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Caldeirão da Bolsa

Portugal - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Nyk » 21/3/2011 20:50

Governo lança plano de auto-poupança para a função pública

De forma a incentivar o aforro, o Executivo pretende criar o "Plano de Auto-Poupança Individual" para quem recebe um rendimento do Estado. A adesão será voluntária.
De forma a incentivar o aforro, o Executivo pretende criar o “Plano de Auto-Poupança Individual” para quem recebe um rendimento do Estado. A adesão será voluntária.

O reforço da poupança interna é um das reformas estruturais defendidas pelo Governo na actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento. Neste âmbito pretende “criar condições para tirar partido do comportamento de inércia no acto de poupar”.

A solução proposta leva o nome de “Plano de Auto-Poupança Individual”. De acordo com o plano, todos os trabalhadores, pensionistas e beneficiários de subsídios pagos pelo Estado passam a dispor da possibilidade de aplicar, de forma automática e periódica, uma parte da remuneração, da pensão de reforma ou do subsídio em “produtos de poupança à sua escolha”.

A adesão ao Plano será voluntária e depende de uma contractualização dos produtos de poupança escolhidos. O universo de produtos que poderão ser subscritos neste âmbito fica dependente da definição das características que os tornam elegíveis.

O Governo espera ainda que “ao incentivar a concorrência entre as instituições que oferecem produtos de poupança” a medida tenha um “impacto positivo sobre a remuneração” dos mesmos.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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por Nyk » 21/3/2011 20:49

Bancos vão ter que ter "core tier one" nos 8% até final de 2011

Os bancos portugueses vão ter que ter um rácio de capital "core tier one" mínimo de 8% até 31 de Dezembro deste ano, prevê a nova versão do Plano de Estabilidade e Crescimento.
“Até ao final de 2011, os bancos deverão, assim, atingir um rácio de 8% para o ‘core tier one’”, refere o documento entregue pelo Governo na Assembleia da República.

Para já, até ao final de Maio, os bancos vão ter que entregar uma versão preliminar dos planos de reorganização individual. Estes documentos devem identificar”calendários e metas para a dimensão e composição dos seus balanços, estrutura de capital e eficiência operacional, consistentes com o ajustamento macroeconómico e o processo de consolidação orçamental”, sublinha o PEC.

O objectivo dos planos solicitados às instituições financeiras é “reforçar a base de capital dos bancos, tão cedo quanto possível, atendendo à necessidade de desalavancagem, para recuperar o acesso ao financiamento nos mercados e para resistir a uma situação potencial de stresse económico ou de mercado, bem como tendo em conta a necessidade de convergir em direcção a um mais elevado grau de qualidade de capital à luz de Basileia III”, justifica o Governo.

Entre os grandes bancos portugueses, o BCP e o BES são os únicos que ainda não cumprem esta nova exigência. No final do ano passado, o banco de Carlos Santos Ferreira tinha um “core tier one” de 6,7%, enquanto o BES apresentava um rácio de 7,9%.
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por Nyk » 21/3/2011 20:48

Governo aumenta em 470 milhões receita com privatizações

No total, até 2013, o Estado prevê a obtenção de receitas de privatizações no montante de cerca de 6.470 milhões de euros que contribuirão para reduzir a dívida pública. Há uma diferença de 470 milhões face ao valor estimado no Orçamento do Estado.
Vai proceder-se “a um esforço adicional, de antecipação do programa de privatização e alienação de participações do Estado, face ao previsto na actualização de Março de 2010 do PEC, através da antecipação para 2012 de algumas das operações previstas ocorrer em 2013”, diz o Governo.

Em 2012, e ao contrário do previsto no Orçamento do Estado (OE) para 2011, o Estado deverá assim obter 2.255 milhões de euros com a venda de participações em empresas públicas, mais 675 milhões do que o estimado. Este valor será antecipado de operações de privatização que só deveriam acontecer no ano seguinte.

Em 2013, o encaixe do Estado com privatizações será inferior em 205 milhões de euros ao que estava programado no OE. Há um diferencial de 470 milhões de euros que não fazia parte da projecção avançada pelo Governo. No PEC, o valor do encaixe com a venda de participações é de 6.470 milhões. Era de 6.000 milhões no OE.

Para este ano, a previsão é de que seja obtido um encaixe de 2.184 milhões de euros com estas operações. Um incremento de 314 milhões face ao originalmente anunciado, sendo que neste caso a justificação está no facto do Governo de não ter sido cumprida a meta definida para 2010. No ano passado o encaixe com privatizações foi de 886 milhões, abaixo dos 1.200 milhões estimados.
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por Nyk » 21/3/2011 20:47

PEC: Desemprego sobe para 11,2% este ano e desce dos 10% em 2014
Governo reviu em alta a previsão para o desemprego este ano, que deverá ficar acima dos 11%.
O Governo reviu em alta a sua estimativa para a taxa de desemprego deste ano, antecipando um registo de 11,2%, acima da anterior estimativa, inscrita no Orçamento do Estado, que apontava para uma taxa de desemprego de 10,8%.

A confirmar-se a previsão do Governo, o desemprego em 2011 irá subir face aos 10,8% registados no ano passado.

As estimativas do executivo apontam para que a taxa de desemprego regresse aos 10,8% em 2012 e continue a descer nos anos seguintes, atingindo 9,8% em 2014, ano em que o Governo acredita que a taxa de desemprego voltará a valores de um dígito. As estimativas do Executivo apontam para que este ano o emprego recue 0,6%, ainda assim bem menos do que a destruição de postos de trabalho registada em 2010 (-1,5%).

A partir de 2012 o Governo confia que a criação de emprego voltará a ser positiva. “O melhor desempenho da economia, associado também às reformas estruturais no mercado de trabalho, deverá gerar aumentos do emprego no período 2012-2014, acompanhados de uma redução da taxa de desemprego”, refere o Governo no PEC hoje entregue na Assembleia da República.
Editado pela última vez por Nyk em 21/3/2011 20:56, num total de 1 vez.
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por Nyk » 21/3/2011 20:45

Governo quer eliminar 991 chefias

A reestuturação de serviços na Administração Central deverá resultar na supressão de 15% dos cargos dirigentes
A reestruturação dos serviços da Administração Central do Estado deverá resultar na supressão de 991 cargos dirigentes, o equivalente a 15% do seu universo global.

A meta do Governo consta do Programa de Estabilidade e Crescimento 2011-2014, que foi hoje entregue na Assembleia da República.

A “supressão” de 991 cargos dirigentes superiores, intermédios ou equiparados será feita através da “extinção, fusão ou externalização” de estruturas administrativas da administração central, explica o Governo.

Esta meta acresce à redução de 25% de chefias conseguida com o PRACE.
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por Nyk » 21/3/2011 20:43

Governo prevê contracção de 0,9% na economia este ano


Executivo reviu em baixa as previsões para a economia este ano. Ainda assim continua mais optimista que o Banco de Portugal.
O Governo, no Programa de Estabilidade e Crescimento hoje entregue na Assembleia da República, reviu em baixa as projecções para a economia portuguesa, antecipando agora uma contracção do PIB em 0,9% este ano.

