O nosso problema são a classe trabalahdora, despedir !!!
Caro Elias,
Sabe porque motivo saimos da idade média e da miséria
(reportando-me aos últimos 800 anos) ?
Porque passou a haver uma cada vez maior distribuição de dinheiro.
E como isso foi-se assentuando neste último seculo, a sociedade pode progredir a todos os níveis.
Diga-me, imagine uma sociedade onde apenas um punhado de pessoas tem muito dinheiro, e todo o resto nada tem.
Acha que essa sociedade poderia ter serviços (estou a infantizar), com telecomunicações, grandes supermercados, estádios de futebol, TV cabo etc etc ?
E se fosse uma sociedade onde em vez de 100000 tereme muito, teriamos 10000000 a terem algum ?
Neste caso já haveria massa critica monetária ou seja:
Em vez de 100000 contratos de TV cabo poderia ter 10 milhoes.Em vez de vender 100000 telemóveis poderia vender 10 milhoes.
O mundo capitalista (que existiu na sociedade Romana principalmente), deveu-se a uma distribuição de massa monetária e com isso a criação de massa critica.
Recordo que os soldados romanos recebiam o soldo.
Se houver desemprego e ou as pessoas ganharem muito mal, a sociedade como a conhecemos hoje (compras e mais compras, abundancia, excessos, etc), vai acabar, i iremos voltar aos tempos do inicio do século, com a jorna (pessoas a trabalhar ao dia), fome e muita muita miséria.
MAS....Com uma GRANDE DIFERENçA
Como esta sociedade já provou o "MEL", ou seja a abundancia, se lha retirarem irá reagir com tremenda violência, e poderemos ter o desmoronar da sociedade Europeia como a conhecemos (não estou a dizer que os paises vão acabar!).
Isto pode implicar gigantescas revoltas, destruição e saberá Deus o que mais.
Isto é muito, mas muito sério, e TODOS teremos de refectir bem e haver honestidade.
Veremos como vai evoluir.
Sabe porque motivo saimos da idade média e da miséria
(reportando-me aos últimos 800 anos) ?
Porque passou a haver uma cada vez maior distribuição de dinheiro.
E como isso foi-se assentuando neste último seculo, a sociedade pode progredir a todos os níveis.
Diga-me, imagine uma sociedade onde apenas um punhado de pessoas tem muito dinheiro, e todo o resto nada tem.
Acha que essa sociedade poderia ter serviços (estou a infantizar), com telecomunicações, grandes supermercados, estádios de futebol, TV cabo etc etc ?
E se fosse uma sociedade onde em vez de 100000 tereme muito, teriamos 10000000 a terem algum ?
Neste caso já haveria massa critica monetária ou seja:
Em vez de 100000 contratos de TV cabo poderia ter 10 milhoes.Em vez de vender 100000 telemóveis poderia vender 10 milhoes.
O mundo capitalista (que existiu na sociedade Romana principalmente), deveu-se a uma distribuição de massa monetária e com isso a criação de massa critica.
Recordo que os soldados romanos recebiam o soldo.
Se houver desemprego e ou as pessoas ganharem muito mal, a sociedade como a conhecemos hoje (compras e mais compras, abundancia, excessos, etc), vai acabar, i iremos voltar aos tempos do inicio do século, com a jorna (pessoas a trabalhar ao dia), fome e muita muita miséria.
MAS....Com uma GRANDE DIFERENçA
Como esta sociedade já provou o "MEL", ou seja a abundancia, se lha retirarem irá reagir com tremenda violência, e poderemos ter o desmoronar da sociedade Europeia como a conhecemos (não estou a dizer que os paises vão acabar!).
Isto pode implicar gigantescas revoltas, destruição e saberá Deus o que mais.
Isto é muito, mas muito sério, e TODOS teremos de refectir bem e haver honestidade.
Veremos como vai evoluir.
Elias Escreveu:e-finance Escreveu:Elias isso é demagogia, uma coisa é ter uma vida decente (+/-750€ com o custo de vida actual) outra é querer ter vida de luxo(5000€)
Claro que é demagogia. Mas tu é que começaste - os 750 são um valor tão válido como outro qualquer. Claro que os 5000 euros são exagerados, mas porque não 900 ou 1000? E já agora que tal começar por obrigar o Estado a pagar esses salários que defendes e que se dane o défice e as contas publicas?ferradura Escreveu:Vou vos contar uma história:
Era uma vez 200 trabalhadores, zelosos e simpaticos e dedicados, mas porque a empresa quer ter mais lucros a ganacia obrigou a mandar para o desemprego 200 pessoas....e falo da BRISA.
Ou seja, pouco importa se eles atendiam bem os clientes ou não, é chutu no rabo e acabou, o que importa é o accionista e o dinheiro para meio duzia.
Familias e crianças com fome? pouco importa...e depois não venham com historia do banco alimentar, pura hipocrisia portuguesa.
O que isto tem haver com fazer bem ou mal o seu trabalho ?
As empresas e principalmente os serviços vitais (que já existiam como estatal), autoestradas, telecomunicações, banca energia etc, deveia ser proibido despedimento apenas para JUSTIFICAR MAIS LUCROS.
ferradura, diz-me lá uma coisa: se a Brisa abrisse vagas para portageiro, tu estarias disponível para ocupar essa função? Se sim, em que condições?
E diz-me lá outra coisa: és a favor do mercado livre ou do planeamento central?
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
Pata-Hari Escreveu:Nota que nenhuma empregada doméstica ganha o ordenado mínimo e eu não conheço nenhum emprego mais unskilled do que esse.
É verdade, mas isso acontece porque ganham à hora.
E podem trabalhar 10 horas por dia, 7 dias por semana, o que obviamente aumenta o rendimento, algo que não acontece num contrato com retribuição mensal.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Aliás, pergunto-te, achas mais justo ter uma pessoa que está disposta a trabalhar por menos que o ordenado minimo e não pode porque ninguém a emprega a esse preço ou achas mais justo simplesmente não ganhar nada e não trabalhar vivendo de subsidios?
