"A ajuda da Alemanha tem limites"
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yabadoo Escreveu:mais_um Escreveu:yabadoo Escreveu:Sim, mas deram-nos esse dinheiro a troco de destruirmos a nossa industria.
Só podes estar a brincar, quem destruiu "alguma" da nossa industria foram os portugueses, com as nacionalizações e a má gestão. Até parece que eramos um país industrializado....
Verdade, mas lembra-te também por exemplo do tamanho da nossa frota pesqueira dantes e agora.
E? sabes quais são os motivos para essa diminuição? E será só a portuguesa?
http://ec.europa.eu/fisheries/documenta ... eet_pt.pdf
http://www.sra.pt/files/PROMAR/PO_PESCA ... 7_2013.pdf
Como é habitual há muita desinformação e demagogia, que umas vezes é explorada pelos governos, outras pela oposição e outras por grupos de interesses e no meio sacrifica-se a verdade dos factos.....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:yabadoo Escreveu:Sim, mas deram-nos esse dinheiro a troco de destruirmos a nossa industria.
Só podes estar a brincar, quem destruiu "alguma" da nossa industria foram os portugueses, com as nacionalizações e a má gestão. Até parece que eramos um país industrializado....
Verdade, mas lembra-te também por exemplo do tamanho da nossa frota pesqueira dantes e agora.
"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." (Fernando Pessoa)
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yabadoo Escreveu:Sim, mas deram-nos esse dinheiro a troco de destruirmos a nossa industria.
Só podes estar a brincar, quem destruiu "alguma" da nossa industria foram os portugueses, com as nacionalizações e a má gestão. Até parece que eramos um país industrializado....
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Fenicio Escreveu:Queres então tu dizer que foi "a" por (em primeiro lugar) nos terem dado o dinheiro e "b" por incompetência dos nossos sucessivos governos, é isso?
Sim, mas deram-nos esse dinheiro a troco de destruirmos a nossa industria.
O que a mim também me faz confusão é o discurso alemão ser que o grande problema está no defict dos países periféricos e depois aparecer uma Irlanda que fez o seu trabalho de casa e agora, de repente, está como está. Se calhar o problema é mais complicado do que a Alemanha diz. Aliás tenho a impressão que o próprio defict alemão era há bem pouco tempo bastante grande.
Por outro lado qual é o plano alemão ? Pôr todos os países menos fortes de mão estendida e depois ter de exportar para fora da UE ? Não parece fazer muito sentido mas enfim..
No meio disto tudo, saber se o discurso da Chanceller é ou não moralmente ajustado, é francamente o que menos me interessa.
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Queres então tu dizer que foi "a" por (em primeiro lugar) nos terem dado o dinheiro e "b" por incompetência dos nossos sucessivos governos, é isso?
Peço desculpas, yabadoo, mas não estou mesmo a conseguir seguir o teu raciocínio. Como é óbvio, percebo que os grandes capitalistas internacionais não são santos. Procuram apenas uma única coisa nesta vida: lucro! Acho que até este ponto estamos de acordo, mas não percebo o pq de estares praí a criticar a postura alemã de "sugerir" (repara que não foi um ultimato) que os países arregacem as mangas e trabalhem numa solução para os seus problemas.
Que acto tão pecaminoso foi este?

Peço desculpas, yabadoo, mas não estou mesmo a conseguir seguir o teu raciocínio. Como é óbvio, percebo que os grandes capitalistas internacionais não são santos. Procuram apenas uma única coisa nesta vida: lucro! Acho que até este ponto estamos de acordo, mas não percebo o pq de estares praí a criticar a postura alemã de "sugerir" (repara que não foi um ultimato) que os países arregacem as mangas e trabalhem numa solução para os seus problemas.
Que acto tão pecaminoso foi este?
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Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
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Fenicio Escreveu:yabadoo Escreveu:Fenicio Escreveu:yabadoo Escreveu:Fenicio Escreveu:O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
Isso é verdade, mas também é verdade que a Alemanha ganha por haverem países periféricos (e não peroféricos) onde se gasta mais do que se deve, já que, por um lado a procura interna alemã é relativamente fraca e por outro porque lhes permite aumentar as suas exportações para países com euros.