No Orçamento do Estado 2011 o executivo antecipava uma subida do PIB de 0,2%. Ainda assim, o Governo continua a ser mais optimista do que outras entidades. O Banco de Portugal estima uma contracção de 1,3%, a Comissão Europeia uma queda de 1% e o FMI uma descida de 1,4%.

Para 2012, o Governo estima uma recuperação da economia portuguesa, com um crescimento do PIB em 0,3%. Para 2013 o Executivo estima um crescimento de 0,7% e de 1,3% em 2014.


“Tendo em vista reforçar a segurança e a confiança das instituições económicas internacionais nas metas orçamentais para o corrente ano de 2011, foi considerado um cenário macroeconómico que assenta em pressupostos que reflectem hipóteses adoptadas nas previsões de outras entidades, entretanto divulgadas”, refere o Governo no PEC.

No mesmo documento assinala que a contracção esperada para a economia é “associada a uma redução da procura interna, atenuada por um contributo positivo da procura externa líquida”.

O Governo estima que o consumo privado recue 1,1% este ano e continue no vermelho em 2012 (-0,3%) e 2013 (-0,1%). Já o consumo público deve descer 6,8% este ano e permanecer em queda até 2014.

As exportações devem aumentar 5,6% este ano e manter o crescimento superior a 5% até 2013, crescendo 4% em 2014. Já as importações deverão descer1,1% este ano, recuar 0,4% em 2012.

Quanto à inflação, o Executivo antevê uma subida dos preços no consumidor de 2,7% este ano, acima da anterior projecção de 2,2%. Para 2012 a estimativa do Governo antecipa uma subida dos preços de 2,1%, igual à estimada para 2013 e 2014.

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por Automech » 26/11/2010 13:32

Um artigo de opinião do José António Saraiva sobre os partidos, hoje no Sol:

O furúnculo da sociedade?

Maria João Avillez, em entrevista ao SOL, afirmou cruamente que os partidos são «o furúnculo desta sociedade».

Ainda que a palavra seja dura e a ideia possa provocar repulsa, é impossível não lhe reconhecer alguma verdade.

O tema foi durante muito tempo tabu pela simples razão de que, tendo o 25 de Abril legalizado os partidos depois de 48 anos de ditadura, pôr em causa os partidos era, de certo modo, pôr em causa a democracia - e desculpar Salazar e a ditadura.

Era como se, com 40 anos de atraso, viéssemos dizer: Salazar estava afinal cheio de razão quando aboliu os partidos .

Mas o certo é que, cada vez com menos vergonha , os cidadãos começam a questionar as virtudes dos partidos políticos e a atribuir-lhes boa parte da responsabilidade na situação a que Portugal chegou.

Os mais letrados ainda dizem que os partidos são maus, mas são um mal necessário ; porém muitos outros não têm pejo em dizer que os partidos não fazem falta nenhuma e podiam perfeitamente acabar.

Esta apreciação negativa dos partidos políticos não é um exclusivo português nem diz respeito a este tempo histórico.

No final da Monarquia, sobretudo a partir das cisões verificadas nos dois grandes partidos da segunda metade do século XIX - o Partido Progressista e o Partido Regenerador -, as lutas fratricidas entre os partidos monárquicos apressaram o fim do regime.

Depois, durante a I República, foi o que se sabe: a acção do Partido Democrático de Afonso Costa, actuando de modo sempre sectário, arbitrário e mesmo ditatorial, foi um dos motivos do divórcio litigioso entre os cidadãos e a República.

O Partido Democrático era detestado por quase todos - e muitos dos que o defendiam faziam-no de forma arrogante, agressiva e às vezes arruaceira, atropelando os direitos dos adversários.

Assim, quando os militares apareceram e suspenderam os partidos políticos, e quando, mais tarde, Salazar confirmou essa proibição (consagrando-a na Constituição de 1933), pouca gente viu nisso um mal.

Pelo contrário.

Estes 48 anos, entretanto, fizeram esquecer muita coisa - e o regresso dos partidos foi saudado com expectativa.

Acreditava-se, ingenuamente, que eles nos trariam uma vida melhor e aproximariam a política dos cidadãos.

Mas o tempo passou e muita gente começa a descrer.

Dois ex-líderes partidários - que não nomeio para não terem dissabores - disseram-me que, nas reuniões com os militantes pelo país fora, a única coisa com que estes se preocupavam era com os lugares.

Não queriam saber de políticas, nem de estratégias, nem de interesse nacional, nem de nada: só queriam saber de lugares.

Já outros sentiram este problema no passado.

Vítor Constâncio e Cavaco Silva, por exemplo, não morriam de amores pelas estruturas dos respectivos partidos - e, quando Cavaco esteve no Governo, quem fazia a ligação com o PSD eram outros dirigentes, como Dias Loureiro, Fernando Nogueira ou Marques Mendes.

Porém, enquanto estes problemas estão circunscritos às esferas partidárias, ainda vá que não vá.

Mas quando os vícios dos partidos são transportados para o nível do Governo, aí é que são elas.

O exemplo vem de cima; portanto, quando os exemplos são maus, tudo na sociedade começa a correr mal.

O primeiro-ministro, José Sócrates, pode ser o homem mais sério do mundo e o mais identificado com os interesses da nação.

Mas é inegável que se rodeou de pessoas que não são propriamente poços de virtudes e que constituem péssimos exemplos: desde Armando Vara a José Penedos ou Mário Lino, passando por todos os Ruis Pedros Soares deste mundo.

Em várias instâncias do poder instalou-se uma espécie de máfia - que nalguns casos já actua por conta própria, sem caução do primeiro-ministro ou de alguém do seu gabinete, mas com a sua complacência.

E esta gente está em toda a parte: pressiona os órgãos de comunicação social, actua dentro das empresas públicas ou participadas, tem laços estreitos com a banca, estabelece cumplicidades no aparelho judicial e em algumas Polícias.

Ora, com estes exemplos vindos de cima, como estranhar que se tenha instalado no país um clima de salve-se quem puder, de desrespeito por valores e princípios, de comportamentos fraudulentos, favorável à corrupção e ao tráfico de influências?

Repito: o exemplo vem de cima - e, num ambiente promíscuo, ninguém quer passar por trouxa.

Se os que estão lá em cima não têm escrúpulos e se safam, por que hei-de ser eu o anjinho? - é o que muita gente pensa hoje.

Por isso, é absolutamente indispensável que se arrepie caminho depressa - e que o Governo volte a dar bons exemplos .

Mesmo que os partidos não mudem de atitude - e não vão com certeza mudar -, o Governo não pode ter os mesmos comportamentos e tem de dar ao país os sinais certos.

Não é possível Portugal continuar a ter governantes suspeitos de corrupção e pessoas que, ao nível do poder, actuam como gangsters.

Para que o conjunto da sociedade não perca o sentido dos valores e dos princípios fundamentais, é preciso que aqueles que ocupam lugares cimeiros sejam os primeiros a respeitá-los.

É este, diga-se de passagem, o grande trunfo de Cavaco Silva: transmitir uma imagem de seriedade ao nível do topo do Estado.

É por isso que muita gente confia nele.