Enquanto houver gente para trabalhar a um dado preço, o injusto é impedir que o façam por restrições legais. E nota que o mercado muito facilmente valoriza um bom empregado. Nota que nenhuma empregada doméstica ganha o ordenado mínimo e eu não conheço nenhum emprego mais unskilled do que esse. Em compensação, o valor pessoal de cada uma dessas pessoas faz com que ganhem tão bem quanto muitos licenciados (eu tenho colegas de emprego com cursos superiores que levam tanto para casa quanto a minha empregada doméstica, a quem confio os meus filhos diáriamente e que para mim tem um valor infinito apesar de não saber escrever "cebola").
Enquanto houver gente para trabalhar a um dado preço, o injusto é impedir que o façam por restrições legais. E nota que o mercado muito facilmente valoriza um bom empregado. Nota que nenhuma empregada doméstica ganha o ordenado mínimo e eu não conheço nenhum emprego mais unskilled do que esse. Em compensação, o valor pessoal de cada uma dessas pessoas faz com que ganhem tão bem quanto muitos licenciados (eu tenho colegas de emprego com cursos superiores que levam tanto para casa quanto a minha empregada doméstica, a quem confio os meus filhos diáriamente e que para mim tem um valor infinito apesar de não saber escrever "cebola").
Ainda dentro das empresas os trabalhadores especializados se dividem em dois tipos: Os efetivos e que pertencem aos quadros e os recém formados ou estagiários que vão fazer o mesmo trabalho de um funcionário de carreira , mas que a ttulo de aprender trabalham de graça ou quase.
Estes cada vez mais vão existir porque a lei assim o permite. Já há empresas que tem 1 chefe e 50 estagiários a ganhar nada.Quando finalmente propõe a um deles um contrato porque o chefe saiu ou se aposentou , ofereçem a este coitado que estudou e se formou salários de 700 a 1500 euros.E falo de profissões como arquitetos , engenheiros , etc.
Isto esquece que os empresários tentam maximizar a produção dadas as condições de mercado. Esqueces-te que há 50 anos atrás, haviam poucos engenheiros no mercado de trabalho e que hoje há milhares. E que por consequência, os ordenados de um empregado altamente especializado é necessáriamente superior a um empregado de formação mais comum. Um engº de há 30 anos tinha necessáriamente mais valor do que um engenheiro de hoje. Porque a oferta é muito maior.
Tu próprio te contradizes ao falar nos coitadinhos dos estagiários que pouco recebem e mais tarde dizes que afinal o estágio é uma forma de educação e de formação.
Francamente, achas preferivel:
- ter 5 empresas a empregar 50 pessoas, a produzir 50 toneladas de qualquer coisa e a pagar X de ordenado minimo aos empregados ou
- ter 50 empresas a empregar 500 pessoas, a produzir 500 toneladas mais baratas que a primeira (mais competitivas, portanto) e a pagar 80% do ordenado da primeira?
A lógica da riqueza e da competitividade é somente esta. E eu acho que é fácil de entender que estamos todos mais ricos na segunda hipotese e que certamente sobra mais para um bolo comum (impostos e estruturads comuns) na segunda alternativa.
Pata-Hari Escreveu:A330 apenas partes de um principio que é crucialmente incorrecto e que é que o empregador apenas quer minimizar custos. O empregador tem como objectivo produzir o máximo e melhor possível com os menores custos, quer seja com dois macacos alimentados a amendoins e que produzem 10, quer seja com um empregado que ganha bem e que produz 10. O que não quer é alguém que produz 9 e ganha o mesmo.
Acho igualmente surpreendente que acredites que um advogado recém-formado valha o mesmo que um senior. Ou que um consultor junior valha o mesmo que um senior. Ou qualquer outro exemplo. Explica-me porque haveria alguém de pagar o mesmo por alguém que nunca exerceu ou trabalhou ou por alguém que exerce há 10 anos. Explica-me se preferes um médico que acabou o curso ontem e que não fez estágio ou um que exerce há 10 anos.
Pata,
Leia lá os meus posts outra vez , faça um copy e abra outro post a citar a parte onde eu digo que acho que um profissional com experiência deve ganhar o mesmo do que um sem experiência.Desculpe mas não entendeu nada do que escrevi.
A330
- Mensagens: 1503
- Registado: 30/1/2005 12:51
- Localização: Lx
LOAMIL Escreveu:AutoMech. Parece que na tua opinião o mercado deve ser a base da nossa civilização.
Se por mercado se entender o local onde os agentes económicos interagem livremente entre si, então a minha opinião é que o mesmo deve ser a base da nossa civilização.
Actualmente não vivemos numa situação de capitalismo clássico. Vivemos numa espécie de oligarquia capitalista, com o sector bancário à cabeça. Num verdadeiro sistema capitalista não se socializam as perdas.
A causa desta crise foi o "mercado"? Em que sentido?
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
AutoMech. Parece que na tua opinião o mercado deve ser a base da nossa civilização.
Por isso é que estamos na actual situação. Foi o mercado a funcionar!. Mas se não fossem os reguladores (estados)...
Um dos problemas do mercado português é o facto de haver muitos empresários/patrões, cuja visão empresarial reside (ainda) não no valor acrescentado que a empresa deve gerar, com base na inovação, modernização etc., mas na exploração da mão de obra barata e sem compromissos.
Um abraço
ml
Por isso é que estamos na actual situação. Foi o mercado a funcionar!. Mas se não fossem os reguladores (estados)...
Um dos problemas do mercado português é o facto de haver muitos empresários/patrões, cuja visão empresarial reside (ainda) não no valor acrescentado que a empresa deve gerar, com base na inovação, modernização etc., mas na exploração da mão de obra barata e sem compromissos.
Um abraço
ml
"Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade."
Elmer Letterman"
Elmer Letterman"
A330 apenas partes de um principio que é crucialmente incorrecto e que é que o empregador apenas quer minimizar custos. O empregador tem como objectivo produzir o máximo e melhor possível com os menores custos, quer seja com dois macacos alimentados a amendoins e que produzem 10, quer seja com um empregado que ganha bem e que produz 10. O que não quer é alguém que produz 9 e ganha o mesmo.
