O nosso problema são a classe trabalahdora, despedir !!!
e-finance, por definição o trabalhador irá para onde for melhor pago. Por definição o empregador procurará o empregado que mais lhe render dado o ordenado que lhe paga (se o puder fazer). O equilibrio é encontrado naturalmente por essa via. Tu mudarás de emprego até encontrares um onde te pagam ao máximo da tua capacidade ou ambição e o empregador deveria poder mudar de empregado até encontrar os que mais lhe produzirem para o mesmo custo. As regras impostas distorcem o equilibrio.
Isto não é impeditivo de teres um estado mais social que te garanta condições de sobrevivência se fores incapaz de gerar rendimento. Mas esse estado só existe se houver riqueza a partilhar porque "ninguém distribui o que não tem". E a riqueza vem só e apenas da produção maximizada pelos agentes.
E, no teu caso, eu acharia que faria sentido ver-te exigir meios para valeres mais no mercado em vez de exigires que te paguem mais. A revolução que acredito que faz sentido fazermos, é a da exigência. Exije que se criem meios de tornar a população produtiva: via educação, por exemplo e no caso de cada um de nós. Exije que te possam despedir para que alguém aceite correr o risco de te contratar. Não exijas que te ofereçam o que não há. Pede a cana e não o peixe.
Isto não é impeditivo de teres um estado mais social que te garanta condições de sobrevivência se fores incapaz de gerar rendimento. Mas esse estado só existe se houver riqueza a partilhar porque "ninguém distribui o que não tem". E a riqueza vem só e apenas da produção maximizada pelos agentes.
E, no teu caso, eu acharia que faria sentido ver-te exigir meios para valeres mais no mercado em vez de exigires que te paguem mais. A revolução que acredito que faz sentido fazermos, é a da exigência. Exije que se criem meios de tornar a população produtiva: via educação, por exemplo e no caso de cada um de nós. Exije que te possam despedir para que alguém aceite correr o risco de te contratar. Não exijas que te ofereçam o que não há. Pede a cana e não o peixe.
Pata-Hari Escreveu:E dou-te outro exemplo do efeito do salário minimo: achas que um trabalhador prefere ser despedido por falência da empresa ou aceitar ganhar ligeiramente abaixo do seu ordenado, mínimo, se tal for o caso?
Ser despedido por falência da empresa porque vai ganhar mais no fundo de desemprego. É a decisão óptima e racional do trabalhador.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
E dou-te outro exemplo do efeito do salário minimo: achas que um trabalhador prefere ser despedido por falência da empresa ou aceitar ganhar ligeiramente abaixo do seu ordenado, mínimo, se tal for o caso?
Pata, quando o salário mínimo não cobre as despesas de sobrevivência o trabalhador deixa de trabalhar e vai arranjar alternativas, sejam elas, roubar, emigrar...
Posso te dar o meu exemplo. Estou deslocado da minha terra a trabalhar, e em gastos mínimos que não posso cortar, gasto mais que o salário mínimo, nem estou a contar com eventuais imprevistos, pelo salário mínimo pura e simplesmente não estava a trabalhar deslocado de casa dos pais.
Cumps.
Don't run a race that doesn't have a finish line.
Turney Duff
Turney Duff
Olha, e a propósito disso, cito o Sérgio Figueiredo:
"Ninguém distribui o que não tem"
A afirmação encerra em si própria uma verdade inquestionável: quem não prospera só pode ter um encontro marcado com a pobreza e o definhamento a longo prazo.
Esta é uma daquelas previsões que até os economistas podem fazer sem errar. Sucede que ao fim de dez anos de estagnação, para Portugal o longo prazo já passou. Dito de outra forma, já não estamos no domínio da previsão, mas da constatação.
