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Caldeirão da Bolsa

O nosso problema são a classe trabalahdora, despedir !!!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Automech » 1/12/2010 0:58

e-finance Escreveu:Lojas de cadeias diferentes, no final do contrato saem.


Ora aí está e-finance. Só nos dás razão.

Se tu fosses dono duma loja mandavas um bom funcionário embora ? Só um mentecapto é que faria uma coisa dessas.... a não ser que, findo o contrato, tivesses de ficar com a pessoa para a vida.
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por e-finance » 1/12/2010 0:56

AutoMech Escreveu:
e-finance Escreveu:
Posso te dar o exemplo de shoppings em que as vendedoras rodam de loja para loja, não são más, mas há excesso de oferta, tal como refere o Elias. E quando atingem uma certa idade rodam para fora do shopping, pelo menos como força de trabalho.


Rodam de loja para loja, dentro da mesma cadeia ou porque são despedidas ?


Lojas de cadeias diferentes, no final do contrato saem.
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por Automech » 1/12/2010 0:55

migluso Escreveu:A falsa pretensão do Estado em proteger, e só prejudica.

Outra situação, quantas pessoas estarão na situação de desemprego, provavelmente pessoas mais capazes, aptas e motivadas a trabalhar, e não o conseguem porque a potencial empresa empregadora não pode despedir o actual ocupante do cargo e substituí-lo por outra pessoa?
Afinal, o Estado protege um em prejuízo de outro? Com que legitimidade? E com que custos para a empresa?



Isto é, aliás, a extensão ao mercado de trabalho do que já vemos nas escolas, onde o focus vai todo para o tipo, coitadinho, que tem más notas porque se está nas tintas para a escola.

Em Portugal nivelamos por baixo, de forma a promover a mediocridade. Nunca a excelência.
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por migluso » 1/12/2010 0:48

AutoMech Escreveu:O que acontece hoje é que, sim senhor, há rotação. Porquê ? Porque ao acabar o limite das renovações e contratos eles não querem ficar com efectivos.

Tás a ver como a legislação não protege estes desgraçados ?


AutoMech, SL

Ora nem mais. Esta situação é tão verdadeira e recorrente, infelizmente.

A falsa pretensão do Estado em proteger, e só prejudica.

Outra situação, quantas pessoas estarão na situação de desemprego, provavelmente pessoas mais capazes, aptas e motivadas a trabalhar, e não o conseguem porque a potencial empresa empregadora não pode despedir o actual ocupante do cargo e substituí-lo por outra pessoa?
Afinal, o Estado protege um em prejuízo de outro? Com que legitimidade? E com que custos para a empresa?
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por Automech » 1/12/2010 0:47

e-finance Escreveu:
Posso te dar o exemplo de shoppings em que as vendedoras rodam de loja para loja, não são más, mas há excesso de oferta, tal como refere o Elias. E quando atingem uma certa idade rodam para fora do shopping, pelo menos como força de trabalho.


Rodam de loja para loja, dentro da mesma cadeia ou porque são despedidas ?
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por Automech » 1/12/2010 0:45

migluso Escreveu:
O nosso código laboral julgo ter cerca de 300 artigos. O meu código laboral seria, com certeza, o mais minimalista do mundo.

cumps


Por acaso são quase 700. Há uns tempos li um artigo sobre a comparação das leis laborais na europa e o nosso código era dos mais extensos. Em espanha, salvo erro, tinha pouco mais de 200 artigos (perto disso tem o nosso código do processo de trabalho).

Os outros não pensam nas coisas e depois é uma barafunda. Nós não, fazemos as coisas como deve ser para as coisas andarem rápido e sem dúvidas :mrgreen:
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por e-finance » 1/12/2010 0:44

AutoMech Escreveu:
e-finance Escreveu:Isso depende de sector para sector, nos que exigem menos qualificações a rotação é elevada e não é pela incompetência do trabalhador.


Então vais ter de me explicar.

Vamos dar um exemplo: caixa de supermercado (presumo que seja uma função das que referes que exigem poucas qualificações).