Ora essa, yabadoo, obviamente que ganha!Ou achas que a Alemanha mantém Portugal, Grécia, Irlanda e Cia. na Zona Euro por causa dos nossos lindos olhos azuis?
A questão que se discute aqui não passa nem perto disso. O que se discute aqui é: pq tanta crítica? O que os alemães fizeram de errado?
Volto a perguntar: estão a criticar a Alemanha por estar a dar dinheiro a países periféricos à beira da bancarrota e a pedir-lhes para "arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram"? É mesmo isto o que estão a criticar neste tópico?
PS.: yabadoo, não percebi o "(e não peroféricos)". Isto era para mim ou para algum outro post?
Fenício:
O que me parece é que não se pode pedir para arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram, o que em princípio é muito plausível, e por outro impor medidas nesses países que os estrangulam economicamente e os impedem por isso mesmo de resolver os problemas que identificaram.
Não percebi ao certo o que não percebeste na frase (e não perofericos) mas o que eu queria dizer era (e não periféricos)
WOW! Mas espera lá, em primeiro lugar, os problemas foram causados por quem?
Os problemas que enfrentamos hoje foram causados por:
a) Alemanha, França, Inglaterra e demais nações ricas da Europa;
b) Por incompetência dos nossos sucessivos governos.
Da tua resposta dependerá o meu próximo post.
Para mim a) e b) em simultaneo
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Fenicio Escreveu:MKlop Escreveu:(não sei como se faz a multi-citação, pelo que terá que ser assim)
Krupper: não concordo que tenha pago, porque depende muito do que se considera como retribuição face aos actos por eles praticados.
Fenicío: não julgo que esteja a baralhar; posso ter é feito uma observação muito alargada.
O que queria dizer é que no grande quadro da organização e história Europeia e Ocidental a Alemanha deveria ser mais humilde e diminuir de uma vez por todas o seu carácter expansionista, do qual padece fortemente desde o séc. XIX. As suas principais experiências políticas (e assim militares) e económicas resultaram num redondo falhanço com graves consequências para a Ocidentalidade.
Se não fossem os enormes apoios económicos e humanos que recebeu se calhar a obra "Bismarckiana" ter-se-ia desfeito para lá das mais diminutas tribos germânicas.
Assim, o que estava a sublinhar era que não são 40, 50 ou 100 anos que fazem uma Nação "ter-se ares de superioridade" (expressão tomada com muita liberdade...).
MKlop, estás a aplicar ao contexto político actual da Europa um argumento baseado na Europa pré segunda guerra mundial?
Os inúmeros problemas que a Europa enfrentava na primeira metade do século, quando isto tudo era um autêntico barril de pólvora (um inglês não podia olhar torto para um francês e era logo guerra), não são nem de perto e nem de longe semelhantes aos problemas que enfrentamos hoje.
Os problemas financeiros que países como a Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia & cia. estão a enfrentar são decorrentes de alguma guerra provocada pela Alemanha ou de alguma praga proveniente das (como referiste) "tribos germânicas"?
Penso que não.
O que a Alemanha pede é que os países façam melhor uso do dinheiro que os fundos europeus estão a disponibilizar desde há décadas. Onde é que está o grande pecado nisto?
Este teu argumento se aplicado à prática poderia se traduzir no governo português solicitar verbas ao governo alemão e, em contrapartida, fizêssemos o que bem entendêssemos com esta verba e se o governo alemão pedisse relatórios sobre a utilização destas verbas ou se sugerisse a sua aplicação em determinados sectores, ainda poderíamos dar como resposta um "metam-se na sua vida". Peço desculpas mas há aí qualquer coisa errada que não está certa.