Acho igualmente surpreendente que acredites que um advogado recém-formado valha o mesmo que um senior. Ou que um consultor junior valha o mesmo que um senior. Ou qualquer outro exemplo. Explica-me porque haveria alguém de pagar o mesmo por alguém que nunca exerceu ou trabalhou ou por alguém que exerce há 10 anos. Explica-me se preferes um médico que acabou o curso ontem e que não fez estágio ou um que exerce há 10 anos.
Acho igualmente surpreendente que acredites que um advogado recém-formado valha o mesmo que um senior. Ou que um consultor junior valha o mesmo que um senior. Ou qualquer outro exemplo. Explica-me porque haveria alguém de pagar o mesmo por alguém que nunca exerceu ou trabalhou ou por alguém que exerce há 10 anos. Explica-me se preferes um médico que acabou o curso ontem e que não fez estágio ou um que exerce há 10 anos.
AutoMech Escreveu:Um post muito interessante A-330, embora não concorde com a maior parte. Vamos ao debate:
A questão económica é irrelevante do valor. Pagarias tu, enquanto empresário, 2.000 euros quando poderias pagar 1.500 ou 1.000 ou 500 ?
Não. Da mesma forma que não compramos uma televisão por 1.000 se a podermos comprar por 750.
Além disso tenho sérias reservas que o exemplo que apresentas seja a norma (conheço o caso dos advogados, mas esses são obrigados a fazer o estágio por exemplo e o trabalho pode ser visto como uma extensão do curso).
[/quote]
Os ingleses costumam dizer:Pay peanuts and you get monkeys.
Quando se paga bem , o funcionário tem medo de perder o emprego , compromete-se mais com ele e não está sempre à procura da oportunidade para mudar.Isto se reflete na qualidade do seu trabalho.
[/quote]
Existe uma contratação bilateral em que ambas as partes são livres de aceitar os termos.
Se alguém aceita os 700 a 1500 é porque há muita oferta para pouca procura. É o mercado a funcionar.
[/quote]
Sim , é verdade mas como advogado vc também sabe que apesar de um contrato ser um documento legal que representa a vontade das duas partes , muitas vezes as pessoas são coagidas a assinar por falta de opção.
Em alguns casos , como a prestação de serviços muitas vezes o governo até tem que intervir para proteger as pessoas.
No caso dos empregos , as pessoas aceitam , mas tão sempre à procura de algo melhor. Na verdade já começam a trabalhar desmotivadas.
Mas sim , claro , essa é uma opção do empregador.
[/quote]
É isso que a nossa legislação não permite. Mantém no cargo um tipo que há muito deixou de ser eficiente (muitas vezes por opção própria), salvaguardado por uma legislação extremamente rígida, deixando de fora alguém mais produtivo.
[/quote]
Em nenhum momento disse que era a favor disso.Ou disse?
[/quote]
Se o tacanho vai à falência ainda bem porque não precisamos de empresas dessas. A situação actual é clara. Os bons funcionários tem medo de arriscar e de mudar porque sabem da rigidez do mercado de trabalho, caso as coisas corram mal. Ficam assim e acomodam-se, tornando-se menos produtivos.
[/quote]
Não precisamos de empresas dessas??Uau...Afinal somos um país rico!!?? Pergunte às pessoas que lá trabalham se estão de acordo consigo. As más também são necessárias e fazem parte do sistema.Eu tb já tive empregos de que não gostei e saí na primeira oportunidade.Essas empresas nunca conseguem trabalhadores comprometidos com a sua causa.
[/quote]
E porque é que os mandam embora ? Será porque eram demasiado bons ? Ou porque a porcaria da legislação obriga a que fiquem com um efectivo, coisa que eles não querem ?
[/quote]
São 'abusados' (resta definir o que isto significa) porque a procura é pouca e a legislação laboral é rigida.
Se houvesse de facto liberalização, é natural que exista um ajustamento (em baixa) dos salários no inicio. Mas a prazo hevria muito mais empresas / oportunidades de trabalho e uma concorrência pelos bons trabalhadores, por via do salário.
Empresas ou empresários maus => trabalhadores maus => serviços ou produtos maus => falência.
[/quote]
Outra vez discordo. O que não falta aí é gente a recibos verdes e condições laborais precárias em todos os aspectos.
aliás indo um pouco mais além , coitada desta geração quando for para a reforma...
[/quote]
Não é difícil. É uma questão de estabelecer indemnizações de diferente valor, caso o despedimento se dê sem nenhuma justificação ou com alguma justificação.
[/quote]
È uma idéia que me pareçe boa.
[/quote]
O que não é lógico é um empresário ter de continuar a empregar alguém com quem, pelas mais variadas razões, não quer trabalhar.[/quote]
Também não concordo e nem escrevi em algum momento que concordava.
Estou completamente de acordo que há maus trabalhadores e eu já conheçi alguns.
Mas acho que há mais gente a sofrer com empregos precários do que patrões com problemas porque não conseguem demitir 5 trabalhadores de quem não gostam na rua em um universo de 500.
Além disso ,e apesar de tb achar que poderia haver mais flexibilidade para dmitir os maus , também acho que proporcionalmente temos mais patrões maus do que funcionários maus.
Basta ver que em países como a França e que tem trabalhadores que ganham bem e são reivindicativos ainda assim produzem mais e os seus patrões nem por isso deixam de crescer e ter empresas grandes que exportam e fazem da França um grande país.
Outro exemplo é a Auto Europa. Ai,ai,ai, que não podemos subir o salário mínimo meia dúzia de euros.Choram os patrões tugas.
O alemão , em plena crise e quando todos falam em baixar salários subiu o dos seus trabalhadores.
Vá lá à Auto Europa perguntar quantos funcionários deixaram a empresa no último ano.
- Mensagens: 1503
- Registado: 30/1/2005 12:51
- Localização: Lx
Um post muito interessante A-330, embora não concorde com a maior parte. Vamos ao debate:
A questão económica é irrelevante do valor. Pagarias tu, enquanto empresário, 2.000 euros quando poderias pagar 1.500 ou 1.000 ou 500 ?