Qual a lógica de despedir quando se tem um bom funcionário ? Vai-se arriscar a contratar outro, desconhecido e ter custos de formação ?

O que acontece hoje é que, sim senhor, há rotação. Porquê ? Porque ao acabar o limite das renovações e contratos eles não querem ficar com efecctivos.

Tás a ver como a legislação não protege estes desgraçados ?


Posso te dar o exemplo de shoppings em que as vendedoras rodam de loja para loja, não são más, mas há excesso de oferta, tal como refere o Elias. E quando atingem uma certa idade rodam para fora do shopping, pelo menos como força de trabalho.
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por Elias » 1/12/2010 0:44

e-finance Escreveu:Elias isso é demagogia, uma coisa é ter uma vida decente (+/-750€ com o custo de vida actual) outra é querer ter vida de luxo(5000€)


Claro que é demagogia. Mas tu é que começaste - os 750 são um valor tão válido como outro qualquer. Claro que os 5000 euros são exagerados, mas porque não 900 ou 1000? E já agora que tal começar por obrigar o Estado a pagar esses salários que defendes e que se dane o défice e as contas publicas?

ferradura Escreveu:Vou vos contar uma história:

Era uma vez 200 trabalhadores, zelosos e simpaticos e dedicados, mas porque a empresa quer ter mais lucros a ganacia obrigou a mandar para o desemprego 200 pessoas....e falo da BRISA.

Ou seja, pouco importa se eles atendiam bem os clientes ou não, é chutu no rabo e acabou, o que importa é o accionista e o dinheiro para meio duzia.

Familias e crianças com fome? pouco importa...e depois não venham com historia do banco alimentar, pura hipocrisia portuguesa.

O que isto tem haver com fazer bem ou mal o seu trabalho ?

As empresas e principalmente os serviços vitais (que já existiam como estatal), autoestradas, telecomunicações, banca energia etc, deveia ser proibido despedimento apenas para JUSTIFICAR MAIS LUCROS.


ferradura, diz-me lá uma coisa: se a Brisa abrisse vagas para portageiro, tu estarias disponível para ocupar essa função? Se sim, em que condições?

E diz-me lá outra coisa: és a favor do mercado livre ou do planeamento central?
 
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por migluso » 1/12/2010 0:35

Elias Escreveu:Mas nota que isto é diametralmente oposto ao que escreveste no post anterior em que defendes um salário mínimo por hora (uma tal restrição já está a minar a liberdade negocial).


Coloquei três restrições Elias. E de preferência a uma escala global.

Mas não me acuses de ser intervencionista por isso. LOL...

O nosso código laboral julgo ter cerca de 300 artigos. O meu código laboral seria, com certeza, o mais minimalista do mundo.

E tu, defendes simplesmente a abolição de qualquer lei laboral? LOL Mudasti... mudasti...

cumps
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por ferradura » 1/12/2010 0:35

Vou vos contar uma história:

Era uma vez 200 trabalhadores, zelosos e simpaticos e dedicados, mas porque a empresa quer ter mais lucros a ganacia obrigou a mandar para o desemprego 200 pessoas....e falo da BRISA.

Ou seja, pouco importa se eles atendiam bem os clientes ou não, é chutu no rabo e acabou, o que importa é o accionista e o dinheiro para meio duzia.

Familias e crianças com fome? pouco importa...e depois não venham com historia do banco alimentar, pura hipocrisia portuguesa.

O que isto tem haver com fazer bem ou mal o seu trabalho ?

As empresas e principalmente os serviços vitais (que já existiam como estatal), autoestradas, telecomunicações, banca energia etc, deveia ser proibido despedimento apenas para JUSTIFICAR MAIS LUCROS.
 
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por Automech » 1/12/2010 0:34

e-finance Escreveu:Isso depende de sector para sector, nos que exigem menos qualificações a rotação é elevada e não é pela incompetência do trabalhador.


Então vais ter de me explicar.