Gostaria de saber (exactamente) o que é que está a ser criticado aqui. É o governo alemão ter sugerido uma melhor utilização das verbas? É terem dito isto?O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
Fenicio,
vou destrinçar o meu argumento, enumerando-o:
(1) Vi esta questão no âmbito da História Europeia e Ocidental desde a época Contemporânea (desde fins do séc. 18). Neste contexto é que disse que a Alemanha padece de um longo estado de espírito que a move indubitavelmente para uma postura expansionista. Como já não o pode fazer militarmente, fá-lo economica e políticamente.
(2) No mesmo âmbito, discordo quando dizes que a situação de hoje em dia nada tem a ver com a história da Alemanha e Europa: muitos dos problemas que hoje temos são fruto de um longo progresso (?) político e económico, e não surgiram assim de ontem para hoje. De facto, são quase o mesmo tipo de problemas do século XIX: a "tecnicidade" dos mesmos é que "evoluiu".
(3) Dadas as premissas do meu argumento (digo meu apenas porque o escrevi aqui, porque tudo isto já foi e continua a ser matéria analisada em diversos Institutos) o que queria dizer era que a Alemanha deveria ter maior parcimónia ao criticar duramente os países da União Europeia(o conceito de "pedir" é muito relativo nos meandros da política estrangeira). Mesmo sabendo-se que a Alemanha se tornou num dos criadores e motores da UE (o que nos leva de novo ao seu espírito expansionista).
Eu vejo estas dificuldades em que nos encontramos como uma "evolução" do grande quadro histórico ocidental e dos jogos de poder das diversas etnicidades em questão.
Não estou de modo nenhum a dizer que Portugal não esbanjou verbas que lhe foram entregues para investimento, nem que os países que as forneceram não nos devam fiscalizar. Apenas que de todos os contribuintes, a Alemanha deveria ter mais no "tom de voz" que usa.
Re: "A ajuda da Alemanha tem limites"
[quote="Lion_Heart"]"A ajuda da Alemanha tem limites"
25 Novembro 2010 | 15:34
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
"Os países da Zona Euro não podem contar indefinidamente com a ajuda da Alemanha para os resgatar das mãos dos investidores."
...Ai ai... e quem vai comprar os produtos alemães?
"Têm é de fazer mais e melhor na consolidação das suas contas públicas."
- Ainda a regra não foi aplicada e já temos algumas "excepções" à regra...
- A consolidação irêmos fazê-la sim , mas isso lá para o início do próximo ano... Antes disso, vamos comprar os presentes de Natal com o subsídio...
“A resposta não pode passar por fazer as coisas mais fáceis."
- Lá está este a complicar...Comprar presentes em época de Natal não é assim tão fácil!! As lojas estão cheias, muito trânsito, etc, etc.
"O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram”, insta Michael Meister."
- Com este frio??? Não devem estar bons da cabeça...
"Quem errou, diz, foram os sucessivos Governos nos países periféricos que não usaram o financiamento mais barato que lhes foi proporcionado pelo euro para fazer as respectivas economias mais competitivas."
- E quem não sabe disso? Este senhor acha que os portuguêses não sabem o que fazer ao dinheiro??
25 Novembro 2010 | 15:34
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
"Os países da Zona Euro não podem contar indefinidamente com a ajuda da Alemanha para os resgatar das mãos dos investidores."
...Ai ai... e quem vai comprar os produtos alemães?
"Têm é de fazer mais e melhor na consolidação das suas contas públicas."
- Ainda a regra não foi aplicada e já temos algumas "excepções" à regra...
- A consolidação irêmos fazê-la sim , mas isso lá para o início do próximo ano... Antes disso, vamos comprar os presentes de Natal com o subsídio...
“A resposta não pode passar por fazer as coisas mais fáceis."
- Lá está este a complicar...Comprar presentes em época de Natal não é assim tão fácil!! As lojas estão cheias, muito trânsito, etc, etc.
"O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram”, insta Michael Meister."
- Com este frio??? Não devem estar bons da cabeça...
"Quem errou, diz, foram os sucessivos Governos nos países periféricos que não usaram o financiamento mais barato que lhes foi proporcionado pelo euro para fazer as respectivas economias mais competitivas."
