escreveu:Mas o que considero ser a questão mais importante e complicada nas escolas públicas em Portugal é o combate à indisciplina e abandono escolar
Completamente de acordo porque ainda sou duma geração em que havia respeito pelo professor.
Ainda fui dos que levei reguadas e o pensamento dos pais era algo tipo "se o professor bateu é porque teve razões para isso" ou "professor, se ele se portar mal dê-lhe e depois diga-me que em casa leva mais".
E vi colegas ficarem para trás com 3 negativas e não foi isso que os/as impediu de se fazerem homens e mulheres (o Cavaco até é um caso paradigmático).
Eu não defendo que se ande à porrada aos miúdos.
Foi apenas para ilustrar a diferença de pensamento porque agora esta teoria cada vez mais enraizada do menino, coitadinho, que não pode ser contrariado nem chumbar porque senão fica traumatizado, ajudou muito a esta indisciplina.
Nas escolas privadas também há mas é mais facilmente controlada com a ameaça de expulsão sem ter uma resma de papeis para preencher.
Pata-Hari Escreveu:Por mim até podem ser admitidos com nota de 5 em 20, desde que os critérios para atribuição de grau académico sejam mantidos elevados (e sabemos que em portugal esse não é o caso, vide caso do nosso primeiro ministro). No entanto sabemos que um bom preditor do sucesso futuro é o sucesso passado. Logo, é possível que aumentar esse padrão mínimo de exigência surta algum efeito. Digo eu.
Não é necessário ter um "canudo" para ser bom profissional, há muitos casos de sucesso de pessoas que não tem "canudo" e são melhores profissionais do que as pessoas que tem "canudo"
É verdade que o nosso primeiro foi beneficiado, mas não é caso unico, o problema dele é ser uma figura publica, conheço pessoas que pagaram para lhes fazerem determinadas cadeiras, há os casos de mulheres que trocaram favores sexuais para passarem em cadeiras (caso Tomás Taveira), etc... Assim como não será exclusivo de Portugal.
Em Portugal o "canudo" é um fim, quando devia ser o principio, como me disse o director do meu curso após apresentar o projecto final, a partir de agora tens licença para aprenderes sozinho, é isso que a licenciatura dá, ferramentas para aprenderes sozinho. Um ponto de partida e não o ponto de chegada.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Por mim até podem ser admitidos com nota de 5 em 20, desde que os critérios para atribuição de grau académico sejam mantidos elevados (e sabemos que em portugal esse não é o caso, vide caso do nosso primeiro ministro). No entanto sabemos que um bom preditor do sucesso futuro é o sucesso passado. Logo, é possível que aumentar esse padrão mínimo de exigência surta algum efeito. Digo eu.
Pata-Hari Escreveu:Bem, se as instituições não os deixarem entrar por falta de notas a questão resolve-se sozinha. Se calhar bastaria não dar licenças a escolas/universidades que não cumprem padrões de exigência mínimos. Há 30 anos atrás só entrava quem tinha notas. Medicina continua a ser assim e peca possivelmente por excesso de exigência.
Não é só com medicina, é com todos os cursos, a nota mininma é 9,5 depois tem a ver com a lei da oferta e da procura, cursos com muita procura e poucas vagas faz com a ultima nota de ingresso seja alta, cursos com pouca procura e muita oferta faz com que a ultima nota de ingresso seja baixa.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Bem, se as instituições não os deixarem entrar por falta de notas a questão resolve-se sozinha. Se calhar bastaria não dar licenças a escolas/universidades que não cumprem padrões de exigência mínimos. Há 30 anos atrás só entrava quem tinha notas. Medicina continua a ser assim e peca possivelmente por excesso de exigência.
Pata-Hari Escreveu:
Mais_um, estou cada vez mais convicta que um dos grandes segredos do sucesso tem a ver com isto, daquilo que sabemos dos sistemas que funcionam:O responsável da OCDE frisou também que «as escolas privadas, após se corrigir a diferença socioeconómica dos alunos, não têm por si só melhores resultados».
O PISA 2009 revela que «os melhores resultados são obtidos em geral pelas escolas mais autónomas, aquelas que têm mais responsabilidades e liberdade na condução da sua actividade».
Pata,
As escolas publicas em Portugal tem bastante autonomia, mas para mim não é essa a chave do sucesso, basta verificares que as escolas privadas tem piores resultados que as publicas, excepto onde fazem uma selecção apertada dos alunos, o que acontece em alguns colegios em Lisboa, Porto e num colegio em Braga.