Vamos dar um exemplo: caixa de supermercado (presumo que seja uma função das que referes que exigem poucas qualificações).

Qual a lógica de despedir quando se tem um bom funcionário ? Vai-se arriscar a contratar outro, desconhecido e ter custos de formação ?

O que acontece hoje é que, sim senhor, há rotação. Porquê ? Porque ao acabar o limite das renovações e contratos eles não querem ficar com efecctivos.

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por e-finance » 1/12/2010 0:33

Elias Escreveu:
e-finance Escreveu:Em grande parte concordo contigo, só defendo um salário mínimo considerávelmente mais elevado que o actual uns 750€.


Nessa linha de raciocínio, eu defendo um salário mínimo de 5000 euros. Ficaremos todos a viver bem melhor e eu posso ter o carro com que sempre sonhei. Nada de nos vergarmos ao grande capital e aos grupos económicos!!!! Os ricos que paguem a crise :lol:


Elias isso é demagogia, uma coisa é ter uma vida decente (+/-750€ com o custo de vida actual) outra é querer ter vida de luxo(5000€)
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por Elias » 1/12/2010 0:31

e-finance Escreveu:Isso depende de sector para sector, nos que exigem menos qualificações a rotação é elevada e não é pela incompetência do trabalhador.


Pois não. É pelo excesso de oferta.

O nosso problema é exactamente esse: somos um país de mão-de-obra pouco qualificada. Por outras palavras, há falta de trabalhadores especializados.
 
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por Elias » 1/12/2010 0:29

migluso Escreveu:Na minha opinião o prazo do contrato de trabalho, bem como os prazos para despedimento deveriam ser negociados numa base individual, isto é, entre cada trabalhador e empregador. Há acordo, há. Não há, cada um vai à sua vida. Há acordo mas depois não há cumprimento, o prevaricador assume a devida penalização.
Seríamos todos treinadores de futebol. :)


migluso eu concordo com tudo o que aqui escreveste.

Mas nota que isto é diametralmente oposto ao que escreveste no post anterior em que defendes um salário mínimo por hora (uma tal restrição já está a minar a liberdade negocial).
 
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por e-finance » 1/12/2010 0:28

AutoMech Escreveu:
e-finance Escreveu:E contratos de trabalho nunca inferiores a 1 ano, menos que isso o trabalhador passa meio ano a trabalhar e outro meio a procurar trabalho, para ir às entrevistas gasta-se dinheiro que pode não se ter no momento.

Cumps.


Esta forma de pensar é que me assusta. 1 ano porquê ? Os contratos para mim não devem ter termo nenhum.
Se o trabalhador foi despedido ao fim de 2 meses é porque não servia à empresa, certo ?
Ou se for bom achas que a empresa o vai despedir ?


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por migluso » 1/12/2010 0:26

e-finance Escreveu:Em grande parte concordo contigo, só defendo um salário mínimo considerávelmente mais elevado que o actual uns 750€. E contratos de trabalho nunca inferiores a 1 ano, menos que isso o trabalhador passa meio ano a trabalhar e outro meio a procurar trabalho, para ir às entrevistas gasta-se dinheiro que pode não se ter no momento.

Cumps.


Na minha opinião o prazo do contrato de trabalho, bem como os prazos para despedimento deveriam ser negociados numa base individual, isto é, entre cada trabalhador e empregador. Há acordo, há. Não há, cada um vai à sua vida. Há acordo mas depois não há cumprimento, o prevaricador assume a devida penalização.
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por Elias » 1/12/2010 0:24

e-finance Escreveu:Em grande parte concordo contigo, só defendo um salário mínimo considerávelmente mais elevado que o actual uns 750€.


Nessa linha de raciocínio, eu defendo um salário mínimo de 5000 euros. Ficaremos todos a viver bem melhor e eu posso ter o carro com que sempre sonhei. Nada de nos vergarmos ao grande capital e aos grupos económicos!!!! Os ricos que paguem a crise :lol:
 
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por Automech » 1/12/2010 0:22

e-finance Escreveu:E contratos de trabalho nunca inferiores a 1 ano, menos que isso o trabalhador passa meio ano a trabalhar e outro meio a procurar trabalho, para ir às entrevistas gasta-se dinheiro que pode não se ter no momento.