Acho imensa graça a este tipo de argumentos:
E desde quando a nossa mão de obra é qualificada? desde quando é que produzimos tanto quanto os alemães? e desde quando é pecado mortal substituir um trabalhador por outro que rende mais? não penses que os empresários são atrasados mentais e que substituem um empregado por outro que ganha metade se este não produzir mais do que essa metade. O drama de portugal é ter gente pouco qualificada/pouco produtiva a ganhar ordenados de gente produtiva. Se a melhoria passar por despedir e ajustar o ordenado à produção, so be it. É exactamente isso que está na ordem do dia e que nos levou onde estamos. É exactamente essa a razão de de todos os dedos que nos são apontados pela europa "pagante", pelo FMI, UE, toda a gente.
E dou-te outro exemplo do efeito do salário minimo: achas que um trabalhador prefere ser despedido por falência da empresa ou aceitar ganhar ligeiramente abaixo do seu ordenado, mínimo, se tal for o caso?
Por isso se uma medida dessas viesse, pode ter a certeza que muitos dos que aqui estão seriam despedidos e substituidos por gente menos qualificada...e mais barata...
E desde quando a nossa mão de obra é qualificada? desde quando é que produzimos tanto quanto os alemães? e desde quando é pecado mortal substituir um trabalhador por outro que rende mais? não penses que os empresários são atrasados mentais e que substituem um empregado por outro que ganha metade se este não produzir mais do que essa metade. O drama de portugal é ter gente pouco qualificada/pouco produtiva a ganhar ordenados de gente produtiva. Se a melhoria passar por despedir e ajustar o ordenado à produção, so be it. É exactamente isso que está na ordem do dia e que nos levou onde estamos. É exactamente essa a razão de de todos os dedos que nos são apontados pela europa "pagante", pelo FMI, UE, toda a gente.
E dou-te outro exemplo do efeito do salário minimo: achas que um trabalhador prefere ser despedido por falência da empresa ou aceitar ganhar ligeiramente abaixo do seu ordenado, mínimo, se tal for o caso?
Concordo, mas sabe muito bem que cá em Portugal as coisas não funcionam assim.
Basta ver o ruido em volta de um ordenado minimo de 500 €.
Por acaso aqui alguem era capaz de sobreviver com 500 € ?
Com um bocado de sorte só em infantário é quase isso.
Vou dar um exemplo:
Imaginem uma Sonae, ou uma Jeronimo Martins ou uma EDP ou uma PT ou um conjunto alargado de PME.
Se pensassem em produtividade, então criavam redes próprias (ou transporte) para os filhos dos colaboradores.
Isso era um gigantesco incremento de produtividade, pois eram horas que deixava-se de perder para ir deixar as crianças no infantário.Além disso mesmo que o colabodor pagasse poderia-se obter um custo muito menor.
Isso significava menos encargos financeiros e aumento de produtividade.
Isto é um exemplo.
Por isso se uma medida dessas viesse, pode ter a certeza que muitos dos que aqui estão seriam despedidos e substituidos por gente menos qualificada...e mais barata...
Basta ver o ruido em volta de um ordenado minimo de 500 €.
Por acaso aqui alguem era capaz de sobreviver com 500 € ?
Com um bocado de sorte só em infantário é quase isso.
Vou dar um exemplo:
Imaginem uma Sonae, ou uma Jeronimo Martins ou uma EDP ou uma PT ou um conjunto alargado de PME.
Se pensassem em produtividade, então criavam redes próprias (ou transporte) para os filhos dos colaboradores.
Isso era um gigantesco incremento de produtividade, pois eram horas que deixava-se de perder para ir deixar as crianças no infantário.Além disso mesmo que o colabodor pagasse poderia-se obter um custo muito menor.
Isso significava menos encargos financeiros e aumento de produtividade.
Isto é um exemplo.
Por isso se uma medida dessas viesse, pode ter a certeza que muitos dos que aqui estão seriam despedidos e substituidos por gente menos qualificada...e mais barata...
