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Caldeirão da Bolsa

Off topic- Mas alguém tem duvidas?Preparem-se.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 25/11/2010 16:28

MathBox Escreveu:e depois da Espanha nao será Italia? e de pois da Italia?


França, se ainda existir euro e UE......
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por RMBA » 25/11/2010 14:55

e depois da Espanha nao será Italia? e de pois da Italia?
 
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por Zezezinho » 25/11/2010 13:47

Para cada um destes artigos encontras pelo menos um de opinião contrária.

Veja-se por exemplo hoje:

Por exemplo, só hoje, entre muitos outros:
"10:49 O presidente do Eurogrupo afirmou que não há paralelo entre a situação portuguesa e irlandesa e que Portugal não enfrenta um risco "imediato" de contágio. "

"O vice-presidente do BCE afirmou hoje não ver "ligação" entre a ajuda externa que está a ser preparada para a Irlanda e a eventual necessidade de Portugal seguir os mesmos passos. Ainda assim, disse que não faz previsões sobre se mais países do euro terão de ser ajudados."
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por jcldsm » 25/11/2010 12:38

zecatreca Escreveu:
mais_um Escreveu:
zecatreca Escreveu:Que consequências poderiam existir, se Espanha pedisse ajuda primeiro que Portugal?
Cumprimentos

Epá, não sei, mas não me parece que fosse bom para a zona euro, seria tipo bomba atomica nos mercados, digo eu que não percebo nada disto...

Penso que Portugal deixava de aparecer nas noticias.... :roll: :roll:


Partindo do principio/facto de que a economia espanhola é superior à nossa, a minha questao recai sobretudo se haverá financiamento para o nosso "resgate" e que possiveis consequências poderão estar adjacentes.

:?

Havria ainda dinheiro para nós mas não para a Itália que seria a seguinte da lista. O fundo de estabilidade europeu é de 750 biliões dos quais 50% vêm do FMI. O resgate da Espanha estaria estimados em 350-370 biliões e o de Portugal em 51 biliões. Não é tanto o resgate da Espanha que provoca calafrios mas é o contágio seguinte à Itália e também dizem em surdina à França. Aí não haveria dinheiro suficiente e seria a falência da zona euro.
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por jcldsm » 25/11/2010 12:33

Não quero atirar gasolina para a fogueira mas nos noticiários da noite de ontem da TF1 (francesa)e da ZDF (alemã) citavam economistas (não diziam quais) que asseguravam que as medidas do orçamento 2011 seriam insuficientes. Isto poderia explicar a atitude dos mercados e a convicção que a vinda do FMI será inevitável.
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por Automech » 25/11/2010 12:04

A questão é que com a bolha do imobiliário ninguém sabe ao certo a dimensão da bomba na qual os bancos espanhóis estão sentados.

Há quem fale em 350 mil milhões para a Espanha, mas há também quem diga que isso pode ser só uma parte, se houver bailouts em resultado de defaults maciços nos empréstimos imobiliários.

Agora 50 mil milhões para nós, são mesmo trocos.

Já agora uma notícia de hoje:

BCE: fundo de resgate europeu pode ser aumentado se necessário

Investidores temem que economia espanhola seja demasiado pesada para ser salva

O valor do fundo de estabilização europeu, usado para apoiar os países da moeda única que entrarem em bancarrota, pode ser aumentado, se necessário.

Quem o diz é Axel Weber, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE). «750 mil milhões de euros devem ser suficientes para deixar os mercados tranquilos», afirmou Weber, citado pela Bloomberg. Mas, «se não for, terá de ser aumentado».

Declarações que pretendem responder aos anseios dos mercados sobre um eventual contágio à vizinha Espanha. O país é considerado como um dos mais frágeis do euro, depois da Grécia e Irlanda, que estão já a ser ajudados pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e de Portugal, que é para os investidores o próximo na calha dos pedidos de ajuda.

O problema é que a economia espanhola tem quase o dobro do tamanho do conjunto das economias portuguesa, grega e irlandesa. Os mercados temem, por isso, que se a Espanha entrar em colapso, pode ser demasiado grande para ser salva, ou seja, o dinheiro necessário poderá ser mais do que aquilo que os parceiros da moeda única podem desembolsar.

Os juros da dívida espanhola a 10 anos ultrapassaram ontem os 5%, com o spread face à dívida alemã a atingir um novo recorde, num dia em que, para a dívida portuguesa com a mesma maturidade, os juros chegaram aos 7,44% e o spread atingiu também o valor mais alto de sempre.

O banqueiro é um dos nomes falados para substituir Jean-Claude Trichet à frente do BCE no ano que vem e apoiou a proposta do Governo alemão, de colocar algum do risco das falências soberanas nas costas dos investidores.