Não. Da mesma forma que não compramos uma televisão por 1.000 se a podermos comprar por 750.
Além disso tenho sérias reservas que o exemplo que apresentas seja a norma (conheço o caso dos advogados, mas esses são obrigados a fazer o estágio por exemplo e o trabalho pode ser visto como uma extensão do curso).
Existe uma contratação bilateral em que ambas as partes são livres de aceitar os termos.
Se alguém aceita os 700 a 1500 é porque há muita oferta para pouca procura. É o mercado a funcionar.
É isso que a nossa legislação não permite. Mantém no cargo um tipo que há muito deixou de ser eficiente (muitas vezes por opção própria), salvaguardado por uma legislação extremamente rígida, deixando de fora alguém mais produtivo.
Se o tacanho vai à falência ainda bem porque não precisamos de empresas dessas. A situação actual é clara. Os bons funcionários tem medo de arriscar e de mudar porque sabem da rigidez do mercado de trabalho, caso as coisas corram mal. Ficam assim e acomodam-se, tornando-se menos produtivos.
Por outro lado, essa rigidez causa menos oferta (as empresas têm medo ou pensam duas vezes antes de meter alguém). É um ciclo vicioso.
E porque é que os mandam embora ? Será porque eram demasiado bons ? Ou porque a porcaria da legislação obriga a que fiquem com um efectivo, coisa que eles não querem ?
Bem, se alguém tirou um curso e depois descobre que ganha mais a pintar paredes é mais uma vez o mercado a funcionar. Já hoje isso acontece com muitos cursos em que as pessoas preferem ser doutores (e depois irem trabalhar para o shopping) do que serem electricistas ou canalizadores. São opções pessoais.
São 'abusados' (resta definir o que isto significa) porque a procura é pouca e a legislação laboral é rigida.
Se houvesse de facto liberalização, é natural que exista um ajustamento (em baixa) dos salários no inicio. Mas a prazo hevria muito mais empresas / oportunidades de trabalho e uma concorrência pelos bons trabalhadores, por via do salário.
Empresas ou empresários maus => trabalhadores maus => serviços ou produtos maus => falência.
Não é difícil. É uma questão de estabelecer indemnizações de diferente valor, caso o despedimento se dê sem nenhuma justificação ou com alguma justificação.
O que não é lógico é um empresário ter de continuar a empregar alguém com quem, pelas mais variadas razões, não quer trabalhar.
A-330 Escreveu:Ainda dentro das empresas os trabalhadores especializados se dividem em dois tipos: Os efetivos e que pertencem aos quadros e os recém formados ou estagiários que vão fazer o mesmo trabalho de um funcionário de carreira , mas que a ttulo de aprender trabalham de graça ou quase.
A questão económica é irrelevante do valor. Pagarias tu, enquanto empresário, 2.000 euros quando poderias pagar 1.500 ou 1.000 ou 500 ?
Não. Da mesma forma que não compramos uma televisão por 1.000 se a podermos comprar por 750.
Além disso tenho sérias reservas que o exemplo que apresentas seja a norma (conheço o caso dos advogados, mas esses são obrigados a fazer o estágio por exemplo e o trabalho pode ser visto como uma extensão do curso).
A-330 Escreveu:Estes cada vez mais vão existir porque a lei assim o permite. Já há empresas que tem 1 chefe e 50 estagiários a ganhar nada.Quando finalmente propõe a um deles um contrato porque o chefe saiu ou se aposentou , ofereçem a este coitado que estudou e se formou salários de 700 a 1500 euros.E falo de profissões como arquitetos , engenheiros , etc.
Existe uma contratação bilateral em que ambas as partes são livres de aceitar os termos.
Se alguém aceita os 700 a 1500 é porque há muita oferta para pouca procura. É o mercado a funcionar.
A-330 Escreveu:Também os EUA são um país que tem muitas empresas e prduz de tudo gerando assim empregos para todos em todas áreas , e permitindo que a Lei do Mercado aí funcione e se possam manter os salários em um nível aceitável.
É isso que a nossa legislação não permite. Mantém no cargo um tipo que há muito deixou de ser eficiente (muitas vezes por opção própria), salvaguardado por uma legislação extremamente rígida, deixando de fora alguém mais produtivo.
A-330 Escreveu:Em Portugal , não.
Normalmente o mais tacanho na pirâmide começa por ser já o empregador que por vezs gere uma empresa com mentalidade de merceeiro.Por causa da sua mentalidade (há 30 anos que faço assim e funciona)a empresa lá vai andando , mas sempre sem crescer e às vezes até mesmo acabando por ir à falência porque o tacanho lá de cima não percebeu que a sua gestão de há 30 anos n~~ao funciona mais no mercado atual.
Se o tacanho vai à falência ainda bem porque não precisamos de empresas dessas. A situação actual é clara. Os bons funcionários tem medo de arriscar e de mudar porque sabem da rigidez do mercado de trabalho, caso as coisas corram mal. Ficam assim e acomodam-se, tornando-se menos produtivos.
Por outro lado, essa rigidez causa menos oferta (as empresas têm medo ou pensam duas vezes antes de meter alguém). É um ciclo vicioso.
A-330 Escreveu:Quanto aos trabalhadores não especializados:Esses coitados ou estão em uma empresa e tem o seu salário mínimo e lá vão andando , ou trabalham para merceeiros , lojas de shoping, etc e além de não ganharem muitas vezes nem o salário mínimo , muitas vezes ainda os mandam embora sem lhes pagar o pouco que lhes devem.
E porque é que os mandam embora ? Será porque eram demasiado bons ? Ou porque a porcaria da legislação obriga a que fiquem com um efectivo, coisa que eles não querem ?
A-330 Escreveu:Os que se especializaram tem outros horizontes, ambicionam mais.E são estes que , ainda solteiros começam por trabalhar de graça , conseguem um emprego de 1000 euros e depois descobrem que além de 1000 euros não dar para nada não tem perspectivas de ter a vida que os seus pais um dia tiveram porque se mudarem de emprego vão para igual ou pior.