Pata-Hari Escreveu:ferradura, diz-me que incentivo tem alguém para correr o risco de empregar alguém se sabe que ao contrário de um casamento, dar emprego a alguém é mesmo um compromisso para a vida? só se se for suicida. Nos estados unidos salta-se de emprego em emprego com a maior das facilidades e o resultado disso é que existe emprego porque o risco de empregar gente é pequeno. De facto este é um exemplo perfeito de uma situação em que só mesmo conhecendo outra realidade é que se entende plenamente o como as coisas podem funcionar muitissimo bem de outros modos.
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
Pata-Hari Escreveu:ferradura, diz-me que incentivo tem alguém para correr o risco de empregar alguém se sabe que ao contrário de um casamento, dar emprego a alguém é mesmo um compromisso para a vida? só se se for suicida. Nos estados unidos salta-se de emprego em emprego com a maior das facilidades e o resultado disso é que existe emprego porque o risco de empregar gente é pequeno. De facto este é um exemplo perfeito de uma situação em que só mesmo conhecendo outra realidade é que se entende plenamente o como as coisas podem funcionar muitissimo bem de outros modos.
Esta é, aliás, a principal razão para os esquemas que vemos, desde os falsos recibos verdes, aos sucessivos contratos a termo que nunca mais acabam.
Para não falar noutros expedientes como sejam enfiar alguém numa sala vazia e deixá-lo lá 8 horas por dia até dar em maluco.
É incompreensivel que em Portugal um empresário (que tem o seu capital em risco e criou emprego, é bom lembrar) não possa gerir livremente os seus recursos humanos, chegando a ter de aguentar um trabalhador que decidiu deixar de produzir (e quem pensar o contrário é ingénuo e foi intoxicado pelo discurso dos sindicatos, PCP e BE).
É certo que o nível dos nossos empresários deixa muito a desejar, mas a legislação laboral que temos é a pior inimiga dos bons trabalhadores.
ferradura, diz-me que incentivo tem alguém para correr o risco de empregar alguém se sabe que ao contrário de um casamento, dar emprego a alguém é mesmo um compromisso para a vida? só se se for suicida. Nos estados unidos salta-se de emprego em emprego com a maior das facilidades e o resultado disso é que existe emprego porque o risco de empregar gente é pequeno. De facto este é um exemplo perfeito de uma situação em que só mesmo conhecendo outra realidade é que se entende plenamente o como as coisas podem funcionar muitissimo bem de outros modos.
O nosso problema são a classe trabalahdora, despedir !!!
Fico muito feliz por saber que afinal o grande mal por cá não são a falta de estratégia da industria nacional, nem a falta de empresário a sério, nem de governo intelectualmente capazes e inteligentes.
O problema são os contratos de efectividade, e as indemenizações.
Penso ser vergonhoso,
pois isso é a única garantia que hoje não atira para o desemprego milhoes de pessoas (e não contrata as mesmas ou outras por um ordenado e condições MUITO piores).
Penso que estamos a abrir caminho para uma gigantesca convulsão em Portugal, pois se comecam despedimentos em massa vai ser o caos.
Acho por cá aona tudo parvo, pois mal se ouve falar nesta crise, mas quando cá cair o FMI, é que vamos ver...
O problema são os contratos de efectividade, e as indemenizações.
Penso ser vergonhoso,
pois isso é a única garantia que hoje não atira para o desemprego milhoes de pessoas (e não contrata as mesmas ou outras por um ordenado e condições MUITO piores).
Penso que estamos a abrir caminho para uma gigantesca convulsão em Portugal, pois se comecam despedimentos em massa vai ser o caos.
Acho por cá aona tudo parvo, pois mal se ouve falar nesta crise, mas quando cá cair o FMI, é que vamos ver...
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: acintra, cmsbarros, Google [Bot], Goya777, latbal, lito, m-m, malakas, Manchini888, Minsk, Mr.Warrior, nunorpsilva, OCTAMA, Rafael Abreu, trilhos2006 e 177 visitantes