Cumps.


Esta forma de pensar é que me assusta. 1 ano porquê ? Os contratos para mim não devem ter termo nenhum.
Se o trabalhador foi despedido ao fim de 2 meses é porque não servia à empresa, certo ?
Ou se for bom achas que a empresa o vai despedir ?
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por e-finance » 1/12/2010 0:15

Em grande parte concordo contigo, só defendo um salário mínimo considerávelmente mais elevado que o actual uns 750€. E contratos de trabalho nunca inferiores a 1 ano, menos que isso o trabalhador passa meio ano a trabalhar e outro meio a procurar trabalho, para ir às entrevistas gasta-se dinheiro que pode não se ter no momento.

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por migluso » 1/12/2010 0:12

A lei laboral geral, na minha opinião, não necessitaria de mais de 3 artigos:
1.º - Idade mínima para trabalhar
2.º - Fixação de um rendimento mínimo por hora
3.º - Fixação do n.º máximo de horas de trabalho, flexível, numa base diária, semanal e mensal.

Aqueles valores deveriam ser fixados no âmbito da Organização Mundial do Trabalho e da Organização Mundial do Comércio e deveriam variar de país para país de acordo com critérios a definir, que salvaguardassem a competitividade das economias e favorecessem a dignidade humana. O objectivo passaria por uma convergência gradual e contínua daqueles valores à escala global.

As restantes leis, de carácter mais técnico como as de higiene, saúde e segurança no trabalho seriam fixadas entre as associações patronais e as associações de trabalhadores.

Honestamente, não vejo mais nenhuma lei que possa beneficiar a classe trabalhadora como um todo.

Não sei se a regulação do acesso ao fundo de desemprego e às baixas por motivos de saúde se faz no código laboral, mas já agora, aproveito para dizer que sou a favor de um mecanismo de protecção dos desempregados e dos doentes.
O princípio teria que passar por este mecanismo não desvirtuar o mercado de trabalho incentivando o seu abuso, como sempre aconteceu em Portugal. Parece que isto está, finalmente, a mudar.

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por Automech » 1/12/2010 0:09

e-finance Escreveu: O facto de ter uma espada permanente no pescoço também não o vai beneficiar em nada, alguma estabilidade ajuda todos.


Estabilidade é poderes ser despedido hoje sabendo que, fruto das tuas capacidades, terás a oportunidade de estar a trabalhar já amanhã.

É isso que a legislação actual impede: protege, não os bons trabalhadores, mas sim os mediocres que ocupam o lugar que, muitas vezes, não merecem.
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por Elias » 1/12/2010 0:01

e-finance Escreveu:Mas não posso concordar com um salário mínimo que não garanta a sobrevivência do trabalhador de forma digna


A subjectividade deste argumento é de tal forma grande que se torna impossível definir um valor que dê dignidade (o que é digno para uns pode não o ser para outros).

Aliás, convém não esqueceres que muitos empregos são ocupados por imigrantes, basicamente porque os portugueses não querem esses empregos (seja porque os acham indignos ou pouco prestigiantes, seja porque consideram que são mal pagos); a verdade é que enquanto houver pessoas dispostas a fazer um determinado trabalho pelo valor que é oferecido, os ordenados correspondentes a esses empregos dificilmente subirão. Isto é verdade sobretudo para os trabalhadores não especializados.

Os salários que realmente sobem são os dos trabalhadores especializados. E porquê? Porque esses trabalhadores são muito mais difíceis de substituir, logo os empregadores pagam melhor para reterem esses trabalhadores.
 
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por Pata-Hari » 30/11/2010 23:57

Mas, e-finance, a corda na garganta evita-se tornando os trabalhadores mais produtivos. E isso faz-se ou via educação ou via investimento nos outros meios produtivos. Enquanto individuo, enquanto trabalhador, só consegues ter algum controle da primeira, da tua própria valorização.