Bem, se alguém tirou um curso e depois descobre que ganha mais a pintar paredes é mais uma vez o mercado a funcionar. Já hoje isso acontece com muitos cursos em que as pessoas preferem ser doutores (e depois irem trabalhar para o shopping) do que serem electricistas ou canalizadores. São opções pessoais.
A-330 Escreveu:Depois de todo este quadro exposto , vão me perguntar:E que solução apresenta?
Bom , do ponto de vista do que o goveno poderia fazer era aumentar o salário mínimo.Ganhando mais as pessoas consomem mais e a indústria produz mais.E principalmente não deixa que os trabalhadores sejam abusados como são hoje.
São 'abusados' (resta definir o que isto significa) porque a procura é pouca e a legislação laboral é rigida.
Se houvesse de facto liberalização, é natural que exista um ajustamento (em baixa) dos salários no inicio. Mas a prazo hevria muito mais empresas / oportunidades de trabalho e uma concorrência pelos bons trabalhadores, por via do salário.
Empresas ou empresários maus => trabalhadores maus => serviços ou produtos maus => falência.
A-330 Escreveu:Juntamente com isso viria uma mudança nos contratos de trabalho que eu sinceramente não sei como faria , de forma a a não dar total segurança ao trabalhador , mas também a não atar as mãos ao empregador.
Não é difícil. É uma questão de estabelecer indemnizações de diferente valor, caso o despedimento se dê sem nenhuma justificação ou com alguma justificação.
O que não é lógico é um empresário ter de continuar a empregar alguém com quem, pelas mais variadas razões, não quer trabalhar.
Elias Escreveu:A-330 Escreveu:Alguém aqui referiu os EUA. As mentalidades dos dois países são completamente diferentes.Enquanto os americanos não tem nenhum problema em contratar um estrangeiro que descobriram que é excelente em sua área
Não sei se isto se passa realmente assim nos EUA.
Alan Greenspan, no seu excelente livro "A Era da Turbulência", descreve em pormenor o problema das desigualdades de rendimentos nos EUA, problema esse que segundo o autor é causado, entre outras razões, pelo facto de os trabalhadores especializados serem muito bem pagos (sendo esse pagamento elevado justificado pela escassez deste tipo de trabalhadores). Ele defende, adicionalmente, que se deveria facilitar a entrada no país de trabalhadores especializados estrangeiros, pois isso iria contribuir para reduzir os salários dos trabalhadores especializados, diminuindo assim as disparidades existentes a nível de rendimentos.
Ou seja, na opinião dele contratam-se poucos trabalhadores especializados estrangeiros nos EUA
São duas coisas diferentes:
Todo mundo diz que os americanos tem uma cultura geral muito pobre.Ah e tal , Que não sabem onde fica Portugal , etc.
Ocorre uma coisa: Eles não tem uma boa cultura geral porque aquilo é um país de especialistas.Se voçê quer fazer botões para camisas ,há experts no assunto , há literatura sobre assunto , há os cientistas que estudam novos botões e ainda uma faculdade sobre o assunto.
Eles efetivamente, de um modo geral, são os melhores naquilo que fazem .Por isso não precisam /querem trazer gente de fora , ou os que se propõe não lhes encham as medidas. Mas não tem problema algum em contratar um especialista que acham bom de um outro país.
Há gente do mundo todo a trabalhar lá em bons cargos.
O que o Allan Greenspan diz pode eventualmente ser verdade ,o economista é ele, mas para mim passa mais uma vez por achatar o trabalhador. Todos dizem que quem produz e é bom tem que ser valorizado.Que a Lei do Mercado é que é.
E depois ai,ai,ai, que eles estão a ganhar muito.
Admito que os EUA estejam a começar a ter dificuldade em concorrer com a China e outros países de mão-de-obra barata e que portanto possam estar a perder vantagem na exportações. Mas convém lembrar que em todos os lugares do mundo a maior ou menor velocidade as condições dos trabalhadores tende a melhorar.(Quem não se lembra que há uns anos não havia lei geral do trabalho).
Na China (eu passo muito tempo aqui e sei do que falo)já se vê manifestações e greves.Outro dia queriam tirar regalias aos controladores aéreos e isto foi o caos.
Aquela China baratinha ainda existe , mas já é muito mais caro que há 10 anos e temos cidades como Shangai onde os preços de muitas coisas começam a chegar a preços europeus.
Quero com isto dizer , que aos olhos dos governantes o povo ganha sempre a mais.Basta ver em portugal , que quem ganha 2000 euros , para efeitos fiscais é rico...
Nunca vi nenhuma crítica porque uma empresa lucrou muito , mas quando somos nós...ai,ai, que o país vai à desgraça.Aliás nem vou mais longe. Eu tou na China a ganhar muitissmo acima da média chinesa. Voçê acha que se o chinês(meu patrão) não tivesse a ganhar dinheiro com o meu trabalho ou se eu não produzisse ele me contrataria?
Talvez se os EUA se metessem menos na vida dos outros e por isso não precisassem investir tanto em armas e guerras , aquilo estivesse melhor por aqueles lados.Mas isso é outro assunto.
A-330
Editado pela última vez por A330-300 em 1/12/2010 3:53, num total de 1 vez.
- Mensagens: 1503
- Registado: 30/1/2005 12:51
- Localização: Lx
A-330,
Em termos gerais concordo com o quadro exposto.
De certa forma, também concordo com a medida de aumento do salário mínimo sugerida, mas não neste momento e muito menos pelas razões que apontaste.
Quanto a não voltar a trabalhar em Portugal... quem sabe daqui a 10 ou 15 anos não sejamos um tigre ibérico, cheio de oportunidades de emprego?
Em termos gerais concordo com o quadro exposto.
De certa forma, também concordo com a medida de aumento do salário mínimo sugerida, mas não neste momento e muito menos pelas razões que apontaste.
Quanto a não voltar a trabalhar em Portugal... quem sabe daqui a 10 ou 15 anos não sejamos um tigre ibérico, cheio de oportunidades de emprego?