- E quem não sabe disso? Este senhor acha que os portuguêses não sabem o que fazer ao dinheiro??
yabadoo Escreveu:Fenicio Escreveu:yabadoo Escreveu:Fenicio Escreveu:O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
Isso é verdade, mas também é verdade que a Alemanha ganha por haverem países periféricos (e não peroféricos) onde se gasta mais do que se deve, já que, por um lado a procura interna alemã é relativamente fraca e por outro porque lhes permite aumentar as suas exportações para países com euros.
Ora essa, yabadoo, obviamente que ganha!Ou achas que a Alemanha mantém Portugal, Grécia, Irlanda e Cia. na Zona Euro por causa dos nossos lindos olhos azuis?
A questão que se discute aqui não passa nem perto disso. O que se discute aqui é: pq tanta crítica? O que os alemães fizeram de errado?
Volto a perguntar: estão a criticar a Alemanha por estar a dar dinheiro a países periféricos à beira da bancarrota e a pedir-lhes para "arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram"? É mesmo isto o que estão a criticar neste tópico?
PS.: yabadoo, não percebi o "(e não peroféricos)". Isto era para mim ou para algum outro post?
Fenício:
O que me parece é que não se pode pedir para arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram, o que em princípio é muito plausível, e por outro impor medidas nesses países que os estrangulam economicamente e os impedem por isso mesmo de resolver os problemas que identificaram.
Não percebi ao certo o que não percebeste na frase (e não perofericos) mas o que eu queria dizer era (e não periféricos)
WOW! Mas espera lá, em primeiro lugar, os problemas foram causados por quem?
Os problemas que enfrentamos hoje foram causados por:
a) Alemanha, França, Inglaterra e demais nações ricas da Europa;
b) Por incompetência dos nossos sucessivos governos.
Da tua resposta dependerá o meu próximo post.

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Fenicio Escreveu:yabadoo Escreveu:Fenicio Escreveu:O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
Isso é verdade, mas também é verdade que a Alemanha ganha por haverem países periféricos (e não peroféricos) onde se gasta mais do que se deve, já que, por um lado a procura interna alemã é relativamente fraca e por outro porque lhes permite aumentar as suas exportações para países com euros.
Ora essa, yabadoo, obviamente que ganha!Ou achas que a Alemanha mantém Portugal, Grécia, Irlanda e Cia. na Zona Euro por causa dos nossos lindos olhos azuis?
A questão que se discute aqui não passa nem perto disso. O que se discute aqui é: pq tanta crítica? O que os alemães fizeram de errado?
Volto a perguntar: estão a criticar a Alemanha por estar a dar dinheiro a países periféricos à beira da bancarrota e a pedir-lhes para "arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram"? É mesmo isto o que estão a criticar neste tópico?
PS.: yabadoo, não percebi o "(e não peroféricos)". Isto era para mim ou para algum outro post?
Fenício:
O que me parece é que não se pode pedir para arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram, o que em princípio é muito plausível, e por outro impor medidas nesses países que os estrangulam economicamente e os impedem por isso mesmo de resolver os problemas que identificaram.
Não percebi ao certo o que não percebeste na frase (e não perofericos) mas o que eu queria dizer era (e não periféricos)
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yabadoo Escreveu:Fenicio Escreveu:O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
Isso é verdade, mas também é verdade que a Alemanha ganha por haverem países periféricos (e não peroféricos) onde se gasta mais do que se deve, já que, por um lado a procura interna alemã é relativamente fraca e por outro porque lhes permite aumentar as suas exportações para países com euros.
Ora essa, yabadoo, obviamente que ganha!


Volto a perguntar: estão a criticar a Alemanha por estar a dar dinheiro a países periféricos à beira da bancarrota e a pedir-lhes para "arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram"? É mesmo isto o que estão a criticar neste tópico?
PS.: yabadoo, não percebi o "(e não peroféricos)". Isto era para mim ou para algum outro post?