Nota que aceitares não receber dois meses de ordenado é exactamente igual a aceitares redução do ordenado quer seja mínimo, quer seja algo de diferente.
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por e-finance » 30/11/2010 23:52

Eu compreendo a tua posição e em parte até concordo, até te digo que não chocaria se cortassem o subsidio de Natal e de férias, porque razão receber 14 e trabalhar 12? Mas não posso concordar com um salário mínimo que não garanta a sobrevivência do trabalhador de forma digna, se assim não for o trabalhador também não vai produzir. O facto de ter uma espada permanente no pescoço também não o vai beneficiar em nada, alguma estabilidade ajuda todos.
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por Pata-Hari » 30/11/2010 23:49

E face á situação actual, não se entende como não exigimos de imeditato que venham uns senhores munidos de camisas brancas de mangas muito compridas e não levam para um buraco muito fundo gente que faz este tipo de afirmações:

Sócrates
Governo português "não precisa de sugestões de ninguém" na reforma no mercado de trabalho
30 Novembro 2010 | 22:02

Primeiro-ministro afirmou que o Governo português "não precisa de sugestões de ninguém", quando confrontado com a notícia do Negócios, de que a Comissão Europeia recomenda que Portugal baixe os custos de despedimento.
O primeiro-ministro negou hoje que o Governo pretenda flexibilizar os despedimentos, contrapondo que a intenção do diálogo com os parceiros sociais é aplicar de forma "exequível" e "pragmática" a reforma do Código Laboral de 2008.

José Sócrates falava aos jornalistas após estar reunido em São Bento, em Lisboa, com representantes das 11 maiores empresas exportadoras instaladas em Portugal.

Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro negou a existência de qualquer tipo de pressão da Comissão Europeia para que Portugal flexibilize os despedimentos e procurou esclarecer qual o alcance das reuniões que terá com os parceiros sociais sobre o mercado de trabalho.

"Com os parceiros sociais, o Governo quer fazer uma discussão por forma a que se defina melhor -- e de forma pragmática, em função dos resultados -- a aplicação das reformas que fizemos em 2008 no Código Laboral. É disso que estamos a falar", contrapôs José Sócrates.

De acordo com o primeiro-ministro, Portugal "precisa de agir" no mercado laboral.

"Para que todos os que se encontram no desemprego regressem o mais rapidamente possível ao trabalho e para que as nossas empresas tenham melhores condições de competitividade", sustentou.

Melhorar as condições de regresso ao trabalho de todos aqueles que estão desempregados

Confrontado com a posição de Bruxelas de que Portugal deverá baixar os custos dos despedimentos, José Sócrates disse que o Governo português "não precisa de sugestões de ninguém".

O Governo português deve rever a definição de despedimento por justa causa e reduzir “substancialmente” as indemnizações que as empresas têm que suportar quando despedem um trabalhador.

Estas são algumas das recomendações concretas da Comissão Europeia para “aumentar a flexibilidade” do mercado de trabalho e “evitar” a discrepância entre os níveis de protecção garantidos a quem tem um contrato a termo e a quem está no quadro, afirmou hoje ao Negócios o porta-voz do Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn.

"Se essa sugestão [de baixar os custos do despedimento] existiu, digo que o nosso caminho faz-se exactamente como anunciei logo quando acabou a discussão do Orçamento do Estado para 2011. No domínio do mercado laboral, o Governo vai tomar medidas em diálogo com os sindicatos e empresários por forma a melhorar as condições de regresso ao trabalho de todos aqueles que estão desempregados", insistiu.

Para José Sócrates, ao contrário da ideia de facilitar os despedimentos, o Governo pretende "facilitar o emprego e o trabalho".

"Vamos também agir para tornar mais exequíveis todas as mudanças que fizemos no Código Laboral, tendo em vista que tenham um reflexo mais rápido na aplicação concreta", acrescentou.

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