«Para não distorcer os incentivos aos investidores, os credores privados não devem ser desresponsabilizados», afirmou Weber, presidente do Bundesbank, para quem «futuras ajudas a membros do euro devem estar dependentes de condições severas e ser usadas apenas quando a estabilidade da união monetária quando um todo estiver em perigo».


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -5206.html
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por mais_um » 25/11/2010 12:01

BULIM123 Escreveu:Penso que o objectivo deles, será fazer cair a Espanha, o resgate de Portugal para o FMi, ou para o Maga Fundo europeu é pineteessss, ou seja existe dinheiro suficiente e isso creio que nunca os preocupou, mas a Espanha será diferente, não se esqueçam que a divida espanhola, dele ser enorme.
E aí será a machadada final no Euro, presumo que muitos interesses terão por detras disso.

Volta Escudo estás perdoado.


Partilho da mesma opinão, há um ataque concertado ao Euro, até porque as Yields das obrigações da divida publica são facilmente manipulaveis. Claro que o facto de os paises terem se colocado a jeito também ajudou.

O que não deixa de ser curioso, é que os "mercados" fizeram pressão para os governos ajudarem a economia a recuperar, nessa altura ninguém falava da divida publica e do defice. De um momento para o outro passou a ser fundamental.
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por MERCW125 » 25/11/2010 11:55

Penso que o objectivo deles, será fazer cair a Espanha, o resgate de Portugal para o FMi, ou para o Maga Fundo europeu é pineteessss, ou seja existe dinheiro suficiente e isso creio que nunca os preocupou, mas a Espanha será diferente, não se esqueçam que a divida espanhola, dele ser enorme.
E aí será a machadada final no Euro, presumo que muitos interesses terão por detras disso.

Volta Escudo estás perdoado.
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por Zecatreca_1001 » 25/11/2010 11:45

mais_um Escreveu:
zecatreca Escreveu:Que consequências poderiam existir, se Espanha pedisse ajuda primeiro que Portugal?
Cumprimentos

Epá, não sei, mas não me parece que fosse bom para a zona euro, seria tipo bomba atomica nos mercados, digo eu que não percebo nada disto...

Penso que Portugal deixava de aparecer nas noticias.... :roll: :roll:


Partindo do principio/facto de que a economia espanhola é superior à nossa, a minha questao recai sobretudo se haverá financiamento para o nosso "resgate" e que possiveis consequências poderão estar adjacentes.

:?
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por pocoyo » 25/11/2010 11:40

zecatreca Escreveu:Que consequências poderiam existir, se Espanha pedisse ajuda primeiro que Portugal?
Cumprimentos


Em vez de dizerem Portugal não é a Irlanda, passavam a dizer Portugal não é a Espanha.
Ainda há muito dinheiro para distribuir.
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por mais_um » 25/11/2010 11:38

zecatreca Escreveu:Que consequências poderiam existir, se Espanha pedisse ajuda primeiro que Portugal?
Cumprimentos

Epá, não sei, mas não me parece que fosse bom para a zona euro, seria tipo bomba atomica nos mercados, digo eu que não percebo nada disto...

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por Zecatreca_1001 » 25/11/2010 11:24

Que consequências poderiam existir, se Espanha pedisse ajuda primeiro que Portugal?
Cumprimentos
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por mais_um » 25/11/2010 11:10

Crise da dívida está a chegar a Espanha

O resgate à Irlanda continua longe de conseguir estabilizar os mercados. É cada vez mais consensual que Portugal terá que ser intervencionado, e até a Espanha está, agora, muito mais vulnerável do que há algumas semanas. As taxas cobradas entre os investidores na negociação de dívida portuguesa a dez anos fecharam ontem acima dos 7% pela primeira vez desde o dia 11 de Novembro. Os juros de Portugal estão a subir desde há exactamente uma semana, quando se tornou claro que a Irlanda iria pedir auxílio externo. O que demonstra a ineficácia da intervenção em acalmar os mercados, como pretendiam vários responsáveis europeus. A subida dos preços das acções na sessão bolsista de ontem levou a um desinvestimento nas obrigações, revelando uma ligeira melhoria da atracção pelo risco, que teve um efeito penalizador até sobre os títulos de dívida da Alemanha. Mas ainda que o spread da dívida portuguesa face à Alemanha se tenha mantido praticamente inalterado, os sinais de alarme continuam a vir do mercado de credit default swaps. Fazer um seguro contra incumprimento em dívida portuguesa a cinco anos disparou ontem para um novo máximo histórico, nos 500 pontos base, contagiando também a percepção de risco para as empresas portuguesas (ver texto da página 15). Uma sondagem da agência Reuters junto de 50 economistas sugere que a grande maioria (34) está convencida da inevitabilidade de uma intervenção externa em Portugal. Portugal tem um perfil muito desfavorável no que diz respeito à liquidez e às necessidades de financiamento, o que é letal no ambiente actual, diz ao Negócios Luca Jellinek, um especialista do Crédit Agricole. Na Irlanda, nem as medidas de austeridade ontem anunciadas (ver textos das páginas 6 e 7) evitaram mais um forte agravamento dos custos de financiamento em todos os prazos. Nas obrigações a 10 anos, as yields dispararam 45 pontos, para 8,9%. Taxa de Espanha passa os 5% Na mesma sondagem da Reuters, apenas quatro economistas acreditam que o contágio vai chegar a Espanha e ao ponto de a obrigar também a pedir uma intervenção externa. O cenário ainda é visto como pouco provável, mas o aumento da pressão sobre Espanha nas últimas semanas é inegável e já teve efeito nos custos suportados no último leilão de dívida. Os mercados já descontaram o recurso por Portugal ao FMI e os receios de contágio estão a mover-se para outros países periféricos, como a Espanha, explica Chiara Cremonesi, uma analista do UniCredit. Os juros da dívida espanhola a 10 anos subiram ontem pela sétima sessão consecutiva e ultrapassaram os 5%, o que acontece pela primeira vez desde 2002. Os analistas consultados pelo Negócios não dão uma explicação objectiva para a deterioração da situação em Espanha, ou para que o país vizinho se tenha tornado mais vulnerável à turbulência na Irlanda e em Portugal. As condições estruturais de Espanha são claramente mais favoráveis do que as da Irlanda, mas os obstáculos futuros continuam a ser muito graves, comenta Tullia Bucco, uma economista do UniCredit. O desafio principal, diz a economista, continua a ser o ambiente de baixo crescimento económico depois da bolha no mercado imobiliário.