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Fenicio Escreveu:O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
Isso é verdade, mas também é verdade que a Alemanha ganha por haverem países periféricos (e não peroféricos) onde se gasta mais do que se deve, já que, por um lado a procura interna alemã é relativamente fraca e por outro porque lhes permite aumentar as suas exportações para países com euros.
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MKlop Escreveu:(não sei como se faz a multi-citação, pelo que terá que ser assim)
Krupper: não concordo que tenha pago, porque depende muito do que se considera como retribuição face aos actos por eles praticados.
Fenicío: não julgo que esteja a baralhar; posso ter é feito uma observação muito alargada.
O que queria dizer é que no grande quadro da organização e história Europeia e Ocidental a Alemanha deveria ser mais humilde e diminuir de uma vez por todas o seu carácter expansionista, do qual padece fortemente desde o séc. XIX. As suas principais experiências políticas (e assim militares) e económicas resultaram num redondo falhanço com graves consequências para a Ocidentalidade.
Se não fossem os enormes apoios económicos e humanos que recebeu se calhar a obra "Bismarckiana" ter-se-ia desfeito para lá das mais diminutas tribos germânicas.
Assim, o que estava a sublinhar era que não são 40, 50 ou 100 anos que fazem uma Nação "ter-se ares de superioridade" (expressão tomada com muita liberdade...).
MKlop, estás a aplicar ao contexto político actual da Europa um argumento baseado na Europa pré segunda guerra mundial?
Os inúmeros problemas que a Europa enfrentava na primeira metade do século, quando isto tudo era um autêntico barril de pólvora (um inglês não podia olhar torto para um francês e era logo guerra), não são nem de perto e nem de longe semelhantes aos problemas que enfrentamos hoje.
Os problemas financeiros que países como a Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia & cia. estão a enfrentar são decorrentes de alguma guerra provocada pela Alemanha ou de alguma praga proveniente das (como referiste) "tribos germânicas"?
Penso que não.
O que a Alemanha pede é que os países façam melhor uso do dinheiro que os fundos europeus estão a disponibilizar desde há décadas. Onde é que está o grande pecado nisto?
Este teu argumento se aplicado à prática poderia se traduzir no governo português solicitar verbas ao governo alemão e, em contrapartida, fizêssemos o que bem entendêssemos com esta verba e se o governo alemão pedisse relatórios sobre a utilização destas verbas ou se sugerisse a sua aplicação em determinados sectores, ainda poderíamos dar como resposta um "metam-se na sua vida". Peço desculpas mas há aí qualquer coisa errada que não está certa.

Gostaria de saber (exactamente) o que é que está a ser criticado aqui. É o governo alemão ter sugerido uma melhor utilização das verbas? É terem dito isto?
O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram
Na minha opinião, é o mínimo que devem fazer. Ou já se imaginaste na pele dos alemães, a dar dinheiro a um país periférico à beira da bancarrota? Como justificar isto a um desempregado do teu próprio país?
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Krupper Escreveu:keijas Escreveu:quando esses fundos começaram a entrar em Portugal (e noutros países)o que fizeram os governantes á época para que houvesse investimento que fosse rentável e proporcionasse uma modificação na base de sustentação para o país?
ZERO
keijas
Ora aí está... Que culpa têm os alemães de que os empresários Portugueses tivessem preferido comprar grandes carros e grandes casas com o dinheiro dos fundos comunitários ao invés de tornarem as suas empresas mais produtivas?
É verdade que foi prestada uma grande ajuda à Alemanha no pós guerra, mas souberam aproveitar essa ajuda, organizaram-se, tornaram-se altamente produtivos e devolveram o dinheiro a quem o emprestou.
Quanto ao resto do teu tópico, é como em tudo, quem tem dinheiro dita as regras. Os restantes têm duas opções, ou aceitam as regras, ou lutam contra elas tentando melhorar o mais possível a sua competitividade.