P.S. Um comunicado a anunciar a adesão de uma classe profissional à greve geral de 4.ª-feira começava com a frase: «Uma greve geral contra a crise». Greve contra a crise? Mas então a greve não agravará a crise? Não irá ter repercussões negativas na economia, causando ainda mais dificuldades, mais despedimentos, mais baixas de salários no futuro? Nos tempos que correm, uma greve geral não é um míssil contra a crise: é um boomerang que atingirá violentamente os já massacrados trabalhadores. Os que fizeram greve - e os que não fizeram.


http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/inter ... %20S%E9rio
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por urukai » 26/11/2010 13:27

Só teve um e foi de outro casamento.

O sobrinhos emprestado (da parte da mulher) mais conhecido é o famoso Eduardo DEIXE-ME ACABAR Barroso.
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por mais_um » 26/11/2010 13:20

Lion_Heart Escreveu:
mais_um Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Ja agora para quem ainda não sabe o famoso Rui Pedro Soares não é nada mais nem menos que sobrinho do Pacha Mário Soares.


Enquanto eu conseguir usar o meu cerebro vou lutar contra a preguiça mental demonstrada em inumeros comentários (como este), não só neste forum como em outros, de forma a evitar que se escreva tantas barbaridades.

Então conta aqui ao pessoal de que irmão/irmã do Mario Soares é que esse gajo é filho? :lol: :lol:



Mais uma vez vou ter que te dar razão. Depois de uma pesquisa mais pormenorizada no google (la para a 3ª pagina) volto a notar que é mais um daqueles boatos que proliferam pela internet e por emails.

Ja estou farto deste google :twisted:


As minhas desculpas aos visados pelo não parentesco e ao mais_um pela grande cultura em termos da arvore genealogica da familia Soares.


Não é preciso muita cultura basta pensar um pouco, o Marios Soares já tem alguma idade, para esse gajo ser sobrinho dele, com a idade que tem, o Marios Soares tinha que ter um irmão/irmã bem mais novo que ele. Alguma vez ouviste falar de irmãos do Mário Soares?
Mas já ouviste falar dos sobrinhos e irmãos da mulher dele, certo?

Um abraço,

Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Lion_Heart » 26/11/2010 13:11

mais_um Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Ja agora para quem ainda não sabe o famoso Rui Pedro Soares não é nada mais nem menos que sobrinho do Pacha Mário Soares.


Enquanto eu conseguir usar o meu cerebro vou lutar contra a preguiça mental demonstrada em inumeros comentários (como este), não só neste forum como em outros, de forma a evitar que se escreva tantas barbaridades.

Então conta aqui ao pessoal de que irmão/irmã do Mario Soares é que esse gajo é filho? :lol: :lol:



Mais uma vez vou ter que te dar razão. Depois de uma pesquisa mais pormenorizada no google (la para a 3ª pagina) volto a notar que é mais um daqueles boatos que proliferam pela internet e por emails.

Ja estou farto deste google :twisted:


As minhas desculpas aos visados pelo não parentesco e ao mais_um pela grande cultura em termos da arvore genealogica da familia Soares.
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por mais_um » 26/11/2010 12:50

Lion_Heart Escreveu:Ja agora para quem ainda não sabe o famoso Rui Pedro Soares não é nada mais nem menos que sobrinho do Pacha Mário Soares.


Enquanto eu conseguir usar o meu cerebro vou lutar contra a preguiça mental demonstrada em inumeros comentários (como este), não só neste forum como em outros, de forma a evitar que se escreva tantas barbaridades.

Então conta aqui ao pessoal de que irmão/irmã do Mario Soares é que esse gajo é filho? :lol: :lol:
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por defst0ned » 26/11/2010 12:24

achas mesmo que um gajo apenas com uma licenciatura em marketing chegava aos 30 e poucos anos ao conselho administrativo de uma das maiores empresas portuguesas sem cunha de topo?
esse soares é apenas o espelho da teia de cunhas e favores que é portugal.
 
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por Lion_Heart » 26/11/2010 12:16

Ja agora para quem ainda não sabe o famoso Rui Pedro Soares não é nada mais nem menos que sobrinho do Pacha Mário Soares.
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por urukai » 26/11/2010 10:13

Assessores do Infarmed com salários iguais a directores (20/10/2010)

Quatro funcionários do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento) assinaram esta semana um contrato com um ordenado equivalente ao dos directores de serviços daquele organismo - 3800 euros mensais -, na sequência de concursos para a carreira de técnico superior em que a generalidade dos colaboradores ficou a ganhar entre 1600 e 1800 euros. Um técnico de comunicação institucional e três assessores do conselho directivo nas áreas de relações internacionais, gestão de projectos e relações institucionais passaram a ganhar um salário que os põe imediatamente no topo da carreira técnica superior da administração pública. O caso está a causar mal- -estar dentro do Infarmed, com alguns trabalhadores com mais anos de experiência profissional a queixarem-se de diferenças de tratamento a nível remuneratório.

O Bloco de Esquerda considera a situação "amoral" e lançou ontem a questão directamente à ministra da Saúde. O deputado João Semedo não concebe que "assessores tenham remunerações ao nível de directores", e que nestes concursos, concluídos em Agosto de 2010, "não se tenham aplicado os mesmos critérios de atribuição de salários a todos os candidatos". "Não é ilegal, mas é amoral. Sujeitaram-se aos mesmos concursos e quatro foram recompensados, quando as regras deveriam ter sido iguais para todos."

Contenção salarial? Além de pedir esclarecimentos sobre os métodos de avaliação, o Bloco de Esquerda questiona ainda a ministra da Saúde sobre o sentido da atribuição destas remunerações, "num momento particularmente difícil para a generalidade dos trabalhadores da administração pública (cortes no vencimentos, proibição de valorizações remuneratórias)".

O assessor de imprensa do Infarmed - que é também um dos colaboradores que passaram directamente para o topo da carreira técnica superior através deste concurso - esclareceu ao i que estas contratações resultaram de "um concurso tão transparente que as classificações das provas podem ser consultadas no site do Infarmed". Depois das provas, e a partir de critérios como "as classificações, o currículo, a função e a responsabilidade", "foi feita uma negociação com os candidatos" aos 113 postos de trabalho a concurso. "A lei da contratação pública permite uma negociação entre os candidatos e a entidade empregadora na fase de decisão remuneratória. E não existem limites nem tectos de valor", justifica o funcionário.

A Autoridade Nacional do Medicamento entende ainda que a acusação de ausência de contenção salarial decorrente destes concursos "não tem qualquer fundamento" porque o organismo "tem autonomia de gestão financeira e não depende do Orçamento do Estado". As contratações terão sido negociadas "tendo em conta a capacidade orçamental do Infarmed para suportar esta despesa", justifica o organismo.

Queixas dos trabalhadores Um grupo de trabalhadores do Infarmed enviou uma carta anónima em que acusa o organismo de contribuir para a falta de "ética na administração pública" por não terem sido usados os mesmos critérios durante o processo negocial. A remuneração atribuída à maioria dos colaboradores após processo negocial variou "entre 1600 e 1800 euros". "Caso este valor não fosse aceite não eram assinados contratos, pelo que restava aos colaboradores abandonar a instituição", sustentam. Além disso, os colaboradores explicam que durante as reuniões de negociação, o presidente do Infarmed terá frisado que "não poderiam ser dados ordenados superiores devido a questões legais".