O importante são as pessoas que estão à frente das escolas, tal como nas empresas, são as pessoas que lideram que fazem a diferença.
Aqui nas Caldas existe uma escola, a EBI que está inserida numa zona problematica, há uns anos aquilo era mau, toda a gente fugia de ter lá os filhos, até que com um novo CE a escola começou a mudar para melhor ao ponto de existir alunos que pertenciam a outras escolas que os pais começaram a mudar para lá os filhos dando moradas de amigos e familiares, quando esse CE saiu de funções, a escola regrediu na qualidade voltando ao que era inicialmente. Este exemplo multiplica-se por todo o país.
São as pessoas que fazem as instituições e não o contrario.
Pata-Hari Escreveu:
Igualmente, aquilo que noto de crucialmente diferente entre sistemas de países altamente produtivos e ricos (estou a pensar especificamente na alemanha e na finlandia), é a existência "natural" de vários níveis de ensino. Nestes países existe o ensino técnico e os canudos existem para técnicos especializados. E afinal de contas, quem precisa de um bom electricista não quer um engenheiro "mal-formado", quer mesmo um bom electricista. Portugal tem-se aparentemente esforçado por dar títulos "superiores" (perdoem-se a distinção entre "superiores" e "técnicos", talvez não seja o termo mais correcto) a alunos que deveriam ter certificados e titulos técnicos. É exactamente o caso dos alunos das novas oportunidades que deveriam ter equivalencias "técnicas".
Sim, é verdade também concordo contigo, o problema é convencer os encarregados de educação que os filhos não tem capacidades para o ensino normal, é que os filhos só vão para esses cursos se os pais quiserem.
Na escola onde eu sou presidente da associação de pais, uma das turmas de 6 ano, de curriculo alternativo constituida por alunos sem capacidades de continuar no ensino basico, foi proposto aos encarregados de educação passarem para o ensino tecnico/profissional , só 2 encarregados de educação é que aceitaram, em 13.
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AutoMech Escreveu:Factos para reflectir:
1. Os resultados melhoraram (ou acreditamos que são verdadeiros ou não vale a pena discutir).
Eu penso que são realmente verdadeiros, pelo menos quero acreditar que sim. Podem ter havido factos que tenham contribuido para a melhoria dos resultados e que não reflitam uma real melhoria, mas vamos acreditar que houve realmente uma melhoria, acho que é isso que devemos fazer neste momento....
AutoMech Escreveu:2. A Maria de Lurdes Rodrigues foi ministra entre 2005 e 2009
Posso ser suspeito mas duvido que essa senhora tenha muito a ver com esta melhoria... ela mexeu sobretudo na avaliação, progressão e organização do trabalho dos professores. Podem dizer-me que isso é uma forma de melhorar o trabalho destes, que se reflectirá nas aprendizagens dos alunos, mas no caso das alterações introduzidas por ela duvido que isso tenha acontecido... mas é apenas a minha opinião!
Pata-Hari Escreveu:O PISA 2009 revela que «os melhores resultados são obtidos em geral pelas escolas mais autónomas, aquelas que têm mais responsabilidades e liberdade na condução da sua actividade».
Embora uma autonomia total tenha alguns riscos (Eu sei bem do que estou a falar porque já dei aulas em mais escolas do que o número de anos que estou no ensino, mas é difícil falar aqui disso, e penso que agora também não interessa muito) penso que sem dúvida será por aí que passa a melhoria da qualidade do ensino. Penso também que já se poderiam ter dado passos mais largos nesse sentido no ensino público!
Mas o que considero ser a questão mais importante e complicada nas escolas públicas em Portugal é o combate à indisciplina e abandono escolar (normalmente estão relacionados um com o outro)... e neste aspecto penso que se tem feito muito pouco, sobretudo no Estatuto do Aluno, cujas alterações introduzidas apenas servem para dar mais trabalho ás escolas e professores para se adequarem aos novos estatutos, sendo que já se sabe que os efeitos práticos das alterações já se sabe que vão ser nulos (zero, nicles)! Por acaso quando ouvi esta ministrra dizer que ia alterar o Estatuto do Aluno pensei que seria agora que se caminharia para algo melhor, afinal ficámos no mesmo (até pior, no sentido em que o novo estatuto veio sobretudo dar mais trabalho de adequação ás escolas)...