Só te falta encarares akilo que me parece ser o busilis da questão:
foi a Alemanha e a França que pagaram para desmantelar o que tinhamos como o mais forte da nossa economia....
além do referido acima lembro a construção/reparação naval
concluindo pagaram-nos para não produzirmos
keijas
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keijas Escreveu:quando esses fundos começaram a entrar em Portugal (e noutros países)o que fizeram os governantes á época para que houvesse investimento que fosse rentável e proporcionasse uma modificação na base de sustentação para o país?
ZERO
keijas
Ora aí está... Que culpa têm os alemães de que os empresários Portugueses tivessem preferido comprar grandes carros e grandes casas com o dinheiro dos fundos comunitários ao invés de tornarem as suas empresas mais produtivas?
É verdade que foi prestada uma grande ajuda à Alemanha no pós guerra, mas souberam aproveitar essa ajuda, organizaram-se, tornaram-se altamente produtivos e devolveram o dinheiro a quem o emprestou.
Quanto ao resto do teu tópico, é como em tudo, quem tem dinheiro dita as regras. Os restantes têm duas opções, ou aceitam as regras, ou lutam contra elas tentando melhorar o mais possível a sua competitividade.
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MKlop Escreveu:A Alemanha tem má memória...
....a Europa Ocidental e os Estados Unidos levantaram-na das cinzas quase sem limitações orçamentais e com muito sangue corrido.
Parece que as décadas se transformaram em milénios....
é um facto histórico
não se pretendia que retribuissem da mesma maneira,,mas pelo menos que a srª Merkell e cª. se dessem ao trabalho de reverem aquilo que se passou no seu país e como veio a prosperidade.
não devia tambem esquecer que foram a Alemanha e a França que incentivaram com muitos fundos os países periféricoa para renunciarem:
á agricultura
ás pescas e
á industria
para:
1º não terem concorrencia e poderem fazer distribuição por toda a europa dos seus produtos
2º com o dinheiro desses fundos haver grande apetência para a compra daquilo que a Alemanha pretendia colocar no exterior,,, os carrões, foi a época dos jeepes.
hoje funcionam como qualquer multinacional....há mercados mais apetecíveis.
na altura poucos compreenderam o porquê da Inglaterra e Irlanda não aderirem ao euro, a Irlanda quando ficou com as calças na mão lá foi entregar-se. a Inglaterra resistiu, será que daqui a uns anitos será a unica beneficiada por esta tomada de posição?
é evidente que hoje não podemos sair, devia-se perguntar porque nos pagaram para desmantelar o referido acima e mais....
quando esses fundos começaram a entrar em Portugal (e noutros países)o que fizeram os governantes á época para que houvesse investimento que fosse rentável e proporcionasse uma modificação na base de sustentação para o país?
ZERO
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(não sei como se faz a multi-citação, pelo que terá que ser assim)
Krupper: não concordo que tenha pago, porque depende muito do que se considera como retribuição face aos actos por eles praticados.
Fenicío: não julgo que esteja a baralhar; posso ter é feito uma observação muito alargada.
O que queria dizer é que no grande quadro da organização e história Europeia e Ocidental a Alemanha deveria ser mais humilde e diminuir de uma vez por todas o seu carácter expansionista, do qual padece fortemente desde o séc. XIX. As suas principais experiências políticas (e assim militares) e económicas resultaram num redondo falhanço com graves consequências para a Ocidentalidade.
Se não fossem os enormes apoios económicos e humanos que recebeu se calhar a obra "Bismarckiana" ter-se-ia desfeito para lá das mais diminutas tribos germânicas.
Assim, o que estava a sublinhar era que não são 40, 50 ou 100 anos que fazem uma Nação "ter-se ares de superioridade" (expressão tomada com muita liberdade...).
Krupper: não concordo que tenha pago, porque depende muito do que se considera como retribuição face aos actos por eles praticados.
Fenicío: não julgo que esteja a baralhar; posso ter é feito uma observação muito alargada.