Estes trabalhadores frisam ainda que o clima de indignação se acentua pelo facto de "a grande maioria não reconhecer [aos quatro novos assessores que passam a auferir salários de directores] o mérito, a dedicação, a responsabilidade e a competência para tal diferenciação".

Um dos objectivos destes concursos era resolver o problema dos colaboradores a recibos verdes ou em trabalho temporário naquele organismo.


Link: http://www.ionline.pt/conteudo/89532-assessores-do-infarmed-com-salarios-iguais-directores
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por Nyk » 26/11/2010 10:09

Estado investiu 34 milhões no aeroporto de Beja sem garantias de viabilidade
26 Novembro 2010

Investimento, que totalizar 74 milhões de euros, foi feito sem garantias de que a infra-estrutura fosse viável. Para servir de parque de estacionamento da Portela é preciso investir mais oito milhões de euros
Segundo uma auditoria do Tribunal de Contas ao Aeroporto Civil de Beja, a infra-estrutura, onde já foram investidos 34 milhões de euros (e que vai custar 74 milhões de euros aos portugueses) não tinha “assegurada a sua viabilidade económica”. O aeroporto, que pretendia promover o desenvolvimento da região não tem criado emprego nem está, sequer, operacional para actividades de carga ou transporte de passageiros.

A auditoria, segundo o “Público”, destaca que o aeroporto não tem acessos “rodoviários e ferroviários suficientes” para o País nem para o resto da Europa. Os operadores, considerados vitais para a viabilização da obra, estão a reconsiderar as propostas para apostar no aeroporto.

A infra-estrutura iria ser usada como plataforma logística, por onde passariam os produtos chineses em trânsito para a África e América do Sul. Porém, segundo o relatório, o governo chinês assinou um protocolo semelhante com um aeroporto alemão, por o de Beja ainda não estar operacional.

Além disso, a entidade responsável pela construção do aeroporto, Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) nunca apresentou, em dez anos, qualquer “plano de negócios” e acumula prejuízos sucessivos, por estar a operar num quadro de “total incerteza de viabilidade económica e financeira”. A empresa pública, sob a forma de sociedade anónima, tem vindo a adiar a data de início de operação do aeroporto. A mais recente é o próximo Verão.

A possibilidade de o aeroporto servir como “parque de estacionamento” dos aviões que actualmente ocupam espaço no aeroporto de Lisboa é apontada como consistente, mas segundo a auditoria, a pista não tem a “solidez necessária para ser utilizada por aeronaves comerciais”. Para a adaptar a essa possibilidade seria necessário investir mais oito milhões de euros.
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por Nyk » 26/11/2010 9:47

Basílio Horta: Há "clara melhoria nas intenções de investimento" em Portugal
26 Novembro 2010

O presidente da agência para o investimento em Portugal considerou hoje "animadores" os números de um estudo da Ernst&Young, considerando que "há uma clara melhoria nas intenções de investimento em Portugal.
responsável da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, referia-se a um estudo da consultora sobre a competitividade em Portugal, que também indica dados sobre as intenções de investimento e intenções de manutenção de investimento em Portugal.

"São números animadores. Nós lemos este estudo com atenção para ver os aspetos menos positivos e para corrigi-los e melhorar, porque as empresas que estão em Portugal são os melhores embaixadores. São empresas que não querem sair e que querem fazer novos investimentos em Portugal", disse Basílio Horta.

O estudo feito junto de 204 empresários de todo o mundo indica que 58 por cento diz "definitivamente não" à deslocalização do seu investimento de Portugal para outro país, valor superior aos 47 por cento que diziam o mesmo em 2009 mas inferior aos 69 por cento de 2008.

Por outro lado, quanto à possibilidade de vir a investir em Portugal 40 por cento dizem "definitivamente não", valor superior aos 35 por cento verificados em 2009 e aos 37 por cento em 2008.

Ainda assim, a percentagem de investidores que "definitivamente disse sim" a investir em Portugal subiu em 2010 para valores iguais a 2008 (16 por cento), quando em 2009 estava nos 9 por cento.

O responsável do AICEP citou estatísticas que colocam Portugal em melhor posição no que toca a investimento do que a média do continente europeu.

"A nível mundial houve uma diminuição de investimento estrangeiro de 39 por cento, a Europa teve uma quebra de 36 por cento. O investimento directo líquido em Portugal subiu 5,6 por cento, o inflow - o bruto - sobe 10,4 por cento. è ler a estatística", disse Basílio Horta.

Por isso mesmo, o presidente da AICEP deixou um alerta aos responsáveis políticos.

"Temos fundadas esperanças neste caminho que estamos a trilhar se não houver loucuras nem disparates em Portugal. É sempre previsível agora que possa haver e temos visto coisas como nunca vi em 40 anos de vida pública", disse Basílio Horta.

"Estou a referir-me a factos tão disparatados como haver um acordo para Orçamento e no outro dia os partidos que o acordam se degladiarem. Estou a ver que toda a gente fala nas dificuldades que Portugal tem, défice externo e dívida, e ninguém se senta à mesa para ver a forma de ultrapassar esse problema", exemplificou.

Para Basílio Horta, há ataques que visam o Governo que estão a atingir o país. "Confunde-se o ataque ao Governo com o ataque ao país. Não se é capaz de distinguir o que é o ataque ao Governo, legítimo em democracia, com o ataque ao país, o que nos faz mal a todos", concluiu
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por Mcmad » 17/11/2010 23:03

carf2007 Escreveu:Tem futuro este jovem ...
Tem jeito prá política !!

É possível que chegue a deputado e quem sabe até mesmo 1º ministro. :lol:


É o legitimo sucessor de Sócrates :mrgreen:
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por carf2007 » 17/11/2010 22:53

Tem futuro este jovem ...
Tem jeito prá política !!

É possível que chegue a deputado e quem sabe até mesmo 1º ministro. :lol:
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Re: Pedro Gomes - Um futuro politico

por Trisquel » 17/11/2010 22:23

carf2007 Escreveu:Jovem dirigente do PS ganha o salário de assessor a tempo inteiro ao mesmo tempo que recebe subsídios do IEFP para criar o seu posto de trabalho. Empresa criada está inactiva.


Um jovem de 26 anos, sem currículo profissional nem formação de nível superior, foi contratado, em Dezembro, como assessor técnico e político do gabinete da vereadora Graça Fonseca na Câmara de Lisboa (CML). Remuneração mensal: 3950 euros ilíquidos a recibo verde. Desde então, o assessor - que estava desempregado, fora funcionário do PS e candidato derrotado à Junta de Freguesia de Belém - acumulou esse vencimento com cerca de 41.100 euros de subsídios relacionados com a criação do seu próprio posto de trabalho.

Filho de um funcionário do PS que residiu até 2008 numa casa da CML com uma renda de 48 euros/mês, Pedro Silva Gomes frequentou o ensino secundário e entrou muito novo para os quadros do partido. Em 2006 foi colocado na Federação Distrital de Setúbal, onde se manteve até meados de 2008, ano em que foi reeleito coordenador do secretariado da secção de Santa Maria de Belém, em Lisboa. Entre os membros deste órgão conta-se a vereadora da Modernização Administrativa da CML, Graça Fonseca.