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
A-330 Escreveu:Alguém aqui referiu os EUA. As mentalidades dos dois países são completamente diferentes.Enquanto os americanos não tem nenhum problema em contratar um estrangeiro que descobriram que é excelente em sua área
Não sei se isto se passa realmente assim nos EUA.
Alan Greenspan, no seu excelente livro "A Era da Turbulência", descreve em pormenor o problema das desigualdades de rendimentos nos EUA, problema esse que segundo o autor é causado, entre outras razões, pelo facto de os trabalhadores especializados serem muito bem pagos (sendo esse pagamento elevado justificado pela escassez deste tipo de trabalhadores). Ele defende, adicionalmente, que se deveria facilitar a entrada no país de trabalhadores especializados estrangeiros, pois isso iria contribuir para reduzir os salários dos trabalhadores especializados, diminuindo assim as disparidades existentes a nível de rendimentos.
Ou seja, na opinião dele contratam-se poucos trabalhadores especializados estrangeiros nos EUA

- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Olá a todos ,
Interessante e polêmico tema este.
Em Portugal dizem que é caro e quase impossível despedir , levando o trabalhador a não ter vontade de produzir.Isto é a visão do empregador e estou de acordo com ela.
Agora , temos que ter em conta que há dois tipos de trabalhadores.
São os trabalhadores especializados e os não especializados.
Também há dois tipos de empregadores: As empresas grandes que tem trabalhadores especializados e não especializados e o Sôr Joaquim , dono do mercadinho da esquina que só emprega mão de obra não especializada.
Ainda dentro das empresas os trabalhadores especializados se dividem em dois tipos: Os efetivos e que pertencem aos quadros e os recém formados ou estagiários que vão fazer o mesmo trabalho de um funcionário de carreira , mas que a ttulo de aprender trabalham de graça ou quase.Estes cada vez mais vão existir porque a lei assim o permite. Já há empresas que tem 1 chefe e 50 estagiários a ganhar nada.Quando finalmente propõe a um deles um contrato porque o chefe saiu ou se aposentou , ofereçem a este coitado que estudou e se formou salários de 700 a 1500 euros.E falo de profissões como arquitetos , engenheiros , etc.
Alguém aqui referiu os EUA. As mentalidades dos dois países são completamente diferentes.Enquanto os americanos não tem nenhum problema em contratar um estrangeiro que descobriram que é excelente em sua área , aqui ainda há a mania tem que ser tudo tuga,mesmo que seja pior , porque a mentalidade é -Vem para cá estes roubar os nossos empregos!!(Não entendem ainda que um bom diretivo na verdade gera empregos.Lá eles REALMENTE dão valor ao bom funcionário.
Também os EUA são um país que tem muitas empresas e prduz de tudo gerando assim empregos para todos em todas áreas , e permitindo que a Lei do Mercado aí funcione e se possam manter os salários em um nível aceitável.
Em Portugal , não.
Normalmente o mais tacanho na pirâmide começa por ser já o empregador que por vezs gere uma empresa com mentalidade de merceeiro.Por causa da sua mentalidade (há 30 anos que faço assim e funciona)a empresa lá vai andando , mas sempre sem crescer e às vezes até mesmo acabando por ir à falência porque o tacanho lá de cima não percebeu que a sua gestão de há 30 anos n~~ao funciona mais no mercado atual.O empresário português não tem nem de perto o espírito empreendedor do americano.
Quanto aos trabalhadores não especializados:Esses coitados ou estão em uma empresa e tem o seu salário mínimo e lá vão andando , ou trabalham para merceeiros , lojas de shoping, etc e além de não ganharem muitas vezes nem o salário mínimo , muitas vezes ainda os mandam embora sem lhes pagar o pouco que lhes devem.
Na verdade, hoje em dia quem está pior são os trabalhadores especializados.
Sim , porque os não especializados normalmente vem de famílias humildes , com poucas perspectivas e muito poucos tem a ambição de ganhar mais do que o salário mínimo. QUerem mesmo só um emprego e orientam a sua vida assim.
Os que se especializaram tem outros horizontes, ambicionam mais.E são estes que , ainda solteiros começam por trabalhar de graça , conseguem um emprego de 1000 euros e depois descobrem que além de 1000 euros não dar para nada não tem perspectivas de ter a vida que os seus pais um dia tiveram porque se mudarem de emprego vão para igual ou pior.
Depois de todo este quadro exposto , vão me perguntar:E que solução apresenta?
Bom , do ponto de vista do que o goveno poderia fazer era aumentar o salário mínimo.Ganhando mais as pessoas consomem mais e a indústria produz mais.E principalmente não deixa que os trabalhadores sejam abusados como são hoje.
Juntamente com isso viria uma mudança nos contratos de trabalho que eu sinceramente não sei como faria , de forma a a não dar total segurança ao trabalhador , mas também a não atar as mãos ao empregador.
Extendendo um pouco mais o discurso , sempre achei que as melhores decisões quase nunca são as mais fáceis.
Eu acho que a globalização não é só para a empresa que produz o seu Nike no Vietnam. Também é para mim , e por isso saí de Portugal.Emigrar não é um ato de desespero.
Emigrar é abrir mão do depósito a prazo para investir em ações.Voçê tem menos conforto , mas ganha muito mais.
Não é para todos ,é para pessoas com perfil moderado a agressivo.Para não conformistas.
O que parece uma tragédia a pricipio, passado o período de adaptação, logo se descobre que é um admirável mundo de possibilidades e descobertas e voçê descobre também que afinal não é o único.Há milhões de expats. E garanto-lhes que passados 2 anos , quando nos rferimos ao nosso país dizemos que é mesmo o melhor lugar do mundo , mas voltar a trabalhar lá....nem pensar.
A330
Interessante e polêmico tema este.
Em Portugal dizem que é caro e quase impossível despedir , levando o trabalhador a não ter vontade de produzir.Isto é a visão do empregador e estou de acordo com ela.
Agora , temos que ter em conta que há dois tipos de trabalhadores.
São os trabalhadores especializados e os não especializados.
Também há dois tipos de empregadores: As empresas grandes que tem trabalhadores especializados e não especializados e o Sôr Joaquim , dono do mercadinho da esquina que só emprega mão de obra não especializada.