O que queria dizer é que no grande quadro da organização e história Europeia e Ocidental a Alemanha deveria ser mais humilde e diminuir de uma vez por todas o seu carácter expansionista, do qual padece fortemente desde o séc. XIX. As suas principais experiências políticas (e assim militares) e económicas resultaram num redondo falhanço com graves consequências para a Ocidentalidade.
Se não fossem os enormes apoios económicos e humanos que recebeu se calhar a obra "Bismarckiana" ter-se-ia desfeito para lá das mais diminutas tribos germânicas.
Assim, o que estava a sublinhar era que não são 40, 50 ou 100 anos que fazem uma Nação "ter-se ares de superioridade" (expressão tomada com muita liberdade...).
MKlop Escreveu:A Alemanha tem má memória...
....a Europa Ocidental e os Estados Unidos levantaram-na das cinzas quase sem limitações orçamentais e com muito sangue corrido.
Parece que as décadas se transformaram em milénios....
MKlop, não percebi. Podes explicar melhor o que queres dizer com "quase sem limitações orçamentais e com muito sangue corrido"?
Acho que estás a baralhar (muito!) os contextos, mas gostaria de ouvir primeiro as tuas explicações.
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MKlop Escreveu:A Alemanha tem má memória...
....a Europa Ocidental e os Estados Unidos levantaram-na das cinzas quase sem limitações orçamentais e com muito sangue corrido.
Parece que as décadas se transformaram em milénios....
Acho que a Alemanha pagou tudo... e com juros...
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"A ajuda da Alemanha tem limites"
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25 Novembro 2010 | 15:34
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Os países da Zona Euro não podem contar indefinidamente com a ajuda da Alemanha para os resgatar das mãos dos investidores. Têm é de fazer mais e melhor na consolidação das suas contas públicas. A apetência para disponibilizar mais dinheiro dos contribuintes alemães "é bem pequena".
A advertência foi feita pelo porta-voz dos assuntos económicos da bancada parlamentar da CDU de Angela Merkel. “A resposta não pode passar por fazer as coisas mais fáceis. O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram”, insta Michael Meister. Até porque “a ajuda da Alemanha tem limites”.
Em declarações proferidas ontem, e que estão hoje a ser citadas pela agência Bloomberg, Meister sacode ainda as acusações de que terá sido o Governo alemão quem despoletou a mais recente vaga de tensão nos mercados – que acabou por forçar a Irlanda a pedir ajuda – por ter sugerido inoportunamente que resgates futuros de países do euro envolverão perda de capital ou prazos de reembolso mais dilatados para os investidores privados.
Quem errou, diz, foram os sucessivos Governos nos países periféricos que não usaram o financiamento mais barato que lhes foi proporcionado pelo euro para fazer as respectivas economias mais competitivas.
in Negocios.pt
25 Novembro 2010 | 15:34
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Os países da Zona Euro não podem contar indefinidamente com a ajuda da Alemanha para os resgatar das mãos dos investidores. Têm é de fazer mais e melhor na consolidação das suas contas públicas. A apetência para disponibilizar mais dinheiro dos contribuintes alemães "é bem pequena".
A advertência foi feita pelo porta-voz dos assuntos económicos da bancada parlamentar da CDU de Angela Merkel. “A resposta não pode passar por fazer as coisas mais fáceis. O que estes países têm de fazer é arregaçar as mangas e lidar com os problemas que identificaram”, insta Michael Meister. Até porque “a ajuda da Alemanha tem limites”.
Em declarações proferidas ontem, e que estão hoje a ser citadas pela agência Bloomberg, Meister sacode ainda as acusações de que terá sido o Governo alemão quem despoletou a mais recente vaga de tensão nos mercados – que acabou por forçar a Irlanda a pedir ajuda – por ter sugerido inoportunamente que resgates futuros de países do euro envolverão perda de capital ou prazos de reembolso mais dilatados para os investidores privados.
Quem errou, diz, foram os sucessivos Governos nos países periféricos que não usaram o financiamento mais barato que lhes foi proporcionado pelo euro para fazer as respectivas economias mais competitivas.
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