Já em 2009, Gomes rescindiu por mútuo acordo o contrato com o PS - passando a receber o subsídio de desemprego - e em Outubro foi o candidato socialista à Junta de Belém. No mês seguinte, perdidas as eleições, criou a empresa de construção civil Construway, com sede na sua residência, no Montijo, e viu aprovado o pagamento antecipado dos meses de subsídios de desemprego a que ainda tinha direito, no valor total de 1875 euros, com vista à criação do seu próprio posto de trabalho.

Logo em Dezembro, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aprovou-lhe também um subsídio, não reembolsável, de 57.439 euros, para apoio ao investimento na Construway e para a criação de quatro postos de trabalho, incluindo o seu. Deste valor Pedro Gomes recebeu 26.724 euros ainda em Dezembro, sendo 4086 para investimento e 22.637 para os postos de trabalho. No dia 1 desse mesmo mês, porém, o jovem empresário celebrou dois contratos de prestação de serviços com a CML, para desempenhar funções de "assessoria técnica e política" no gabinete de Graça Fonseca. O primeiro tem o valor de 3950 euros e o prazo de 31 dias. O segundo tem o valor de 47.400 euros e o prazo de 365 dias. O segundo destes contratos refere que os serviços serão prestados no gabinete de Graça Fonseca e no Gabinete de Apoio ao Agrupamento Político dos Vereadores do PS.

A autarca disse ontem ao PÚBLICO que foi ela quem convidou Gomes e garantiu que ele é "efectivamente" assessor do gabinete do PS, cuja coordenação, acrescentou, lhe foi "confiada". Este gabinete, porém, não tem existência real, sendo que Pedro Gomes é assessor de Graça Fonseca, tal como outro dos três assessores que teoricamente o compõem. O terceiro é assessor da vereadora Helena Roseta.

Graça Fonseca disse que Gomes "foi contratado por estar à altura das funções às quais foi adstrito e por ser um lugar de confiança política". A autarca garantiu que desconhece o facto de o seu assessor ter recebido os subsídios do IEFP. Já a direcção deste instituto adiantou que Gomes já recebeu este ano mais 12.593 euros para apoio ao investimento, tendo ainda a receber cerca de 10.500 euros. Face às perguntas do PÚBLICO sobre a acumulação ilegal do lugar de assessor com os apoios recebidos e aos indícios de que a Construway não tem qualquer actividade, o IEFP ordenou uma averiguação interna e admite que a restituição dos valores recebidos pelo empresário venha a ser ordenada. O presidente da CML, António Costa, não respondeu às perguntas do PÚBLICO.

http://www.publico.pt/Local/assessor-do ... te_1466587


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Pedro Gomes - Um futuro politico

por carf2007 » 17/11/2010 22:04

Jovem dirigente do PS ganha o salário de assessor a tempo inteiro ao mesmo tempo que recebe subsídios do IEFP para criar o seu posto de trabalho. Empresa criada está inactiva.


Um jovem de 26 anos, sem currículo profissional nem formação de nível superior, foi contratado, em Dezembro, como assessor técnico e político do gabinete da vereadora Graça Fonseca na Câmara de Lisboa (CML). Remuneração mensal: 3950 euros ilíquidos a recibo verde. Desde então, o assessor - que estava desempregado, fora funcionário do PS e candidato derrotado à Junta de Freguesia de Belém - acumulou esse vencimento com cerca de 41.100 euros de subsídios relacionados com a criação do seu próprio posto de trabalho.

Filho de um funcionário do PS que residiu até 2008 numa casa da CML com uma renda de 48 euros/mês, Pedro Silva Gomes frequentou o ensino secundário e entrou muito novo para os quadros do partido. Em 2006 foi colocado na Federação Distrital de Setúbal, onde se manteve até meados de 2008, ano em que foi reeleito coordenador do secretariado da secção de Santa Maria de Belém, em Lisboa. Entre os membros deste órgão conta-se a vereadora da Modernização Administrativa da CML, Graça Fonseca.

Já em 2009, Gomes rescindiu por mútuo acordo o contrato com o PS - passando a receber o subsídio de desemprego - e em Outubro foi o candidato socialista à Junta de Belém. No mês seguinte, perdidas as eleições, criou a empresa de construção civil Construway, com sede na sua residência, no Montijo, e viu aprovado o pagamento antecipado dos meses de subsídios de desemprego a que ainda tinha direito, no valor total de 1875 euros, com vista à criação do seu próprio posto de trabalho.

Logo em Dezembro, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aprovou-lhe também um subsídio, não reembolsável, de 57.439 euros, para apoio ao investimento na Construway e para a criação de quatro postos de trabalho, incluindo o seu. Deste valor Pedro Gomes recebeu 26.724 euros ainda em Dezembro, sendo 4086 para investimento e 22.637 para os postos de trabalho. No dia 1 desse mesmo mês, porém, o jovem empresário celebrou dois contratos de prestação de serviços com a CML, para desempenhar funções de "assessoria técnica e política" no gabinete de Graça Fonseca. O primeiro tem o valor de 3950 euros e o prazo de 31 dias. O segundo tem o valor de 47.400 euros e o prazo de 365 dias. O segundo destes contratos refere que os serviços serão prestados no gabinete de Graça Fonseca e no Gabinete de Apoio ao Agrupamento Político dos Vereadores do PS.

A autarca disse ontem ao PÚBLICO que foi ela quem convidou Gomes e garantiu que ele é "efectivamente" assessor do gabinete do PS, cuja coordenação, acrescentou, lhe foi "confiada". Este gabinete, porém, não tem existência real, sendo que Pedro Gomes é assessor de Graça Fonseca, tal como outro dos três assessores que teoricamente o compõem. O terceiro é assessor da vereadora Helena Roseta.

Graça Fonseca disse que Gomes "foi contratado por estar à altura das funções às quais foi adstrito e por ser um lugar de confiança política". A autarca garantiu que desconhece o facto de o seu assessor ter recebido os subsídios do IEFP. Já a direcção deste instituto adiantou que Gomes já recebeu este ano mais 12.593 euros para apoio ao investimento, tendo ainda a receber cerca de 10.500 euros. Face às perguntas do PÚBLICO sobre a acumulação ilegal do lugar de assessor com os apoios recebidos e aos indícios de que a Construway não tem qualquer actividade, o IEFP ordenou uma averiguação interna e admite que a restituição dos valores recebidos pelo empresário venha a ser ordenada. O presidente da CML, António Costa, não respondeu às perguntas do PÚBLICO.

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por Nyk » 14/11/2010 10:43

Portugueses venderam 200 milhões em ouro em 3 anos

Desde que Salazar amealhou várias toneladas de ouro para o património nacional que não se recolhia tanto metal como aconteceu nos últimos mil dias em Portugal. Só que, em vez de ir para os cofres do Banco de Portugal, os portugueses desfazem-se de todo o seu ouro para sobreviver à crise, por medo de assaltos e por ter atingido um alto valor. A sangria dourada verifica-se desde 2008 e a Alemanha é o destino das barras em que as jóias de ouro dos portugueses estão a ser fundidas

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A crise, o medo de ser assaltado e uma extrema valorização são as principais razões que, desde 2008, têm levado os portugueses a desfazer-se vertiginosamente da maior parte dos objectos de ouro quem têm em sua posse.