Ainda dentro das empresas os trabalhadores especializados se dividem em dois tipos: Os efetivos e que pertencem aos quadros e os recém formados ou estagiários que vão fazer o mesmo trabalho de um funcionário de carreira , mas que a ttulo de aprender trabalham de graça ou quase.Estes cada vez mais vão existir porque a lei assim o permite. Já há empresas que tem 1 chefe e 50 estagiários a ganhar nada.Quando finalmente propõe a um deles um contrato porque o chefe saiu ou se aposentou , ofereçem a este coitado que estudou e se formou salários de 700 a 1500 euros.E falo de profissões como arquitetos , engenheiros , etc.
Alguém aqui referiu os EUA. As mentalidades dos dois países são completamente diferentes.Enquanto os americanos não tem nenhum problema em contratar um estrangeiro que descobriram que é excelente em sua área , aqui ainda há a mania tem que ser tudo tuga,mesmo que seja pior , porque a mentalidade é -Vem para cá estes roubar os nossos empregos!!(Não entendem ainda que um bom diretivo na verdade gera empregos.Lá eles REALMENTE dão valor ao bom funcionário.
Também os EUA são um país que tem muitas empresas e prduz de tudo gerando assim empregos para todos em todas áreas , e permitindo que a Lei do Mercado aí funcione e se possam manter os salários em um nível aceitável.
Em Portugal , não.
Normalmente o mais tacanho na pirâmide começa por ser já o empregador que por vezs gere uma empresa com mentalidade de merceeiro.Por causa da sua mentalidade (há 30 anos que faço assim e funciona)a empresa lá vai andando , mas sempre sem crescer e às vezes até mesmo acabando por ir à falência porque o tacanho lá de cima não percebeu que a sua gestão de há 30 anos n~~ao funciona mais no mercado atual.O empresário português não tem nem de perto o espírito empreendedor do americano.
Quanto aos trabalhadores não especializados:Esses coitados ou estão em uma empresa e tem o seu salário mínimo e lá vão andando , ou trabalham para merceeiros , lojas de shoping, etc e além de não ganharem muitas vezes nem o salário mínimo , muitas vezes ainda os mandam embora sem lhes pagar o pouco que lhes devem.
Na verdade, hoje em dia quem está pior são os trabalhadores especializados.
Sim , porque os não especializados normalmente vem de famílias humildes , com poucas perspectivas e muito poucos tem a ambição de ganhar mais do que o salário mínimo. QUerem mesmo só um emprego e orientam a sua vida assim.
Os que se especializaram tem outros horizontes, ambicionam mais.E são estes que , ainda solteiros começam por trabalhar de graça , conseguem um emprego de 1000 euros e depois descobrem que além de 1000 euros não dar para nada não tem perspectivas de ter a vida que os seus pais um dia tiveram porque se mudarem de emprego vão para igual ou pior.
Depois de todo este quadro exposto , vão me perguntar:E que solução apresenta?
Bom , do ponto de vista do que o goveno poderia fazer era aumentar o salário mínimo.Ganhando mais as pessoas consomem mais e a indústria produz mais.E principalmente não deixa que os trabalhadores sejam abusados como são hoje.
Juntamente com isso viria uma mudança nos contratos de trabalho que eu sinceramente não sei como faria , de forma a a não dar total segurança ao trabalhador , mas também a não atar as mãos ao empregador.
Extendendo um pouco mais o discurso , sempre achei que as melhores decisões quase nunca são as mais fáceis.
Eu acho que a globalização não é só para a empresa que produz o seu Nike no Vietnam. Também é para mim , e por isso saí de Portugal.Emigrar não é um ato de desespero.
Emigrar é abrir mão do depósito a prazo para investir em ações.Voçê tem menos conforto , mas ganha muito mais.
Não é para todos ,é para pessoas com perfil moderado a agressivo.Para não conformistas.
O que parece uma tragédia a pricipio, passado o período de adaptação, logo se descobre que é um admirável mundo de possibilidades e descobertas e voçê descobre também que afinal não é o único.Há milhões de expats. E garanto-lhes que passados 2 anos , quando nos rferimos ao nosso país dizemos que é mesmo o melhor lugar do mundo , mas voltar a trabalhar lá....nem pensar.
A330
- Mensagens: 1503
- Registado: 30/1/2005 12:51
- Localização: Lx
Elias Escreveu:Desculpa começar por te responder com uma pergunta, mas benéficas para quem: para o trabalhador, para o empregador ou para a economia? É que a resposta depende obviamente da perspectiva.
Precisamente por uma lei implicar sempre um coerção sobre alguém, isto é, um invasão da liberdade individual, é que eu defendo que quantas menos melhor e as que existem devem ser simples, transparentes e compatíveis com a realidade.
O objectivo da lei deve ser a ORDEM. Sempre. Quantas leis não temos cujo resultado é precisamente desordem, por tão complexas e desconexas da realidade? As do código de trabalho servem de exemplo.
A melhor ordem é a natural. Aquela que os homens e mulheres desenvolvem espontaneamente.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:Que leis laborais considerarias benéficas? Um exemplo chega.
Desculpa começar por te responder com uma pergunta, mas benéficas para quem: para o trabalhador, para o empregador ou para a economia? É que a resposta depende obviamente da perspectiva. Muitos dos argumentos que aqui têm sido apresentados visam sobretudo defender o trabalhador, ignorando totalmente o facto de que quanto mais as leis protegem os trabalhadores, menos favorecem a economia (ou seja, são um entrave ao crescimento económico).
A minha visão é a de que a lei laboral deve proteger algumas condições básicas dos trabalhadores sem ameaçar a economia. Por exemplo, deve haver uma lei que garanta segurança e higiene no trabalho.