www.jornaldenegocios.pt

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por MERCW125 » 25/11/2010 11:03

Unidade de estudos da revista 'The Economist' põe Portugal e Irlanda no mesmo saco. Tempestade nos mercados continua


Portugal vai ter mesmo de pedir ajuda à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas evitará uma falência técnica, cenário cada vez mais provável na Grécia, diz a Economist Intelligence Unit (EIU), o gabinete de estudos da conceituada revista The Economist. O pior é que quanto mais tarde o País pedir ajuda, mais caro ficará o empréstimo, avisa a entidade.

A equipa de economistas da EIU - que nos últimos anos têm tido uma relação muito próxima com Portugal, promovendo debates alargados sobre a economia - está agora convencida de que Portugal conhecerá o mesmo destino da Irlanda: deixará de conseguir ir ao mercado pedir crédito a preços razoáveis, projectando a entrada das verbas de socorro no decorrer do próximo ano. Há analistas que apontam já para o início de 2011.

Num estudo a que o DN teve acesso, a EIU coloca Portugal e Irlanda no mesmo saco, contrariando a opinião do Presidente da República, Cavaco Silva, Governo, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e dos principais banqueiros portugueses.

Como o DN escreveu esta semana, a maioria dos analistas dá como certa a capitulação de Portugal nos mercados. Ontem, uma sondagem da Reuters veio confirmar que quase 70% num grupo de 50 analistas consideram que o País vai ser forçado a pedir ajuda, sendo que também já há estimativas para o valor do pacote de ajuda. Segundo o Barclays Capital, as "potenciais necessidades de Portugal", a serem colmatadas pela ajuda do FMI/UE, deverão rondar os "34 mil milhões de euros entre 2011 e 2013". São 20% do PIB.

Ontem, a noção de risco agravou-se bastante, apesar das medidas violentas anunciadas pela Irlanda, o país que estará (por agora) a contagiar mais os restantes da periferia. As taxas de juro da dívida pública portuguesa a dez anos mantiveram-se num nível proibitivo: tornaram a negociar acima dos 7% que o ministro das Finanças diz ser o limite dos limites antes de pedir ajuda externa.

O estudo da EIU explica que Portugal e Irlanda estão no mesmo barco, pois "ambos vão precisar de aumentar os níveis de financiamento em 2011". Portugal vai ter um primeiro semestre muito exigente em termos de colocação de dívida pública. "A Irlanda irá precisar da ajuda e é possível que Portugal também necessite", escreve. Os peritos britânicos alertam, no entanto, que quanto mais tarde solicitar apoio, mais caro ficará. "Os países que desejem aceder a financiamento [através da facilidade de crédito] terão de pagar substancialmente mais que os 5% que a Grécia obteve no início do ano."

A notícia menos má é que, mesmo com a ajuda internacional, Irlanda e Portugal não vão falhar os seus compromissos nos próximos três anos. O mesmo não espera da Grécia: apesar do apoio de 110 mil milhões de euros concedido, este país vai mesmo falir e, por isso, será obrigado a "reestruturar parcialmente a dívida em 2012


PS:O nosso primeiro ministro, revolta-me ele dizer, frases tipo que Portugal não precisa da ajuda de ninguém, como eu o percebo, ele está a ver a bomba rebemtar-lhe nas maos.
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