A febre de venda de ouro que atingiu os portugueses subiu a um grau tão alto que Albino Moutinho, o proprietário da fundição que em Gondomar transforma as jóias, libras e outras moedas e todo o tipo de objectos deste metal em lingotes de ouro para vender à Alemanha, acredita que em dois anos os portugueses esgotarão este tipo de bens que lhes têm vindo a assegurar um complemento aos salários e a pagar crédito malparado.

Se a crise é sentida por quase todos os portugueses e a estatística dos assaltos a particulares é na ordem das dezenas por semana, então é na valorização extrema do ouro que quem quer investir ou transformá-lo em dinheiro se refugia. Afinal, o grama deste metal é o mais seguro dos investimentos, visto que em 1999 valia 6,19 euros (ao câmbio actual) enquanto ontem a cotação era de 32,52 euros.

Se os motivos referidos já seriam por si só suficientes para aliciar os portugueses a vender um tipo de bem valioso, amealhado por várias gerações na família, a forma fácil como se processa a sua actual venda acabou com os pruridos a quem ainda os tinha. A vontade de realizar dinheiro é facilitada - pode até dizer-se quase forçada - por uma rede de centenas de lojas espalhadas pelo País que, munida de uma forte campanha publicitária, seduz até os mais desconfiados com este modo de realizar dinheiro, pois o pagamento da transacção é realizado em segredo e de imediato.

Feitas as contas, desde 2008 que Portugal passou de importador a exportador de ouro num negócio livre de impostos e sem barreiras entre os Estados europeus. Um mercado tão interessado no nosso ouro - cujo grau de pureza é maior do que o dos restantes países europeus - que não tem receio em expor nas montras o produto de assaltos realizados a ourivesarias nacionais, como acontece na Roménia, onde nem retiram as etiquetas das lojas portuguesas.

O valor da verba para o ouro que os portugueses já venderam oficialmente nestes últimos mil dias rondará os 200 milhões de euros. Desfazem-se de alianças, fios, medalhas e todo o tipo de objectos de ouro que possuem e em menos de 20 minutos saem das novas lojas que compram ouro no momento com dinheiro vivo na carteira. O passo seguinte - também oficial - é a fundição desse ouro usado e a sua transformação em lingotes que pesam entre cem gramas e até um quilo e que são vendidos a uma empresa alemã. A mesma que até há três anos era fornecedora dos ourives portugueses.

A tentação é tão grande que até as famílias ciganas também já aderiram à venda das tradicionais jóias de ouro que ostentavam em casamentos e outras comemorações. Das ciganas, vão-se os fios de ouro, alguns com o peso de um quilo; dos ciganos, vão-se as braceletes com 15 cm de comprimento e com a largura dos pulsos; deles e delas, vão-se as cruzes, os cordões, os anéis e todo o tipo de adornos que até há pouco tempo nunca chegavam a ser comercializados no mercado oficial.

Não é por acaso que o dono de uma fundição localizada em Gondomar - a capital portuguesa da ourivesaria - testemunhou ao DN a sua estranheza por ver chegar diariamente nos últimos dois anos ao seu forno dezenas de jóias ciganas, que até lhe dão pena destruir: "Algumas não serão de muito bom gosto, mas a quantidade de ouro com que foram feitas e as horas que os ourives terão demorado na sua confecção até me faz dó mandá-las derreter."

Também diariamente chegam às fundições de ouro da região de Gondomar, para serem transformados em lingotes, centenas de fios tradicionais que as minhotas exibiam nas festas da Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, e em muitas outras celebrações populares do Norte de Portugal. Neste caso, tal como com muito do ouro de que os ciganos se desfazem, fundem-se artigos que levaram muitos dias de trabalho, ao longo de muitas décadas e séculos, aos artífices especializados nesta arte tão portuguesa como é a filigrana.

Aliás, se é de lamentar que o património da arte da filigrana, por exemplo, seja vítima desta combinação do desfazer de bens através da sua fundição, o futuro que está reservado aos ourives e artesãos que a praticavam ainda é menos dourado, porque cada vez mais se observa nos


estabelecimentos de ourivesaria artigos que imitam os nacionais, só que feitos na vizinha Itália ou na exótica Tailândia. Em vez do entrançar da filigrana, já há réplicas produzidas pelo método de injecção, de tão grande qualidade que as imitações importadas são até dificilmente detectáveis pelos profissionais do ramo.

A razão para esta espécie de contrafacção se tornar cada vez mais presente nas vitrinas nacionais passa pelo receio que os vendedores têm de ser assaltados enquanto percorrem as joalharias de Portugal com malas repletas de jóias. O mesmo medo perpassa pelos proprietários das ourivesarias que estão inseguros devido à média de um assalto por semana, receio que há pouco tempo ainda preocupava mais os que tinham estabelecimentos de rua até ao momento em que lojas no interior dos centros comerciais também passaram a ser vítimas.

Em Braga, cidade onde o comércio do ouro é muito elevado, as queixas também são muitas. É o caso da Ourivesaria Araújo, onde o dono recuperou há poucos dias parte do produto de um assalto avaliado em 200 mil euros, efectuado há seis meses, por confissão no tribunal dos três autores. Segundo Manuel Araújo, este foi um final feliz, porque não é o habitual: "Estava num andar deste prédio, escondido num autoclismo." Manuel Araújo dá outros exemplos, como é o caso de nos assaltos até serem roubadas medalhas esmaltadas sem valor. Entende-se que a resposta policial é insuficiente e que a investigação desemboca na maior parte dos casos num beco sem saída.

Também Mário Dias, com uma ourivesaria a poucas centenas de metros, reclama da insegurança. No seu caso, a recusa em aceitar a situação de assaltos frequentes vai mais longe e está a tentar reunir a classe para tomar medidas no sentido de dificultar a vida aos ladrões com os meios legais à sua disposição. De uma coisa, no entanto, tem a certeza: "Os meus filhos já não vão seguir esta profissão, porque ela não tem futuro."

A insegurança que os ourives tradicionais vivem nos últimos anos tem crescido paralelamente à alta do ouro. A frase que mais se ouve entre os proprietários de ourivesarias, que só aceitaram falar sob anonimato, é que "o roubo só existe quando alguém compra o produto". Neste terreno, as acusações divergem quanto à autoria dos assaltos, apesar de, na sua opinião, o denominador comum é serem os gangues do Leste os responsáveis pela maioria dos assaltos. Não é por acaso que, dizem [dois proprietários], "as montras das ourivesarias da Roménia estão cheias de artigos portugueses".

As acusações dos mesmos ourives tradicionais, por outro lado, convergem na afirmação de que a proliferação de lojas não especializadas se transformam numa forma de facilitar a venda do produto da onda de assaltos, porque a vigilância das autoridades é inexistente.