Isto é apenas um exemplo, como pediste, mas como referi anteriormente uma lei de nada serve se não for cumprida. E neste país há tantas leis laborais que não são cumpridas... Uma vez fiz uma denúncia (anónima) à Inspecção Geral de Trabalho, precisamente por causa de uma obra que estava a decorrer sem quaisquer condições de segurança. Primeiro responderam a dizer que não era com eles e a passar para outro departamento qualquer (o jogo do "chuta para canto"). Ao fim de algumas insistências, lá resolveram responder a dizer que a zona já tinha sido fiscalizada - claro que continuou tudo na mesma... Para mim seria mais importante que houvesse fiscalização sobre meia dúzia de aspectos essenciais que protejam a segurança física dos trabalhadores, pois como sabes neste país o que não falta são acidentes de trabalho.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
E que tal mandar destruir todas as escavadoras e voltar a abrir os buracos com pá ?
E que tal voltar a cortar árvores com o machado ?
E que tal eliminar os tractores na agricultura e voltar ao tempo da enxada ?
E que tal voltarmos a comunicar por telex em vez de email ?
Modernices que só servem para acabar com o posto de trabalho das pessoas (e com os direitos adquiridos).
E que tal voltar a cortar árvores com o machado ?
E que tal eliminar os tractores na agricultura e voltar ao tempo da enxada ?
E que tal voltarmos a comunicar por telex em vez de email ?
Modernices que só servem para acabar com o posto de trabalho das pessoas (e com os direitos adquiridos).
Elias Escreveu:não sou contra a existência de uma lei laboral (da tua lei de três pontos apenas comentei um deles), mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...
Quanto aos outros pontos, número de horas, por exemplo: de que serve uma lei se ninguém a cumprir? É o que acontece cá no que se refere ao número de horas de trabalho...
Que leis laborais considerarias benéficas? Um exemplo chega.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:Elias Escreveu:Não achas que seria um mundo muito melhor e que deixaria de haver desempregados porque havia ocupação para toda a gente?
E então os programadores de software e construtores do hardware desse equipamento todo que permite a substituição do homem por máquinas nessas tarefas específicas? Iam para o desemprego.
Eu sei que a tua pergunta é retórica...
Claro que a pergunta é retórica. A sociedade evolui, há funções que desaparecem, há outras que surgem, estamos em constante mudança. Eu sei que a extinção dos portageiros parece quase criminosa, mas é apenas mais uma função que é substituída por máquinas, à semelhança de tantas outras que já o foram no passado.
Eu só queria mesmo era perceber o que é que o ferradura defende...

- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:Não achas que seria um mundo muito melhor e que deixaria de haver desempregados porque havia ocupação para toda a gente?
E então os programadores de software e construtores do hardware desse equipamento todo que permite a substituição do homem por máquinas nessas tarefas específicas? Iam para o desemprego.
Eu sei que a tua pergunta é retórica...

"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:Coloquei três restrições Elias. E de preferência a uma escala global.
Mas não me acuses de ser intervencionista por isso. LOL...
O nosso código laboral julgo ter cerca de 300 artigos. O meu código laboral seria, com certeza, o mais minimalista do mundo.
E tu, defendes simplesmente a abolição de qualquer lei laboral? LOL Mudasti... mudasti...
Lol, migluso, eu não mudei nada... sou a favor dos mercados livres... não sou contra a existência de uma lei laboral (da tua lei de três pontos apenas comentei um deles), mas não acredito nos efeitos benéficos de um salário mínimo, que na minha óptica introduz uma distorção no mercado que prejudica o emprego. Não é por acaso que os países onde se ganha melhor são aqueles onde não há salário mínimo...
Quanto aos outros pontos, número de horas, por exemplo: de que serve uma lei se ninguém a cumprir? É o que acontece cá no que se refere ao número de horas de trabalho...
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:ferradura, diz-me lá uma coisa: se a Brisa abrisse vagas para portageiro, tu estarias disponível para ocupar essa função? Se sim, em que condições?
ferradura, ainda mais umas perguntas para ti:
- o que achas de acabarmos com os obliteradores nos autocarros e voltarmos a ter os velhos cobradores de bilhetes, não só nos autocarros mas em todos os transportes públicos, já viste os milhares de empregos que se criavam?
- o que achas de acabar com as declarações electrónicas de IRS e abrir mais balcões das finanças para dar emprego a mais funcionários que iriam receber essas declarações?
- o que achas de acabar com a rede multibanco e obrigar os bancos a contratar milhares de funcionários para todo o tipo de operações, a começar pelos levantamentos de dinheiro, que teriam todos de ser feitos ao balcão, nas horas de expediente?
- o que achas de acabar com as máquinas de pagamento nos parques de estacionamento e obrigar toda a gente a fazer fila na caixa para pagar, pelo menos arranjávamos mais uns milhares de postos de trabalho
- e por fim o que pensas da ideia de proibir as ligações automáticas para extensões telefónicas nas empresas e obrigar todas as chamadas a passar por centrais manuais para dar emprego a milhares de telefonistas?
Não achas que seria um mundo muito melhor e que deixaria de haver desempregados porque havia ocupação para toda a gente?

- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
O nosso problema são a classe trabalahdora, despedir !!!
Este é o título do tópico.
Este título desvirtua à partida uma discussão que se pretende séria e sem demagogia.
O problema não é a classe trabalhadora, como aliás os emigrantes bem o provam. O problema é das leis.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
AutoMech Escreveu:Por acaso são quase 700. Há uns tempos li um artigo sobre a comparação das leis laborais na europa e o nosso código era dos mais extensos. Em espanha, salvo erro, tinha pouco mais de 200 artigos (perto disso tem o nosso código do processo de trabalho).
Os outros não pensam nas coisas e depois é uma barafunda. Nós não, fazemos as coisas como deve ser para as coisas andarem rápido e sem dúvidas
LOL, pois é... 700 artigos... Cambada de burocratas, adoram burocracia...
E ainda há um código do processo de trabalho?!? Nem sabia... Qual será a utilidade? Alguém sabe? Por favor, caso não saibam, dispensem a consulta por minha causa.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: carlosdsousa, Esquinas3, Google [Bot], Goya777, HFCA, JUKIMSUNG, m-m, malakas, Manchini888, MarketGodzilla, Mr.Warrior, navaldoc, OCTAMA, Olhar Leonino, peterteam2, Shimazaki_2, silva_39, tami, trilhos2006, TTM62 e 230 visitantes