Professores de matemática saúdam resultados dos alunos portugueses
Os professores de matemática estão satisfeitos com o desempenho dos alunos portugueses num estudo da OCDE hoje divulgado, que atribuíram à melhoria do ensino da disciplina e à realização de provas de aferição e de exames.
"São passos num bom sentido. Um dos factores referido no relatório [do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA)] são as provas de aferição e exames, que sempre dissemos que contribuem para uma melhoria”, defendeu Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, em declarações à agência Lusa.
Contudo, este professor lembrou que Portugal ainda não atingiu, na área da matemática, a média dos países da OCDE, o que já aconteceu no português e nas ciências.
Para a Associação dos Professores de Matemática, os resultados do PISA “advêm de um trabalho concertado das escolas, dos professores e do Ministério da Educação”.
A presidente da Associação, Elsa Barbosa, lembrou que desde 2006 foi permitido que as escolas dedicassem mais horas ao ensino da matemática.
“A Associação congratula-se com estes resultados e aliás acho que o país também se deve congratular”, afirmou à Lusa.
Portugal obteve uma classificação de 489 pontos no PISA de 2009, muito próximo da média da OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos, que é de 493.
Segundo o documento, Portugal ascendeu ao meio da tabela dos resultados do PISA, entre 65 países, num “ranking” de desempenho liderado pela Coreia do Sul e pela Finlândia.
Portugal regista uma das evoluções mais “impressionantes” desde o relatório PISA 2006 e é dos países com mais progressos na avaliação em matemática, segundo o relatório.
O PISA avalia os conhecimentos dos alunos de 15 anos de idade nas áreas de literatura, ciências e matemática.
Surpreende-me que os professores de matemática não tenham falado fim do "Estudo Acompanhado", previsto para o próximo ano lectivo! Ou haverá algo que compense isso ou os resultados da matemática dificilmente não serão piores no futuro!
abraços
artista
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Mais_um, estou cada vez mais convicta que um dos grandes segredos do sucesso tem a ver com isto, daquilo que sabemos dos sistemas que funcionam:
Igualmente, aquilo que noto de crucialmente diferente entre sistemas de países altamente produtivos e ricos (estou a pensar especificamente na alemanha e na finlandia), é a existência "natural" de vários níveis de ensino. Nestes países existe o ensino técnico e os canudos existem para técnicos especializados. E afinal de contas, quem precisa de um bom electricista não quer um engenheiro "mal-formado", quer mesmo um bom electricista. Portugal tem-se aparentemente esforçado por dar títulos "superiores" (perdoem-se a distinção entre "superiores" e "técnicos", talvez não seja o termo mais correcto) a alunos que deveriam ter certificados e titulos técnicos. É exactamente o caso dos alunos das novas oportunidades que deveriam ter equivalencias "técnicas".
O responsável da OCDE frisou também que «as escolas privadas, após se corrigir a diferença socioeconómica dos alunos, não têm por si só melhores resultados».
O PISA 2009 revela que «os melhores resultados são obtidos em geral pelas escolas mais autónomas, aquelas que têm mais responsabilidades e liberdade na condução da sua actividade».
Igualmente, aquilo que noto de crucialmente diferente entre sistemas de países altamente produtivos e ricos (estou a pensar especificamente na alemanha e na finlandia), é a existência "natural" de vários níveis de ensino. Nestes países existe o ensino técnico e os canudos existem para técnicos especializados. E afinal de contas, quem precisa de um bom electricista não quer um engenheiro "mal-formado", quer mesmo um bom electricista. Portugal tem-se aparentemente esforçado por dar títulos "superiores" (perdoem-se a distinção entre "superiores" e "técnicos", talvez não seja o termo mais correcto) a alunos que deveriam ter certificados e titulos técnicos. É exactamente o caso dos alunos das novas oportunidades que deveriam ter equivalencias "técnicas".
mais_um Escreveu:Já agora:Portugal registou uma evolução «impressionante» ...
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... nt_id=6332
Impressionante é dar canudos a torto e a direito.
as novas oportunidades fazem mesmo milagres... isto é uma impressionante injustiça para quem tem que estudar 12 anos, fazer exames nacionais e ir para a faculdade.
Isto está cada vez melhor para os xicos espertos com boas cunhas,hoje é uma coisa banal conseguir um canudo, é mais façil que ir ao supermercado às compras... Daí já se começar a reflectir na nossa sociedade, e começar pelos politicos...