Na realidade, o ouro que até há pouco tempo era vendido aos ourives - que na maioria das vezes convenciam o cliente a trocar por uma jóia nova - vai agora para as centenas de lojas que compram ouro e pagam imediatamente. Esta acusação que pende sobre os cerca de 200 novos estabelecimentos que abriram as portas de norte a sul nos últimos anos nunca foi assumida ao DN com declarações dos próprios que pudessem ser publicadas. Cinco donos de lojas ouvidos apontaram o dedo, de novo sob o anonimato, ao recente comércio de compra de ouro, do qual dizem não ser suficientemente fiscalizado nem policiado.

Existem várias redes de lojas, mas o destaque vai para a Valores, um franchising idealizado para aproveitar a miragem do lucro alto que o ouro proporciona e que em pouco mais de dois anos de existência passou de cinco lojas, em Novembro de 2008, para 135 até à semana passada. Deste número, 15 são próprias, enquanto 120 pertencem a empresários que encontraram no ramo uma resposta ao desemprego e ao investimento. O negócio é bom para as duas partes, estando o empresário pronto para abrir a porta da loja após uma formação duma semana e com a retaguarda protegida pela proprietário do franchising, que garante o escoamento de toda a mercadoria comprada aos balcões das lojas.

Quando questionado sobre a referida falta de fiscalização, André Pinto, administrador da Valores, refere que várias lojas da cadeia também têm sido assaltadas e recusou qualquer ilegalidade nos espaços franchisados: "Nas nossas lojas não conseguem meter [o produto de roubos], porque todas as compras são declaradas à Polícia Judiciária a cada oito dias, para além de exigirmos o bilhete de identidade a quem vende." Este responsável não duvida de que há "um preconceito que todos os dias combatemos" para com as lojas da rede, porque este "era um negócio fechado e criámos uma oportunidade empresarial". Remata: "O ouro está em alta há dez anos, por isso pegámos num negócio fechado a uma classe e abrimo-lo a outros que estão a beneficiar de uma oportunidade empresarial."

Apesar de o horizonte desta febre do ouro estar no seu pico mais alto e a perspectiva do negócio ser, dizem os entendidos, hiperlucrativo apenas por mais dois anos, os empresários que aderem à Valores são suficientes para garantir a expansão da rede em mais algumas dezenas de lojas ainda nos próximos meses. E, como a diversificação dos mercados é a máxima do sistema capitalista, já abriram cinco lojas na apetecível Galiza e prepara-se a criação do mesmo franchising no México e na França. Redes que abrirão em breve, obedecendo ao mesmo perfil que funcionou em Portugal.

A existência destas redes de lojas privilegiam o atendimento pessoal, rápido e com absoluta discrição. O perfil do cliente-tipo é a mulher de meia-idade que quer desfazer-se do ouro que tem em casa porque receia um assalto e acredita que o preço não vai subir mais do que aquele que já se alcançou. É um bom negócio para as duas partes, porque a pessoa desfaz-se do ouro que já não usa - na maioria das vezes, os objectos estão fora de moda ou estragados - e as lojas arrebanham todo o tipo de produtos para fundir e transformar em lingotes. Entre tanto cascalho (expressão que designa entre os profissionais os objectos avulsos), há sempre peças que são de boa qualidade e que farão parte de lotes que compensam os de menor qualidade.

Quem não aprecia esta oportunidade de negócio que surgiu em 2008 são os ourives. Habituados a ser os destinatários do cascalho, viram de um momento para o outro perder esse filão que lhes entrava a muito bom preço pela porta e não acharam resposta para a concorrência até agora que não o do habitual lamento do comércio tradicional. Mesmo pagando muito mais que estas lojas, a oferta deslocou-se veloz e ferozmente para os estabelecimentos onde a discrição impera e as notas de euros são logo postas sobre a mesa.

A diferença do que é pago pelo mesmo objecto de ouro pode atingir grandes disparidades de loja para loja e destas para as ourivesarias. Os clientes já o entenderam e antes de efectuarem a transacção visitam dois ou três franchises para ver qual deles paga melhor e escolhem o que mais os beneficiam, obrigando a uma normalização do preço cada vez maior entre estes estabelecimentos. Quanto às ourivesarias, onde o objecto seria sempre mais bem pago, o cliente acaba por as deixar de lado para evitar ser reconhecido por outros clientes e empregados e, também, pelo menor empenho em tratar do assunto com rapidez e discrição.

Passar despercebido durante a transacção é um dos segredos do actual negócio do ouro. Nas lojas franchisadas, a porta para a rua está sempre fechada, a montra é translúcida e não deixa ver o interior, não há mais do que um cliente em simultâneo e, feita a transacção, volta-se à rua e está-se de novo misturado entre a população.

O DN tentou falar com várias pessoas que entraram nessas lojas para saber das razões que as levavam a desfazer-se dos bens e o resultado da tentativa foi sempre desastroso. Num dos contactos, numa destas lojas em Braga, a experiência foi quase violenta face à resposta física que um casal deu.

Se os portugueses querem discrição, a pouco mais de cem quilómetros desta cidade, a reacção por parte dos clientes espanhóis é bem diferente. Em Vigo, na joalharia Zafiro, as perguntas são feitas às claras e as respostas dadas sem equívocos. Enquanto se pergunta à proprietária informações sobre o negócio do ouro, ela fez avaliações a dois clientes e o marido informou a cotação do dia a um homem que entrou no estabelecimento e, sem vergonha, o inquiriu. Aqui, o cascalho também tem uma alcunha - chatarra - e segue o mesmo caminho que em Portugal devido aos mesmos receios: assaltos, fora de moda e medo de perder a oportunidade de um alto lucro.

Flor, que está há 25 anos à frente da Zafiro, refere que o ouro português é mais puro que o espanhol e que por isso o cliente não atravessa a fronteira nem para comprar ou vender, apesar de duas placas bem visíveis na montra avisarem que "Se compra oro". Do outro lado da Rua do Príncipe (antiga Calle del Príncipe), a tradicional Joyería Resende não compra ouro mas confirma que tem conhecimento das regras de oferta e da procura deste mercado porque os preços são atractivos. Confirma que nenhum português entrou na loja com intenção de vender ouro mas no que respeita a espanhóis são muitos, e diz: "Precisam de liquidez e aproveitam a ocasião."

Como a Joyería Resende não negoceia ouro, não irá sentir a concorrência que dentro de semanas afectará, decerto, a Zafiro. É que a invasão da Galiza pelas lojas da Valores está em marcha e, para além do balcão que já abriram em Vigo, a 800 metros destes dois estabelecimentos, há em Pontevedra duas lojas em pleno funcionamento. A negociação de novos franchises está de vento em popa e em 2011 serão dezenas as novas lojas, com o mesmo design das que abriram em Portugal, sempre de cor verde e com um boneco feito de uma barra de ouro como logótipo, a abrir portas em todo o país vizinho.

Um movimento que não é acompanhado pelas ourivesarias tradicionais nem pelos fabricantes de ourivesaria nacional. Em Gondomar, a apelidada capital da ourivesaria, e onde o autarca Valentim Loureiro mandou erigir uma estátua à classe, a situação dos seus profissionais mostra bem como o fim desta actividade se aproxima. Quem procurar as oficinas onde se criam obras de arte nacionais dificilmente as encontrará, porque a renovação de instalações e a actualização de novos modelos de negócios são inexistentes. Nalgumas oficinas, a própria mesa de trabalho do ouro serve de mesa para as refeições.

Outro exemplo: numa empresa de Gondomar que vende equipamento para esta actividade, estão em exposição várias máquinas. Segundo o responsável, o que os artesãos compram são as máquinas de 18 euros, que os apaixonados da bricolage utilizam, em vez de aparelhos importados da Coreia, que custam 200 a 300 euros, mas são os exigidos pela arte da ourivesaria. A desactualização é tão grande que quando se quis saber a morada de uma fundição de ouro o lojista consultou o catálogo da Associação de Industriais da Ourivesaria e Relojoaria do Norte e forneceu um endereço que já não existe há cinco anos.

Alheio a tudo isto está Augusto Ferreira, que há 37 anos vende castanhas na Rua de Santa Catarina, onde o negócio do ouro é grande. Afinal, a cotação da dúzia de castanhas não sobe dos dois euros!
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por Nyk » 14/11/2010 10:38

Timor-Leste disponível para comprar dívida portuguesa - PR Ramos Horta

Macau, China, 14 nov (Lusa) - Timor --Lestepoderá vir a comprar, em breve, títulos de dívida pública portuguesa, disse hoje em Macau o presidente timorense, José Ramos-Horta.

"Não vejo dificuldade em Timor-Leste comprar dívida pública portuguesa", afirmou Ramos-Horta, adiantando que as autoridades timorenses já decidiram diversificar a carteira de investimentos do Fundo do Petróleo, que tem mais de 6000 milhões de dólares (4,38 mil milhões de euros).

Ramos-Horta acrescentou que os investimentos poderão ser feitos ainda em empresas públicas ou semi-públicas portuguesas de "grande sucesso" e que garantem um alto rendimento, dando como exemplo os setores das energias renováveis e das telecomunicações.
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por Nyk » 12/11/2010 11:59

Prestação da economia portuguesa é a melhor entre os periféricos
12 Novembro 2010



Grécia e Irlanda estão em contracção, enquanto Espanha e Itália apresentam crescimentos mais ténues do que Portugal.
A economia portuguesa registou um crescimento de 0,4% no terceiro trimestre, face aos três meses anteriores e de 1,5% contra o período homólogo, uma prestação que situa o país nomeio da tabela dos países da União Europeia, mas à frente dos países periféricos que tem estado no centro das tensões do mercado de dívida.

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De acordo com os dados hoje revelados pelo Eurostat, a economia da Zona Euro cresceu 0,4% em cadeia no terceiro trimestre, um desempenho igualado por Portugal.

Os países periféricos surgem na cauda da Europa, com o PIB da Grécia a afundar 1,1% em cadeia e 4,5% em termos homólogos. Os dados preliminares divulgados hoje pelo Eurostat não contêm a evolução da economia irlandesa no terceiro trimestre, mas o país terá continuado em terreno negativo, tendo em conta a prestação verificada no segundo trimestre (o PIB caiu 1,2% em cadeia e 1,8% em termos homólogos).

Também em contracção na Zona Euro, na análise em cadeia, surge a Holanda, com o PIB a recuar 0,1% face ao trimestre anterior, reduzindo o crescimento homólogo para 1,8%.

Depois surgem dois países periféricos, com o PIB da Espanha a estagnar em cadeia e a crescer 0,2% em termos homólogos. Já a Itália, que também tem estado mais recentemente sob pressão dos mercados de dívida, registou uma expansão de 0,2% em cadeia e de 1% em termos homólogos.

A economia portuguesa consegue assim apresentar um desempenho superior aos restantes países periféricos, com o PIB a crescer 0,4% em cadeia e 1,5% em termos homólogos.

Mas se a comparação com os periféricos é positiva, já face aos restantes países do euro Portugal surge a meio da tabela.

Tendo em conta os crescimentos em cadeia para 12 dos 16 países da Zona Euro com dados disponíveis, seis países cresceram mais que Portugal no terceiro trimestre. Tendo em conta a comparação homóloga, 7 em 12 países cresceram acima dos 1,5% verificados em Portugal.

O fraco potencial de crescimento da economia portuguesa tem sido apontado pelos analistas como um dos principais problemas de Portugal. A generalidade dos economistas antecipa que a economia portuguesa vai entrar em recessão no próximo ano, devido ao impacto das medidas de austeridade, ainda que o Governo antecipe um crescimento de 0,2% no próximo ano.
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por Nyk » 12/11/2010 10:27

Bancos portugueses à espera do FMI desde a intervenção na Grécia

12 Novembro 2010

A hipótese de Portugal recorrer ao fundo de emergência europeu e ao Fundo Monetário Internacional está a ser estudada pela banca nacional desde que houve necessidade de intervir na Grécia, avança o "Público" na edição de hoje.
De acordo com o jornal, os gabinetes económicos dos bancos nacionais estão a tentar avaliar o impacto da intervenção junto da economia e sistema financeiro gregos.

O jornal cita fontes bancárias que reconhecem vantagens à intervenção do FMI, nomeadamente a fixação de um juro que permitiria que o financiamento do Estado deixasse de estar sujeito a oscilações. Porém, além de representar uma desqualificação, uma eventual intervenção do FMI estaria dependente do sucesso do mecanismo de estabilização, que ainda não está concluído e cujos efeitos da aplicação em Portugal são desconhecidos.

Por agora, os bancos nacionais analisam os resultados da intervenção na Grécia, e já concluíram que os mercados continuam fechados para o país e que a cotação das obrigações soberanas não desceu, estabilizando acima dos 9%, bastante acima do juro de 5% negociado com o FMI. Ainda assim, os bancos helénicos captaram mais recursos e a fuga de capitais foi estancada. Já os fundos de capitais têm conseguido ir à bolsa recapitalizar-se.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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por Nyk » 12/11/2010 10:15

Mais de um terço dos investidores antecipa incumprimento de Portugal

12 Novembro 2010

Portugal é onde há menores previsões de incumprimento entre os três países com maior possibilidade de não pagarem a sua dívida, segundo uma sondagem da Bloomberg aos investidores.
Num inquérito da Bloomberg 38% dos respondentes disse acreditar que Portugal vai entrar em incumprimento nos próximos 18 meses. A Grécia e a Irlanda registam menor popularidade.
A sondagem conclui que mais de um terço dos investidores, analistas e operadores do mercado acredita que Portugal vai entrar em incumprimento da dívida. A confiança dos inquiridos na Grécia é ainda mais frágil, com 71% dos participantes na sondagem a acreditarem que o país entre em incumprimento.

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Portugal é o terceiro país com mais probabilidade de entrar em incumprimento, segundo o mesmo inquérito. Em situação mais precária do que Portugal está ainda a Irlanda, segundo apontam os resultados deste inquérito. 51% dos inquiridos acha provável que o “Tigre Celta” entre em incumprimento, enquanto 48% acha improvável.

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos ascendem hoje 1,3 pontos percentuais para 7,048%, de acordo com os preços genéricos da Bloomberg, enquanto os da Irlanda recuam mais de 10 pontos para os 8,791%%. A Grécia, que se financia através do Fundo Monetário Internacional, vê os juros das obrigações do mercado secundário nos 11,597%
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