Factos para reflectir:
1. Os resultados melhoraram (ou acreditamos que são verdadeiros ou não vale a pena discutir).
2. A Maria de Lurdes Rodrigues foi ministra entre 2005 e 2009
Era interessante saber o que pensam os professores e os sindicatos disto (já sei que é polémico, mas como eu não penso pela televisão...)
1. Os resultados melhoraram (ou acreditamos que são verdadeiros ou não vale a pena discutir).
2. A Maria de Lurdes Rodrigues foi ministra entre 2005 e 2009
Era interessante saber o que pensam os professores e os sindicatos disto (já sei que é polémico, mas como eu não penso pela televisão...)
O comentário dos professores de matematica:
Professores de matemática saúdam resultados dos alunos portugueses
Os professores de matemática estão satisfeitos com o desempenho dos alunos portugueses num estudo da OCDE hoje divulgado, que atribuíram à melhoria do ensino da disciplina e à realização de provas de aferição e de exames.
"São passos num bom sentido. Um dos factores referido no relatório [do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA)] são as provas de aferição e exames, que sempre dissemos que contribuem para uma melhoria”, defendeu Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, em declarações à agência Lusa.
Contudo, este professor lembrou que Portugal ainda não atingiu, na área da matemática, a média dos países da OCDE, o que já aconteceu no português e nas ciências.
Para a Associação dos Professores de Matemática, os resultados do PISA “advêm de um trabalho concertado das escolas, dos professores e do Ministério da Educação”.
A presidente da Associação, Elsa Barbosa, lembrou que desde 2006 foi permitido que as escolas dedicassem mais horas ao ensino da matemática.
“A Associação congratula-se com estes resultados e aliás acho que o país também se deve congratular”, afirmou à Lusa.
Portugal obteve uma classificação de 489 pontos no PISA de 2009, muito próximo da média da OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos, que é de 493.
Segundo o documento, Portugal ascendeu ao meio da tabela dos resultados do PISA, entre 65 países, num “ranking” de desempenho liderado pela Coreia do Sul e pela Finlândia.
Portugal regista uma das evoluções mais “impressionantes” desde o relatório PISA 2006 e é dos países com mais progressos na avaliação em matemática, segundo o relatório.
O PISA avalia os conhecimentos dos alunos de 15 anos de idade nas áreas de literatura, ciências e matemática.
http://www.publico.pt/Educação/professores-de-matematica-saudam-resultados-dos-alunos-portugueses_1469885
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Valete Escreveu:Na minha escola um professor que der, mais de 25% de negativas numa turma, tem que se justificar por escrito. Ora tendo uma turma de 10º ano onde mais de 80% dos alunos são repetentes, só apetece dizer que eles são burros, que é que um gajo vai fazer.
Talvez o professor não conseguiu motivar os alunos e os pais não estão interessados....

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Só mesmo para rir..



Professores dizem alunos tiveram consciência da avaliação
12h43m
A Associação dos Professores de Português considera que a evolução positiva registada na avaliação dos alunos, segundo um relatório da OCDE, se deveu sobretudo ao facto de os estudantes saberem que estavam a prestar provas de avaliação externa.
"Verificamos que houve uma melhoria, mas não concordamos muito com as razões apresentadas no relatório. Achamos que essa melhoria está essencialmente relacionada com o facto de haver avaliação externa. Há um maior cuidado em fazer determinadas provas", comentou à Agência Lusa a vice-presidente da Associação, Edviges Ferreira.
Para esta responsável, terá sido "a preocupação ou hábito em fazer provas de avaliação externa que fez com que os alunos estivessem muito mais atentos a realizar a prova" e, consequentemente, atingissem melhores resultados.
Portugal obteve uma classificação de 489 pontos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2009, muito próximo da média da OCDE, que é de 493.
Este resultado, segundo um responsável da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, representa uma evolução "impressionante".
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1729198
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mais_um Escreveu:Nonick Escreveu:Como é que são feitos estes estudos? Fazem-se provas iguais a um certo número de alunos aleatórios de cada país? Ou olha-se simplesmente para as estatísticas nacionais? É que se for a última, esse aumento pode ser explicado pelo aumento da facilidade do nosso ensino.
Resposta:
Fazem-se provas iguais a um certo número de alunos aleatórios de cada país, dentro de uma determinada faixa etária (15 anos, se não estou em erro) e de todas as NUT II, se não estou erro.
Pois, era o que me parecia mais correcto.
Nesse caso olha, porreiro pá

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